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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Lançamento do livro O Grito da Borboleta, do autor João Lucas Dusi, acontecerá no dia 5 de outubro, em Curitiba/PR

No dia 5 de outubro será lançado o livro de estreia do autor João Lucas Dusi, O grito da borboleta (Editora Penalux, 2019). O evento acontece a partir das 15h, no Café Tiramisù (Rua XV de Novembro, 1330 - Centro, Curitiba/PR).

"O livro de estreia de João Lucas Dusi beira o insuportável, cambaleia na beira do abismo, causa diarreias, vertigens, calores noturnos, e profunda sensação de arrebatamento estético. Sua narrativa precisa e sofisticada nos apresenta, com graus severos de ironia e sarcasmo, personagens que forjam o impossível, afundados nos graus mais abjetos de entorpecimento e humanidade. Os personagens que atravessam os contos nos lembram que, se hoje achamos que ninguém pode ser mais repugnante que o governante que fala só para chocar e se deleita com a miséria e a tortura, a experiência literária ainda pode levar para mais longe a potencialidade da derrocada humana (ainda que os jornais, enquanto escrevo, tenham disponibilizado fotos de cabeças decepadas numa rebelião num presídio). O autor, no entanto, não goza com o desastre: seus narradores e personagens nos proporcionam algo como o equivalente da catarse no teatro ateniense".
- Rodrigo Tadeu Gonçalves, professor da Universidade Federal (UFPR)
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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Litercultura 2018 discute o "lugar da escuta" na produção contemporânea


Festival Literário de Curitiba chega à sexta edição com apresentação de cinco autores na Capela Santa Maria. Ingressos gratuitos já podem ser retirados

Curitiba, 13/07/18 - Qual o "lugar da escuta" quando todos reivindicam, de forma legítima, o "lugar da fala"? "Literatura: lugar de escuta" é o tema do Litercultura - Festival Literário de Curitiba, que chega à sexta edição entre os dias 6 e 10 de agosto, na Capela Santa Maria. Com direção-geral de Manoela Leão e curadoria de Manuel da Costa Pinto, o evento traz uma jornada de cinco apresentações, sempre a partir das 19h30, com a presença de um autor convidado e um mediador. São eles: Veronica Stigger (mediação de Josiane Orvatich); Cristovão Tezza (mediação de Christian Schwartz); Ana Maria Gonçalves  (mediação de Benedito Costa); João Silvério Trevisan (mediação de Yuri Al'Hanati) e Noemi Jaffe (mediação de Luís Henrique Pellanda).

O Litercultura é um evento gratuito. A partir desta segunda-feira (23 de julho), os ingressos antecipados podem ser retirados das 9h às 12h e 14h às 17h30, na bilheteria da Capela Santa Maria. O evento limita a retirada de um par de ingressos por sessão.

A cada noite, um autor discutirá o tema a partir de seu lugar de fala (como figura pública) e de sua condição de leitor, os livros que os marcaram e dos autores que ajudaram a moldar sua própria voz. "A literatura – espaço público mediado pela imaginação – talvez seja o lugar de escuta ideal para ampliar e amplificar os efeitos do lugar de fala", diz o crítico literário Manuel da Costa Pinto, que pela terceira vez responde pela curadoria do Litercultura.

Sempre com o compromisso de abordar os temas contemporâneos, provocando a reflexão e a participação do espectador, o Litercultura 2018 seguirá o formato de explanação do autor durante 40 minutos, quando ele abordará o tema a partir de sua trajetória literária, seguida de debate de 30 minutos com o mediador e público. "Há um público de literatura local que está amadurecendo junto com o Litercultura. Nesses seis anos, fizemos questão de trazer assuntos relevantes com os melhores interlocutores. Não será diferente desta vez", afirma Manoela Leão.

Este ano, o evento recebe apoio do Itaú Cultural, patrocínio do Colégio Medianeira, co-patrocínio da Marcelo Almeida Cultura, apoio institucional Esc. Escola de Escrita, ICAC, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba.

Programação paralela:
Em parceria com a Esc – Escola de Escrita, o Litercultura 2018 oferece curso de formação literária  com Christian Schwartz,  jornalista e tradutor, tendo vertido para o português brasileiro autores como Jonathan Coe, Nick Hornby, Hanif Kureishi, Graham Greene, Mary Shelley, Philip Pullman, Jeffrey Eugenides, F. Scott Fitzgerald e Nathaniel Hawthorne, entre outros.

Com o tema "Que futuro pode ter a ficção literária no mundo da pós-verdade?" o curso procura mostrar, com farta ilustração, debates e análises de autores contemporâneos, particularmente brasileiros, que, enquanto ficcionistas de qualquer origem ou extração forem capazes de ocupar o "lugar de escuta" e deixar o "lugar de fala" a seus personagens, mesmo aqueles marcadamente autobiográficos.

O curso será dividido em nove segundas-feiras (27/8; 3/09; 10/09; 17/09; 24/09; 1/10; 8/10; 15/10; 22/10, (das 19 às 21h). A inscrição pode ser feita por meio do link https://www.escoladeescrita.com.br/curso/formacao-de-leitores-litercultura-2018 ou pelos fones: (41) 3114 7100 | (41) 99711 7100.

PROGRAMAÇÃO:
6/8: Veronica Stigger – mediação de Josiane Orvatich
7/8: Cristovão Tezza – mediação de Christian Schwartz
8/8: Ana Maria Gonçalves – mediação de Benedito Costa
9/8: João Silvério Trevisan – mediação de Yuri Al'Hanati
10/8: Noemi Jaffe – mediação de Luís Henrique Pellanda

Sobre o Litercultura:
A primeira edição do Litercultura foi realizada em 2013 com a proposta de ser um festival de literatura com ênfase na leitura. Em cinco edições, o festival não se limitou a ser uma festa ou feira literária, propondo a reflexão sobre temas contemporâneos a partir de diversas linguagens. Pelos palcos do Litercultura passaram autores como Alberto Manguel e Alan Pauls (Argentina), Antonio Skármeta (Chile), Gonçalo M. Tavares, José Luís Peixoto e Valter Hugo Mãe (Portugal), Gianni Vattimo (Itália) e Arnon Grunberg (Holanda), além de vários brasileiros – entre eles, a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, a historiadora Heloisa Starling, o psicanalista Christian Dunker, o crítico e compositor José Miguel Wisnik, os filósofos Márcia Tiburi e Vladimir Safatle, e os escritores Beatriz Bracher e Cristovão Tezza. Site: www.litercultura.com.br I Facebook: www.facebook.com/litercultura

Litercultura – Festival Literário de Curitiba 2018
De 6 a 10 de agosto, às 19h30
Capela Santa Maria - R. Conselheiro Laurindo, 273 Centro - Curitiba - PR
Patrocínio: Colégio Medianeira e Marcelo Almeida Cultura
Apoio: Itaú Cultural
Apoio Institucional: Esc - Escola de Escrita, ICAC, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba
Realização: Gusto Produção Cultural

Assessoria de imprensa: Dani Brito Bureau de Comunicação
*Os ingressos são gratuitos com retirada antecipada na bilheteria da Capela Santa Maria, a partir do dia 23 de Julho. Caso os ingressos antecipados se esgotem, a entrada estará sujeita a lotação da sala.
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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Vox Urbe tem final de semana com leituras, bate-papos e shows no Novelas Curitibanas

Luci Collin - Foto divulgação
Na programação, Luci Collin, Paulo Henriques Britto, Rodrigo Madeira e os dez anos do trio Língua Madura; Acesso é gratuito

Curitiba, abril de 2018 – O Vox Urbe 2018, evento de literatura que abre espaço para o intercâmbio entre autores locais e o público, segue a programação no próximo final de semana no Teatro Novelas Curitibanas com bate-papos, literaturas e música. Serão três noites de apresentações, que começam às 19 horas. Todas com entrada gratuita. A iniciativa, que tem direção do escritor, músico e produtor cultural Adriano Esturilho e curadoria do poeta Ricardo Pozzo e Manoela Leão, reúne nomes de peso da literatura local e convidados de fora do estado.

Na sexta-feira (13/04) as escritoras curitibanas Julia Raiz – integrante de movimentos como Totem & Pagu e Pontes Outras – e Luci Collin – prêmio Jabuti 2017 com "A palavra algo" um dos nomes mais representativos da cena local – se encontram para leituras e bate-papo.  A noite termina com show e leituras de Estrela Leminski e Téo Ruiz com o recente "Tudo que não quero falar sobre amor".

No sábado (14/04), o poeta curitibano Marcelo Sandmann fará as honras da casa para o visitante da noite, o poeta e tradutor carioca Paulo Henriques Britto, prêmio Portugal Telecom de literatura brasileira, numa dobradinha de leituras e bate-papo. Ao final da noite, o público poderá conferir a performance de Adriano Esturilho e Eugenio Fim em "Estu! Subtropical: Canções em Tempos de Golpe".

Em seu novo show "Canções em Tempos de Golpe", o multiartista curitibano Adriano Esturilho e seu parceiro Eugênio Fim apresentam parte do repertório de seu projeto musical Estu!subtropical, lançado em CD no último ano, em versões preparadas especialmente para o Vox Urbe. Com uma  ironia constante e viril, as canções por vezes passeiam pela cidade e por nossos temas políticos atuais, criando um rock tropicalista mesclado a elementos eletrônicos. A noite também contará com breves leituras de poemas do novo livro de Esturilho - 32 de dezembro - a ser lançado em maio. As canções e textos apresentados no palco dialogam e lançam um olhar - sutil, mas contundente - sobre os efeitos colaterais dos nossos atuais tempos de retrocesso político e de conservadorismo na visão do autor. Segundo Esturilho, é tempo de resistirmos, com poesia, música e afeto. Acompanham Esturilho e Eugenio Fim no palco a atriz e cantora Taciane Vieira e o músico Thales Lemos.

Finalizando a terceira noite do Vox Urbe, no domingo (15/05), a mesa de leitura e bate-papo reúne a escritora e crítica gaúcha Veronica Stigger e o poeta Rodrigo Madeira, autor do recém-lançado "Baldio" (Kotter/Ateliê Editorial). O show de despedida tem sabor de comemoração: o maestro Octavio Camargo, a instrumentista Barbara Kirchner o poeta Thadeu Wojciechowski se unem para festejar os dez anos do trio Língua Madura.

O evento
O Vox Urbe 2018 foi lançado no último 22 de março na Cinemateca de Curitiba marcando uma série de outros três encontros. Neste ano, recebe patrocínio do PROFICE - Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura, com incentivo da Copel. A iniciativa é um dos principais eventos de poesia em atividade no Paraná e tem como princípio abrir espaço para os poetas da cena local lerem e compartilharem seus poemas e pensamentos com o público. O evento nasceu em 2011 nas noites de terça-feira do já extinto Wonka Bar em Curitiba, com o apoio da empresária e produtora cultural Ieda Godoy, que cedia seu espaço e estrutura.

Agora, neste novo momento, o projeto ganha estrutura de produção, equipe e divulgação para ampliar seu público. Também terá um calendário estruturado com mesas-redondas com autores e coletivos de literatura, shows, oficinas, lançamentos e sessões de autógrafo. O Vox Urbe tem entrada gratuita em todos os eventos e a ideia é transformar esses encontros em noites de trocas culturais com a interseção de outras artes como a música e a performance.
A expressão do latim "vox urbe" (que significa "vozes da cidade") traduz bem o espírito desse evento que proporciona uma experiência literária única. "Mantivemos a tradição do sarau e da leitura de poemas. O foco continua na divulgação dos poetas curitibanos com abertura para o intercâmbio com convidados de outros locais", conta Adriano Esturilho.

Em maio acontece o último encontro do Vox Urbe 2018 também no Novelas Curitibanas.

Serviço:
Vox Urbe 2018
Local: Teatro Novelas Curitibanas – Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222
Data: 13 a 15 de abrilHorário: a partir das 19 horas
Entrada gratuita
Projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – PROFICE da Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Paraná.
Apoio: Copel
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quarta-feira, 7 de março de 2018

Encontro na Cinemateca lança Vox Urbe e websérie literária Pássaros Ruins

Ricardo Pozzo - Foto divulgação
Noite terá bate-papo com autores e exibição dos doze episódios do projeto audiovisual 

Curitiba, março de 2018 - O ano começa movimentado na cena dos eventos literários curitibanos. No dia 22 de março, às 20 horas, na Cinemateca, serão lançadas paralelamente a edição 2018 do Vox Urbe – projeto que dá vez e voz à poesia paranaense – e a terceira temporada da websérie Pássaros Ruins, que registra autores locais lendo ou falando seus textos ou pensamentos em pontos distintos de Curitiba. Ambas as iniciativas são do poeta e curador Ricardo Pozzo  em conjunto com a Processo Multiartes. O Vox Urbe foi viabilizado pelo PROFICE - Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura, com incentivo da Copel. Já Pássaros Ruins é realizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com incentivo do Positivo.

Na noite de lançamento, o poeta Ricardo Pozzo e o Diretor Adriano Esturilho conduzirão um bate-papo informal com os autores que participam desta temporada de Pássaros Ruins. O público também poderá assistir em primeira mão os 12 episódios inéditos da websérie.

Pássaros Ruins
Dirigida por Adriano Esturilho, a websérie estreou em 2014. O objetivo é levar a um público mais amplo o trabalho e a imagem dos poetas locais numa interação com a cidade de Curitiba, por meio de um formato que cria o diálogo entre a literatura e o cinema. Depois de três temporadas o projeto já conta com a participação de cerca de 30 poetas da cena curitibana, formando um panorama da produção contemporânea de poesia em Curitiba ao longo dos últimos anos. A curadoria é de Ricardo Pozzo com fotografia de Giuliano Andreso.

Participam da nova temporada da websérie os autores Julia Raiz, Edival Perrini, Marcos Pamplona, Paulo de Jesus, Juliano Grus, Marcelo Sandman, Roberto Prado, Priscila Lira, Ricardo Corona, Marcelo De Angelis, Susan Blum e Paulo Sandrini. Após o lançamento, em que alguns autores estarão presentes para trocar experiência com o público, os capítulos serão disponibilizados um a cada semana na internet.

Vox Urbe
O Vox Urbe é um dos principais eventos de poesia em atividade no Paraná e tem como princípio abrir espaço para os poetas da cena local lerem e compartilharem seus poemas e pensamentos com o público. O evento nasceu em 2011 nas noites de terça-feira do já extinto Wonka Bar em Curitiba, com o apoio da empresária e produtora cultural Ieda Godoy, que cedia seu espaço e estrutura.
Equipe Pássaros Ruins - Foto divulgação
Agora, neste novo momento, o projeto ganha estrutura de produção, equipe e divulgação para ampliar seu público. Também terá um calendário estruturado com mesas-redondas com autores e coletivos de literatura, shows, oficinas, lançamentos e sessões de autógrafo. Assinam a curadoria, Ricardo Pozzo e a produtora cultural Manoela Leão, que empresta sua experiência de eventos aprovados pelo público como o Litercultura. O Vox Urbe tem entrada gratuita e a ideia é transformar esses encontros em noites de trocas culturais com a interseção de outras artes como a música e a performance.

A expressão do latim "vox urbe" (que significa "vozes da cidade") traduz bem o espírito desse evento que proporciona uma experiência literária única. "Mantivemos a tradição do sarau e da leitura de poemas. O foco continua na divulgação dos poetas curitibanos com abertura para o intercâmbio com convidados de outros locais", conta Adriano Esturilho.

Estão programadas mais três datas do Vox Urbe até o final do mês de maio. Nomes como Luci Collin, Rodrigo Madeira, Ivan Justen, Paulo Henriques Brito e Veronica Stigger estão confirmados. Confira a programação em anexo.

Serviço:
Lançamento Vox Urbe e Pássaros Ruins com presença de autores.
Local: Cinemateca de Curitiba – Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174 – São Francisco
Data: 22 de março
Hora: 20 horas
Entrada gratuita
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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Festival Literário Zoona II - Américas Transitivas da Capela Santa Maria

Wilson Bueno - Foto Divulgação
Em sua segunda edição, festival literário reúne artistas em performances, shows, lançamento de publicações, fóruns e feiras literárias.

O festival literário ZOONA II – Américas Transitivas se realiza em Curitiba, na Capela Santa Maria, de 16 a 19 de outubro, e em Foz do Iguaçu, na UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana, de 23 a 25 de outubro. O tema transversal desta edição, resumido no título, são as fronteiras, as transições e misturas nos saberes e práticas literárias.

O Paraná, por sua localização e história, é um lugar de trânsito de pessoas e bens materiais e simbólicos. O Estado tem sido destino de imigrantes vindos tanto do exterior como de outras regiões do Brasil e conta com um porto, o de Paranaguá, que é um dos mais importantes do país. Na área da fronteira tríplice com a Argentina e o Paraguai, utilizam-se na comunicação cotidiana as interlínguas resumidas no termo "portunhol".

Recentemente instalada nessa região, a UNILA - Universidade Internacional Latina vem se tornando uma instituição pública de vital importância para a pesquisa das questões sociais, econômicas, ambientais e culturais da região utilizando, oficialmente, as línguas portuguesa, guarani e espanhol.

Esta condição favorece uma produção cultural e literária "de fronteira". Desde que Wilson Bueno lançou Mar paraguayo (1992), o portunhol tem sido explorado como material literário. No último decênio do século XX, foram publicados inúmeros textos em variantes desta interlíngua. Mais recentemente, a partir de iniciativas como a de Douglas Diegues, formou-se o movimento conhecido como "portunhol selvagem" reunindo autores da fronteira.

Mais além da tensão ou oposição entre urbano e rural, erudito e popular, literário e não literário, exemplificada, por exemplo, na obra plural de Paulo Leminski, e nas singulares interseções e montagens de imagem-texto, do HQ ao cinema, constantes na obra de Valêncio Xavier, o Paraná tem sido um laboratório de criação intercultural.

A etnopoética, da tradução à criação, a partir do envolvimento em vários níveis com as culturas originárias, marca obras como Curare (2011), de Ricardo Corona, e Roça Barroca (2011), de Josely Vianna Baptista.

Autores e autoras nascido(a)s, radicado(a)s ou em trânsito pelo Estado têm contribuído para ampliar o conceito de "literatura latino-americana", como Maria Alzira Brum, cujo trabalho pode ser caracterizado como nômade, Isabel Jasinski, que, a partir do curso de Letras da Universidade Federal do Paraná e da pesquisa acadêmica, coloca em diálogo as literaturas latino-americanas contemporâneas, ou Maria Josele Bucco, que, na mesma instituição realiza estudos sobre as culturas dos imigrantes.


ZOONA II - Américas Transitivas busca explorar e criar vizinhanças por meio da participação presencial e à distância de convidados do Brasil e do exterior. O dominicano radicado em Chicago Rey Andújar utiliza o afro-caribenho, a literatura de gênero, a dança e o teatro para explorar e renovar os sentidos de migração e "mestiçagem". O uruguaio Dani Umpi, que mora na Argentina, é um híbrido entre músico, artista visual e escritor. O chileno Héctor Hernández Montecinos foi um dos escritores que no começo da década dos 2000, iniciou a formação de uma rede interconectada de poesia latino-americana. O uruguaio Roberto Echavarren, um dos expoentes do neobarroco, momento igualmente transitivo e potente da criação literária nas américas, trabalha pensamento e linguagem em sua obra crítica e poética.

Estas vizinhanças abarcam também o ensaio literário, as práticas pedagógicas e a escrita criativa e expandida por meio da participação de Raúl Antelo (argentino radicado em Florianópolis), Elena Palmero (cubana radicada no Rio de Janeiro), Ana Cecília Olmos (argentina radicada em São Paulo) e Juliana Borrero (colombiana nascida no Brasil).

A estas contribuições se somam o lançamento da publicação de artista Passaporte, de Eliana Borges, performances, leituras presenciais e à distância de escritores do Paraná e outros países, em português, espanhol e línguas originárias, edição e apresentação da coleção "américas transitivas" (Editora Medusa), organizada especialmente para o festival, da Baronesa, feira de publicações de artista e editoras independentes, e mostras de cinema e fotografia.

Com diálogos e ações artísticas intercruzados ZOONA II - Américas Transitivas pretende discutir e difundir estéticas e ideias a partir do Paraná e criar pontos de vista transperiféricos por meio dos trânsitos, dos diálogos entre diferenças e dos pensares e fazeres em rede.

Essa perspectiva visa uma abordagem dos fenômenos literários que considera as redes não apenas como um meio de difusão de literaturas nacionais ou de mercado, mas, principalmente, como espaço multidimensional de trocas e aprendizagens intermedidas por afetos, ideias, estéticas e atuações conjuntas.

Confira a programação completa do evento em zoona.editoramedusa.com.br

SERVIÇO:
ZOONA II – AMÉRICAS TRANSITIVAS

16 a 19 de outubro na Capela Santa Maria (R. Conselheiro Laurindo, 273 - Centro, Curitiba - PR, 80060-100).
23 a 25 de outubro em Foz do Iguaçu na  UNILA - Universidade Internacional Latina  (Av. Silvio Américo Sasdelli, 1842 - Vila A, Foz do Iguaçu - PR, 85866-000)
Confira a programação completa do evento no site zoona.editoramedusa.com.br
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sábado, 12 de agosto de 2017

Litercultura 2017 começa nesta segunda com Vladimir Safatle​

Manuel da Costa Pinto - Foto Divulgação
Festival literário discute literatura hispano-americana e prossegue até a próxima sexta-feira na Capela Santa Maria

Curitiba, agosto de 2017 – O Litercultura – Festival Literário de Curitiba 2017 começa nesta segunda-feira, às 19h30, na Capela Santa Maria, no Centro, com o painel do filósofo e ensaísta Vladimir Safatle sobre a obra do escritor chileno Roberto Bolaño. Esta é quinta edição do evento literário que prossegue até o dia 18 (sexta-feira). Este ano, o festival estabelece o diálogo entre o Brasil e os países hispano-americanos em cinco encontros na Capela Santa Maria com mediação e interação com o público. O Litercultura tem direção da produtora cultural Manoela Leão e curadoria do crítico e ensaísta Manuel da Costa Pinto. Os ingressos para o evento são gratuitos mediante retirada prévia. Interessados que ainda não retiraram sua entrada podem comparecer no dia do evento desejado para aguardar a acomodação.

Nesta edição, o Litercultura elege cinco importantes nomes da literatura brasileira que se colocam como leitores e mergulham no universo dos pares latino-americanos, gerando discussões sobre temas contemporâneos comuns entre os países. O filósofo e ensaísta Vladimir Safatle, o escritor Julián Fuks, a filósofa e romancista Marcia Tiburi, Manuel da Costa Pinto e o psicanalista Christian Dunker discutem as obras do chileno Roberto Bolaño, do argentino Juan José Saer, do mexicano Juan Rulfo, e dos argentinos Roberto Arlt e Adolfo Bioy Casares, respectivamente, abordando as questões estéticas, sociais, psicanalíticas e políticas que atravessaram suas histórias.

Será uma ótima oportunidade de o público conferir em ação intelectuais que ajudam a pensar as questões contemporâneas nas variadas frentes traçando paralelos entre Brasil e os países latino-americanos. "Damos continuidade à proposta, consagrada em edições anteriores do festival, de promover a interação de diferentes linguagens – no caso, psicanálise, filosofia, sociologia, ensaísmo e teoria literária –  com o imaginário da literatura", comenta Manoela Leão.

O Litercultura 2017 integra o Circuito Cultural Ademilar, ação que está patrocinando manifestações e eventos culturais de diversas naturezas ao longo deste ano. 

PROGRAMAÇÃO:
14/ago (segunda) 19h30 – Vladimir Safatle
15/ago  (terça) 19h30 – Julián Fuks
16/ago (quarta) 19h30 – Marcia Tiburi
17/ago (quinta) 19h30 – Manuel da Costa Pinto
18/ago (sexta) 19h30 – Christian Dunker

Sobre o Litercultura:
O Litercultura aconteceu pela primeira vez em 2013, em Curitiba. Trata-se de um festival de literatura com ênfase na leitura, não se limitando a ser uma festa ou uma feira. Pelos palcos do Litercultura passaram escritores, atores, músicos, tradutores, jornalistas e pessoas interessadas no ato de ler. Alberto Manguel, Ana Maria Machado, Chico César, Cristóvão Tezza, Gonçalo M. Tavares, Miguel Sanches Neto, Sílio Boccanera, Valter Hugo Mae, Tim Vickery, Antonio Skármeta, Alan Pauls e vários outros estiveram celebrando com os melhores leitores, o público. Site: www.litercultura.com.br I Facebook: www.facebook.com/litercultura

Manoela Leão nasceu no Recife e mora em Curitiba há 11 anos. É formada em  Artes Visuais e trabalhou com direção de arte e editorial até conhecer a sua verdadeira vocação: os eventos culturais. Em 2012 idealizou e passou a produzir anualmente em Curitiba o Litercultura, festival literário que já colocou o público em contato com dezenas de autores nacionais e estrangeiros. A experiência rendeu convites para curadoria de outros eventos como Emil, Festival Paulicéia Literária e ações do Sesi Cultural. Também na terra que adotou como sua casa lançou em 2015 o Sex Libris – Sarau Erótico, um encontro periódico com escritores, poetas e performers em torno da produção literária erótica.

Sobre os convidados:

Vladimir Safatle é graduado em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), onde também cursou mestrado na área. A paixão do negativo (Editora Unesp, 2006), tese de seu doutorado  pela Université de Paris VIII, na França, foi finalista do 49.o Prêmio Jabuti. Entre suas principais obras estão Cinismo e Falência da Crítica (Boitempo Editorial, 2008), Grande Hotel Abismo: Por uma reconstrução da teoria do reconhecimento (Martins Fontes, 2012), A esquerda que não teme dizer seu nome (Três Estrelas, 2012) e O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo (Autêntica, 2015).  É professor livre-docente do Departamento de Filosofia da USP e colunista da Folha de S. Paulo. Vladimir Safatle falará sobre Roberto Bolaño, autor chileno eleito pelo The New York Times a voz literária latino-americana mais significante de sua geração.

Julián Fuks foi considerado um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros pela revista britânica Granta em 2012. Formado em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), o descendente de argentinos publicou quatro obras: Fragmentos de Alberto, Ulisses, Carolina e eu (7 Letras, 2004), ganhador do Prêmio Nascente da USP; Histórias de literatura e cegueira (Record, 2007), finalista do Prêmio Portugal Telecom e do Prêmio Jabuti; Procura do romance (Record, 2012), finalista do Prêmio Jabuti, do Prêmio Portugal Telecom e do Prêmio São Paulo de Literatura; e A resistência (Companhia das Letras, 2015), que conquistou o Prêmio Jabuti de ficção, o segundo lugar no Oceanos (antigo Portugal Telecom) e foi um dos finalistas no Prêmio São Paulo de Literatura. Julián Fuks falará sobre Juan José Saer, argentino considerado um dos nomes mais importantes da literatura latino-americana do século XX, tema de sua dissertação de mestrado.

Marcia Tiburi é graduada em filosofia e artes e mestre e doutora em Filosofia (UFRGS, 1999), tendo feito um pós-doutorado em Artes. Publicou diversos livros de filosofia, entre eles "As Mulheres e a Filosofia" (Ed. Unisinos, 2002), Filosofia Cinza – a melancolia e o corpo nas dobras da escrita (Escritos, 2004); Metaformoses do Conceito: ética e dialética negativa em Theodor Adorno (Ed. UFRGS, 2005, vencedor do Açoarianos de melhor ensaio), "Mulheres, Filosofia ou Coisas do Gênero" (EDUNISC, 2008), "Filosofia em Comum" (Ed. Record, 2008), "Filosofia Brincante" (Record, 2010, indicado ao Jabuti), "Olho de Vidro: a televisão e o estado de exceção da imagem" (Record 2011, indicado ao Jabuti), "Filosofia Pop" (Ed. Bregantini, 2011), Sociedade Fissurada (Record, 2013), Filosofia Prática, ética, vida cotidiana, vida virtual (Record, 2014). Publicou também romances: Magnólia (2005, indicado ao Jabuti), A Mulher de Costas (2006) e O Manto (2009) e Era meu esse Rosto (Record, 2012, indicado ao Jabuti e ao Portugal Telecom). É autora ainda dos livros Diálogo/desenho (2010), Diálogo/dança (2011), Diálogo/Fotografia (2011) e Diálogo/Cinema (2013) e Diálogo/Educação (2014), todos publicados pela editora SENAC-SP. Em 2015 publicou Como Conversar com um fascista – Reflexões sobre o Cotidiano Autoritário Brasileiro (Record, 2015, indicado ao APCA) que está em sua décima edição. Uma fuga perfeita é sem volta (2016), seu quinto romance, concorre ao Prêmio Rio de Literatura em 2017. Desde 2008 Marcia Tiburi coordena um Laboratório de Escrita Criativa, atualmente no Rio de Janeiro, na Escola Passagens. É também Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e colunista da revista Cult. A autora falará sobre Juan Rulfo, escritor mexicano de obra breve, precursor de escritores como García Márquez e Jorge Luís Borges.

Manuel da Costa Pinto é graduado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo (USP). Autor das obras Albert Camus - um elogio do ensaio (Ateliê Editorial, 1998), Literatura Brasileira Hoje (Publifolha, 2004) e Antologia Comentada da Poesia Brasileira do século XXI (Publifolha, 2006), atuou na televisão como editor-chefe dos programas de literatura Entrelinhas e Letra Livre e apresentou Metrópolis, todos na TV Cultura. O jornalista foi um dos criadores da revista Cult, onde atuou por seis anos como editor. Em 2011, foi curador da Feira Literária de Paraty (FLIP) e hoje é colunista da Folha de S. Paulo. Manuel da Costa Pinto falará sobre a obra de Roberto Arlt, escritor, dramaturgo e jornalista argentino.

Christian Dunker é psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP). Foi premiado com o Prêmio Jabuti de melhor livro em Psicologia e Psicanálise em 2012, por seu livro Estrutura e constituição da psicanalítica: uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento (Annablume, 2011) e, quatro anos depois, Mal-Estar, Sofrimento e Sintoma (Boitempo Editorial, 2015) foi considerado o segundo melhor livro da categoria. Dunker é conhecido por ter renovado o pensamento do psicanalista francês Jacques Lacan, além de ser colunista para a Revista Mente & Cérebro, Revista Cult, Revista Brasileiros e no blog da Boitempo Editorial. Christian Dunker falará sobre Adolfo Bioy Casares, escritor, jornalista e tradutor argentino mais conhecido pela obra A Invenção de Morel.

Serviço:
Litercultura – Festival Literário de Curitiba 2017
www.litercultura.com.br
De 14 a 18 de agosto
Capela Santa Maria
Patrocínio: Ademilar, Fundação Cultural de Curitiba
Apoio: ICAC (Instituto Curitiba de Arte e Cultura), Curitiba Lê
Realização: Gusto Produção Cultural
Atendimento à imprensa: Dani Brito Bureau de Comunicação (41.99951.9083) danibrito@danibrito.com.br

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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Ingressos gratuitos para o Litercultura (Curitiba) podem ser retirados a partir desta sexta-feira

Marcia Tiburi
Já está quase na hora de garantir a participação gratuita no Litercultura – Festival Literário de Curitiba 2017!
A bilheteria da Capela Santa Maria começa a disponibilizar nesta sexta-feira (4 de agosto) os ingressos antecipados para o evento, que será realizado entre 14 e 18 de agosto.
Cada pessoa tem direito a dois ingressos para cada uma das cinco apresentações. Os ingressos podem ser retirados de segunda à sexta-feira, das 9 ao meio-dia e das 14 às 17h30.
Este ano, o Litercultura faz parte do Circuito Cultural Ademilar.

Serviço:
Litercultura 2017 – retirada de ingressos gratuitos
Capela Santa Maria - Rua Conselheiro Laurindo, 273 - Centro, Curitiba
De segunda à sexta-feira, das 9 ao meio-dia e das 14 às 17h30.

Sobre o Litercultura:
O Litercultura aconteceu pela primeira vez em 2013, em Curitiba. Trata-se de um festival de literatura com ênfase na leitura, não se limitando a ser uma festa ou uma feira. Pelos palcos do Litercultura passaram escritores, atores, músicos, tradutores, jornalistas e pessoas interessadas no ato de ler. Alberto Manguel, Ana Maria Machado, Chico César, Cristóvão Tezza, Gonçalo M. Tavares, Miguel Sanches Neto, Sílio Boccanera, Valter Hugo Mae, Tim Vickery, Antonio Skármeta, Alan Pauls e vários outros estiveram celebrando com os melhores leitores, o público. Site: www.litercultura.com.br I Facebook: www.facebook.com/litercultura

PROGRAMAÇÃO:
14/ago (segunda) 19h30 – Vladimir Safatle
15/ago  (terça) 19h30 – Julián Fuks
16/ago (quarta) 19h30 – Marcia Tiburi
17/ago (quinta) 19h30 – Manuel da Costa Pinto
18/ago (sexta) 19h30 – Christian Dunker


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