Conexão Literatura: Você é autor do livro “Tâmara Jong: O Chamado de Úlion". Poderia comentar?
José M. S. Freire: Sim. Como estava falando, eu comecei a escrever, naquela mesma noite, as primeiras páginas do livro. Confesso que, a princípio, me baseei nas sagas de maior sucesso dos últimos tempos, onde os protagonistas são jovens intrépidos e audaciosos. Mas eu queria fugir do senso comum de que a maioria dos heróis, que lutam contra as forças do mal, tem que ser, todos, americanos ou europeus. Para o que eu tinha em mente, eu precisava de um oriental que praticasse artes marciais, mas não necessariamente o Karatê. Então me ocorreu que uma luta tão popular quanto esta arte japonesa é o Taekwondo, originário da Coréia. Assim, eu trouxe ao mundo Tamara Jong, minha aguerrida guerreira coreana. Mas como eu não queria que ela fosse uma “vingadora solitária”, que guerreasse sozinha contra inimigos terríveis, resolvi arranjar um grupo de companheiros leais e valentes para ela. Como sou brasileiro e carioca, decidi que seria mais do que justo arranjar um jeito de trazer Tamara para o Rio de Janeiro e fazê-la se enturmar com uma “galerinha” nativa legal. Depois, foi só fazer a turma toda adquirir o hábito de passear na Floresta da Tijuca para que, mais cedo ou mais tarde, eles topassem com o portal interdimensional e começassem a viver suas aventuras incríveis no planeta Úlion.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
José M. S. Freire: Bem, na verdade minhas pesquisas se resumiram em estudar um pouco sobre a Coréia do Sul, principalmente para conhecer nomes típicos e poder criar o nome dos parentes de Tamara. Também li algumas coisas sobre seu estágio de desenvolvimento científico e tecnológico. Mas nada que eu já não soubesse, tipo, eles são donos de grandes marcas de carros, telefonia celular, televisores e eletrônicos em geral. Além de possuírem a banda larga mais rápida do mundo. Levei cerca de 1 ano para escrevê-lo.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
José M. S. Freire: O trecho que eu acho mais legal é aquele em que Zorach revela a Tamara sua visão sobre a origem da vida, e o porquê da existência da maldade em toda parte. Segundo suas palavras:
“Um dia o universo cansou-se de si mesmo e criou a vida para suprir o vazio e a solidão de sua infinitude. Mas ele não foi capaz de fazê-la pura e perfeita. A vida surgiu do caos e do acaso. Ela não se deduz nem se produz de fórmulas precisas e exatas. Desde o princípio das coisas a vida foi fabricada a partir de projetos confusos, mal feitos e inacabados. Nem foi dado a ela um propósito nobre e altivo. Cada criatura vem ao mundo completamente só e desamparada. E tem que travar uma luta desigual e cruel todos os dias de sua existência. Os seres mais evoluídos criaram leis e regulamentos para tornarem a vida mais justa e segura. Mas as imperfeições da criação estão em toda parte e sempre haverá o lado mal e sombrio para destruir e consumir tudo de bom que se cria no mundo. Neste ou em qualquer outro”!
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
José M. S. Freire: Bem, o livro está à venda na Amazon e na Cultura, por enquanto só em e-book. Quanto a saber mais de mim e do meu trabalho, infelizmente eu ainda não tive tempo de criar um site ou blog para receber os comentários dos leitores. Mas eu devo me aposentar em breve e, entre meus projetos, está a criação de uma página própria para interagir com meus futuros leitores. De qualquer modo, quem quiser me adicionar no facebook, tudo bem.
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
José M. S. Freire: Por enquanto, estou concentrado em dar prosseguimento à série. Atualmente estou escrevendo o quinto livro. E conforme o primeiro, “O Chamado de Úlion”, que foi publicado em dezembro de 2017, começar a ter aceitação, eu pretendo ir publicando os outros, no mesmo esquema.
Perguntas rápidas:
Um livro: Dom Quixote de La Mancha
Um (a) autor (a): Miguel de Cervantes
Um ator ou atriz: Sônia Braga
Um filme: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Um dia especial: O dia em que nasci
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
José M. S. Freire: Ficaria muito feliz se os leitores brasileiros começassem a valorizar mais os autores de ficção nacionais. Em muitos grupos do facebook que participei, vi, com certo pesar, o enaltecimento de autores estrangeiros há muito consagrados, inclusive, a maioria já morta, enquanto que os brasileiros, mesmo os mais conhecidos e bem-sucedidos, quase ninguém lembra.
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