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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Resenha: Corpo luto, Eduardo Cardoso, editora TODAS AS MUSAS, 104 p.


Em seu romance de estréia, Eduardo Cardoso, apresenta em Corpo Luto, um romance existencialista, cujo tema principal é o luto.  O protagonista é o senhor Domenico Saviani. Psicanalista e professor universitário aposentado, casado e com um filho deste relacionamento.  Domenico, na casa dos oitenta anos, tem a sua vida alterada com o surgimento do mal de Parkinson. A sua angústia aumenta, quando perde a sua mulher, e o sentido de viver lhe escapa - em um mundo onde cada vez mais os idosos são descartáveis. Após a morte da mãe, Lucca decide colocar o pai em um asilo. Parece que Édipo nunca os abandonou. 
Para o velho, nascido no século passado, agora sozinho e à espera da morte, depressivo, angustiado e descrente, lança-se contra o mundo. O viver lhe é uma incógnita. A pergunta que se repetirá em todo o texto é: O que é o morrer? A questão do "suicídio" está implícita a todo momento. A personagem tentar entender os processos existenciais do que seria o morrer - pois como escreveu Epicuro " A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais". Sendo assim, o que velho pretende entender é: por que estou morrendo aos poucos? Por que você, morte, não me leva agora?
É na convivência com funcionários do asilo, em especial, a cuidadora Carla, que a narrativa em tom de monólogo passa a ser em diálogos. Diálogos esses, que fazem com que Corpo Luto não seja apenas, mais um livro, como tantos outros, que contam a história de um idoso em uma casa de repouso. Pelo contrário. Quando a personagem Carla, em sua simplicidade começa a participar do enredo, é a partir deste momento que temos as grandes reflexões existenciais. De Nietzsche a Padre Fábio de Melo; de Dostoiévski à morte de Cristo; Do Holocausto às Benevolentes; Das Benevolentes ao processo de alteridade por meio das ideias de Emmanuel Lévinas. 
Corpo Luto é envelhecer, corpo luto é a perda da esperança, corpo luto é a perda da razão; corpo luto é a "luta" pela sobrevivência, mesmo que a personagem diga que não deseja mais o viver. Em especial, Corpo Luto trata-se de um "luto" social - cujas pessoas estão cada vez mais desistindo de 
viver. Corpo Luto não é um romance depressivo, mas intimista, que por trás de todas essas mazelas da vida, apresenta de forma implícita, uma bela história de amor, que resiste ao tempo, que resiste a solidão, que resiste à morte.

Release: Corpo Luto

O VIVER AINDA É NECESSÁRIO?
Sem receios de polêmica, Eduardo Cardoso narra de forma ficcional os meandros do que seria o morrer.

A cada quarenta segundos, uma pessoa no mundo tira a sua vida. Corpo Luto é um romance provocativo. Tem como pano de fundo, a questão do suicídio, que parte da sociedade, tentar esconder com medo de que ao falar do assunto, os casos de suicídio aumentem. Já no primeiro parágrafo o protagonista indaga: "O que é o morrer? Veja que eu não perguntei o que é a morte – e sim, o que é o morrer? É o verbo e não o substantivo que quero compreender." 
A todo o momento, vemos na sociedade as pessoas desistindo de viver. Por que isto está acontecendo? Em Corpo Luto, o autor narra por intermédio da personagem, o octogenário Domenico Saviani, filho de italianos, o processo de envelhecimento e suas nuances na sociedade de consumo. Seu corpo sofre de Parkinson. Assim como Zola, ele pronuncia aos ventos: ".J’accuse". Eu lhe acuso de tirar meus movimentos". O processo de deterioração se agrava após o falecimento de sua esposa Miriam, casados há mais de cinquenta anos. Sem seu grande amor, o fardo dos anos vividos se tornam mais pesados.  Associado ao luto e ao Parkinson, o processo psicótico se faz presente. A personagem passa a contar a sua trajetória de forma confusa. Delírios e alucinações são frequentes na narrativa. O que é real? Domenico não crê em Deus: "é o seu silêncio divino que dá a certeza de sua inexistência."
Sendo assim, ele está em dúvida se deve continuar a viver ou parafraseando Deleuze, se deve "enrabar a morte". "Então ele se pergunta: o que o mundo ainda quer de mim?"
Domenico tenta se apegar a existência de sua neta, que também está depressiva e propícia ao suicídio. Com o aparecimento da personagem Carla, sua cuidadora, a narrativa que em suma, era um monólogo, passar a ter o "Outro" como parte integrante de seu processo de alteridade - tornando-se um diálogo. São os momentos de maiores tensões. Debates filosóficos e religiosos entre os dois dão fôlego para a narrativa, tornando o que seria uma simples história de idoso em um asilo, em um processo reflexivo de quem somos nós.
Corpo Luto é audacioso, corpo luto é questionador, corpo luto é como luta de boxe, que pode ser lido aos poucos em forma de rounds ou em uma tacada só, ou por nocaute - Como diria Júlio Cortázar ao diferenciar o conto de um romance. Corpo Luto é social.

O romance Corpo-Luto pode ser adquirido no site da Editora Todas As Musas pelo link: https://www.todasasmusas.com.br/livro_corpo.html 
Rede social: Facebook/Eduardo Cardoso e a minha página é: Eduardo Cardoso Escritor 
e-mail para contato: cardoso.edu@gmail.com 

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terça-feira, 2 de junho de 2020

Eduardo Cardoso e o livro Corpo-Luto

Eduardo Cardoso - Foto divulgação
Eduardo Cardoso é formado em Letras pela Universidade do Grande ABC. É professor de Língua Portuguesa da prefeitura do município de São Paulo. Especialista em Filosofia e Pensamento Político Contemporâneos pelo Centro Universitário Assunção e graduando em Filosofia pela Universidade Paulista, além de pós-graduando em Educação Transformadora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e psicanalista em formação pela Escola de Psicanálise de São Paulo. Na área literária, participou da “1ª. Antologia Literária do Grupo de Escritores da UniABC” (livro organizado por Adriano Calsone e Sérgio Simka, publicado pela Editora da UniABC, em 2006) e da coletânea “Contos (para Ler) na Universidade” (livro organizado por Sérgio Simka e ítalo Bruno, publicado pela Editora Iglu, em 2009). “Corpo-luto” é o seu romance de estreia (publicado pela Editora Todas as Musas, em 2020).

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Eduardo Cardoso: O meu processo de escrita, começou mesmo, quando iniciei a minha Licenciatura em Letras. Antes, eram apenas rascunhos, crises existenciais, poemas escritos na fase da adolescência etc. Comecei no meio literário em termos de escrita e publicações (pois desde cedo, sempre fui um leitor assíduo) – quando fui convidado pelo professor Sérgio Simka a participar da Primeira Antologia Literária do grupo de escritores da Universidade do Grande ABC e depois da coletânea: Contos para ler na Universidade. Daí em diante não parei mais de escrever. 

Conexão Literatura: Em seu romance de estreia, você dá voz a um personagem próximo do momento da morte. Como ocorreu essa escolha? 

Eduardo Cardoso: A morte está a todo o momento nos rodeando, porém não sabemos o que é a morte, e principalmente, quando ela aparecerá para nós. O que vemos é a materialização da morte, representada na figura do cadáver alheio – temos uma ideia de que “ali jaz” – entretanto, sentimos essas perdas. A morte pode vir subitamente, ou aos poucos, maltratando o corpo. O meu processo de escrita, também foi baseado em perdas de pessoas queridas e familiares. 
Outro motivo que me levou a escrever a obra Corpo-luto foi a questão de que parte dos jovens e idosos estão desistindo de viver. Por que isto está acontecendo? Por que adolescentes simplesmente não querem mais viver? Por que há uma taxa altíssima de suicídios entre os idosos? Diante destes fatos, passei a fazer leituras sobre o assunto. Além disso, vejo o descaso de parte da sociedade em como trata as pessoas de idade avançada - um objeto envelhecido, obsoleto que não serve mais para nada. Sendo assim, a escrita de Corpo-luto é social - foi direcionada para as relações de afetos que estão ocorrendo entre as pessoas, cujas amizades ou relacionamentos terminam por apenas um clique - o quanto essas relações no fundo são vazias. E as plataformas digitais? Elas nos dão a ideia de que temos realmente cinco mil amigos - olha que loucura? No máximo, conhecemos umas cinquenta pessoas de forma não virtual - as relações se tornaram "líquidas”, como escreveu o sociólogo Zygmunt Bauman (infelizmente já falecido). Obviamente, que fiz um recorte, pois não posso escrever ou determinar que todas as pessoas pensam ou agem desta forma. 
A personagem principal Domenico é um acadêmico em idade avançada, com grandes perdas em sua vida, que passa a se questionar "o que é o morrer?". Portanto, o fluxo narrativo ocorre com o processo narrador-personagem que apresentam ao leitor as suas angústias, seus medos, suas ausências e seus amores - e são seus questionamentos que podem levar os leitores e leitoras a refletir um pouco mais sobre suas próprias vidas. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Eduardo Cardoso: O meu processo de escrita e pesquisa foram frutos de minhas leituras. Basicamente, um dos livros que me inspiraram a escrita de Corpo-Luto foi:  Vivo até a morte – Paul Ricoeur – o filósofo pensava no auge dos seus oitenta anos, na época – em como seria a sua morte. O que o seu corpo ainda teria a dar ao mundo? Será que sua crença em um plano divino realmente se concretizaria? – em suma, o processo do envelhecer e a proximidade de uma existência física.  Além de outros livros ou autores, como Milan Kundera, José Luís Peixoto e Evandro Affonso Ferreira – que ajudaram a refletir sobre o processo existencial da personagem principal, o senhor Domenico. 
Em relação à conclusão da obra, entre revisões e processo de publicação, aproximadamente um ano, A Editora Todas As Musas trabalhou de forma primorosa na confecção do meu livro. Tenho certeza de que outra editora não daria a atenção necessária que esta obra merece. 

Conexão Literatura: O que é Corpo-Luto para você? 

Eduardo Cardoso: Corpo-Luto é social. É preciso fazer este adendo, porque o enredo não está apenas nas personagens que compõem a narrativa – isto é importante, logicamente, mas o que elas carregam é uma mensagem: por que as pessoas estão desistindo de viver? Por que jovens, com doze ou trezes anos, dizem – “eu não tenho mais vontade de viver?” – Por que eles sentem este vazio? Em suma, por que as relações se tornaram mais fluidas ou líquidas – pegando emprestado a metáfora do filósofo Zygmunt Bauman? E os chamados “idosos” ou pessoas da terceira idade? – quando querem falar com jeitinho, usam este termo. Uma hipocrisia social! Além disso, o que a obra pretende trazer para a reflexão, é o  número altíssimo de suicídios entre os jovens – porque em suma, não veem sentido no presente, e principalmente no futuro, e os mais velhos – em alguns casos, vão justificar – “se não fui feliz até agora, já chega. Obviamente o que trago é um recorte social e isto está implícito e explícito em Corpo-Luto – as personagens apresentam a angústia, a dor, mas também, uma bela história de amor que resiste ao tempo. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Eduardo Cardoso: (...), “Mas a morte é o fim de todas as peças. É a música que encerra o ato. Ou, em outros termos, uma música que pode terminar, como nos antigos bolações (mais conhecidos como discos de vinil), quando a música vai diminuindo até ficar somente o chiado da agulha. Em outras palavras, a morte é a música que encerra a vida. Ora, então a morte é a metáfora da vida e não o contrário?’


Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Eduardo Cardoso: O meu romance Corpo-Luto pode ser adquirido no site da Editora Todas As Musas pelo link: https://www.todasasmusas.com.br/livro_corpo.html 
Minha rede social é: Facebook/Eduardo Cardoso e a minha página é: Eduardo Cardoso Escritor 
e-mail para contato: cardoso.edu@gmail.com 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Eduardo Cardoso: Sim. Está em processo de lançamento uma coletânea realizada pela Editora Todas As Musas, intitulada: Histórias do Isolamento – contos, crônicas e desabafos – da qual faço parte como um dos autores.
Em breve, pretendo escrever a continuação de Corpo-Luto, se possível, ainda no ano de 2020

Perguntas rápidas:

Um livro: Sidarta – Hermann Hesse
Um (a) autor (a):  José Luís Peixoto
Um ator ou atriz: Wagner Moura
Um filme: Laranja Mecânica (1971) – Stanley Kubrick 
Um dia especial: Essa resposta é difícil, pois um dia especial, desconsidera todos os outros dias que foram especiais – se me permite, gostaria de destacar um dia que se dividiria em duas partes, o nascimento dos meus filhos: Fernanda e Henrique. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Eduardo Cardoso: Gostaria de encerrar, com uma citação do escritor uruguaio Eduardo Galeano - que pode nos ajudar a seguir em frente: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Eduardo Cardoso e o livro Corpo-luto, por Cida Simka e Sérgio Simka

Eduardo Cardoso - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Eduardo Cardoso é formado em Letras pela Universidade do Grande ABC. É professor de Língua Portuguesa da prefeitura do município de São Paulo. Especialista em Filosofia e Pensamento Político Contemporâneos pelo Centro Universitário Assunção e graduando em Filosofia pela Universidade Paulista, além de pós-graduando em Educação Transformadora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e psicanalista em formação pela Escola de Psicanálise de São Paulo. Na área literária, participou da “1ª. Antologia Literária do Grupo de Escritores da UniABC” (livro organizado por Adriano Calsone e Sérgio Simka, publicado pela Editora da UniABC, em 2006) e da coletânea “Contos (para Ler) na Universidade” (livro organizado por Sérgio Simka e ítalo Bruno, publicado pela Editora Iglu, em 2009). “Corpo-luto” é o seu romance de estreia (publicado pela Editora Todas as Musas, em 2020).

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro. O que o motivou a escrevê-lo?

Um dos motivos que me levaram a escrever a obra Corpo-luto foi a questão de que parte dos jovens e idosos estão desistindo de viver. Por que isto está acontecendo? Por que adolescentes simplesmente não querem mais viver? Por que há uma taxa altíssima de suicídios entre os idosos? Diante destes fatos, passei a fazer leituras sobre o assunto. Além disso, vejo o descaso de parte da sociedade em como trata as pessoas de idade avançada -  um objeto envelhecido, obsoleto que não serve mais para nada. Sendo assim, a escrita de Corpo-luto é social - foi direcionada para as relações de afetos que estão ocorrendo entre as pessoas, cujas amizades ou relacionamentos terminam por apenas um clique - o quanto essas relações no fundo são vazias. E as plataformas digitais? Elas nos dão a ideia de que temos realmente cinco mil amigos - olha que loucura? No máximo, conhecemos umas cinquenta pessoas de forma não virtual -  as relações se tornaram "líquidas”, como escreveu o sociólogo Zygmunt Bauman (infelizmente já falecido). Obviamente, que fiz um recorte, pois não posso escrever ou determinar que todas as pessoas pensam ou agem desta forma. 
A personagem principal Domenico é um acadêmico em idade avançada, com grandes perdas em sua vida, que passa a se questionar "o que é o morrer?". Portanto, o fluxo narrativo ocorre com o processo narrador-personagem que apresentam ao leitor as suas angústias, seus medos, suas ausências e seus amores - e são seus questionamentos que podem levar os leitores e leitoras a refletir um pouco mais sobre suas próprias vidas. 

Como analisa a questão da leitura no país?

Infelizmente o cenário da população brasileira em relação à leitura é caótica, pois as pessoas, em sua maioria, não têm o hábito de ler. É um processo histórico. Se analisarmos o Brasil do século XX, como os jovens eram educados? As famílias mais abastadas mandavam seus filhos estudar fora do país ou o acesso à educação era apenas para as famílias burguesas. Depois, tivemos o rádio no Brasil a partir dos anos 20 -  como meio de entretenimento e a partir dos anos 50 a tevê Tupi com Assis Chateaubriand. Sendo assim, se algum dia, tivemos uma cultura de leitores, logo foi substituída pela cultura dos telespectadores. Então, "ser" leitor ou leitura tornou-se coisa de intelectuais - a massa passou a não ter mais tempo para isso (se é que algum dia teve). A indústria cultural deu um jeito de entreter as pessoas com seus filmes hollywoodianos, ou suas as novelas brasileiras. A leitura, como se sabe, inicia-se em grande parte por modelos que as crianças têm ou tiveram das figuras paternas e maternas, ou educadores. Entretanto, a questão é que os responsáveis por esses menores de idade estão fora o dia inteiro, pois precisam trabalhar, e indiretamente, não têm tempo ou disposição para ler alguma coisa (há as exceções, obviamente) - porém, para algumas pessoas, o ato de ligar a televisão quando chega em casa é automático. Ou se quiserem ler um livro, o cansaço é tanto, que alguns decidem parar a leitura ou acabam dormindo com o livro na mão. Sem falar dos educadores que exigem leituras de seus educandos, mas não leem ao menos um livro por ano. Faço o que eu digo e não o que faço? Então, logicamente, teremos adultos que não terão o hábito de leitura - tudo é proposital, quanto menos leitores tivermos, mais pessoas dispostas a seguir comandos teremos. Pois a leitura leva a um processo de reflexão. Portanto, vejo com muita tristeza o cenário brasileiro, porque a média do leitor ou leitora brasileiro(a) é de dois ou três livros por ano. Como pode? A quem interessa a produção de analfabetos funcionais? Fica esta pergunta.

O que tem lido ultimamente?

Sobre minhas leituras, bem, sou um leitor assíduo que consigo ler vários livros concomitantemente, em outras palavras, um dia estou lendo um romance e em outro, um livro filosófico -  um processo de ir e vir. Porém, para delimitar, estou lendo ultimamente os livros dos filósofos Gilles Deleuze e Felix Guattari (Mil Platôs) e a obra de Freud, especificamente O Futuro de Uma Ilusão - essas leituras estão me ajudando a entender um pouco os processos existenciais de minha vida e as possíveis "linhas de fuga" ou sublimações (em termos psicanalíticos), que podem me ajudar a ter uma vida melhor. 

Quais são os seus próximos projetos?

Ainda não parei para pensar... Acabei de lançar um livro. Estou aproveitando esse momento feliz, mas espero que o livro tenha uma boa receptividade e que, em breve, eu possa escrever outra obra. 

Uma pergunta que gostaria de responder: Por que as massas aceitam ser exploradas passivamente? 

Porque, no fundo, essas pessoas desejam fazer parte de uma engrenagem capitalista – que, em suma, envolve o "desejo” ou a ideia de que "somos donos da nossa própria vida”, e isto realmente é sedutor. 

Link para o livro:

CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).

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