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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Entrevista com os personagens de “O Segredo do Caminho – O Chamado”, do autor Jose Nelson Freitas


O escritor Jose Nelson Freitas ao escrever a obra “O Segredo do Caminho – O Chamado”, primeiro volume da trilogia “O Segredo do Caminho”, ousou utilizar caminhos muito difíceis. O primeiro caminho que ele enveredou, foi criar uma história em que os heróis terão que enfrentar diversos desafios mortais para recolher 33 pedras mágicas e impedir a destruição do universo, um tema complexo e ao mesmo tempo motivador. O segundo caminho, foi trazer para dentro da história pessoas reais que encontrou durante a peregrinação no “Caminho de Santiago de Compostela”, caminho Francês. Com certeza, no caminho ele encontrou muitas pessoas de diversas nacionalidades, mas o que chama a atenção foi construir esses personagens partindo de contatos tão curtos que ele reputa de intensos. No universo dos personagens ele captou aqueles aspectos mais íntimos e pessoais daquelas pessoas que um dia estariam lutando, interagindo, vivendo juntos em uma grande aventura. 

Pinçar pessoas reais para dentro de uma história épica, grandiosa é de uma complexidade ímpar. Lendo e relendo o livro, me vem à memória o filme de Woody Allen, “A Rosa Púrpura do Cairo”, um clássico. Neste filme o personagem de Jeff Daniels, Tom Baxter simplesmente pula da projeção e invade o mundo real, motivado pelo encanto que começa a sentir movido pela assistência constante da bela e delicada Cecília (Mia Farrow), mulher que, para fugir dos inúmeros problemas que está enfrentando em sua vida real, decide passar o dia inteiro dentro da sala de cinema, revendo uma sessão atrás da outra do mesmo longa. No livro, temos o contrário, pessoas comuns entrando em uma grande história para salvar o universo. 

Nesse contexto, tivemos a oportunidade de entrevistar três personagens, para conhecer um pouco deles e como viram ou sentiram quando se depararam que estavam fazendo parte de uma grande obra literária. 

Entrevista com os personagens de “O Segredo do Caminho – O Chamado”

Maria da Conceição Pires Farias - Anahi 

Quem é Anahi? Anahi é uma índia Tupi Guarani, a esposa de Yakecan e acima de tudo, guerreira. 

Anahi é o alter ego de Maria da Conceição Pires Farias, nascida em Meruoca no Ceará, 73 anos, corredora maratonista, peregrina convicta, pedagoga de profissão,  esposa, mãe e avó. 

Revista Conexão Literatura: Quem é Maria da Conceição Pires Farias? 

Maria da Conceição Pires Farias:

Eu me considero uma pessoa como qualquer outra, trabalhei, casei-me, tive filhos, netos e me aposentei.

Tenho minhas preferências de como quero viver. Gosto de correr, principalmente corridas longas e de aventuras, gosto de peregrinar, conhecer o mundo correndo, ou por uma mochila nas costas e sair caminhando, conhecendo lugares diferentes, desfrutando da natureza. 

Revista Conexão Literatura: O que você sentiu quando ficou sabendo que seria um dos personagens desta saga?  

Maria da Conceição Pires Farias:

Fiquei muito feliz, me senti honrada em participar dessa grande jornada. 

Revista Conexão Literatura: Explique para nossos leitores como é viver sua vida real e ao mesmo tempo saber que você faz parte de uma epopeia que irá salvar todo universo? 

Maria da Conceição Pires Farias:

Na minha vida real procuro objetivos de vida. Mas viver uma aventura como Anahi, com um objetivo tão grandioso é tudo que eu queria na vida real. 

Revista Conexão Literatura: Já vimos em um filme de Woody Allen (A Rosa Púrpura do Cairo) um personagem que sai da tela, assume uma vida e se apaixona por uma garota. Você consegue entender que você está fazendo o caminho contrário?  

Maria da Conceição Pires Farias:

No filme “A Rosa Púrpura do Cairo” o personagem sai da tela, mas a protagonista (Cecília) também entra na tela e vive momentos de fantasia. 

No livro, como Anahi, eu entro na fantasia do autor, viro uma heroína junto com Yakecan, aonde vamos em busca das pedras para montar o “Colar Universal” e assim salvar o universo. 

Como a protagonista do filme, eu entro nas páginas do livro e vou viver um mundo de aventuras fantásticas, talvez seja isso que busco na vida real. 

Revista Conexão Literatura: Não conheço na literatura um caso como este. Você já imaginou se o livro se torna famoso, a Netflix resolve produzir a história e você vai poder ver seu personagem na tela lutando para salvar o universo? O que você pensa sobre isso?  

Maria da Conceição Pires Farias:

Seria maravilhoso se isso acontecesse. Muitas pessoas iriam assistir ao filme e a mensagem que o livro transmite seria mais divulgada. 

Revista Conexão Literatura: O que você tem em comum com seu personagem? 

Maria da Conceição Pires Farias:

Tudo. O autor soube captar os meus anseios mais profundos. Talvez seja por tanto tempo de convivência. 

Revista Conexão Literatura: O que essa obra representa para você e para quem você recomendaria? 

Maria da Conceição Pires Farias:

Essa obra representa um sonho que o autor sempre teve, e que agora está sendo realizado. Recomendo esse livro a todos os leitores que gostem de aventuras e que também tenham seus sonhos e que nunca desistam deles.

 

Wagner Desio - Desioh 

Quem é Desioh? Primeiro Ministro, amigo e confidente de Anacon, o Senhor dos Magos. É um dos Magos mais importante do universo. 

Desioh é o alter ego de Wagner Desio, empresário, nascido em São Paulo, peregrino, formado em Administração de Empresas, casado e pai. 

Revista Conexão Literatura: Quem é Wagner Desio? 

Wagner Desio:

Brasileiro nascido em São Paulo capital em 1962, microempresário, pai, marido e peregrino de corpo e alma. Amigo de muitos e apaixonado pelas caminhadas. Sempre em busca do “SER” e do bem-estar físico e mental através da meditação e do esporte. 

Revista Conexão Literatura: O que você sentiu quando ficou sabendo que seria um dos personagens desta saga?  

Wagner Desio:

Fiquei muito feliz. Foi uma surpresa sem tamanho, me senti um verdadeiro herói! 

Revista Conexão Literatura: Explique para nossos leitores como é viver sua vida real e ao mesmo tempo saber que você faz parte de uma epopeia que irá salvar todo universo?  

Wagner Desio:

Fazendo um paralelo com a vida real, estamos sempre tentando salvar nossas vidas do fracasso ou de uma vida sem um propósito. No livro temos uma missão e um propósito, salvar o universo do seu fim. Assim nosso ego fica polido! 

Revista Conexão Literatura: Já vimos em um filme de Woody Allen (A Rosa Púrpura do Cairo) um personagem que sai da tela, assume uma vida e se apaixona por uma garota. Você consegue entender que você está fazendo o caminho contrário?  

Wagner Desio:

Mergulhando nas páginas do livro do nosso querido autor, nos tornamos eternos. 

Revista Conexão Literatura: Não conheço na literatura um caso como este. Você já imaginou se o livro se torna famoso, a Netflix resolve produzir a história e você vai poder ver seu personagem na tela lutando para salvar o universo? O que você pensa sobre isso?  

Wagner Desio:

Muita gratidão! E podendo passar algo de bom para meu filho Gabriel. Mostrando que no Caminho encontramos pessoas amadas e do bem. E que a amizade é um diamante lapidado por um ser maior. 

Revista Conexão Literatura: O que você tem em comum com seu personagem? 

Wagner Desio:

Um amigo leal, pronto para ajudar, e tentar ao máximo aliviar as dores e contemplar a beleza da vida! 

Revista Conexão Literatura: O que essa obra representa para você e para quem você recomendaria? 

Wagner Desio:

Tem um significado de vitória pós batalha de uma caminhada árdua, por montanha, vales e dias de muito sol e chuva. Gosto de alegria, festa entre amigos queridos. Reflexão de nossa existência. Recomendo para todos que estão na busca por algum significado na vida, não fique no seu estado de conforto. Busque uma missão em sua vida, de valor na sua e nas pessoas que você ama. 

 

Vittorio Guabello – Vittório  

 Quem é Vittório? Filho único do Senhor dos Magos, Anacon. Mago e guerreiro. 

Vittório é o alter ego de Vittório Guabello, italiano, peregrino, amante da música e das artes de um modo geral   

Revista Conexão Literatura: Quem é Vittorio Guabello? 

Vittorio Guabello:

Sono un normalissimo uomo italiano di 52 anni. Amo l’arte, non ho un indole avventurosa, anche se mi piace ogni tanto lanciarmi in qualche “impresa” come lo è stata il Cammino di Santiago. Però non mi sarei mai immaginato in un ruolo di mago e guerriero.  

Sou um homem italiano normal de 52 anos. Gosto de arte, não tenho um carácter aventureiro, embora goste de embarcar em algumas "façanhas" de vez em quando, como foi o Caminho de Santiago. Mas nunca me imaginaria no papel de um mágico e guerreiro. 

 Revista Conexão Literatura: O que você sentiu quando ficou sabendo que seria um dos personagens desta saga?  

Vittório Guabello: 

 La cosa mi ha incuriosito e molto divertito. 

Fiquei intrigado e muito divertido.  

Revista Conexão Literária: Explique para nossos leitores como é viver sua vida real e ao mesmo tempo saber que você faz parte de uma epopeia que irá salvar todo universo?  

Vittorio Guabello: 

In tutta onestà, essere parte di una storia del genere mi rende felice, tuttavia la mia vita continua come prima.

Molto probabilmente, Jose Nelson Freitas vede nella mia mente qualcosa che sembra suggerire una persona che è nella sua mente. Sono contento di ciò. 

Com toda a honestidade, o fato de fazer parte de uma história assim me deixa feliz, entretanto, minha vida continua do mesmo jeito de antes.

Muito provavelmente, José Nelson Freitas vê em minha mente algo que parece ser sugestivo de uma pessoa que está em sua mente. Fico feliz por isso.

Revista Conexão Literatura: Já vimos em um filme de Woody Allen (A Rosa Púrpura do Cairo) um personagem que sai da tela, assume uma vida e se apaixona por uma garota. Você consegue entender que você está fazendo o caminho contrário?  

Vittorio Guabello:

 Credo che questo aspetto non sia limitato solamente al film che ha citato. Tutta la storia del cinema è zeppa di personaggi tratti dalla vita reale: gli autori è lì che traggono ispirazione per costruirli. 

Penso que este aspecto não se limita apenas ao filme que mencionou. Toda a história do cinema está repleta de personagens retirados da vida real: é aí que os autores se inspiram para as construir. 

Revista Conexão Literatura: Não conheço na literatura um caso como este. Você já imaginou se o livro se torna famoso, a Netflix resolve produzir a história e você vai poder ver seu personagem na tela lutando para salvar o universo? O que você pensa sobre isso?  

Vittorio Guabello:

È una cosa che auguro di cuore a Freitas, prima di tutto. Dal mio punto di vista ne sarei felice e spererei che la parte di Vittorio venga assegnata a qualcuno di particolarmente bravo e famoso.  

É algo que desejo vivamente a Freitas, antes de mais. Do meu ponto de vista, ficaria feliz com isso e esperaria que o papel de Vittorio fosse atribuído a alguém particularmente bom e famoso.(:-D LOL) 

Revista Conexão Literatura: O que você tem em comum com seu personagem? 

Vittorio Guabello:

L’aspetto fisico innanzitutto. Poi un certo spirito che è comune a tutti noi mentre percorriamo il cammino di Santiago. 

Antes de mais, o aspeto físico. Depois, um certo espírito que é comum a todos nós ao percorrermos o Caminho de Santiago. 

Revista Conexão Literatura: O que essa obra representa para você e para quem você recomendaria?  

Vittorio Guabello:

La consiglierei a tutti quelli che amano il fantastico, i miti e le atmosfere tolkieniane. Per me rappresenta una simpatica opportunità per mantenere il contatto con l’autore. Durante il cammino ci separava una barriera linguistica che ora con “Deepl” e “Google translate” è stata abbattuta. 

Recomendo-o a todos os que gostam de fantasia, mitos e ambientes Tolkien. Para mim, representa uma boa oportunidade de manter o contato com o autor. Ao longo do caminho, uma barreira linguística separou-nos, que foi agora quebrada com o "Deepl" e o "Google translate".


PARA ADQUIRIR O LIVRO: https://a.co/d/2GDLqfN

PARA SEGUIR O AUTOR NAS REDES SOCIAIS:

Instagram: @freitasfariasescritor

Facebook: https://www.facebook.com/josenelson.freitas

Linkedin: www.linkedin.com/in/freitas-jose-nelson 

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sábado, 10 de junho de 2023

Entrevista com José Nelson Freitas Farias, autor do livro "O Segredo do Caminho - O Chamado”


Filho de pai estivador na Rede Ferroviária Federal, em Parnaíba, Piauí e mãe, dona de casa. Originário de uma família grande, com mais de 20 pessoas. Casa pequena, onde todos dormiam em rede, uns por cima dos outros e a comida era pouca.
Estudou as primeiras letras na Escola São Francisco dos Capachinhos.

No começo da década de 60, seus pais se transferiram para Fortaleza. Em Fortaleza estudou no Liceu do Ceará onde fundou o jornal “O Estrago”, foi assistente de revisor no jornal “O Povo” e participou ativamente do Clube dos Portas Cearenses. Se casou cedo e a literatura ficou guardada por mais de 50 anos. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

José Nelson Freitas Farias: Quando criança gostava de ouvir os cantadores de cordel e repentistas, no Mercado Municipal, em Parnaíba. Gostava também de livros de história. Como éramos muito pobres, minha madrinha, Criselite, que era professora, sempre me levava livros.  Sempre fui um leitor voraz. Adorava ler história geral. Lia e ficava penando naqueles povos antigos, em suas guerras e em como viviam as famílias. 

Desde muito cedo fui um devorador da literatura. Jose de Alencar, Castro Alves e Machado de Assis eram os meus autores preferidos.

Quando li o Guarani, foi como se entrasse em um sonho. E ao ler o Navio Negreiro de Castro Alves, foi uma imersão na história. O livro de Machado de Assis que mais gostava era “O Alienista”. Quando o li, fiquei durante muitos dias impressionado, encafifado, imaginando como seriam as pessoas daquela cidade. Depois de adulto meu livro de cabeceira passou a ser “O Velho e o Mar”. 

Em Fortaleza, todo ano o Clube dos Poetas Cearenses publicava uma Antologia. Participei de duas e escrevi contos e poemas que foram publicados nos jornais. Naquela época a poesia e a literatura era vista como um pano de fundo para a subversão. Muitos de nós foram censurados e eu tive um poema que o jornal recursou. Esse poema e muitos outros acabei perdendo. Aqueles tempos eram muito difíceis. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "O Segredo do Caminho - O Chamado”. Poderia comentar? 

José Nelson Freitas Farias: Trata-se de uma Trilogia e esse é o primeiro livro da saga. Essa história sempre esteve comigo, desde quando ouvi pela primeira vez “O Pavão Misterioso”, lá nos idos de 1957. Durante mais de 50 anos, sonhei, vivi e muitas vezes, mesmo acordado ouvi e presenciei algumas das cenas que se passa no livro. 

Tentei fazer uma narrativa que lembrasse a cultura de cordel, substituindo o verso pela prosa. Como toda literatura de cordel, trata-se de uma história épica. 

Essa é a sinopse da obra: um dia as galáxias se alinharão, e esse alinhamento poderá causar o desequilíbrio das forças universais e a destruição do universo. Para impedir o alinhamento, os Magos ungiram com seus poderes 33 pedras e as lançaram no espaço. Essas pedras circum-navegaram a imensidão do universo, absorvendo sua energia para permitir a montagem do “Colar Universal”. As pedras vagaram por muitas eras e finalmente caíram, aleatoriamente, na Terra, para os Magos, um planeta insignificante.

 

Para recolher as pedras, os Magos percorreram todas as galáxias em busca de um herói especial e descobriram que Yakecan e Anahi, dois índios Tupi-Guarani, seriam os escolhidos.

 

Os dois terão que comandar um exército, enfrentar os Guardiões do Caminho, cruzar os sete portais, recolher as pedras, montar o colar e entregá-lo ao Rei de Iria Flavia, antes que as galáxias se alinhem.

 

É isso o que oferece a obra “O Segredo do Caminho”: admirar e conhecer esses heróis que saíram da Floresta Amazônica para salvar o universo. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

José Nelson Freitas Farias: O roteiro, não nesse formato, já estava esboçado há muito tempo. Na realidade a história ficou amadurecendo por mais de 50 anos. Ela se apresentou por inteira quando fiz, em 2019, o Caminho de Santiago de Compostela, fazendo o Caminho Frances. 

Iniciamos, eu e minha esposa, por Sanit Jean Pierd Port, uma cidadezinha medial, nos Pirineus Franceses e seguimos o caminho por quase 1.000 km, cruzando todo norte da Espanha, até Santiago de Compostela. Foram 31dias caminhando, dormindo em albergues públicos, com 20 ou 30 pessoas no mesmo quarto, convivendo com gente de mais de 30 nacionalidades, mesmo não falando nenhuma outra língua, além do português. 

Foi nessa peregrinação que conheci os que depois viriam a ser meus personagens. Ou seja, grande parte dos personagens estiveram conosco nessa peregrinação de vida. 

Entre as pesquisas sobre o “Big Bang” e outros temas que envolvem a criação do universo, passando pela Bíblia, teoria quântica, a lei da relatividade e muitos, foram dois anos. Li muito sobre Amazônia e os indígenas, antes e depois de Cabral. 

Não foi por acaso que escolhi um casal de índios Tupi-Guarani para serem os heróis dessa história. Foi minha forma de fazer uma homenagem e um tributo a eles. Os heróis poderiam ser quaisquer pessoas, mas a escolha de Yakecan e Anahi, não foi por acaso. Vendo o que estamos fazendo com nossos ancestrais, foi minha forma de amplificar a importância que eles tiveram, tem e terão em nossa história. Não se pode, em função do dito progresso dizimar uma cultura e um povo.  

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

José Nelson Freitas Farias: Uma cena que acho antológica é a da despedida final de Anahi e Yakecan, antes de deixarem a aldeia, nos confins da Floresta Amazonica: 

”Sapaim, juntamente com todos os habitantes da aldeia haviam elaborado um colar de contas multicoloridas e a anciã mais velha, Amana, entregou para eles, dizendo: 

- Esse colar representa cada árvore da floresta, cada semente brotada aqui. E com esse colar vocês estarão ligados, estejam aonde estiverem, com tudo o que a floresta representa. Vocês nunca estarão longe de nós porque esse colar foi banhado com a água do rio que nos dá vida. Vocês são filhos da floresta e como filhos, ela nunca vai abandona-los. Qualquer dificuldade que vocês tiverem, pensem em como estaremos e peçam a essas arvores que os protejam como nos tem protegidos há tantos e tantos anos. Cada conta desta, representa mil arvores que estão aqui desde sempre, então, vocês levam um poder infinito – e colocou o colar, no pescoço de cada um. 

Depois deste ritual eles partiram sem olhar para trás, seguindo sempre no sentido do grande rio”. 

E tem uma outra, que descrevo o Kuarup: 

Os últimos raios de sol cortavam o horizonte com sua luz vermelho e azul, intensos. A lua já começava a se sobrepor e eles se sentaram, exaustos e cantaram cantigas de cada uma das suas terras. 

Yakecan aproveitou e convidou alguns guerreiros e guerreiras para aprenderem a dançar o kuarup. 

“O Kuarup é um ritual de homenagem aos mortos, celebrado pelo seu povo. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiuro e primeiro homem do mundo da sua mitologia. Em sua origem, o Kuarup teria sido um rito que objetivava trazer os mortos de novo à vida. 

Yakecan explicou que o Kuarup é uma festa alegre, onde cada um coloca a sua melhor vestimenta na pele. Na visão de seu povo, os mortos não querem ver os vivos agindo de forma triste ou feia. Para representar os mortos eles organizam toras de madeiras que são alinhadas no centro do terreiro em frente às malocas”. 

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura no país? 

José Nelson Freitas Farias: O Brasil sempre foi um pais de uma cultura diversificada. Muitos dizem que no Brasil se ler pouco, mas, acho que há um engano neste comentário. O brasileiro gosta de ler, o que precisamos fazer é colocar o livro e os autores mais próximo do público. 

Estive visitando a Biblioteca Pública perto de casa e achei maravilhoso o trabalho que eles fazem. Toda semana, nas quartas feiras, tem o Clube de Leitura, quando selecionam um autor e uma obra e as pessoas da comunidade leem e discutem o que leram. Essa é uma ação que precisa ser multiplicada. 

Assim como todos os produtos nacionais, o que precisa ser feito é baratear mais o livro, o acesso a cultura. Os altos impostos que pagamos é um entrave para que o livro chegue mais perto do leitor. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

José Nelson Freitas Farias: Quem tiver interesse, pode me acompanhar no meu Instagram: @freitasfariasescritor, no Facebook https://www.facebook.com/josenelson.freitas e no Linkedin www.linkedin.com/in/freitas-jose-nelson 

A obra, em mais alguns dias estará disponível em todos os sites de venda de livros, mas, por enquanto, está disponível no site da Editora CRV:

https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/37765-o-segredo-do-caminho-bro-chamadobrcolecao-os-guardioes-do-caminho-o-colar-universalbr-volume-1 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

José Nelson Freitas Farias: Atualmente estou com dois projetos em curso: concluir o segundo (Os Guardiões do Caminho) e o terceiro (O Colar Universal) livros da Trilogia e terminar a edição do meu primeiro livro infantil: O Diário da Lótus. 

Esse é o diário que fiz para minha filha mais nova, a minha cadelinha, Lótus Farias que, inclusive tem Instagram: @lotusfarias. Um livro mais ilustrado do que narrativa. 

Neste diário a Lótus coloca suas angustias, seus medos, seus pesadelos e seus momentos de felicidades. Não é porque escrevi, mas está um livro muito humano, no olhar da minha cadelinha. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: O Velho e o mar 

Um (a) autor (a):  Erico Verissimo

Um ator ou atriz: Marlon Brando

Um filme: O Senhor dos Anéis

Um dia especial: O dia do nascimento da minha primeira filha. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

José Nelson Freitas Farias: Mesmo sendo um autor iniciante, minha obra estará na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro e, na FLIP – Feira da Literatura Internacional de Paraty, em novembro. 

No dia 05 de julho, faremos um pré-lançamento na Livraria Martins Fontes, na Av. Paulista, 509 das 18:00 as 21 horas. Estou muito ansioso e espero que seus leitores possam nos prestigiar. 

Agora, por último, agradecer pela oportunidade de contar um pouco sobre minha obra e minha vida.

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