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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Babi Borghese mistura Jalapão, Grã-Bretanha e Vaticano em romance de estreia

Escritora transporta o leitor para a Escócia, o sul da Inglaterra, os Arquivos Secretos do Vaticano e o deserto do Jalapão para romancear o nascimento do barroco no século 17, em obra lançada simultaneamente no Brasil e em Portugal.

Ex-publicitária, ex-jornalista, atual estudante de alquimia e agora também escritora, Babi Borghese revisita a Roma barroca em meu primeiro romance histórico, Em nome do papa (Chiado, 322p).

“Um livro dentro de um livro; uma viagem dentro de uma viagem – ou várias” define a autora, causando certo suspense. “Viagens pelo mundo, pelo tempo e pelo interior da alma.”

Em nome do papa reconstitui o nascimento do barroco na Itália do século 17 por meio de fragmentos - de tempo, de consciência, de informações. Como brinca a própria escritora, "este é um romance histórico de fatos reais baseados na mais pura ficção”.

Foram quatro anos de pesquisas e, cabalisticamente, quatro meses de escrita. Durante o processo, Babi teve que aprender italiano para passar dois meses na Itália estudando história da arte, vasculhando bibliotecas e os Arquivos Secretos do Vaticano. O melhor dessa experiência está registrada no livro, por meio das vivências da protagonista, espécie de avatar da autora.

Como boa leonina, logo na estreia da carreira literária Babi se propôs a um desafio: redigir o diário de um príncipe conforme sua idade, amadurecendo aos poucos a linguagem desse personagem, dos seis aos 56 anos. No decorrer desse tempo, capítulos ficcionados a partir de momentos históricos colocam em cena grandes personagens de época como Gianlorenzo Bernini, o cardeal-nepote Scipione Borghese e o papa Paolo V, estes dois provavelmente seus ancestrais, que ela ainda tenta confirmar, quem sabe para um segundo volume. Ela tinha ideia de continuar montando sua árvore genealógica na Itália em 2020, mas a pandemia adiou seus planos.

Em nome do papa faz parte da coleção Viagens na Ficção, da Chiado Books, com sessão de autógrafos na Martins Fontes da Paulista no dia 17 de outubro de 2021, das 17h às 20h. Mas já pode ser adquirido pelos seguintes links:

Chiado Books

Martins Fontes

Livraria da Travessa

Cultura

Fnac Portugal

Bertrand Portugal

Amazon (ebook)

Kobo (ebook)

Google Play Livros (ebook)

Sobre o livro:

A jornalista cultural Solana Borghese dedica-se a estudos de alquimia e parte pelo mundo com alguns colegas para conhecer lugares demarcados pelas Linhas Ley – vórtices de energia que cruzam o planeta Terra. Uma dessas jornadas a leva ao seu passado na Itália dos seiscento, época em que os Estados da Igreja, Caravaggio, Bernini e Galileo traçavam os rumos da política, da religião, da arte e da ciência.

Desvende com Solana essa eletrizante fase da história da civilização. Viaje com ela pela Escócia medieval, a lendária Ilha de Avalon, a Roma barroca e a São Paulo contemporânea, além do atemporal deserto do Jalapão. Vasculhe com a protagonista os Arquivos Secretos do Vaticano e o Zodíaco de Glastonbury. Ajude-a a decifrar o enigma que a assola: quem foi ela, afinal?

Sobre a escritora:

Paulistana com um pezinho no resto do mundo, Babi Borghese sempre que pode dá umas viajadas, o que lhe permitiu já ter levado sua mochila de estimação para passear em muitos países e também por vários pedacinhos de Brasis. Formou-se em publicidade. Trabalhou com produção de jingles no studio Spalla até a invasão do sintetizador, quando tudo perdeu a graça. Foi fazer anúncio de cliente direto para o After Eight, um jornal que só falava da noite em São Paulo - baladas mil, com redação dentro de um bar, o House. Num pulo, virou jornalista. Cultural, sempre (nunca cobriu greve nem buraco de rua). Depois fez assessoria de imprensa (de casa noturna, teatro, televisão, jamais de político ou jeans). Também trabalhou na Rede Record. Pula daqui, pula de lá, foi parar no Itaú Cultural, onde continuou pulando - da assessoria para comunicação corporativa, para literatura, para o jornalismo cultural, para tudo ao mesmo tempo, por quase 20 anos, obtendo o reconhecimento da Who’s Who Storical Society americana (2001-2002). Desde 2013 dedica-se à astrologia e à gastronomia alquímicas e projetos pessoais como este, em outro instigante desafio. Agradece ao Universo pelas delícias de navegar meio sem leme, deixando a vida seguir a maré...

Livro: Em Nome do Papa

Editora: Chiado

Ano de publicação: 2021

Número de páginas: 322

ISBN: 978-989-52-9737-5

Coleção: Viagens na Ficção

Idioma: Português/BR

Preço de capa: R$46,00 – Ebook R$20,00 (Brasil)

Sessão de autógrafos: 17 de outubro de 2021 (domingo), das 17h às 20h, na Livraria Martins Fontes – Av. Paulista, 509 – Metrô Brigadeiro, São Paulo/SP.
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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Livro sobre gestão empresarial é guia de bolso para qualquer negócio


Título "Administrando sistemas, gerindo processos e engajando pessoas" explica como melhorar o desempenho empresarial

Uma gestão estratégica, que seja capaz de ver o todo, faz a diferença para o bom desempenho de um negócio. No livro “Administrando sistemas, gerindo processos e engajando pessoas”, o autor Luiz Otávio Goi Jr. traz ferramentas e metodologias para desenvolvimento de uma gestão empresarial organizada.

A proposta da obra é nortear diversos profissionais, sejam eles iniciantes na carreira, técnicos de sistemas ou gestores. “O livro tem uma linguagem fácil, então, mesmo quem não tem o hábito da leitura o compreenderá muito bem. A obra orienta em como melhorar estrategicamente o negócio, desde sistemas implementados até o engajamento profissional da equipe”, explica o autor. 

Nas 116 páginas do livro, Luiz dá detalhes de uma boa gestão, unindo sistemas, processos e pessoas. “Uma das teses em que defendo é que, para uma gestão correta, é necessário administrar o sistema da empresa  voltado para uma boa gestão – ou seja, ter uma estratégia para coordenar o todo (frente a frente). Além disso, acompanhar como os processos funcionam e,  principalmente, engajar as pessoas diariamente fazem parte do pilar que proponho no título.”

Durante a trajetória profissional, o autor vivenciou as dores de empresas de diferentes tamanhos. Essa bagagem levou a estudar e reunir ferramentas úteis e práticas para o dia a dia de companhias. Após acompanhar e dar manutenção em sistemas de gestão em diversos contextos, Luiz reuniu, em livro, o que o autor considera como um guia de bolso para qualquer negócio.

“Por apresentar ferramentas simples e sem a necessidade de custos adicionais, as soluções apresentadas no título se aplicam a qualquer empresa. Cada exemplo é acompanhando de uma explicação prática, o que facilita a compreensão e aplicação”, afirma Luiz.

A obra “Administrando sistemas, gerindo processos e engajando pessoas” é uma publicação da editora Chiado Books e está disponível em todo o Brasil. Livrarias como Cultura, Curitiba, Amazon, Martins Fontes paulista e Travessa oferecem o livro. Além disso, e-commerces como Extra, Ponto Frio, Submarino e Americanas são outros canais online para encontrar o título, que tem preço sugerido de R$ 33.


Sobre o Autor

Luiz Otávio Goi Jr. tem formação na área ambiental, especialista em educação, sistemas de gestão integrados e MBA em Gestão empresarial. Tem expressiva vivência em gestão no ramo da indústria, no qual soma mais de 14 anos de experiência nos ramos automobilístico, energia e bens de consumo. Atualmente, é executivo em sistemas de gestão em indústria de grande porte, autor do livro “Administrando sistemas, gerindo processos e engajando pessoas” e publica artigos periódicos voltados a sistemas de gestão em revistas e páginas técnicas na área.
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

"Caçadores de Ursos", de Eduardo Medina, promete levar o leitor numa viagem até ao reino nórdico de Sonreike


Uma viagem até ao reino nórdico de Sonreike

Recentemente lançada, "Caçadores de Ursos" promete levar o leitor numa viagem até ao reino nórdico de Sonreike. A escuridão prevalece. E apenas a Lua e as estrelas iluminam os homens que, tendo sobrevivido às caçadas, regressam vestidos com peles de urso. Uma Obra de Eduardo Medina, um apaixonado pela cultura nórdica.

SINOPSE
"O antigo reino nórdico de Sonreike já se via na escuridão por tempo demais. Apenas os fogos das chaminés aqueciam os homens, apenas a Lua e as estrelas iluminavam o chão.

A Lua, agente das trevas. As estrelas, mensageiras do Sol. Apenas os pinheiros se mantinham verdes naquela terra sem cor. Quando as estrelas se alinhavam no céu, os bearjagares, ou Caçadores de Ursos, adentravam o deserto gelado para derrotar as grandes feras brancas, o símbolo de força na Terra. O lendário Argus Hanson comandava novatos e veteranos nos seus trenós de madeira, conduzidos por obedientes renas. Os sobreviventes da caçada vestiam as peles de ursos viradas do avesso, com a carne vermelha cintilante para fora e os extremos dos braços e pernas mostrando um pouco do pelo branco.

Os jovens escandinavos, com as barbas esbranquiçadas pelo gelo, traziam nozes e peixes para saciar a fome dos homens. Oferendas e sacrifícios eram colocados aos pés dos pinheiros. Se os Deuses os favorecessem, com a voltado Sol, a sabedoria venceria a ignorância, a vida venceria a morte e a luz acabaria com as trevas. Mas naquele Solstício, a morte farse-ia de gente e faria de tudo para impedir que o Reino visse novamente os raios de luz."

BIOGRAFIA

Eduardo é um designer de software por profissão, leitor e estudioso amador da cultura nórdica nas horas vagas entre outras coisas.

Após trabalhar em algumas das maiores empresas do Brasil, foi chamado para trabalhar na Escócia, onde obteve a inspiração e a tranquilidade para escrever "Caçadores de Ursos". Atualmente morando em Londres é empreendedor em tecnologia para a educação, designer de softwares e escritor.

CRÍTICA
«Desde as primeiras linhas somos apresentados à atmosfera hostil do Reino do Sol e à aflição constante de seus habitantes diante da espera da luz», escreveu, no site Wattpad, um dos primeiros leitores do livro. «O mal que espreita o Reino do Sol não se limita a feras selvagens. Há muitos outros perigos escondidos sob a face da maldita Lua, rondando o reino do Rei Erick Larson", diz ainda, salientando que «a narrativa traz a sensação de proximidade para com cada personagem, cada morte ou batalha travada nas gélidas terras de Sonreike».

«Amole suas adagas, exale coragem e mantenha a firmeza em seu olhar, pois os Deuses da Morte estão a caminho e Sonreike precisará de toda e qualquer ajuda. A escuridão de Sonreike revela grandes surpresas. Deixe que os poemas dos poetas guerreiros despertem sua bravura e siga sempre em frente», finaliza.

SOBRE A EDITORA
A Chiado Books é uma chancela do Break Media Publishing Group. Trata-se da maior editora do mundo em Língua Portuguesa em volume de obras publicadas. Ao celebrar, em 2020, 12 anos, a Chiado Books confirma que, mais do que uma missão, publicar livros é a paixão que move toda a equipa.
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Alexandre Mascarenhas e o livro “À Sombra do Barco” (Chiado Editora)

Alexandre Mascarenhas - Foto divulgação
Alexandre Mascarenhas é graduado em Comunicação Social (Jornalismo), pela Universidade de Brasília (Unb, 1980); Mestre em Educação, pela Universidade Católica de Brasília (UCB, 2010); professor no curso de Comunicação Social (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Cinema), IESB, 2006/2009. Autor do romance À sombra do barco (Chiado Editora, 2017), uma história narrada por um professor, em sala de aula, com uma turma da disciplina Ética, Sociedade e Publicidade. Autor do livro de contos Abra a boca e cale o bico (Editora Thesaurus, 1991), uma coletânea com 10 narrativas curtas na esfera do Realismo Fantástico; autor do livro de poesias Folhas Partidas – edição própria.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Alexandre Mascarenhas: A minha formação em Comunicação Social (Jornalismo) teve, de fato, uma forte influência na descoberta do meu interesse pelo campo da produção de textos. Para aprender a escrever você precisa se tornar um viciado em leitura, dizia um professor de redação jornalística da Universidade de Brasília, olhando-me fixamente, sem piscar. Se existiu um início, foi, sem dúvida, por aí que comecei. Inventava tempo para ler em meio a um curso agitado que exigia a nossa participação dentro e fora de sala. O conteúdo teórico e a prática da escritura de textos jornalísticos ― reportagens, matérias, entrevistas ― misturavam-se a uma crescente mobilização dos estudantes contra a ditadura militar. Contra a tortura. Contra os assassinatos. A favor de uma educação de qualidade; a favor da criatividade e da liberdade de expressão. Foi nesse contexto que ingressei em múltiplas atividades culturais, por intermédio do cinema, da dramaturgia e da poesia. Um pouco depois, vieram as narrativas curtas.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “À Sombra do Barco” (Chiado Editora). Poderia comentar?

Alexandre Mascarenhas: O meu primeiro romance, `A sombra do barco, tornou-se uma imposição que começara a crescer de modo mais intenso no período em que eu ingressei na carreira docente e assumi disciplinas no curso de Comunicação Social do Instituto de Educação Superior de Brasília, IESB. Sem me dar conta em um primeiro momento, enquanto construía o conhecimento junto aos estudantes, tomava forma a voz do narrador de uma história que já estava ali e precisaria o quanto antes ser escrita. Estava claro de que não se tratava de uma narrativa breve, como ocorrera antes com o livro de contos, Abra a boca e cale o bico (Editora Thesaurus, 1991). Portanto, o jornalista professor estava diante do desafio de escrever um romance.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Alexandre Mascarenhas: No final de 2013, já durante o mês de dezembro, eu tomei a decisão de iniciar a produção do romance, que ainda não possuía um título definitivo. Mas antes de escrever a primeira linha, decidi que seria útil realizar por minha própria conta uma pesquisa sobre “estrutura narrativa”, sobre as principais características do gênero romance. Lembro que eu acreditava que este seria um momento de encontrar e/ou desenvolver as principais ferramentas com as quais eu pretendia criar a vida, como sugere James em seus Prefácios. Sobre o início de uma obra, Henry James diz que “surgem, talvez, aqui e ali, inusitados reflexos que projetam sombras. Súbito, elas se movem”. James fala em “a sombra da sombra”. Está à procura de um germe que vai “desabrochar nos jardins da vida”. Busca, portanto, uma inopinada intuição, uma “vibração”. Um “lampejo”.
Logo no início da tal pesquisa, deu com A poética de um romance: matéria de carpintaria, de Autran Dourado. Foi uma leitura instigante e surpreendente, como quem encontra uma garrafa com um mapa antigo dentro dela. Lembro que senti uma pontada de entusiasmo; era um mapa interessante e eu poderia adotar aquela narrativa para criar um plano para o meu romance, ou como se refere Dourado, uma “planta baixa”. Dividi o romance em 08 blocos. Depois passaria a escrever cada um deles, sem necessidade de manter uma sequência, podendo interferir em cada um aleatoriamente. Paralelamente, enquanto colocava em prática este primeiro impulso, encontra em Samuel Beckett uma pista para contribuir com a expressão do silêncio, do indizível, uma maneira de dizer através do não dito, o interdito. Ainda com Beckett, assimila e usa como louco o princípio de “recursividade”. Entre as fontes mais significativas que emergiram nessa pesquisa e influenciaram a definição de um estilo, pode-se destacar, entre outros, Cristóvão Tezza, Vladimir Nabokov, Clarice Lispector, Edgar Allan Poe, Mikhail Bakhtin, Júlio Cortázar, George Lukács e Ítalo Calvino. O processo de pesquisa e escrita de À sombra do barco foi concluído no final de 2016. Durante 2017 foram feitas as articulações necessárias para encontrar e negociar com a editora responsável pela publicação do livro.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Alexandre Mascarenhas: Já na terceira e última parte do livro (o limite), o narrador topa o desafio de escalar uma serra repleta de abismos e cenários deslumbrantes, por uma das estradas mais perigosas do planeta:
“Os olhos dela, recordo — e isso não vai se apagar —, brilhavam como se emitissem raios de luz. E realmente fazem isso. Tudo que ela diz, então, é em profundo silêncio. Que rumor? Só o início; a poucos metros do início. Por isso o fim de tudo. A pista de concreto como se fossem levantar voo. Os infindáveis tons de verde em contato com o azul lúcido e fixo; elementos que ela colhe com gigantesca atenção e usa depois, quase em transe e, de fato, profundamente emocionada. Seus traços. Os passos ainda mais lentos de cá para lá tentando entender a sutil linguagem das folhas, seus galhos e ramos. Como se fosse impossível subir”. (À sombra do barco, 2017, p. 198)

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Alexandre Mascarenhas: Os interessados em comprar o livro, tanto na versão física quanto digital, podem acessar o seguinte link: https://www.chiadobooks.com/livraria/a-sombra-do-barco

Para os que necessitam mais informações sobre o autor ou outras maneiras de comprar: alexmascarenhas1@gmail.com / (61) 99404-1447.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Alexandre Mascarenhas: Por enquanto, o foco é a divulgação deste romance e a tentativa de obter visibilidade.

Perguntas rápidas:

Um livro: “Cem anos de solidão”, Gabriel Garcia Márquez.
Um (a) autor (a):
Um ator ou atriz: Fernanda Montenegro
Um filme: “Laranja mecânica, Stanley Kubrick.
Um dia especial: Libertação do Lula.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Alexandre Mascarenhas: Muito obrigado à CONEXÃO LITERATURA pelo espaço e profissionalismo!
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domingo, 9 de setembro de 2018

Livro "Travestis Brasileiras em Portugal", do autor português Francisco J.S.A. Luís


Sinopse: O século XXI acentuou a celeridade dos processos globalizantes e a densificação de tecidos urbanos repletos de contrastes. O mundo já não é a preto e branco e o anonimato trouxe consigo a cor sob a forma de diferença, que, enquanto experiência vivida, se tornou comunitariamente possível na cidade. Quebra-se na prática a uni-direccionalidade entre sexo e género ou entre sexo e sexualidade, enfrentando-se esquemas de pensamento enraizados. O paradigma máximo desta autonomia sistémica alcança-se na construção de uma identidade travesti mutante, mutável e instável que acompanha um mundo profusamente povoado por fluxos intensos e interdependências várias. É na sociedade global que as travestis encontram espaço para a vivência transnacional e comunitária das viagens trans. Brasil, europa, cidade, prostituição e migração surgem como fatores chave para a sua disseminação geográfica e identitária. A rua tornou-se a sua nova casa e as outras travestis são agora a sua família. 

CITAÇÕES:

1 - Este olhar atento da estrutura sobre os indivíduos, procurando descortinar comportamentos desviantes, reflecte de alguma forma a imagem do panóptico elaborado por Jeremy Bentham em 1791 (Foulcault, 1975), onde através da arquitectura se constatam e reforçam relações assimétricas de poder. Nesta estruturação espacial do poder, em cada cela estaria um indivíduo constantemente vigiado por uma entidade, para ele invisível, a partir de uma torre central, equidistante e situada no mesmo plano relativamente a cada uma dessas celas, dispostas de forma circular relativamente a esse centro vigilante – a torre. A torre simboliza o poder que todos têm consciência que existe. Um poder que actua pela vigilância constante dos desvios à sua norma, sendo essa vigilância impossível de detectar, pois os vigiados, não vislumbram a partir do ponto onde se encontram, quem lá está dentro, ou sequer, se está alguém lá dentro.

2 - Neste palco socialmente sinuoso e tumultuado, renunciarão as travestis a direitos ou procurarão vias alternativas à sua realização? Ou flutuarão – tal como se produzem discursivamente no feminino ou masculino – entre uma e outra situação, consoante a leitura realizada do contexto em que interagem, as aconselhe? Será a estrutura sempre opressora ou permitirá, ainda que involuntariamente, que sujeitos por ela proscritos, encontrem nela, ainda assim, meios para estrategicamente se viabilizarem activamente?

3 - Neste enquadramento a construção de género travesti constitui‑se como um campo social, assim como o é a prostituição que exercem.
Nesse âmbito existem recursos como alojamento na cidade para onde emigram, local na rua onde lhes é permitido prostituir‑se, competição com outros grupos dedicados à prostituição – como a feminina e masculina – competição por especificidades identitárias face a outras figuras como drag‑queens e crossdressers, confronto com os princípios heteronormativos – em suma hierarquização de campos e capitais sociais, neles produzidos, atingidos e valorizados nos seus vários domínios.

4 - Não há espaço nem tempo por si só, existindo autonomamente e desligados do comportamento humano, ao invés, espaço e o tempo são produzidos, são resultado das práticas e comportamentos dos indivíduos. Os movimentos a partir dos quais são produzidos – ao mesmo tempo que a sociedade, ela própria, se produz – podem ser chamados de espacialidades e temporalidades.

5 - Ponteados pela produção de novas espacialidades e temporalidades (Lédrut, 1979, Cf. mobilidades Rémy e Voyé, 1994), que fazem colapsar velhas temporalidades e espacialidades, mais limitadas e centradas sobre si, nada é certo e geracionalmente transmitido como inquestionável.
O self abandona o isolamento recatado das sociedades tradicionais, estáveis e no âmbito do Estado‑Nação moderno – mais ou menos contemporâneo da emergência das grandes urbes industriais – auto questiona‑se, questiona o outro, bem como os constrangimentos de que sente ser alvo. O criticismo e a reflexividade convertem‑se na substância essencial da produção da diferença, assentes também em distintas formas de produzir e gerir espaços e tempos, a que correspondem novas sociabilidades e comportamentos, dos quais resulta a emergência de novos campos sociais (Bourdieu, 2002), como os mercados da diferença, secundados em muitos casos por processos de fetichização da mercadoria.

6 - Consideramos as travestis como inseridas nos novos mercados da diferença, onde competem pelo reconhecimento e legitimação dessa mesma diferença, paralelamente, no âmbito da prostituição, elas próprias se convertem numa mercadoria, de resto como constatamos na frase de um anúncio na internet de Erika Carr.: "Sou o seu sonho de consumo."

SERVIÇO:

Travestis Brasileiras em Portugal: percursos, identidades e ambiguidades
Autor: Francisco J.S.A. Luís
Editora: Chiado
Ano: 2018
Número de páginas: 332
ISBN: 978-989-52-3415-8
Para adquirir o livro, acesse: https://www.chiadobooks.com/livraria/travestis-brasileiras-em-portugal-percursos-identidades-e-ambiguidades

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A Liga dos Corações Puros - A Chama, de César Dabus


Antes de explicar a sinopse, já adianto e garanto - mas garanto mesmo! -, que este é o livro mais louco que você vai ler em toda a sua vida. Literatura. Poesia. Espiritualidade. Rock’n’roll. Autoconhecimento. Despertar da Consciência. Meditação. Chakras. Alquimia. A Liga dos Corações Puros é a mistura disso tudo numa coisa só.
Agora, vamos para a sinopse. O universo Flor Estelar vive em intenso conflito. O Exército do Rock’n’roll vs o Exército do Ruído. Esqueça as armas convencionais. Esta é uma história onde atiram Rock’n’roll com instrumentos musicais. Sim, os próprios instrumentos “atiram”. Os ruidosos querem continuar causando desarmonia espiritual para propagar o materialismo, enquanto os roqueiros querem trazer harmonia espiritual de volta ao universo. 
 E foi nessa sociedade onde Zakzor nasceu. E desde pequeno fora condicionado, robotizado, para servir ao desarmônico sistema do Exército do Ruído. Porém, Zakzor tinha poderes mediúnicos, também conhecidos como Intuição. Em outras palavras, sua Voz Interior. E isso era “errado”. Você não podia viver conforme a “sua Voz Interior”. Você devia viver conforme “Voz-do-mundo”, a Voz Exterior. A voz social que te conduz, que te robotiza a fazer aquilo que “foi condicionado como certo”. Ouvindo Intuição, Zakzor chega à Liga dos Corações Puros, onde é recebido por sete mestres que o guiam numa jornada interior de autoconhecimento para o despertar de sua consciência e encontrar a harmonia espiritual dentro de si mesmo.

A Chama é o primeiro livro de uma saga. Embarque nesta aventura mais do que recheada de batalhas, sofrimento, meditação, cantorias, e procure conhecer um pouco mais sobre você.

SOBRE O AUTOR: César Dabus Nas fronteiras paulistanas, em época capricorniana, mais precisamente dia 16 de janeiro de 1992, César Dabus encarnou. Apesar de ter sido uma criança levada,hiperativa, aos seis anos sua escrita começou. Escrevendo reflexões,pensamentos e desabafos do dia a dia em um pequeno caderno, escrevia sobre quem e o que queria. Aos onze anos, bateria começou a tocar. E mesma época, Rock’ n’ roll começou a estudar. Estudando sobre sua banda favorita, The Who, chegou até um guru chamado Meher Baba que lhe introduziu na espiritualidade. E assim se formou a fulminante e inefável Trindade de César Dabus: literatura, Rock’n’roll e espiritualidade, que foram as maiores influencias na composição desta Grande Obra.

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sábado, 18 de agosto de 2018

Livro "Travestis Brasileiras em Portugal", do autor português Francisco J.S.A. Luís


Sinopse: O século XXI acentuou a celeridade dos processos globalizantes e a densificação de tecidos urbanos repletos de contrastes. O mundo já não é a preto e branco e o anonimato trouxe consigo a cor sob a forma de diferença, que, enquanto experiência vivida, se tornou comunitariamente possível na cidade. Quebra-se na prática a uni-direccionalidade entre sexo e género ou entre sexo e sexualidade, enfrentando-se esquemas de pensamento enraizados. O paradigma máximo desta autonomia sistémica alcança-se na construção de uma identidade travesti mutante, mutável e instável que acompanha um mundo profusamente povoado por fluxos intensos e interdependências várias. É na sociedade global que as travestis encontram espaço para a vivência transnacional e comunitária das viagens trans. Brasil, europa, cidade, prostituição e migração surgem como fatores chave para a sua disseminação geográfica e identitária. A rua tornou-se a sua nova casa e as outras travestis são agora a sua família. 

CITAÇÕES:

1 - “Ao postular a correlação entre sistema sexo/sexualidade e sistema género, e a sua separação em termos de análise em trabalho posterior (in Vance, 1984), parece ela própria reconhecer o carácter utópico de uma sociedade sem géneros.78 Rubin vê assim a sua utopia também contraditada na prática por um ethos travesti, que assenta essencialmente no masculino e feminino, estruturais – ainda que, como se verá, de forma ambígua.”

2 - “A forma como em contextos específicos se produzem sujeitos particulares revela‑se com carácter de evidência, segundo o autor, pelo facto de o SIM dito por uma mulher a uma proposta de sexo, poder colocá‑la fora do âmbito estabelecido pela heteronormatividade. “A yes to sex can also produce female subjects as being outside heteronormativity.” (Kulick 2003 in Cameron e Kulick, 2006:287). O dizer SIM num determinado sistema sociolinguístico marca sujeitos específicos. O homem deve dizer SIM e a mulher deve dizer NÃO, embora o seu NÃO possa ser entendido como um SIM. A mulher que diga SIM poderá deixar de ser apenas mulher – heteronormativamente integrada – e passar ser muitas outras coisas, maioritariamente pejorativas – heteronormativamente excluída pelos sistemas sexo e género. A linguística tem visto a sua relevância negligenciada como fator de ordenamento de comportamentos.”

3 - “A São Paulo eu não queria voltar porque era muito problema e existia uma cidade perto que era Campinas. Fui para essa cidade, cheguei na cidade e lá tinha normas…para ficar na cidade tinha que fazer aplicação de 3 litros de silicone no mínimo com uma das cafetinas – aqui se diz chula – e se tinha que fazer uma conta no mínimo de $R1500 – (fumando) – eu queria ficar para trabalhar, tinha que fazer essa conta para deixarem a “gente” trabalhar lá. Fiz a conta e fui fazer aplicação de silicone.”

4 - “Chegou uma época que começou a chegar amigas que queriam morar comigo e aí elas não gostaram (as cafetinas), acharam ruim e vieram falar para mim. Eu disse que eram só aquelas pessoas e que dali não saía mais, só que eu já estava cansada de rua…de muita coisa. Conheci um rapaz em Campinas que era muito temido lá! Não usava droga nem nada, mas era uma pessoa de atitude se tivesse que matar um, matava! E ele se interessou por mim e eu para poder ter um local tendo pessoas a trabalhar para mim, eu tinha que ter uma pessoa forte do meu lado!”

5 - “Adriana é uma das muitas que um dia se cruzou com Cris Negão. Após um episódio dramático em que as forças policiais brasileiras a ameaçaram deter por tráfico de droga (que não possuía) ou, em alternativa, ficar com todo o seu dinheiro (chantageando‑a) viu‑se novamente obrigada a recomeçar do zero, momento coincidente com a detenção policial do seu marido em Campinas. Estes dois acontecimentos estimularam uma nova migração, desta feita para Indianápolis, centro de São Paulo. “Quando eu vi aquele negão vindo na minha direcção, meu coração bateu!” Era Cris Negão!” Rapidamente Adriana ficaria a conhecer as regras daquele ponto na cidade e quem as fazia. “Ei! Pra ficar aqui tem que roubar! Bicha que não rouba, aqui não fica! Eu digo! Ai meu deus do céu!”

6 - “Também as travestis se enquadram neste perfil do migrante brasileiro que envia periodicamente remessas para o país de origem tendo como destino os familiares, maioritariamente “ ajudando” as mães.
Ajudo! Minha mãe, meus irmãos… é, a gente têm família, né? Sangue do sangue, não quero que ninguém passe necessidades! Aqui a gente não ganha muito, mas o pouquinho que a gente ganha aqui no Brasil é muito, né? O euro no Brasil são quase três vezes mais, quase três reais. Se eu junto 1000€ são R$3000.
As remessas não só reestruturam afectos, como revitalizam relações familiares total ou parcialmente destruídas aquando da sua saída de casa, motivada por desavenças familiares originadas pela orientação sexual e expressão de género.”

SERVIÇO:

Travestis Brasileiras em Portugal: percursos, identidades e ambiguidades
Autor: Francisco J.S.A. Luís
Editora: Chiado
Ano: 2018
Número de páginas: 332
ISBN: 978-989-52-3415-8
Para adquirir o livro, acesse: https://www.chiadobooks.com/livraria/travestis-brasileiras-em-portugal-percursos-identidades-e-ambiguidades

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terça-feira, 22 de maio de 2018

Jhônatas Kuhn lança “Delírios de uma Mente Perturbada” em São Paulo

Jhônatas Kuhn - Foto divulgação
A queda ao fundo do poço pode ter diferentes leituras. Os fatos que supostamente destroem uma vida podem ser planejados e intencionalmente forjados? Seria uma hipótese correta ou a “vítima” estaria beirando a insanidade? Mas quem a empurraria? E por quê? “Delírios de uma Mente Perturbada” é o primeiro livro da série escrita pelo escritor paranaense Jhônatas Kuhn.

A obra chega em São Paulo durante o mês de junho. O lançamento na capital acontece na livraria Martins Fontes - sábado, dia 02. Já em Botucatu o livro é lançado na semana seguinte, também no sábado, dia 09. O evento ocorre no The Airplane Pub.

A obra conta a história de Alex, um menino de família rica e criado com base em conceitos conservadores e religiosos. Como é o único neto e herdeiro de uma grande empresa, ele foi condicionado pelo avô a ser o futuro administrador da loja da família. Ao longo do tempo, passa a sofrer retaliações e percebe que a oposição dos seus familiares é proposital, o que abala o seu emocional.

O choque entre a sua realidade e a idealizada - cultivada a vida inteira sobre seu círculo familiar - faz o psicológico de Alex beirar a loucura. Seria essa insanidade intencionalmente induzida por seus tios e avós? O que existe por detrás dos acontecimentos? Antes de tomar uma ação, Alex precisa montar o quebra-cabeça. “Trata-se de um livro no qual o personagem vai desconstruindo as suas crenças, confrontando aquilo que foi verdade para ele por toda a sua vida”, explica o autor.

“Delírios de uma Mente Perturbada” é resultado de um processo de amadurecimento pessoal do escritor. Embora lesse muito desde a infância, escrever livros não foi a primeira opção consciente de Jhônatas Kuhn. Formado em Medicina Veterinária, cursou Ciências Contábeis, fez mestrado em Neurociências na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), trabalhou em frigorífico, teve depressão, até entender que sua vocação estava mesmo nas letras e na arte de contar histórias. A obra é a primeira de uma série de quatro livros, cada uma com um enfoque distinto. “Esse primeiro é mais introspectivo, com conflitos psicológicos. O próximo já terá outro foco, para que o terceiro e o quarto tragam outros sentimentos e emoções”, finaliza. Com o selo da editora Chiado, o livro “Delírios de uma Mente Perturbada” pode ser encontrado no site da editora e nas principais redes de livrarias do país.


AGENDA
Lançamento do livro “Delírios de uma Mente Perturbada” – São Paulo:
Endereço: Livraria Martins Fontes -  Av. Paulista, 509 - Bela Vista, São Paulo
Data: 02 de junho (sábado)
Horário: 15h às 18h

Lançamento do livro “Delírios de uma Mente Perturbada” – Botucatu:
Endereço: The Airplane Pub - Rua General Telles nº 1364, Botucatu
Data: 09 de junho (sábado)
Horário: 15h às 18h
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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Márcia Santana e o livro "Ressurreição... A vida, a morte e o renascimento de uma mulher"

Márcia Santana nasceu em Urandi, Bahia, ainda criança mudou-se para São Paulo com a mãe e os irmãos. Estudou História, Comunicação Social, fez pós-graduação na Cásper Líbero, mas seguiu carreira trabalhando com assessoria administrativa, concluindo seus estudos de pós-graduação na FAAP. Desde criança escrevia pequenos poemas e contos em seus diários, retratando suas experiências, seus sonhos e frustrações de uma adolescente. Escreveu seu primeiro livro aos 29 anos, mas deixou esquecido na gaveta. Passou a escrever seus pensamentos e contos no Facebook até que, após ter a conta invadida, saiu de todas as redes sociais, só retornando agora com o lançamento de seu livro.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Márcia Santana: A distração minha e dos meus irmãos, quando crianças, era gibi. Lembro que líamos muito. E esse gosto pela leitura teve continuidade cada vez mais. Meu irmão mais velho devorava livros e eu, escondida, pegava seus livros para ler também. Ele foi minha grande influência no amor pela literatura. Eu já lia Agatha Christie na infância e foram as histórias dela que me ensinaram a prestar atenção aos pequenos detalhes. Entre ler e passar a escrever em diários foi meio imperceptível, mas o sonho de escrever um livro veio com o encantamento que eu sentia com as histórias e o desejo de poder proporcionar isso a alguém também.

Conexão Literatura: Você é autora do livro “Ressurreição... A vida, a morte e o renascimento de uma mulher”. Poderia comentar?

Márcia Santana: É um livro de leitura rápida, uma história pesada e, confesso que por vezes repetitivo com o relato de tantas traições. Mas essa repetição foi proposital, eu quis transmitir justamente esse cansaço ao leitor, para que percebesse que o erro e a estagnação estavam na personagem principal. Eu não queria que a vissem como vítima, porque não é. Emily é vítima dela mesma, que começou sua vida de forma errada e pagou o preço por isso. Meu desejo é que esse livro sirva de reflexão para todos, que consigam enxergar que um relacionamento não pode ser vivido com mentiras, com medos, com violência e muito menos abdicações do sonho individual de cada um. Eu não consigo admitir um homem usar a sua força física, que é muito superior à da mulher, para dominar uma situação, mas admito menos ainda uma mulher, que tem uma percepção muito mais sagaz, se submeter a isso e se autodestruir.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Márcia Santana: Primeiro, o que me levou a escrever um livro com um relato direto, sem muitos detalhes, foi o fato do Brasileiro não ter o hábito da leitura. Sempre questionei as pessoas que não leem, indagando os motivos e, para minha surpresa, a maioria das respostas que tive foi: “não tenho paciência para muita enrolação, tem livro que demora uma página só para contar como a folha caiu da árvore”.  Incrível isso, porque quanto mais detalhes, mais eu me prendo ao livro. Segundo, são os desabafos e as histórias que ouço e vejo ao longo da minha vida e que me deixam indignada. Ao invés de virmos a diminuição dessa forma de relacionamento com o passar das décadas, parece que ele se torna constante no dia a dia das pessoas. E não estou falando de traições sexuais, isso me parece ser um hábito crescente a cada década, falo de autodestruição mesmo, o prazer arcaico que muitos homens têm em rebaixar suas companheiras, em sugar suas energias e depois descarta-las como se fossem lixo. E o fato de muitas mulheres ainda se submeterem a isso, definindo como amor um relacionamento doentio e destrutivo. Terceiro, quis mostrar às pessoas de fora que isso é um transtorno, uma doença e, quem vive isso, precisa de ajuda e não de críticas. E, por último, acho necessária a leitura e o conhecimento da realidade em que vivemos, tanto quanto as fantasias que nos fazem sonhar.
Levei uns dois anos pensando em como transcrever e tornar a história real, usando datas e fatos ocorridos na época em que se passa a narração, mas coloquei no papel em duas noites ininterruptas. Simplesmente veio à mente o desenrolar da trama, sentei, digitei e, sem revisar, mandei para algumas editoras, acreditando que receberia retorno negativo, mas com explicações dos meus erros, assim eu os corrigiria. Mas não é assim que funciona, hoje eu sei.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Márcia Santana: “Meias verdades nunca são verdades. O medo leva à mentira. A covardia leva à mentira. E uma pequena mentira, para evitar uma briga, leva a mentiras maiores, que fogem do controle e são absorvidas pela mente, a tal ponto de você mesmo transformá-las em verdades absolutas.”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre o seu trabalho?


Márcia Santana: O livro e o e-book já estão à venda no site da Chiado Editora: www.chiadobooks.com. Em breve o livro poderá ser encontrado nas grandes livrarias, está em processo de cadastramento, que é um pouco demorado. As pessoas podem falar comigo e conhecer um pouco mais sobre o livro e meus projetos futuros através da página do Facebook: https://www.facebook.com/msmarciasantana. Também tenho recebido muitos e-mails de pessoas que leram o livro e acabam desabafando e criando um vínculo comigo, além das críticas positivas, que vem me surpreendendo.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?


Márcia Santana: Já tenho dois livros quase prontos, o que eu deixei na gaveta, aos 29 anos, que falarei mais para frente, e um sobre os perigos, mentiras e destruições no mundo das redes sociais. E tenho um pronto, que pretendo lançar em breve, sobre o preconceito homossexual, um livro não para o público LGBT, mas para tocar o ser humano.

Perguntas rápidas:

Um livro: Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
Um (a) autor (a): Machado de Assis
Um ator ou atriz: Tom Hanks
Um filme: À espera de um milagre
Um dia especial: Hoje

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Márcia Santana: Sim, que as pessoas passem a ler mais, a entender mais as coisas, os motivos, os fatos antes de julgar ou acreditar em algo. Que percebam logo que o mundo está doente e só nós podemos curá-lo. Utópico, eu sei, mas não gosto de distopias.
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domingo, 1 de abril de 2018

Francisco J. S. A. Luís e o livro “Travestis Brasileiras em Portugal” (Chiado)

Francisco J. S. A. Luís - Foto divulgação
Francisco J. S. A. Luís nasceu em Lisboa em 1971. É investigador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, Doutorado em Antropologia Social e Cultural e, Mestre em Direito Administrativo e Administração Pública. Travestis Brasileiras em Portugal, foi certamente o seu primeiro grande exercício antropológico de integração concetual e humana do “outro” diferente. Trata-se de um trabalho de campo de 8 anos, que finalmente cumpre o seu propósito; dar voz a quem não a tem, procurando contribuir para o encurtamento das distâncias que abriram e remexem em feridas de difícil cicatrização.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Francisco J.S.A. Luís: Penso que devemos sublinhar um aspecto relevante, este meu livro, não é ficção, nem romance ou policial. Ele inclui um pouco de tudo, pois tudo o que nele é interpretado e transportado para o leitor, corresponde a vidas reais de seres humanos, que por uma ou outra razão, se colocam ou são relegados para as margens societais. Existe sem dúvida uma pretensão de tornar a escrita académica acessível a todos, de um modo que já ouvi classificar como pós-moderno. As sociedades evoluíram e o conhecimento, seja ele de que ramo for, vê-se compelido a integrar essa transitividade fluída que o impulsiona pelos caminhos da vida de todos os dias. O meu início no meio literário correspondeu, portanto, e grosso modo, ao momento em que tive que realizar uma tese de doutoramento a partir de arquivos compilados e classificados, correspondentes a 8 anos de trabalho com atores sociais refletores de uma riqueza incomensurável. Aquela riqueza que apenas encontramos nos processos subversivos e de transformação. Entendo que, as travestis brasileiras colocam em causa inúmeras noções, bem arreigadas, vigentes nas sociedades modernas, sendo que paralelamente se convertem elas próprias num testemunho dessa modernidade.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Travestis Brasileiras em Portugal” (Chiado), com publicação prevista para abril ou maio. Poderia comentar?

Francisco J.S.A. Luís: Infelizmente, um dos meus vários projetos paralelos, colocou-se de permeio, enquanto procurava encetar as derradeiras afinações neste meu desiderato literário, o que motivou um ligeiro atraso na publicação. Um projeto de investigação sobre as migrações sul-asiáticas para Portugal, de resto, como tive que fazer quando iniciei esta minha pesquisa com Travestis Brasileiras. Neste livro argumento no sentido que, as Travestis Brasileiras se constituem como um marco da riqueza cultural brasileira e que em nenhuma outra parte do globo, existe uma figura retórica que lhes corresponda. As transvestites Anglo-Saxónicas, as crossdressers ou mesmo as transexuais medicamente acompanhadas, enquadram-se numa taxonomia distinta. As travestis Brasileiras adquirem esse caráter de unicidade, pelo facto de a sua identidade comunitária se construir, não apenas a partir da sua experiência transgénero, mas também através do empirismo compartilhado com outras travestis, nas ruas onde se transformam também em trabalhadoras do sexo. Apenas as Travestis Brasileiras colocam silicone industrial entre a carne e a pele, arriscando as suas vidas. Em mais nenhum local do mundo, existem as bombadeiras e cafetinas conforme aquelas que operam Brasil.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Francisco J.S.A. Luís: Este trabalho iniciou-se em Outubro de 2007 e culminou com a defesa da tese de doutoramento em Março de 2016. Entretanto, no decorrer destes dois últimos anos, a ideia da publicação foi ganhando força e sendo cozinhada em lume brando, até que, a morte da minha mãe - provocada por um cancro que nos derrotou em 4 meses - se constituiu como derradeiro impulso para que partíssemos para a sua concretização.  Este trabalho é um agradecimento a quem o tornou possível, as travestis Brasileiras imigradas em Portugal – gente que apenas aspira a ser gente - e acima de tudo à minha mãe. É um agradecimento e simultaneamente uma homenagem.

Conexão Literatura: Poderia adiantar e destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Francisco J.S.A. Luís: "Discriminadas em casa, na escola, pela vizinhança e na rua, ansiando por transformações que apenas podem executar com dinheiro, que não possuem, a cidade grande afigura-se como destino provável e acima de tudo já experimentado por outras manas. Contudo, a vida na cidade grande não é fácil. Tem as suas regras, os seus códigos de conduta e suas informalidades, que tarde ou cedo se evidenciam como acentuadamente severas para aquelas que se iniciam na rua. Para estas não resta alternativa, senão a de tentar aceder a uma teia de relações sociais onde se gerem e disponibilizam recursos, o campo social onde as travestis o conseguem atingir é a prostituição. O que implica de certa forma uma nova socialização e incorporação de normas, comportamentos ou expectativas do grupo e o conhecimento das potenciais sanções, face a desvios perante o que delas é esperado. (...) (…) tinha umas seis assim na esquina conversando. Cheguei e fui falar com uma delas…cheguei e disse assim - oi gente, tudo bom? Boa noite para vocês! - Uma delas se virou para mim, fiquei sabendo que o nome dela era não sei quê Bahiana, era da Bahía…e cuspiu na minha cara! Ela escarrou catarro na minha cara! Falou que não tinha que estar naquele ponto, que ali era delas. Eu pedi desculpa, limpei o rosto porque lá é aquele negócio, quando se mata uma travesti a polícia agradece, até uma travesti que mata uma outra, a polícia nem sequer procura saber quem foi, fazem aquela cena da hora e depois abafam o caso."

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para saber mais sobre você e o livro?

Francisco J.S.A. Luís: Meu caro, disponho de uma página no facebook https://www.facebook.com/Travestis-Brasileiras-em-Portugal-Trans-migra%C3%A7%C3%B5es-e-Globaliza%C3%A7%C3%A3o-169088303724938/?modal=admin_todo_tour especificamente criada para divulgação do livro, paralelamente podem fazê-lo contatando comigo diretamente através do meu facebook https://www.facebook.com/franciscoluis.luis.5
Por estes meios posso elucidar dúvidas ou satisfazer curiosidades relativamente à obra. Acrescento ainda, que no futuro poderão adquirir o livro online ou diretamente em livrarias seguindo as indicações presentes no seguinte link: https://www.chiadobooks.com/distribuicao

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Francisco J.S.A. Luís: Como disse ao meu caro amigo, no introito a esta entrevista, não deixando de lado o aprofundamento da questão debatida no livro em liça, pretendo em breve levar a cabo uma investigação das migrações sul-asiáticas para Portugal, nomeadamente as provenientes da Índia, Bangladesh e Paquistão. As difíceis condições de vida nesses países de origem – terrorismo, guerras religiosas e défices estruturais -  as dificuldades em se legalizarem noutros países Europeus – que os/as obriga em certos casos a ficar uma década sem ver mãe, pai, esposa e filhos – a exploração implícita ao tráfico de seres humanos consubstanciada em redes bem estabelecidas na Europa – ramificadas a partir dos países de origem e com a colaboração de autóctones de vários países Europeus - e a minha especial atenção para questões que envolvam direitos humanos, tornam este projeto bastante apetecível em termos de realização pessoal e profissional, enquanto investigador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia.

Perguntas rápidas:

Um livro: 100 anos de Solidão
Um (a) autor (a): Gabriel Garcia Marques
Um ator ou atriz: George Washington
Um filme: O Patriota
Um dia especial: O dia 10 de Dezembro de 2007, data do meu casamento com a Vanusia, que por acaso é Brasileira.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?


Francisco J.S.A. Luís: Talvez apenas um comentário ao atual cenário político internacional, pleno de instabilidades e incongruências, que me impelem a dizer, que as diferenças nunca nos subtraem nada, apenas acrescentam. A vida, enquanto arte do possível, aconselha-nos mais à aproximação do que à segregação e discriminação. Neste contexto e como alguém que acompanha avidamente o que se desenrola no palco internacional, gostaria também que no Brasil as coisas acalmassem e que o povo pudesse receber dos políticos aquilo que tem dado ao mundo, alegria e simplicidade.
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quarta-feira, 28 de março de 2018

José Paulo Lanyi e o livro Deus me disse que não existe (Chiado Editora)

José Paulo Lanyi
José Paulo Lanyi é profissional de cinema, dramaturgo, escritor e jornalista, trabalhou em diversos veículos de comunicação, como as TVs Globo, Bandeirantes, Manchete, CNT, CBN e a Rádio Globo. Foi colunista da revista "Imprensa" e dos portais Comunique-se e Observatório da Imprensa. Publicou vários livros (romance, teatro, crônica e crítica). Autor da peça "Quando Dorme o Vilarejo" (Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, encenada em São Paulo, em 2008, com o apoio da ONU). Também produz seu próximo filme, o longa "Bodega", cujo roteiro assina e que dirigirá ao lado de Tristan Aronovich ("Alguém Qualquer"). É membro da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


José Paulo Lanyi: Meu primeiro livro foi “Calixto- Azar de Quem Votou em Mim” (O Artífice/MHW), um romance que conta a história de um ex-deputado, Jonas Calixto, que, abandonado em um asilo, resolve se vingar da sociedade mostrando que político nenhum presta, inclusive ele. Isso foi no ano 2000, muito antes da Operação Lava Jato.

Conexão Literatura: Você é autor do romance cênico “Deus me disse que não existe” (Chiado Editora). Poderia comentar?

José Paulo Lanyi: É uma comédia. Deus e o Diabo conversam em uma “zona neutra” e, depois de muita DR, resolvem acabar com o Céu e o Inferno. Chegam à conclusão de que esse modelo está esgotado. Lúcifer é o narrador e aproveita para puxar a brasa para a sua sardinha. Conta as suas aventuras, faz propaganda do seu reino e tudo o que pode para desmerecer o seu oponente (ele não acredita que Deus seja seu amigo, apesar das juras do Senhor). O Diabo conduz a sua história com a ajuda de seus conselheiros, todos personalidades históricas: Gengis Khan, Messalina, Cleópatra, Tamerlão, Sejano e Torquemada. Já adianto que este é o que mais sofre, coitado (risos).

Conexão Literatura: E o que você diz sobre o romance cênico?

José Paulo Lanyi: É uma estrutura híbrida, alia o romance tradicional ao teatro. É uma narrativa longa em prosa e em diálogos. Em meio a tudo isso, delimitei falas e ações que integram uma peça de teatro pronta para se encenada. Temos, assim, um romance e uma peça de teatro, tudo junto. É um ótimo exercício literário. Há que se dominarem a prosa e o diálogo. Espero que os escritores se exercitem nesse gênero.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

José Paulo Lanyi: Esse livro eu escrevi com certa rapidez. O texto fluiu bem. Escrevi a primeira versão em poucos meses, sem pressa. E como na obra as personagens reais que foram para o Inferno têm muito de fictícias, não houve necessidade de uma pesquisa que exigiria muito mais se estivéssemos falando de um realismo histórico. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

José Paulo Lanyi:

Eu não diria que é o mais legal, também gosto de vários outros, mas destaco este, por exemplo:

“Começamos como uma lojinha de fundo de quintal. Não vou dizer que os anjos riam da nossa cara. Não, isso eles não fazem. Mas que sorriam, sorriam... Aquele sorriso compassivo dos pais que veem os filhos fazendo bobagem. Os alados não se preocupavam com os nossos avanços. Achavam que bastava estar ao lado de deus para vencer todo o universo. Mas nós trabalhávamos do lado de cá. Eu e Meus primeiros sequazes. Anos depois éramos milhares. Fui o precursor de todos os grandes conquistadores terrenos. Comandei várias expedições e explorei cada milímetro do planeta em busca de almas defeituosas. É verdade que havia matéria-prima de sobra... Mas fui pertinaz o suficiente para impedir que as primeiras vitórias cultivassem a semente da acomodação. Hoje somos mais poderosos que a concorrência. Hoje os anjos não sorriem mais. Hoje muitos deles desertam para o nosso lado. Hoje temos um território tão vasto que se arrasta para os próprios limites do reino inimigo. Temos centenas de milhares de sentinelas. Temos muitos milhões de delatores. Temos bilhões de habitantes que tudo fariam para cear comigo em palácio. Temos tecnologia para devassar a mente e o sentimento de cada um dos nossos compatriotas. Somos o próprio Poder!”

Note: “Eu e Meus primeiros sequazes”. O Diabo sempre escreve com inicial maiúscula os pronomes que se referem a si mesmo. E deus, Lúcifer escreve assim, com inicial minúscula (risos).

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

José Paulo Lanyi: O primeiro lançamento do “Deus me disse que não existe” em São Paulo será no dia 18 de abril, uma quarta-feira, às 20 horas, na produtora LAFilm, que fica na Rua Coronel José Eusébio, 37/53, Higienópolis, próximo ao Cemitério da Consolação; o segundo será no dia 12 de maio, um sábado, às 15 horas, no tradicional Projeto Autor na Praça, que fica no Espaço Plínio Marcos, uma tenda no meio da Feira de Artes da Praça Benedito Calixto. Haverá tempo para um bom bate-papo literário. E quem estiver de férias em Portugal será bem-vindo ao lançamento em Lisboa, que será no dia 7 de julho, no Chiado Café Literário, na Rua de Cascais, 57, bairro de Alcântara.

Mas o livro já está à venda on-line (em euros) para países lusófonos (link: https://www.chiadobooks.com/livraria/deus-me-disse-que-nao-existe)

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

José Paulo Lanyi: No cinema, vou dirigir, ao lado do Tristan Aronovich, o meu primeiro longa-metragem, “Bodega”, filme que também escrevi. É sobre o Caso Bar Bodega, um episódio de injustiça social terrível da década de 90 em São Paulo. Ainda estamos em fase de captação, sob o comando da Luciana Stipp, produtora da LAFilm. Já estão confirmados no elenco atores do nível de André Ramiro, Vera Fischer, Paulo Miklos e Milhem Cortaz. Também vou dirigir, com o André Ramiro, o documentário “O vencedor das ruas”, sobre a vida do coletor de lixo e maratonista Ivanildo Dias de Souza; e, com o Emerson Luciano Jussiani, o nosso Macarrão, dirigirei o documentário “Alma de Batera”, sobre crianças e adolescentes com síndrome de Down que aprendem a tocar bateria, graças ao pessoal do projeto “Alma de Batera”.

Perguntas rápidas:

Um livro: “Como era verde o meu vale”, de Richard Llewellyn. Homenagem a uma leitura comovente da infância que muito me impressionou. Virou um filme do John Ford.
Um (a) autor (a): Machado de Assis
Um ator ou atriz: Daniel Day-Lewis
Um filme: Na verdade, três: a trilogia “O Poderoso Chefão”, do Coppola. E abuso com a citação de mais um: “O Anjo Exterminador”, de Luis Buñuel.
Um dia especial: Cada um em que estou com a minha esposa, Geisa, e com a nossa gata, Amarelinha.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?


José Paulo Lanyi: Um pensamento: apesar do caráter do meu personagem Calixto e de tantos outros do mundo real, não desistam da política. Ela é necessária, fez e ainda haverá de fazer muita coisa boa pelo nosso país. O Jonas Calixto é o mau político. Mas nem todos são como ele. E não se esqueça de que a política é uma expressão do fazer popular. O povo tem que melhorar, de um modo geral. Nós todos temos que melhorar. Se fizermos isso, a política também melhora.
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segunda-feira, 19 de março de 2018

Jéssyca Carvalho e o livro O Mistério do Castelo du Condrey (Chiado Editora)

Sinopse: “A vida é feita de sonhos e mistérios. A cada dia vivemos um sonho e um mistério, sob pena de se tornarem realidade. Portanto, não contrarie seus sonhos, se não quiser vê-los reais. ”
Ella Burns é uma adolescente em seu último ano escolar, entediada com a sua vida normal. Entretanto, terríveis pesadelos começam a perturbá-la durante a noite, o que começa a interferir em sua vida pessoal e escolar. Sua vida vira do avesso, quando a sua turma embarca em uma excursão, rumo à cidade de Pucallpa, no Peru, promovida pela professora de história, como uma despedida do colégio.
Intrigados com o mistério que envolve o castelo Du Condrey, Ella e seus amigos decidem se aventurar, vasculhando o local, mas logo se arrependem. Perseguidos por “sabe-se lá o que”, a jovem se separa do grupo, dando à história um rumo totalmente diferente.
Magia, suspense e romance, são os principais ingredientes deste livro, mostrando que um amor forte o bastante, pode ser capaz de vencer até mesmo a morte.

Sobre a autora:

Jéssyca Carvalho nasceu em 12 de agosto de 1992, em Monte Carmelo, Minas Gerais. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Fundação Carmelitana Mário Palmério, e começou a escrever seus primeiros textos ainda jovem. Em 2011, trabalhou como redatora de spots de rádio e notícias para o site da Prefeitura Municipal de Monte Carmelo. Apaixonada por histórias de "faz de conta" desde a infância, começou a sua primeira obra, escrevendo os detalhes de seus pesadelos em sua agenda escolar. Incentivada por um amigo, a história deu vida ao seu primeiro romance/fantasia.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Jessyca Carvalho: A minha paixão pela escrita começou quando eu ainda era criança. Gostava de escrever pequenos textos, descrevendo os meus dias, contando sobre os meus colegas de infância ou arriscar alguns versinhos. Nunca faltou incentivo por parte da família, até porque meu pai também é escritor e sempre fez questão de me ver rodeada de livros, desde a literatura infantil, até os romances de hoje em dia; e nem por parte educacional. Fui feliz com as professoras de língua portuguesa e redação, que sempre valorizavam o meu interesse nessa área.

Conexão Literatura: Você é autora do livro “O Mistério do Castelo Du Condrey”. Poderia comentar?

Jessyca Carvalho: “O Mistério do Castelo Du Condrey” é o meu pequeno tesouro. Trata-se de uma obra escrita por mim, porém construída por muitos. Não posso negar o orgulho que sinto ao vê-lo publicado, pois a forma como a história foi elaborada foi inesquecível e até mesmo mágica.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?


Jessyca Carvalho: A verdade é que começa de uma forma engraçada. Eu estava com problemas para dormir, pois tinha pesadelos horríveis, o que me deixava um tanto perturbada. Como eu sempre carrego uma agenda comigo (que guarda tudo, menos compromissos), comecei a descrevê-los em suas páginas. Um amigo do colégio a pegou em uma brincadeira e começou a ler o que estava escrito. Achei que ele me tarjaria como louca, mas sua reação me surpreendeu. Ele disse: “Jéssyca! Isso é incrível! Por que você não transforma tudo o que escreveu em um livro? Quem sabe você até pare de sonhar.” Eu comecei a escrevê-lo no último ano do colegial e acabei quando entrei para a faculdade. Foi muito legal na época, pois despertei a atenção dos meus amigos com a história dos pesadelos, envolvendo um castelo e muito fogo. Muitos começaram a pesquisar a respeito e acharam relatos de incêndio em um castelo até em Minas Gerais. Mas eu queria me aventurar um pouco mais, então idealizei esse castelo na cidade de Pucallpa. Nem sei ao certo como essa cidade me veio à mente, mas eu gostei de inseri-la na história.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Jessyca Carvalho: "Porque quando se ama de verdade, o amor é capaz de vencer até mesmo a própria morte"

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Jessyca Carvalho: O livro já está à venda no site da Chiado Editora. Basta acessar o link para efetuar a compra e também saber mais informações: https://www.chiadobooks.com/livraria/o-misterio-do-castelo-du-condrey. Em breve estará também disponível sob encomenda em livrarias do Brasil e em Portugal.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Jessyca Carvalho: Sim. Estou trabalhando na continuação do livro. Pretendo lançar a trilogia, se houver um bom alcance de vendas.

Perguntas rápidas:
Um livro: O pequeno príncipe
Um (a) autor (a): Diana Gabaldon
Um ator ou atriz: Johnny Depp
Um filme: Como estrelas na Terra, toda criança é especial
Um dia especial: Acredito que este ainda está por vir rs

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?


Jessyca Carvalho: Aos meus queridos leitores e demais. Não desistam de seus sonhos. Obstáculos sempre surgirão, mas nada é impossível para aquele que acredita na beleza de seus sonhos.
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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Médico investe na criatividade para fugir de narrativas monótonas

William Tannure - Foto divulgação
Dois dos maiores eventos literários do país este ano, Bienal Internacional do Livro e Festa Literária Internacional de Paraty, confirmaram a força que a literatura fantástica vem ganhando também no Brasil. A percepção do mercado editorial acerca da ficção científica, fantasia e do horror tem passado por mudanças e é nesse cenário que o autor estreante William Tannure coloca no mercado o primeiro volume da série O Legado da Ruína, Lobo e Gelo (Chiado).

Os autores nacionais e internacionais do gênero e que já conquistaram seus espaços servem de inspiração para William Tannure explorar sua principal matéria prima: a imaginação. Os limites de sua criatividade na fantasia e o afastamento do mundo real são ferramentas para fugir do que chama de ficção monótona. Fascinado pela cultura nerd, Tannure não poupa ambição ao assumir que quer ser tão respeitado no mercado editorial como é entre os médicos de sua especialidade, a oftalmologia. “Vou trabalhar com dedicação para isso”, afirma.

A história de Lobo e Gelo é sobre o Império de Yxor: um poderio com exércitos vastos e legiões de magos que sempre assegurou o controle sobre os reinos subordinados a ele. Sob o comando de Rognam, um herói que surgiu em tempos obscuros e devolveu a esperança aos homens, o Império yxoriano cresceu e se expandiu até que todos os homens se ajoelhassem perante o imperador-deus.

E, assim, com o intuito de unificar aqueles que um dia foram inimigos e de trazer a prosperidade acompanhada de paz, foi celebrado casamento entre ele e a herdeira do maior dos rebeldes, a filha de Sirar, o Leão, regente da nação sulista de DacMeth.

Dessa união, nasceram três príncipes de personalidade e objetivo diferentes: Regnar, o mais velho e herdeiro do trono, luta contra as vontades irrecusáveis de seu pai para tentar seguir seu caminho; Arcaedas, um feiticeiro tamanhamente talentoso quanto arrogante, assolado por uma enfermidade que o privou do sentido da visão; e Syric, o mais novo, um rapaz confuso, com o presente e o futuro envoltos em dúvidas e mistérios. Cada um deles parte em busca de sua jornada pessoal, motivados por ambições e vontades particulares.

Mas a suposta prosperidade no Império é frágil. Enquanto Yxor julga ter controle sobre os reinos conquistados, seus monarcas indignados pela opressão duradoura tramam silenciosamente a queda do Imperador e da unidade conquistada por ele. E, nas sombras mais densas, um ser sinistro de tempos imemoriais espreita, pacientemente, tecendo planos macabros e aguardando seu momento de revelação.

SOBRE O AUTOR
William Tannure é médico oftalmologista, com especialidade em catarata e em e cirurgia vitreorretiniana. É fascinado pela cultura nerd, seja nos videogames ou em quadrinhos, e apaixonado por comics e literatura fantástica. Ele ingressa como autor com sua obra Lobo e Gelo, o primeiro livro da série O Legado da Ruína.

SERVIÇO
O Legado da Ruína – Lobo e Gelo
Autor: William Tannure
Editora: Chiado
Formato: 21 x 14 cm
Páginas: 566
Preço: R$ 60,00
Para adquirir o livro: https://www.chiadoeditora.com/livraria/o-legado-da-ruina-vol-1-lobo-e-gelo
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sexta-feira, 28 de julho de 2017

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Aventura infantojuvenil com adolescentes superpoderosos chega às livrarias para falar sobre diversidade e amizade

Custeado por um site de financiamento coletivo, obra estimula o debate sobre diversidade

Chegou às livrarias do Brasil e de Portugal As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata, o primeiro livro dos autores brasileiros Flávio St Jayme e Wemerson Damasio, inspirada nas maiores histórias de superpoderes publicadas mundialmente.

Nessa história, o leitor vai conhecer  Liz, Dan, Isaac, Sara  e Gabriel: cinco adolescentes com habilidades especiais que vão parar num lugar chamado Miramar, onde terão que lutar contra poderes e pessoas desconhecidas enquanto aprendem a lidar com as próprias habilidades e com os conflitos típicos da idade para descobrir os segredos e mistérios do lugar.

As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata foi lançado simultaneamente no Brasil e em Portugal pela Chiado Editora, e foi todo custeado em um projeto de financiamento coletivo pelo site Catarse, onde obteve mais do que o valor necessário para a publicação. Os autores estiveram presentes este ano na 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizando o lançamento nacional da obra. 

Os autores contam que uma das maiores dificuldades em se lançar o livro foi encontrar uma editora: “As editoras brasileiras sequer responderam nossos contatos, não se deram ao trabalho nem de receber o original para análise”, comenta Wemerson. Flávio não esconde o descontentamento com esta atitude: “Preenchem as prateleiras com genéricos de autores norteamericanos mas não prestam atenção em novos autores locais. Se importam com o dinheiro que os livros podem trazer mas nem analisam se um novo autor pode dar ou não retorno financeiro”. Diante disso, a escolha da Chiado Editora, que tem grande atuação em Portugal e chega agora ao Brasil foi relativamente importante.

Inspirados em filmes, séries e revistas em quadrinhos (como Harry Potter, Percy Jackson e Conta Comigo), os personagens da história possuem características, poderes e conflitos próprios (alguns envolvendo preconceitos e racismo) e, enquanto se adaptam à nova realidade daquele lugar estranho, conhecem uns aos outros e descobrem amizades e inimizades.

Com forte presença nas redes sociais (o livro já possui página oficial no Facebook, perfil no Instagram e até um booktrailer feito por fã: https://youtu.be/SUi5nMAIbes) e muitas referências pop, As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata é o primeiro volume de uma trilogia que chega às livrarias e lojas virtuais do Brasil e de Portugal pelas mãos de uma das editoras mais tradicionais da Europa.

Hoje o livro já possui mais de vinte resenhas em sites especializados, que destacaram a obra como “envolvente” e “original”, chegando a compará-la com os livros da Coleção Vagalume e dando nota máxima. Nenhuma resenha foi negativa.

Curta no facebook e fique por dentro das novidades: facebook.com/ascronicasdemiramar. Siga no instagram: @ascronicasdemiramar

Sobre os autores:

Flávio St Jayme
Jornalista, formado em Pedagogia e com especialização em História da Arte. Natural de Curitiba, Paraná, onde reside atualmente.  Jornalista por experiência e crítico de cinema, é fã de super-heróis, literatura e cultura pop.

Wemerson Damasio
Natural de Maringá, Paraná, é professor de crianças e adolescentes. Atualmente reside em Curitiba, também no Paraná. Fã de literatura, em especial: a fantástica, a de suspense e de terror.


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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Autor português Daniel Santos comenta sobre o seu livro "Quatro Histórias Curtas Para Pessoas Com Pouco Tempo" (Chiado Editora)

Daniel Santos nasceu na aldeia de Almalaguês, em Coimbra, a 20 de fevereiro de 1997, onde é residente e fez todo o seu percurso acadêmico na área das Ciências e Tecnologias. Em junho de 2013 lançou um blog de escrita pessoal, “Escrita de Cabeceira” entretanto extinto, onde publicava histórias e poemas como passatempo. Em setembro de 2015 ingressou na Universidade de Coimbra para estudar Bioquímica. Em outubro de 2016 publicou a sua primeira obra “Quatro Histórias Curtas Para Pessoas Com Pouco Tempo” onde juntou as suas quatro melhores histórias numa coletânea de gêneros e contos. Em dezembro de 2016 ingressou numa academia de teatro amador, “Os Sardaniscas”, onde realiza outra das suas grandes paixões: o teatro.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Daniel Santos: Para ser sincero, nem eu sei quando comecei. Simplesmente escrevia, para mim e mais tarde no meu blog “Escrita de Cabeceira” (extinto entretanto), porque nada do que lia em livros de outros autores me agradava totalmente. Aliás, era raro ler um livro até ao fim, porque chegava a meio e a história não me prendia, não me cativava. Confesso que talvez a minha imaturidade cronológica me levava a escolher livros pouco interessantes para a minha maturidade mental e, por isso, comecei a escrever, com aos 15 anos. Claro que nunca pensei vir a escrever um livro, era um sonho apenas da altura. Felizmente tive a sorte de o concretizar e ser bem acarinhado por todos os leitores, o que é fascinante para mim, e me faz querer continuar cada vez mais e melhor.

Conexão Literatura: Você é autor do livro "Quatro Histórias Curtas Para Pessoas Com Pouco Tempo" (Chiado Editora). Poderia comentar?

Daniel Santos: Este meu primeiro livro, editado com a ajuda da Chiado Editora que fez um excelente trabalho, fez-me perceber que, de facto, a escrita é algo mágico. Este meu livro é realmente um conjunto de quatro histórias (curtas), que já tinha escrito há largos anos atrás, aquando do meu blog em ativo. Então, certo dia, pensei “porque não juntar estas  histórias num único livro?” E resultou otimamente. Ainda hoje tenho imensas pessoas a elogiar-me pelo meu livro, quando me vêm na rua, o que é gratificante. Acho que foi uma ótima ideia (e um orgulho tremendo) ter lançado este livro, mas agora surge um problema: os leitores querem mais e mais e mais! Mas não me importo, pois se o mundo estivesse cheio de problemas destes, era um mundo muito melhor, seguramente. E até porque quem corre por gosto, não cansa.
Uma outra ideia que tive aquando do lançamento deste livro foi o facto de juntar as minhas quatro melhores histórias num só livro, fazendo uma analogia entre o facto de serem curtas e o pouco tempo que todos nós dizemos (por vezes, mentindo) que temos. E isso é muito bem evidenciado no prefácio, por exemplo, mas é uma constante ao longo do meu livro, onde falo de temas como o amor, a traição, a amizade, a rebeldia do ser humano ou a maldade e crueldade do Homem.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Daniel Santos: Confesso que como o livro é um conjunto de quatro histórias, algumas levaram mais tempo que outras. Foi um processo demorado, é verdade, e como também era (e sou) estudante, o tempo para escrever não era (e não é) muito, daí que a maioria tenha sido escrito no verão ou durante a noite (mais para o final do livro, essencialmente). Portanto, em média, diria que demorei 1 ano a preparar este meu primeiro livro. Na verdade, o mais difícil de tudo neste processo, devo confessar que foi escolher o nome das personagens: é que eram tantas e tão distintas, que a certa altura não sabia que nome lhes dar. Mas este já é um problema desde sempre, nunca gostei de dar nomes às minhas personagens, é algo que me leva bastante tempo, confesso! É algo que não gosto mesmo.
Ainda assim, não sei o que demorou mais: se a escolha dos nomes para as personagens, se a capa para o livro, que demorou mais de um mês. É que eu nunca gostava a cem por cento da capa do livro e agradeço, desde já, a paciência que a Chiado Editora teve para comigo, neste aspeto.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Daniel Santos: Isso é muito difícil para mim, na verdade. Como são quatro histórias tão distintas entre si, é complicado escolher uma parte especial apenas. Por isso, se tivesse que escolher, seria do prefácio, também da minha autoria: “Certo dia, disseram-me que o amor faz o tempo passar e que o tempo faz passar o amor. São aquelas predileções que saem da boca dos nossos amigos mais próximos e que nos confortam no calor do momento, e que desde já agradeço. Mas assim sendo, o tempo comanda o amor, tal como o sonho comanda a vida.”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Daniel Santos: Para adquirir o meu livro basta ir ao site da Chiado Editora ou, caso esteja em Portugal, pode ainda ir a qualquer livraria, que decerto que estará disponível (e se não estiver, dá para reservar). Outra maneira é contactar-me através da minha página de facebook @danielsantosescritorportugues ou através do meu email daniel_jfsantos@hotmail.com , sendo que por esta via o livro irá com um autógrafo personalizado para o leitor.
Para saber mais sobre mim, basta acessar a página de facebook supra mencionada, onde mantenho os seguidores sempre a par das novidades.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Daniel Santos: Sim, claro que sim. Está um projeto para muito breve, totalmente diferente daquele que foi o meu primeiro livro, mas ainda é segredo; e outro já em fase de conclusão, para depois deste.
Isto porque uma queixa dos leitores que me seguem, foi o porquê de tanta demora na publicação de um novo livro, pois gostaram tanto do primeiro, que já só querem o próximo! E isso deixa-me muito orgulhoso e feliz. E espero sinceramente não os desiludir.

Perguntas rápidas:

Um livro: “Metamorfose” de Franz Kafka
Um (a) autor (a): Sophia de Mello Breyner
Um ator ou atriz: Morgan Freeman
Um filme: “The Help – As Serviçais”
Um dia especial: O dia de amanhã, porque o de ontem já passou e o de hoje é para se viver.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Daniel Santos: Resta-me agradecer a vossa disponibilidade e amabilidade por esta entrevista que me concederam e deixar o meu “obrigado” a todos os leitores que me seguem e anseiam por novas novidades da minha parte. Espero que esta entrevista me abra também as portas a novos leitores, nomeadamente aqui no Brasil, e faça com que os leitores desta revista digital, que eu considero fantástica, tenham curiosidade em saber mais sobre mim e as minhas obras. Porque a vida sem escrita e leitura, não vale a pena.

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