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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Luís Roder, os livros dos alunos e a ABC Geek Shop, por Sérgio Simka e Cida Simka

Luís Roder - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.
 
Meu nome é Luís Antônio Roder, tenho 44 anos, casado, sou paulistano e moro em Mauá (SP) há 39 anos, formado em Letras pela Fundação Santo André e pós-graduado em Arte e Educação, sou professor de língua portuguesa e inglês na rede estadual de ensino há 25 anos, mas já trabalhei com educação especial e fiz parte da equipe de coordenação pedagógica da Secretaria de Educação de Mauá.
Amo arte em geral em todas as suas modalidades, música, pintura, escrita, escultura, cinema, quadrinhos, cada uma delas em todos os seus estilos, amo o belo e o grotesco e me fascino do popular ao mais hermético segmento de cada uma. Adoro pesquisar e me aprofundar em cada ramo das artes.

ENTREVISTA:

Você é professor. Como analisa a educação hoje e o ensino de português em particular?
 
Venho de uma família de professores, cerca de setenta por cento dos meus familiares o são, e lecionando desde 1993, sinto que,  em primeiro lugar, a desvalorização da classe como um todo já é alarmante e tem grande influência no papel  desmotivacional  de educadores e educandos, mas em especial o ensino de língua portuguesa apresenta aspectos mais complicados em função da recente Era Digital, onde tanto educadores,  pais e alunos estão se adaptando aos recursos, novos hábitos e paradigmas criados em função do domínio dessa tecnologia.
Porém ao invés de ficar na lamentação, resolvi partir para a ação, utilizo as minhas aulas para fazer uma reflexão de como a linguagem é importante no cotidiano das pessoas e o uso das redes sociais faz com que os alunos entendam a importância de uma leitura contextualizada e aprofundada, como sempre inicio as aulas nos últimos anos com a pergunta : “Qual seria a graça e a função do Facebook se não houvesse a linguagem?”, a graça de um meme ou uma crítica se faz presente justamente nesse aspecto, como seria possível desfrutar tudo isso sem um domínio de linguagem literal e figurada, relacionar a intertextualidade, uso de figuras de linguagem, etc.? Porém para que isso ocorra, o exercício prático que faço com os meus alunos de nonos anos do ensino fundamental acontece na prática intensa de leitura e escrita, sendo cada um com seu exercício próprio, ler ajuda a desenvolver a escrita, mas a escrita exige prática sistemática, com exercícios específicos de gêneros e temas diversos.
Como o Felipe da Pacobello disse em sua entrevista (http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/05/felipe-dallolio-pacobello-e-o-sebo-e.html), uma das motivações essenciais para o hábito da leitura é necessário os pais deixarem que os filhos escolham seus livros de interesse pessoal para depois partirem para uma leitura mais institucional como as obrigatórias do Enem e dos vestibulares, pois é preciso, primeiro lugar, pegar gosto e prazer pela leitura e com isso o processo de aprofundar as temáticas a serem lidas se desenvolverá naturalmente.
Uma prática das minhas aulas é que um dia da semana cada turma tem uma aula para ler o que quiser, desde que com o consentimento dos pais sobre o livro, onde nessa aula todos lerão durante cinquenta minutos o que quiserem, independentemente do estilo ou dificuldade da leitura. O resultado é que essa aula é a favorita de muitos deles e outros, cujo hábito de ler era praticamente inexistente, começa a se tornar uma realidade e a tomarem um apreço a essa nova prática.
Além disso, todos irão produzir dois livros durante o ano com todos os aspectos que envolvam o mesmo, como capa, produção artística, além da história em si, que, dependendo do momento da turma, terá algumas limitações em relação à personagem ou ponto de vista da narrativa ou um tema proposto por mim, este ano o primeiro livro tinha como premissa ser uma história fantástica. E aí surge um outro ponto interessante do processo, no qual muitos descobrem o encanto em escrever e criar os seus próprios universos, assim como poderem se expressar e darem voz aos seus medos, angústias e sonhos.

Você gerencia a ABC Geek. Fale-nos sobre a loja.
 
A ABC Geek Shop surgiu de uma necessidade e oportunidade do acaso e não foi previamente planejada. Eu sempre colecionei, quase como um acumulador, as mais diversas coisas, como quadrinhos, brinquedos, filmes, discos e livros e essa coleção ficava na casa dos meus pais com um espaço de cerca de oitenta metros quadrados e em 2015 eu me casei e mudei para um apartamento de sessenta metros quadrados e não tinha onde sequer guardar grande parte das minhas coleções, então vi que tinha que começar a me desfazer  de muitas delas e ao comentar com o Alex Ferreira , o meu sócio na ABC Geek Shop, que já possuía a prática de desenvolver eventos nessa área, ele é o organizador da Heromix, um tradicional evento de cosplay e cultura geek na cidade de Mauá , surgiu a ideia de vendermos os produtos em uma loja virtual no Facebook e Mercado Livre, além de fazermos eventos de feiras de quadrinho e vinil, pelo menos uma vez por mês, com alguns parceiros regulares, como os bares Parada 7 em Santo André (SP) e o Mossoró Rock Bar em Mauá .
Hoje além de vendermos gibis, discos, brinquedos, quadros e artesanatos, também fazemos trocas e aceitamos doações de materiais como o nosso para que o sejam colocados de novo ao apreço de quem curte esse tipo de cultura.
E o resultado tem sido muito interessante, pois nos eventos acabamos conhecendo novos aficionados na cultura geek e sempre aprendemos mais sobre o assunto nesse contato com o público e também eles não se destinam apenas às vendas, pois também temos outros participantes que dão palestras e expõem seus trabalhos, como o cartunista Lexy Soares, de Mauá, temos exposições de brinquedos antigos e passamos séries e filmes, isso acontece no Mossoró Rock Bar, que cede parte de seu espaço para esse tipo de evento e no Parada 7 sempre há shows de rock incentivando bandas locais com outros expositores no evento.


Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?

Ele pode visitar a nossa página no Facebook ABC GEEK SHOP https://www.facebook.com/abcgeek   ou participar dos eventos que são divulgados também no Facebook.
Além disso tenho um blog com os meus trabalhos de poesia, já estou no sexto livro, infelizmente os disponibilizo apenas no modo virtual no meu blog www.adialeticapoetica.blogspot.com  e pelo e-mail nimbusgoatburn@gmail.com .

Como analisa a questão da leitura no país?

Apesar da falta de incentivo ser um grande obstáculo, tanto para incentivo a ler e a produção de material novo, ainda sou otimista e prefiro ver o copo meio cheio, pois iniciativas como a do Núcleo de Escritores do Grande ABC (http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/03/nucleo-de-escritores-do-grande-abc-por.html) e a revista de vocês (Conexão Literatura) e outras iniciativas nessa seara são um alento para que os jovens comecem a se envolver com a leitura e a escrita e não apenas os jovens mas também uma geração que não tinha meios de se expressar e  hoje a tecnologia permite que isso aconteça, vejo muitos eventos envolvendo saraus e leituras criativas acontecendo simultaneamente e isso é muito bom, mas é preciso apoio sistemático e institucional também, o que infelizmente acontece em menor escala.

O que tem lido ultimamente?

Adoro ler, mas durante o ano letivo sou consumido pelas leituras dos meus alunos, pois dou quatro redações por bimestre o livro semestral deles que toma um grande tempo, pois é fundamental que o aluno saiba que o professor efetivamente lê as suas produções para que ele se dedique cada vez mais a esse trabalho.
Sempre tento encontrar um tempo para a Simone Beauvoir e o Jean-Paul Sartre, adoro a ideia do existencialismo e estudá-lo é um grande prazer para mim, porém como estava estudando para o concurso público do TRT estava imerso na Constituição Federal e na CLT, que se mostraram bem interessantes no que concerne ao nosso desconhecimento de direitos e também deveres.
E os dois livros que estou lendo no momento são O Analista de John Katzenbach e O Cemitério de Praga do Umberto Eco.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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