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segunda-feira, 8 de abril de 2024

O novo livro de Cida Simka e Sérgio Simka: MARIANO


O mais novo livro dos professores, escritores e colunistas da revista Conexão Literatura, Cida e Sérgio Simka, encontra-se em pré-venda no site da Opera editorial.

Segundo livro publicado pela editora (o primeiro foi HORRORES DA ESCURIDÃO, em 2023), MARIANO promete trazer uma ambiência de terror, com uma “pegada” na esfera do Bem.

Abaixo vai a descrição da trama.

Prestigie os autores nacionais! Adquira o livro na pré-venda com desconto!       

 

Sofia, diretora de um renomado hospital, encontra um livro na biblioteca cujo teor a deixa perturbada, e leva-o para casa a fim de conversar com seu pai a respeito.

Em uma manhã, seus pais lhe fazem uma visita e o pai de Sofia avista um jardineiro, que lhe dá um sorriso de dentes podres, semelhante ao conteúdo de que trata o sinistro livro.

Ao pedirem uma pizza na hora do almoço, uma moça de sorriso de dentes podres entrega um envelope destinado à Sofia. Nele, um aviso de que ganhara um cachorro, que se torna uma sentinela em sua vida.

O pai de Sofia resolve conversar com o jardineiro sobre o teor da obra, que o põe a par do seu terrível conteúdo, que mudará para sempre a vida de todos. 

Link para o livro MARIANO:

https://operaeditorial.com.br/produto/mariano/

 

Link para o livro HORRORES DA ESCURIDÃO:

https://operaeditorial.com.br/produto/horrores-da-escuridao/ 

 

 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023).
@sergiosimka

CIDA SIMKA


É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.  

@cidasimka

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domingo, 7 de abril de 2024

Greg, de 'Todo Mundo Odeia o Chris', está confirmado no Imagineland 2024

 

Ator de "Todo Mundo Odeia o Chris" estará no Imagineland - Foto divulgação

Ator Vincent Martella atendeu ao convite dos fãs brasileiros e do influenciador Peter Jordan para vir pela primeira vez ao Brasil

João Pessoa (PB), Abril de 2024 – O ator Vincent Martella vai poder comprovar, em julho, que a frase estampada na camisa em foto que viralizou no início de abril está certíssima: “Eu sou famoso no Brasil”. Pois é, o Greg do seriado ‘Todo Mundo Odeia o Chris’ acaba de ser confirmado para o Imagineland 2024, o mega evento de cultura pop que acontece entre os dias 26 e 28 de julho no Centro de Convenções de João Pessoa (PB). O segundo lote de ingressos está disponível até o dia 30 de Abril através do link https://imagineland.com.br/ingressos/

Vincent Martella é o astro do momento no Brasil. Ele entrou nas trends após declarar seu amor pelo país e os brasileiros responderem em peso, comentando suas postagens e seguindo o ator nas redes sociais – só no Instagram, seu perfil (/thevincentmartella) passou de 200 mil seguidores para mais de cinco milhões em menos de uma semana.

E em meio a tudo isso, Greg mostrou que ele também está tão na do Brasil que aceitou o convite feito por Peter Jordan e pelos fãs brasileiros para estar no Imagineland 2024 em sua primeira passagem pelo país.

Exibida originalmente entre 2005 e 2009, e disponível em várias plataformas de streaming, a sitcom norte-americana tem mais fãs no Brasil que no próprio Estados Unidos, segundo especialistas. Vincent integrou o elenco principal do seriado e atuou em 88 episódios ao longo de quatro temporadas.

O ator norte-americano também trabalhou em The Walking Dead e emprestou sua voz a algumas animações - foi duas vezes o Jason Todd (em Batman Contra o Capuz Vermelho e Batman: Morte em Família) e é o Phineas Flynn do seriado Phineas e Ferb.

Outras atrações nacionais e internacionais

Os anúncios das atrações para a 2ª edição do Imagineland têm sido feitos desde Dezembro de 2023, e muito mais está por vir. Diretor brasileiro indicado a dois prêmios Oscar, Carlos Saldanha (RioA Era do GeloTouro Ferdinando) será o homenageado deste ano do evento.

Agora em Abril, o evento de cultura pop também anunciou a vinda de dois super nomes das histórias em quadrinhos: o premiado artista francês Fabien Toulme, de Duas Vidas e Não Era Você Que Eu Esperava, e o uruguaio Christian Duce, artista da DC Comics responsável por dar vida ao Batman e que agora está em alta com Liga da Justiça Vs Godzilla Vs Kong.

Até agora já foram confirmadas, também, outras participações internacionais, como do ator e humorista mexicano Carlos Villagrán, o Kiko do seriado Chaves; do ator norte-americano Michael Cudlitz, o Abraham de The Walking Dead e o Lex Luthor de Superman & Lois; e das cosplayers Maid of Might e Cassandra Ariel.

Dois gigantes da dublagem brasileira estarão na edição deste ano, e pela primeira vez na Paraíba: Wendel Bezerra (Bob Esponja, Goku de ‘Dragon Ball Z’) e Guilherme Briggs (o Buzz Lightyear de ‘Toy Story’, o Optimus Prime da franquia ‘Transformers’). 

O cast ainda conta com Peter Jordan, Breno Jordan e Diana Zambrozuski. Também estarão no evento a turma do Voice Makers e Rogério Vilela, do Inteligência Ltda., que será o podcast oficial do Imagineland 2024. 

Balão do Bidu

Uma das atrações deste ano do Imagineland é o Balão do Bidu, um balão de ar quente com cerca de 33 metros de altura e 210 quilos, e que tem participado de eventos internacionais. Durante o evento, o público poderá embarcar gratuitamente no “Bidu-Balão”, como foi batizado no gibi da Turma da Mônica, e usufruir de uma vista única do ponto mais oriental das Américas, onde está situado o Centro de Convenções da capital paraibana.

 Artists’ Alley e campeonatos

O “beco dos artistas” voltado ao mundo das dos quadrinhos será mais do que ampliado na edição deste ano. Previsto para ter 80 artistas, o Artists’ Alley vai fechar com 120 mesas, devido à procura pelo espaço na fase de inscrições, três vezes maior que o esperado.

Além dos citados Fabien Toulme e Christian Duce, também estão certas as participações de Carlos Ruas (‘Um Sábado Qualquer’),  Germana Viana (‘As Empoderadas’, ‘LizzieBordello e as Piratas do Espaço’) e Helô D'ângelo ('Nos Olhos de Quem Vê' e ‘Pequeno Manual de Defesa Pessoal’).

Três campeonatos já começaram agitar o evento na temporada de inscrições, encerradas em março. Chancelado pela CBGE – Confederação Brasileira de Games e eSports, o  Imagineleague, maior torneio de eSports do Norte-Nordeste, irá pagar R$ 162 mil em prêmios nas disputas de League of Legends (LoL), CS:GO2e Free Fire. O K-Pop Contest 2024, com categorias solo e grupo, soma um total de R$ 15 mil em prêmios, e o CosplayCup, vai com R$ 16 mil em disputa.

Sobre o Imagineland

O Imagineland é promovido pelas empresas Eleven Dragons, Ei Nerd e Grupo Spola; apresentado pela operadora Claro com correalização do Governo do Estado da Paraíba, Secretaria Estadual de Cultura e ICMS Cultural e patrocínio do grupo Centerplex e da Prefeitura de João Pessoa.

O evento irá acontecer nos dias 26, 27 e 28 de julho de 2024, das 10h às 22h, em todo o complexo do Centro de Convenções de João Pessoa (PB), uma área de aproximadamente 50 mil m2. 

A primeira edição do Imagineland, realizada em julho de 2023, atraiu 27 mil pessoas ao Centro de Convenções da capital paraibana, sendo 25% desse público visitante de outros estados. A primeira edição também alcançou nas redes sociais mais de quatro milhões de pessoas, com cerca de 35 milhões de visualizações, gerando cerca de R$ 15 milhões em valor de mídia.

Imagineland 2024

Datas: 26, 27, 28 de julho.

Local: Centro de Convenções de João Pessoa (PB).

Ingressos + informações: www.imagineland.com.br

Redes Sociais: @/imaginelandbr

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terça-feira, 2 de abril de 2024

Abril na Livraria da Vila: Programação oferece eventos para agradar públicos de todas as idades e estilos

 

Sessão de autógrafos do jornalista Ariel Palacios, contação de histórias para as crianças e a estreia de Thalita Rebouças junto ao público mulheres 40+ são alguns dos destaques do mês

Focada em oferecer experiências singulares aos amantes dos livros, a Livraria da Vila preparou uma programação imperdível para abril, que conta com diversos lançamentos, sessões de autógrafo com autores aclamados e contação de histórias para os leitores mirins.

No domingo7 de abril, das 16h às 19h, a psicanalista Thais Basile autografa Atravessando o Deserto Emocional, na Vila do Shopping Center Norte, em São Paulo. No livro, a autora repercute temas delicados ligados à parentalidade, como idealização familiar, projeções e transferências nos filhos, afastamento e rompimento das relações, entre outros.

Na noite de quinta-feira11 de abril, das 19h às 21h30, a escritora Thalita Rebouças faz sessão de autógrafos do livro Felicidade Inegociável e Outras Rimas, na unidade da Fradique Coutinho. Sucesso entre o público teen – com mais de 2 milhões exemplares vendidos –, essa é primeira vez que Thalita escreve para mulheres 40+. Em mais de 60 textos, que intercalam prosa e poesia—ou rimas, como a autora gosta de chamar –, Thalita aborda temas como menopausa, separação, a decisão de não ter filhos e a paz com o corpo e pessoa que se tornou.

Já no fim de semana dos dias 13 e 14 de abril, das 14h às 15h, a loja do Shopping Iguatemi de Brasília, tem Contação de Histórias com Queila Blanco dos livros da Editora Happy Books: Não Abra Este Livro e O Livro dos 1000 Porquês.

Na sexta-feira19 de abril, das 18h às 21h, a Vila do Aurora Shopping, em Londrina, recebe o jornalista Ariel Palacios para sessão de autógrafos do seu novo livro, América Latina Lado B. Com sua verve inconfundível e seu talento notável para a reportagem, que se tornaram famosos na TV e no rádio, Ariel, que é correspondente da GloboNews e apresentador da CBN, monta um rico e divertidíssimo mosaico dos países que compõem a América Latina, reunindo toda a gama de absurdos, abusos, loucuras e atos nonsense protagonizados por monarcas, ditadores, presidentes e até mesmo líderes religiosos com alguns (ou muitos) “parafusos” a menos, uma espécie que parece se proliferar aos borbotões abaixo e nos arredores da linha do Equador.

Na tarde de sábado20 de abril, das 14h às 15h, tem Contação de História com Neidja Genarri do livro A Cobra Jurema, da editora Ciranda Cultural, na Livraria da Vila do Shopping Iguatemi de Brasília

Na quinta-feira25 de abril, das 18h às 21h, é a vez da Vila do MorumbiShopping receber o jornalista Ariel Palacios para sessão de autógrafos de América Latina Lado B.

Encerrando a programação de abril, a unidade da Vila da Fradique Coutinho recebe a escritora e roteirista Giovana Madalosso, no domingo, dia 28 de abril, das 15h às 18h, para sessão de autógrafos de Altos e Baixos, livro infantil que traz ilustrações de Ionit Zilberman. Nele, a autora ensina às crianças uma importante lição sobre equilíbrio.

Confira abaixo os destaques da programação por unidade:

Livraria da Vila Aurora Shopping Londrina

Avenida Ayrton Senna da Silva, 400, Loja 6/7 - Piso 2 - Gleba Fazenda Palhano, Londrina

  • Dia 19/4 – das 18h às 21h – América Latina Lado B, de Ariel Palacios

Livraria da Vila Brasília Shopping

St Comercial Norte, S/N – Quadra 5 Bloco A, Brasília, Distrito Federa

  • Dia 14/4 – das 14h às 15h - Contação de Histórias com Queila Blanco
  • Dia 20/4 – das 14h às 15h - Contação de Histórias com Neidja Genarri

Livraria da Vila Shopping Center Norte

Av. Otto Baumgart, 245, Vila Guilherme, São Paulo

  • Dia 7/4 – das 16h às 19h – Atravessando o Deserto Emocional, de Thais Basile

Livraria da Vila Fradique Coutinho

Rua Fradique Coutinho, 915, São Paulo

  • Dia 2/4 – das 18h às 21h - A Cortesia da Casa, de Marta Barcellos
  • Dia 9/2 – das 18h30 às 21h30 - Crianças na Escola… E agora?, de Silvia M. Gasparian Colello
  • Dia 11/4 – das 19 às 21h30 – Felicidade Inegociável e Outras Rimas, de Thalita Rebouças
  • Dia 28/4 – das 15h às 18h – Altos e Baixos, de Giovana Madalosso

Livraria da Vila Shopping Iguatemi Brasília

SHIN CA 04, BLOCO A, Lojas 42 a 45, Setor de habitações Individuais Norte, Brasília

  • Dias 13 e 14/4 – das 14h às 15h – Contação de Histórias com Queila Blanco
  • Dia 20/4 – das 14h às 15h – Contação de História com Neidja Genarri

Livraria da Vila Shopping JK Iguatemi

Av. Juscelino Kubitschek, 2041 - Itaim Bibi São Paulo

  • Dia 2/4 – das 18h às 21h - O Fim da Depressão, de Julio Cerquetane
  • Dia 3/4 - das 18h às 21h - O valor Das Escolhas, de Fabian Salum e Karina Coleta

Livraria da Vila MorumbiShopping

Avenida Roque Petroni Júnior, 1089, piso Superior, São Paulo

  • Dia 25/4 – das 18h às 21h – América Latina Lado B, de Ariel Palacios

Livraria da Vila Park Shopping São Caetano

Espaço - Alameda Terracota, 545, São Paulo

  • Dia 16/4 – das 19h às 21h – Desconectados, de Marcelo Marçal

Livraria da Vila Shopping Pátio Higienópolis

Av. Higienópolis, 618 – Higienópolis São Paulo

  • Dia 2/4 – das 18h às 21h – Meu filho tá online demais, de Ana Escobar

Sobre a Livraria da Vila

A Livraria da Vila nasceu no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, em 1985. Desde seu início, há quase 40 anos, tornou-se conhecida e reconhecida por possuir um conceito e filosofia únicos no mercado livreiro. Presente nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Campinas, São Caetano, Ribeirão Preto, Curitiba, Londrina e Brasília, atualmente a Vila conta com 18 lojas físicas e um site para vendas online.  

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Livro de contos escrito por professor da UNICAMP retrata emoções à flor da pele no eixo Rio/SP

 

"O Amor Urbano" retrata variedade de cenários, identidades e situações do dia a dia com sutileza e astúcia

A vida cotidiana e o frenesi da cidade grande reservam surpresas para todos. Uma decisão feita e, pronto, nossos caminhos nunca mais serão os mesmos. É nesse universo de escolhas, caminhos e rumos que o professor titular de Ecologia da UNICAMP, Paulo S. Oliveira, vai além da ciência e lança “O Amor Urbano”, seu livro de estreia de contos. A obra traz uma faceta criativa de alguém hábil com as palavras, sejam elas escritas ou faladas, mas que busca ultrapassar os limites das salas de aula.

Publicado pela editora Telha, o livro traz dez histórias de encontros e desencontros em cenários diversos do Rio e de Sampa – palcos mais que bem escolhidos para um Amor Urbano. “O Amor Urbano” conta histórias do dia a dia da gente na cidade grande. Cenários como o morro do Pavão-Pavãozinho e o bairro do Flamengo no Rio, além da Mooca e Avenida Paulista em São Paulo, ilustram os contos que narram relações interpessoais que se repetem no dia a dia de famílias, no ambiente do bairro e do trabalho, e na agitação das ruas de metrópoles como as aqui retratadas.

As histórias incluem temas e contextos variados, tais como assédio sexual no trabalho, bissexualidade, homossexualidade, racismo, violência urbana, violência doméstica, prostituição masculina e feminina, alcoolismo, adoção infantil, psicoterapia. Cumplicidade e amor, conflitos e desencontros – nosso cotidiano à flor da pele. A narrativa se desenvolve em bairros pobres, de classe média e de classe alta do Rio e Sampa, com passagens por Miami, Toulouse, Barcelona e Nova Iorque.

“Como pesquisador na área de Ecologia, me preparei ao longo da carreira para observar e interpretar o que ocorre na natureza. Este senso de observação inclui detectar detalhes sobre o comportamento dos animais, as relações entre eles, medo, atração, as relações deles com as plantas, onde se abrigar do perigo, onde procurar o/a parceiro/a sexual e como enfrentar os/as rivais. Desenvolvi esta mesma curiosidade ao observar as pessoas, imaginar seus desejos, suas carências e os caminhos que seguem. “– Paulo S. Oliveira, professor e escritor

Os protagonistas dos contos se encontram em bares, bancas de jornal, praias, no trabalho, na farmácia, no transporte público, na academia – e a vida delas (assim como a nossa) muda a partir destes encontros. Então, vêm desejos, descobertas, romance, paixão, sexo… e também desencontros, traição, mágoas e ódio.

“O Amor Urbano” é definitivamente a junção de tudo de melhor, pior e mais inesperado que podemos esperar de encontros e desencontros em grandes metrópoles. Palavras do autor!

“’O Amor Urbano’ estava na minha cabeça faz tempo – a efervescência da cidade grande me encanta – encontros fortuitos que mudam vidas é um tema que sempre me atraiu. Acontece no dia a dia de todos nós – no trabalho, na esquina de casa, no mercado, no agito da noite – alegrias e tristezas vêm à flor da pele. O livro trata destas sensações, e de como lidamos com elas. Penso que as pessoas irão se ver nas histórias.” – Paulo S. Oliveira

Sobre o autor:

Paulo S. Oliveira é Professor Titular de Ecologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Biólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem Mestrado e Doutorado em Ecologia pela UNICAMP, e Pós-doutorado pela Harvard University (EUA) e pela Universität Würzburg (Alemanha). Publicou três livros de Ecologia em colaboração com pesquisadores estrangeiros pela Columbia University Press, University of Chicago Press e Cambridge University Press. Foi Presidente da Association for Tropical Biology and Conservation (EUA). A Ecologia o levou a viver nos Estados Unidos, Alemanha, França e México, e a pesquisar na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – sempre atrás das formigas. Observar as pessoas, observar a si mesmo e observar a natureza são suas predileções... “assim se aprende a vida, assim se aprende a viver”.

Serviço:

Livro: O Amor Urbano: Histórias do Rio e de Sampa

Autor: Paulo S. Oliveira (@psmcoliveira)

Editora: Telha

Páginas: 184

Preço: R$ 53,00

Adquira o livro em: https://editoratelha.com.br/product/o-amor-urbano-historias-do-rio-e-de-sampa/

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ENTREVISTA COM ESCRITOR: Bruna Lalleska e seus livros, por Cida Simka e Sérgio Simka

Bruna Lalleska - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Meu nome é Bruna Lalleska, sou psicóloga e arteterapeuta. Tenho 27 anos e, como todo escritor que se preze, sou, antes de tudo, uma leitora apaixonada. Escrevo "romantasia" - um estilo que até pouco tempo não sabia que existia, mas que, em resumo, refere-se a histórias que mesclam romance e mundos fantásticos.  

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre seus livros. O que motivou a escrevê-los? 

Essa vibe mágica sempre me fascinou e é claro que Inesquecível - Uma aventura no Olimpo, meu primeiro livro publicado em 2023, é, sem sombra de dúvidas, uma romantasia. Nesse livro eu conto a história de Manuela, uma adolescente que em uma noite de tempestade, acaba sendo levada para a terra dos antigos deuses gregos. Por lá ela descobre ter mais em comum com esse mundo do que ela jamais imaginou. Com o Olimpo em guerra contra um feiticeiro, nossa heroína inicia uma jornada de autodescobertas que poderá não só custar a sua vida, mas exclusivamente o seu coração.   

Eu comecei a escrever Inesquecível na faculdade, depois de uma aula sobre arquétipos – ou, pelo menos, é o que eu me lembro agora –, mas a verdade é que levou um bom tempo para que a história se tornasse realmente madura e viesse a público. Como autora independente todo o processo de publicação foi financiado por mim, que custeei capista, revisor, leitura crítica e toda a gama de profissionais necessários para tornar um livro "publicável". Hoje eu mesma cuido de toda a logística de envio e me orgulho muito do resultado que Inesquecível tem alcançado. Uma continuação já está a caminho, com previsão de publicação em setembro de 2024, na Bienal do livro de São Paulo.    

Penso que o mercado editorial é um desafio para os autores independentes iniciantes que precisam, assim como eu, se dividir entre dois ou mais ofícios. Livros muitas vezes necessitam da nossa atenção integral para alcançarem visibilidade e, nos tempos atuais, o escritor é convidado a sair da sua zona de conforto e aprender não apenas sobre escrita, mas sobre todo o marketing que envolve o crescimento de um livro que, bem sabemos, não acontece do dia pra noite.  

A venda dos livros ainda não custeia todas as minhas contas ou todo o investimento que fiz até agora, mas os feedbacks dos meus leitores não têm preço. Eu sei que pode parecer clichê dizer isso, mas nada se compara à sensação de encontrar alguém que leu o seu trabalho e foi tocado por ele. Meus leitores são, com toda certeza, meus melhores vendedores rsrs.  

Você é Wicca desde 2011. Fale-nos sobre isso. 

Além dos livros de fantasia eu sempre me pego envolvida em um novo projeto. Sou Wicca desde 2011 e como uma bruxinha de carreira criei há alguns anos meu baralho autoral. Ele se chama A Bruxa do Café e é o resultado dos meus atendimentos como cafeomante. A cafeomancia ainda não é uma prática tão conhecida no mundo esotérico e refere-se à leitura/interpretação dos símbolos que se formam na borra de café no fundo de uma xícara. Esse é um dos muitos trabalhos que realizo no meu tempo livre e que também tem muito a ver com quem eu sou.  

Quais os próximos projetos? 

Ah, eu tenho muitos projetos em mente, o próximo é a criação de um jogo de tabuleiro inspirado em Inesquecível. O desenho já está quase pronto e é provável que eu lance com auxílio de um financiamento coletivo no Catarse, mas, por ora, é apenas uma ideia. Claro que tenho muitos livros para escrever ainda. Inesquecível é uma série de 5 livros e, além dele, tenho outros romances e um ensaio de psicologia sexual engavetado que precisa urgentemente da minha atenção. Me desejem sorte! Rsrs 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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sexta-feira, 15 de março de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Aldo Bizzocchi e o livro Uma breve história das palavras, por Cida Simka e Sérgio Simka

Aldo Bizzocchi - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Eu sou bacharel e doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo e tenho dois pós-doutorados, um em linguística comparada pela UERJ e outro em etimologia pela USP. Mas eu também cursei até o terceiro ano de física na USP, o que explica o meu amor pelas ciências em geral e porque eu defendo tanto que a linguística seja praticada de maneira científica e não como ideologia política, como fazem certos colegas.

Atualmente, eu sou pesquisador do NEHiLP, Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, mas eu fui de 2006 a 2015 colunista da extinta revista “Língua Portuguesa”. Depois que a revista acabou, criei o meu próprio blog (www.diariodeumlinguista.com) e o meu canal do YouTube (www.youtube.com/c/PlanetaLíngua) para fazer divulgação científica da linguística ao público em geral. 

ENTREVISTA: 

Você está lançando o livro “Uma breve história das palavras”. O que motivou a escrevê-lo? 

Eu sempre gostei muito de divulgação científica e sou leitor assíduo desse tipo de literatura. Eu acho importantíssimo que a ciência, cujas pesquisas são financiadas sobretudo pelo dinheiro dos contribuintes, chegue até quem paga a conta, e não só na forma de tecnologias que nós usamos no dia a dia, mas também de conhecimento, de cultura.

Ao mesmo tempo, eu notei que quase não há divulgação científica na área de humanas, e muita gente até confunde ciências humanas com humanidades, achando que em humanas não há pesquisa verdadeiramente científica.

Então, desde que eu comecei a escrever na revista “Língua”, que era uma revista dirigida ao público leigo, eu me interessei pela divulgação científica da minha especialidade, que é a linguística.

O primeiro livro nessa linha que eu escrevi foi “O universo da linguagem”, lançado em 2021 pela Editora Contexto e que é uma coletânea dos meus artigos de divulgação, a maioria publicados na revista. Agora, como o meu principal objeto de estudo é a etimologia, decidi escrever um livro falando sobre isso numa linguagem simples e acessível ao leitor médio com o objetivo de popularizar essa ciência, derrubar alguns mitos que circulam por aí sobre a origem de certas palavras e apresentar alguns resultados das minhas próprias pesquisas. 

Fale-nos sobre seu outro livro: “O universo da linguagem”. 

Como eu disse, ele é uma coletânea de artigos de divulgação que eu vim escrevendo ao longo dos anos, sendo que a maioria deles foi publicada na revista “Língua Portuguesa”, mas também há artigos publicados em outras revistas, como a “Ciência Hoje”, a “Scientific American Brasil” e mesmo no meu próprio blog.

O livro é dividido em quatro partes. Na primeira parte, eu trato da linguística como ciência, a sua história, o seu objeto de estudo, a evolução histórica das línguas, a diferença entre língua e dialeto e a própria definição de língua.

Na segunda parte, eu falo sobre a mecânica da língua, isto é, a estrutura e o funcionamento da linguagem, discuto as categorias gramaticais de um ponto de vista muitas vezes inovador e diferente da gramática tradicional, e também falo sobre as palavras, a sua conceituação, a sua estrutura e formação, a sua decomposição, evolução e tradução em outras línguas.

Na terceira parte, eu discuto as relações entre a língua, a cultura e a sociedade que a fala, de que modo cada uma delas influencia as demais.

Finalmente, na quarta parte eu mostro as conexões entre a linguagem e a mente humana, desde como o cérebro processa a linguagem até o modo como nós representamos mentalmente a realidade a partir da língua que falamos.

Enfim, é uma obra que procura cobrir todos os principais aspectos da pesquisa em linguística. 

Fale-nos sobre seu blogue. 

Em 2012, quando eu ainda escrevia na revista “Língua”, a editora decidiu criar um portal na internet em que os colaboradores da revista teriam os seus blogs. Assim, eu passei a ter um espaço semanal no portal da revista e passei a publicar lá artigos mais curtos do que os publicados mensalmente na edição impressa e também a responder às perguntas dos leitores. Em 2015, com o fim da revista, eu decidi continuar esse trabalho de blogueiro por conta própria e criei o meu próprio blog, o “Diário de um linguista”, no qual eu não só falo sobre línguas e linguística, mas também sobre outros assuntos que eu ache pertinentes. Como eu digo na página de apresentação do blog, não é um blog sobre linguística, embora esse seja o assunto predominante, mas um blog sobre tudo escrito por um linguista, portanto onde todos os assuntos são analisados sob o enfoque da linguagem. 

Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder. 

Bom, eu gostaria de falar um pouco sobre o meu canal do YouTube, o “Planeta Língua”. Eu iniciei esse canal em 2018 também com a proposta de divulgar a linguística e lá eu abordo questões que sejam do interesse das pessoas comuns, mas que têm curiosidade sobre o tema. Eu tenho procurado lançar um vídeo novo a cada mês porque é o máximo que eu consigo produzir com os recursos que eu tenho, mas, mesmo assim, eu tenho tido uma boa audiência, o que significa que de fato há muitas pessoas interessadas.

De resto, eu gostaria de agradecer muito aos amigos Sérgio e Cida Simka por mais essa oportunidade de divulgar o meu trabalho e gostaria de dizer que os meus livros estão à venda em todas as boas livrarias físicas e virtuais. Um abraço a todos! 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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sexta-feira, 1 de março de 2024

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Jefferson Sarmento e a sua obra, por Cida Simka e Sérgio Simka

Jefferson Sarmento - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Sou formado em Publicidade e Propaganda, mas desde muito cedo queria criar/escrever histórias. Meu primeiro livro foi publicado em 2007: “Velhos Segredos de Morte e Pecados sem Perdão”, que me iniciou num mercado bastante restrito a novos escritores, principalmente aqueles que não estão em grandes centros. De lá até aqui foram (até agora) sete livros, viajando entre o suspense, o terror, a fantasia, o policial... gêneros que me são caros e queridos. 

ENTREVISTA: 

Sobre seus livros, o que motiva a escrevê-los? 

Costumo dizer que é uma necessidade quase fisiológica! Em geral a motivação para uma determinada história vem de uma cena do cotidiano, de uma informação interessante que passa por mim, de um tema que eu gostaria de abordar ou do qual descubro uma nova abordagem. A partir desse ponto, a motivação está em criar maneiras de tornar essa ideia interessante e divertida para mim e para outras pessoas. Para isso, é muito necessário que o escritor saiba o que está fazendo: outra premissa que sigo é a de que é preciso “respeitar” a ideia; é preciso tratá-la como você trataria um filho, dando-lhe não apenas o melhor de si, mas fazendo para ele as melhores escolhas, entendo quais são elas e onde buscá-las — e por isso sou defensor de que escrever não é só uma consequência de uma vontade surgida de uma ideia que emociona o escritor, mas uma responsabilidade, um ofício, e para cumprir com esse ofício, o profissional precisa estudar, entender os mecanismos que transformam uma ideia em uma boa história, dedicar seu tempo não apenas à escrita, mas ao estudo da escrita. E quanto mais o escritor se dedica a isso, melhor para sua história. Aí mora a minha motivação: fazer a ideia se tornar a melhor história que jamais poderia ser sem minha intervenção (pode parecer um pouco prepotente, mas esse “melhor” é uma “busca” e não uma certeza, porque sempre achamos que poderia ser melhor). 

Como analisa a literatura de terror/horror escrita por autores brasileiros? 

Preciso primeiro contextualizar: as histórias de terror, o sobrenatural, a fantasia... estão no nosso cotidiano desde sempre. Estão na formação do menino de interior que fui, sentado à mesa da cozinha dos meus avós e ouvindo histórias de assombração, de mula sem cabeça, de casas assombradas no final daquela rua mais escura do bairro. Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Aluísio de Azevedo, Guimarães Rosa e vários outros escritores clássicos já escreveram histórias de terror, já abordaram o sobrenatural. A maioria das pessoas têm interesse por coisas inexplicáveis e que assombram, e uma boa história não passa incólume a seus olhos — seja por qual plataforma vier: livros, podcasts, séries e filmes, novelas!

Mas o que é bem perceptível hoje é o crescimento do número de escritores e histórias de terror sendo publicadas. Isso se dá muito pela facilidade de publicação que experimentamos nos últimos anos. A possibilidade da impressão sob demanda ou em pequenas tiragens, e mesmo as plataformas de publicação de livros digitais (especialmente o Kindle), movimentaram o mercado livreiro de uma forma que as grandes editoras não conseguiram ainda compreender totalmente. Todo um novo mercado, dentro do mercado editorial, foi criado. Algumas editoras médias e pequenas começaram a buscar esses escritores autopublicados para apostar nesse ou naquele livro. Ainda é um movimento em ascensão e tem muito para crescer, apoiado em perfis literários de redes sociais como o Instagram e o Tiktok, que já têm e terão cada vez mais uma responsabilidade enorme de fazer o mercado de livros de gênero (não só os de terror) crescer cada vez mais.

Nesse ponto entra a necessidade de profissionalização do escritor, de encarar a escrita não apenas como uma expressão artística bruta, mas que precisa ser lapidada, estudada, melhorada com técnicas e o desenvolvimento das habilidades necessárias para se contar uma história. Existem muitos excelentes escritores de terror sendo publicados por médias e pequenas editoras hoje, e também por autopublicação. Escritores que visivelmente entendem o que estão fazendo, sabem como dar forma a uma ideia. Mas infelizmente também temos os que precisam se preocupar um pouco mais com a técnica, com as melhores formas de estruturar uma narrativa, com a fluidez do contar... 

Você é o editor da editora Tramatura. Por que resolveu abrir uma editora? 

Na verdade, não sei exatamente quando a ideia de abrir uma editora me veio — faz bastante tempo. Acredito que isso tenha surgido bem cedo por ser um apaixonado por livros. Contudo, esse era um mercado que eu não conhecia até alguns anos, que estava distante de mim. Mesmo publicando desde 2007, só em 2017 é que a ideia começou a tomar forma, quando meu livro “Relicário da Maldade” foi publicado pela Transversal — que é um selo da editora Oito e Meio.

Quando esse livro foi publicado, tive a oportunidade de acompanhar muito de perto o processo editorial que transforma um original em um livro de fato. Também foi o período em que me dediquei mais ao estudo e especialização de escrita criativa e me dediquei à pós-graduação nessa área — o que me deu a oportunidade de estar muito perto de grandes profissionais do mercado.

Em 2018, embora estivesse começando a tratar da publicação de “A Casa das 100 Janelas” com a editora de “Relicário da Maldade”, decidi fazer uma experiência: e se eu mesmo editasse o livro, do começo ao fim? E assim começou a jornada para não apenas “ver e entender” o processo editorial, mas colocar a mão na massa. Passo a passo, o projeto foi ganhando forma, fui entendendo a necessidade de contatar e contratar profissionais para revisão, diagramação, gráficas, registros, distribuição... Posso dizer que “A Casa das 100 Janelas” foi uma escola. E, a partir daí, sempre com o pé no chão, vieram outras publicações — como os livros da coleção Biblioteca Clássica de Espantos e Assombros (edições de histórias de escritores clássicos com viés sobrenatural, especulativo, de ficção científica), as edições pulp Científica Ficção e a recente Gritos de Horror...

E para este ano teremos pelo menos mais 2 escritores nacionais contemporâneos sendo publicados pela Tramatura. 

Como é seu processo criativo? 

Em geral a ideia surge de alguma fonte externa que pode ser uma música, uma cena do cotidiano, um filme ou livro, um vídeo que aborda certo tema. Aquela ideia fica me acompanhando por um tempo, feito um fantasma me assombrando. E então, se ela ainda está ali depois de alguns dias, é hora de prestar atenção nela e usar o que eu costumo chamar de “chave da imaginação” — é o mecanismo que transforma a realidade em algo completamente novo e vem na forma de uma pergunta: “e se...?”

Nesse ponto eu começo a moldar a história, ainda sem me preocupar com a escrita, com a forma. Esse é aquele momento mágico em o escritor se vê espantado e seriamente interessado pela chama criativa que nos ilumina vez em sempre.

O passo seguinte é saber se a ideia sobrevive a alguns parágrafos?

Então eu me sento e escrevo algumas páginas. Não necessariamente aquilo será um começo de história (na maioria das vezes é), mas uma proposta para mim mesmo. E, quando termino essas primeiras páginas, preciso ainda estar com aquela necessidade de continuar — mas aqui está a importância de recuar e entender que o processo de escrita é mais do que simplesmente colocar palavras no editor de texto. Esse é o momento em que paro tudo e começo a estruturar a história — começo, meio e fim, eventos catalizadores, forma de narrativa, qual o melhor protagonista para aquela ideia, que tipo de personagens serão necessários para levar a história adiante. Isso não significa que saberei exatamente como será o fim (às vezes acontece de o escritor saber como será o ponto-final da história, como eu sabia em “Alice em Silêncio” e em “Terra de Almas Perdidas”, mas não é necessário). O que é preciso é saber qual caminho será trilhado, em que ponto da história esse ou aquele tipo de evento vai acontecer, porque isso dá coesão ao texto, à narrativa, dá fluidez à história. 

Qual o seu próximo projeto? 

“A menina que fotografava estranhos” está programado para agosto — o mês do folclore! E isso tem tudo a ver com a história. “Terra de Almas Perdidas” foi um flerte com o folclore nacional, porque o objeto central da história é uma garrafa com um cramulhão que realiza os desejos de quem a toca. Mas em “A Menina que Fotografava Estranhos” eu queria mais do que um flerte, então busquei o máximo de referências da nossa cultura em pesquisadores como Câmara Cascudo, Januária Cristina Alves, cultura Tupi... para criar uma história que não deixasse nada a desejar aos grandes nomes da fantasia europeia e estadunidense. Se eles têm bruxos, magos, vampiros, lobisomens... nós temos centenas de criaturas mágicas no nosso imaginário. E que tal uma aventura cheia de fantasia e terror usando o que temos de melhor no nosso folclore? 

Link da editora: 

https://www.tramatura.com.br/ 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

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