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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

5 livros de autores nacionais que você deveria conhecer


Como leitor, escritor e editor, tenho o prazer e privilégio de conhecer centenas de obras nacionais e internacionais. São inúmeros títulos lançamentos mensalmente. Mas destaco alguns títulos de autores que venho acompanhando nessa jornada literária. São eles: José M S Freire, autor de ficção científica que vem se destacando com o título "Tamara Jong". Freire criou uma coleção magnífica de 6 obras ricamente trabalhadas, mostrando ser um exímio conhecedor do gênero FC.  Roberto Schima, outro exímio escritor. Schima é um autor incansável, com inúmeras participações em antologias, possui obras solo e domina a arte de contar uma boa história. Sérgio Simka e Cida Simka, escritores ativos que dominam o português e a arte da escrita, com livros didáticos, como "Prática de Escrita ", título que já expõe o que o leitor encontrará na obra. Rafael Caputo, provavelmente o mais jovem da lista, mas que vem ganhando cada vez mais leitores com seus textos bem elaborados e criativos. E Bert JR, ativo escritor gaúcho e ganhador de prêmios literários, escreve excelentes poemas, contos e crônicas. 

Os autores citados podem ser de cidades e gêneros diferentes, mas todos possuem algo em comum: a paixão pela escrita.   

TAMARA JONG: O CHAMADO DE ÚLION - JOSÉ M S FREIRE 

Universos paralelos, portais interdimensionais, viagens interestelares, mundos futuristas, guerras interplanetárias e tantas outras coisas que intrigam e fascinam a humanidade há longo tempo, mas que ainda permanecem como mistérios a serem revelados em um futuro longínquo, tornam-se, de repente, a mais pura realidade para uma jovem coreana. Tamara Jong, campeã de taekwondo e espadachim do estilo Hankumdo, após deixar a Coreia do Sul com a mãe, uma viúva que se estabelece como empresária no Rio de Janeiro, vê-se, inesperadamente, arrebatada para um mundo de outra dimensão. Tudo aconteceu porque a garota, que adquirira o hábito de treinar seus novos amigos nas artes marciais durante as manhãs de Sábado e Domingo, na Floresta da Tijuca, é confundida com uma poderosa guerreira. O povo do planeta Úlion, que fora dominado por uma raça invasora, vê em Tamara a sua chance de reconquistar a liberdade perdida. Um jovem revolucionário, chamado Zorach, pede a ela para ensinar seus companheiros a lutar, para que eles possam fazer frente aos terríveis inimigos. Sensibilizada com a situação dramática do simpático povo de cabelos vermelhos e olhos azuis, Tamara responde ao chamado para a luta, engajando-se, de corpo e alma, numa guerra cruel e sangrenta. Com sua coragem, determinação e a implacável espada nas mãos, ela logo se torna a mais temível e respeitada combatente das fileiras ulianas.

CINZA NO CÉU - AUTOR: ROBERTO SCHIMA

A exemplo da minha coletânea anterior, "Sob as Folhas do Ocaso", "Cinza no Céu" reúne histórias que foram publicadas na revista digital "Conexão Literatura", editada por Ademir Pascale. Seus vinte e sete contos abrangem fantasia, horror, ficção científica, nostalgia em quase setecentas páginas. Este livro, assim como "Limbographia", "O Olhar de Hirosaki" e "Sob as Folhas do Ocaso" são retalhos de mundos diversos que preencheram minha mente, nos quais mergulhei, me perdi, me achei, por vezes com relutância em voltar. Para mim, eles existem de verdade. Estou neles. Estão em mim. E são aquilo que deixarei para trás.

CARNE FRACA - AUTOR: RAFAEL CAPUTO

“Carne Fraca” é o segundo romance do escritor Rafael Caputo, autor finalista do Prêmio Kindle de Literatura em 2019, que traz novamente a cidade de Curitiba como cenário de suas tramas. A capital paranaense, conhecida como uma “cidade europeia” em pleno Brasil, esconde vários segredos do velho mundo, guardados a sete chaves por alguns descendentes de estrangeiros e membros remanescentes de famílias tradicionais, como a família Sampaio, do carioca Fábio. Que, como seus antepassados, migrou para o sul do país em busca de certa redenção. Usando uma narrativa peculiar, a obra explora uma relação confusa (quase doentia) entre três personagens: Fábio, Manuela e Gizele. Esta última é possessiva e obcecada, faz de tudo para conseguir o que deseja, que no enredo é destruir a relação de Fábio e Manu, só para fisgar o professor de informática bonitão, que – em várias ocasiões – é complacente com as investidas da insistente consultora imobiliária e atriz de teatro amador, capaz de absolutamente tudo para alcançar seus objetivos. Uma atração assim irá trazer consequências perturbadoras para ambos e, principalmente, para quem cruzar seus caminhos. Manuela, por sua vez, é como a maioria das garotas: insiste em acreditar no amor, menos no amor próprio. Por conta disso, acaba sofrendo graves consequências. Principalmente, pela dificuldade em lidar com seus próprios sentimentos, buscando aliviar suas dores emocionais por meio de uma prática nada convencional: a da automutilação. Culpa de sua personalidade depressiva potencializada por uma involuntária síndrome de Asperger. Já Fábio é mulherengo, dissimulado e inconsequente; características que dão um toque a mais na relação já conturbada dos protagonistas. Chega a ser quase um triângulo amoroso. Fruto dos delírios e do talento de Rafael Caputo, a história trata dos perigos de brincarmos com os sentimentos dos outros e chama a atenção para uma grande verdade: as pessoas não são o que normalmente aparentam. Não, a maioria delas. Além de apresentar um desfecho inesperado, o autor ainda surpreende a todos com um final alternativo fora do comum, presenteando o leitor com uma experiência literária insana.

PRÁTICA DE ESCRITA - AUTORES: CIDA SIMKA E SÉRGIO SIMKA

A escrita sempre foi e sempre será fator essencial na existência de qualquer ser humano. Ela representa a porta de entrada e de saída para as oportunidades de transformação de vida, seja no aspecto intelectual, pessoal, profissional ou social, além de ser facilitadora para se conviver melhor em sociedade. E não há como dissociar a escrita da leitura, recurso igualmente primordial para que haja interação entre as pessoas.

EU CANTO O ÍPSILON E MAIS

BERT JR. é gaúcho de Porto Alegre, onde viveu até os 26 anos. Depois de graduar-se em História pela UFRGS, formou-se em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, em Brasília. Sua experiência como diplomata o levou a conhecer vários países. Publicou em 2020 o livro Fict-Essays e contos mais leves pela Labrador. Também compõe músicas e letras. Mantém perfis nas redes sociais para a divulgação de seus trabalhos literários e musicais. Eu canto o ípsilon E mais é seu primeiro livro solo de poesia.

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Conheça "Era uma vez um outono", novo livro do autor Roberto Schima


A presente antologia reune o total de sessenta e dois textos publicados nas revistas digitais "Conexão Literatura" e "LiteraLivre", e antologias lançadas pela primeira e pelo blog "Projeto AutoEstima". Compõe-se de cinquenta e seis contos (drama, nostalgia, fábula, fantasia, horror, ficção científica), três crônicas e três poesias. Além disso, traz várias ilustrações na seção "Galeria", biografia e uma lista de antologias das quais participei e que até o momento, totalizam cento e trinta.

"... E os pensamentos, sem focarem em nada em particular — a exemplo das folhas que, ressequidas, desprenderam-se de seus galhos e dispersaram-se através da fluidez do vento — vagaram e vagaram por diferentes memórias sem nelas pousar. Mas deixaram um rastro misto de melancolia e nostalgia, assim como a percepção já consolidada em outras tantas ocasiões de que o meu tempo já passou. Como um outono que veio e se foi, navego à deriva em um mundo que não mais reconheço, busco através da escrita resgatar imagens, sons e sentimentos que ficaram para trás, no ocaso das minhas estações..."

LEIA ENTREVISTA COM O AUTOR: CLIQUE AQUI.

PARA SABER MAIS OU ADQUIRIR O LIVRO:

- CLUBE DE AUTORES: https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=roberto+schima

- UICLAP: https://loja.uiclap.com/?s=roberto+schima&post_type=product

- AMAZON: https://www.amazon.com.br/s?k=ROBERTO+SCHIMA&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&ref=nb_sb_noss

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Entrevista com Roberto Schima, autor do livro "Era uma vez um outono"


Neto de japoneses, nascido a 01/02/1961. Agraciado com o "Prêmio Jerônymo Monteiro", promovido pela "Isaac Asimov Magazine" (Ed. Record) pelo conto "Como a Neve de Maio". Contemplado nos concursos "Os Viajantes do Tempo" e "Os Três Melhores Contos", ambos pela revista digital Conexão Literatura, com a qual colabora desde o nº 37. Escreveu: "Limbographia", "O Olhar de Hirosaki", "Sob as Folhas do Ocaso", "Cinza no Céu" e, agora, "Era uma Vez um Outono" Participou até o momento de cento e trinta antologias. O conto "Ao Teu Dispor" foi premiado na antologia "Crocitar de Lenore" (Ed. Morse). Informações: Google. Contato: rschima@bol.com.br. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Roberto Schima: Em 04 de março de 1971, aos dez anos, tive que escrever uma redação para a escola – na época chamava-se “composição” – cujo tema era: “O que pretendo ser quando crescer”. Fascinado pelo clima da “Conquista do Espaço” e de seriados como “Jornada nas Estrelas”, escrevi: astronauta “... porque quando sair e entrar na órbita terrestre e lunar viverei numa aventura e tanto...” Isso jamais aconteceu, mas eu ganhei um “Muito Bom” da professora Irma Vergaças Daher e para sempre vivi no mundo da lua. Embora jovem, via na escrita algo de mágico, uma maneira de perpetuar as ideias. Esse tipo de reflexão acompanhou-me a vida toda. Eventualmente, no início dos anos 80, acalentei o desejo de ter um livro publicado, estimulado pelas leituras de livros como “Os Frutos Dourados do Sol” e “As Crônicas Marcianas”, de Ray Bradbury. Na segunda metade da referida década, travei contato com o Sr. João Francisco dos Santos, o qual publicara "Poemas de Amor e Humildade". Isso fortaleceu a ideia de ter meu próprio livro em mãos. Naquela época não havia a Internet. Meus originais eram datilografados. Precisava tirar cópias em xerox. Utilizava os serviços dos Correios. Provavelmente através de um correspondente, tomei conhecimento da editora Scortecci. Reuni algumas histórias e, sob o cacófato título de “Pequenas Portas do Eu”, em 1987, publiquei-as via produção independente. No ano seguinte, soube da existência do “Clube de Leitores de Ficção Científica” (CLFC). Em seu fanzine, Somnium, dei continuidade ao exercício da escrita, dando vazão através dos contos ao sonho infantil de viajar pelo espaço. Em 1990, tive a felicidade de ser contemplado com o “Prêmio Jerônymo Monteiro”, promovido pela “Isaac Asimov Magazine” (Ed. Record), pela história “Como a Neve de Maio”, publicada em seu nº 12. Em 1993, participei da antologia “Tríplice Universo” (Ed. GRD) com a noveleta “Os Fantasmas de Vênus”. Após isso houve um longo hiato. Então, a vontade de lançar novamente um livro começou a formigar e, felizmente – graças aos avanços na informática e o surgimento da Internet -, acabei conhecendo a agBook e o Clube de Autores. Assim, reunindo ou remodelando velhas histórias, em 2013 lancei a antologia “Limbographia” e, no ano seguinte, o romance “O Olhar de Hirosaki”. Em meados de 2018, através de uma postagem no Facebook, fiquei ciente de um concurso de contos com o tema “Os Viajantes do Tempo”, promovido pela revista digital “Conexão Literatura”, editada por Ademir Pascale. Meu ânimo para escrever fenecera fazia mais de vinte anos, mas eu tinha uma história engavetada que poderia adequar-se ao concurso e, após uns ajustes, enviei-a, afinal, o que tinha a perder? Foi uma surpresa maravilhosa quando, um mês depois, tive a notícia de ter sido contemplado. Isso representou um estímulo enorme e, a partir de então, retornei à escrita. Meu conto, “Abismo do Tempo”, foi publicado no nº 37 da revista e, desde então, colaboro com ela regularmente. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "Era uma vez um outono". Poderia comentar? 

Roberto Schima: Trata-se de minha quarta antologia solo (após "Limbographia", "Sob as Folhas do Ocaso" e "Cinza no Céu"). Em 2020 e 2021, devido à pandemia e ao confinamento, procurei ocupar o tempo e amenizar a ansiedade participando de diversas antologias. Nunca escrevi tantas histórias como nesse biênio. Eu poderia ter montado "Era uma Vez um Outono" algum tempo atrás. Posterguei devido a canseira em organizar todo o material. Em se tratando de uma autopublicação, além do papel de autor, a gente meio que assume o papel de organizador, revisor, diagramador, capista, ilustrador, fotógrafo etc. Ainda mais no meu caso, que tenho predileção por lançar calhamaços, inserir notas de rodapé e adicionar materiais extras além dos contos, a empreitada afigurava-me maçante. O impulso se deu na madrugada insone de 18.12.2021, por volta das três horas — a "hora mágica" —, enquanto em meio ao silêncio e à escuridão escutava uma versão instrumental de Auld Lang Syne. E os pensamentos, sem focarem em nada em particular — a exemplo das folhas que, ressequidas, desprenderam-se de seus galhos e dispersaram-se através da fluidez do vento — vagaram e vagaram por diferentes memórias sem nelas pousar. Diante de tais divagações, surgiu o título para uma nova antologia: "Era uma vez um outono". Os contos — e alguns versos — da presente antologia foram publicados nas edições nº 66 a 79 da revista digital "Conexão Literatura", editada por Ademir Pascale, bem como nas antologias por ele organizadas. Outros contos saíram em antologias digitais organizadas por Elenir Alves, do blog "Projeto AutoEstima". E, ainda, em exemplares avulsos da revista digital "LiteraLivre", de Ana Rosenrot. Abrangem diferentes gêneros como: fantasia, nostalgia, horror e ficção científica. Numa seção própria, fiz a inclusão de entrevistas que, a exemplo desta, concedi à "Conexão Literatura", ao "Projeto AutoEstima" e à Shirlei Pinheiro, do blog "Jornal Escritores da Serra". Inclui, ainda, a seção "Galeria" com amostras de meus desenhos desde meados dos anos 70 até meados dos anos 90 (já alerto: vão do grotesco ao estapafúrdio). Assim, pois, confesso o pecado de me utilizar da autopublicação como um meio de preservar memórias que, se me são muito caras, nada representarão a outrem além de objetos de mera curiosidade, se tanto. Que os contos que compõem este livro se dispersem ao vento qual folhas secas de um outono de outrora. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Roberto Schima: Por ser uma antologia de contos já escritos, o trabalho foi mais braçal, por assim dizer. Ficou por conta da montagem do livro em si e de sua divulgação através das plataformas de autopublicação (Clube de Autores, Uiclap e Amazon). Ah, sim, "apanhei" um bocado nesses sites, principalmente no momento de inserir a capa. Os contos encontram-se em ordem cronológica, conforme saíram nas publicações acima citadas. À época da criação de cada conto, empreendi maior ou menor pesquisa, conforme os assuntos de que tratavam. Mas, especificamente no caso de "Era uma Vez um Outono", levei cerca de oito dias da idealização até disponibilizá-lo na Internet. Pelo menos num dos dias fiquei trabalhando das quatro horas da manhã até cerca de vinte e uma horas. Felizmente, estou aposentado e isso foi de grande valia. Aliás, não fosse por isso, talvez os contos nem tivessem sido escritos, ou, pelo menos, boa parte deles. 

Conexão Literatura: É você que produz os seus livros, como capa, diagramação, etc.? 

Roberto Schima: Sim, sou eu (o que é patente nas falhas a começar pelas capas sofríveis). Gosto de manter o controle completo da organização e montagem do livro. Por ser lançado através de plataformas de autopublicação, elas se mostram ideais para termos nossos livros exatamente do jeito que queremos. Naturalmente, isso envolve tanto méritos quanto deméritos. Sendo eu próprio o revisor, o que me garante que não deixei passar nada? Ou que aquilo que julgo certo, na verdade está errado? Nenhuma editora publicaria meus livros da maneira como são apresentados, fosse por critérios editoriais próprios ou porque o produto final mostrar-se-ia inviável comercialmente, tanto pelas dimensões da obra quanto pelo volume de imagens inseridas, por exemplo. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Roberto Schima: Como o livro se compõe de 58 contos, 3 crônicas e 3 poemas (além das entrevistas e ilustrações), em quase 700 páginas, é difícil destacar um trecho em específico como sendo o favorito. Mas posso reproduzir aqui um fragmento de um conto com o qual muito me identifico, intitulado "O Menino que Amava os Monstros": 

    "...Gonjiro não sabia dizer por que não era feliz ou por que não conseguia relacionar-se com as outras crianças, afinal, estas também passaram por dificuldades semelhantes. Apenas acontecia. E, quanto mais dele debochavam, mais introspectivo se tornava e mais se apegava a um mundo interior o qual, a seu ver, adquiria mais consistência do que aquele que o rodeava.

    Mergulhava nos desenhos animados, nos mangás, nos seriados. Invariavelmente, eles tinham algo em comum: os monstros. Fossem sobrenaturais, radioativos, do espaço sideral ou até os que já existiram ou existiam como os dinossauros e as criaturas abissais. Nutria sentimentos ambíguos por eles. Apavoravam-no, mas, ao mesmo tempo, sentia admiração.

    Em vez de serem assustados, assustavam.

    Em vez de serem indefesos, atacavam.

    Em vez de temer, eram temidos.

    Possuíam todas as formas e tamanhos e não se originavam apenas em território nipônico: robôs, zumbis, múmias, dragões, gárgulas, vampiros, alienígenas, lobisomens, assombrações, seres mitológicos, homem das neves, monstro de Loch Ness.

    Desde esqueletos ambulantes a criaturas maiores do que edifícios, Gonjiro, não obstante o medo, os amava, pois, por mais apavorado que ficasse ante aqueles olhos medonhos, uivos arrepiantes e o rastro de destruição que deixavam no papel ou nas telas, nunca, de fato, haviam feito mal a ele..." 

Conexão Literatura: Você passou um bom tempo sem escrever, mas de uns anos para cá voltou com muito entusiasmo e força de vontade. Conte mais pra gente. 

Roberto Schima: Ah, a "culpa" inicial disso cabe à "Conexão Literatura"! Graças ao concurso que a revista promoveu, intitulado "Os Viajantes do Tempo" e do qual tive a felicidade de ser contemplado com o meu conto "Abismo do Tempo", publicado na edição nº 37, a criatividade que eu julgara apagada reacendeu. O estímulo subsequente levou-me a participar desde então não somente de todos os exemplares da revista, incluindo este, como também de boa parte das antologias sob o "Selo Conexão Literatura". Outro impulso relevante foi a descoberta das antologias organizadas por diferentes editoras somado à chegada da pandemia e o confinamento. Meio que me forcei a participar de uma antologia atrás da outra tanto como uma forma de exercício literário quanto para ocupar a mente diante do estresse provocado pela clausura. Aliás, o volume de contos saídos nessas antologias bem poderiam formar uma nova antologia. Tudo está na dependência dos vencimentos dos prazos contratuais respectivos, bem como do fôlego para arregaçar as mangas outra vez. Ultimamente, como dizem por aí, tenho tirado o pé do freio. Continuo a escrever, mas sem tanta obstinação a fim de dar espaço a outras atividades nem que seja a de debruçar sobre meu pequeno jardim e divagar a medida em que observo as atividades das formigas... 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Roberto Schima: Para adquirir "Era uma Vez um Outono", basta entrar numa das plataformas de autopublicação: Clube de Autores, Uiclap ou Amazon. No Clube de Autores, há a opção da edição brochura com orelhas e papel offset  (mais em conta), capa dura e papel couché (mais cara) ou versão e-book em PDF (mais barata). Na Uiclap, há somente a opção brochura e papel offset, sem orelhas. Na Amazon há tanto o e-book quanto o livro físico. Para maiores informações, o leitor poderá acompanhar a "Conexão Literatura", pois, conforme mencionado, participo dela desde a edição nº 37. Pode inserir meu nome no Google. No Wattpad há duas dúzias de contos meus à disposição para leitura online. No site "Divulga Livros" há as antologias lançadas sob o "Selo Conexão Literatura", sendo que participo da maioria delas. O download é gratuito. Os sites das plataformas de autopublicação onde estão meus livros são: 

CLUBE DE AUTORES:  https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=roberto+schima

UICLAP: https://loja.uiclap.com/?s=roberto+schima&post_type=product

AMAZON: https://www.amazon.com.br/s?k=ROBERTO+SCHIMA&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&ref=nb_sb_noss 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Roberto Schima: Continuarei a participar da "Conexão Literatura", de uma ou outra antologia digital ou física e, conforme mencionado, espero juntar meus contos esparsos nas mais diferentes editoras em uma futura antologia solo. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: "A Vida na Terra" (Life on Earth, Seleções do Reader's Digest), David Atthenborough

Um (a) autor (a):  René Barjavel

Um ator ou atriz: Lima Duarte

Um filme: "Luzes da Cidade" (City Lights, Charlie Chaplin, 1931)

Um dia especial: cada um deles ao lado de minha esposa 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Roberto Schima: Desejo reproduzir um trecho da "nota final" de "Era uma Vez um Outono":

"... Reconheço o débito a minha mãe, Chieko Schima, que na minha infância e adolescência procurou incentivar o gosto pela aquisição de conhecimento. Particularmente através de obras da Editora Abril, cujo papel na formação cultural da época e em anos posteriores foi de uma relevância extraordinária. Entre elas, meu destaque vai para a magnífica Enciclopédia Conhecer. Minha mãe, embora mal tivesse cursado o primário, sempre teve uma preocupação com relação a instrução dos filhos. Naquele tempo, nos anos 60, a Editora Abril trazia ao público várias obras de grande conteúdo, mas a preço acessível, pois eram vendidas em fascículos periódicos nas bancas de jornais, podendo posteriormente serem encadernados. Entre essas coleções, uma que ela adquiriu foi a Enciclopédia Conhecer em sua edição de 1969. Eu ficava maravilhado só de poder folhear aqueles volumes de capas vermelhas e letras douradas. As ilustrações eram incríveis e as que mais me chamavam a atenção eram as de dinossauros, homens das cavernas, antigas civilizações e sobre temas astronômicos e astronáuticos. Havia a imagem de um imenso pteranodonte planando em primeiro plano, sob o um céu avermelhado, enquanto duas enormes criaturas marinhas (uma delas com um pescoço imenso e flexível) digladiavam-se ao fundo, em um oceano turbulento. Em outra ilustração, um rude homem pré-histórico estava agachado, saciando sua sede a beira de um lago; usava aquele traje de pele de animal amarrado ao corpo que fomos acostumados a ver em caricaturas de homens das cavernas e, preso à cintura, um potente machado de pedra. (...) Em outra imagem, um imenso foguete orbitava a Terra, tendo, um pouco mais além, uma estação espacial, semelhante a uma roda de bicicleta, como imaginava-se antigamente a exemplo do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço". Ilustrações assim faziam minha imaginação voar. Para mim, não eram apenas pinturas. Tinham vida própria, como se fossem algum tipo de janela para outros mundos, como se, de um momento para o outro, eu pudesse ver aquele pteranodonte agitar suas asas, ou o homem primitivo erguer-se e ir atrás de, digamos, um urso das cavernas ou um mamute; e ouvir o foguete acionar seus motores e seguir em frente até os planetas mais próximos ou além..."

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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Envie o seu poema ou conto para o Concurso Literário "O LEGADO DE EDGAR ALLAN POE"


CONFIRA O RESULTADO DA SELEÇÃO: CLIQUE AQUI.

PARTICIPE DO CONCURSO LITERÁRIO DA ANTOLOGIA "O LEGADO DE EDGAR ALLAN POE", PROMOVIDO PELA REVISTA CONEXÃO LITERATURA E POE'S CLUB

Os 10 (dez) melhores contos ou poemas serão publicados na coletânea digital (e-book) "O Legado de Edgar Allan Poe", tendo como organizador o editor e escritor Ademir Pascale.

Uma parceria REVISTA CONEXÃO LITERATURA (www.revistaconexaoliteratura.com.br) e POE'S CLUB (www.edgarallanpoe.com.br).

Além dos 10 autores selecionados, a coletânea também terá autores convidados, sendo eles: Tito Prates, Roberto Schima, Sérgio Simka, Cida Simka e Míriam Santiago.

REGRAS PARA PARTICIPAÇÃO:

A - Curtir as fanpages dos apoiadores:
- Revista Conexão Literatura: https://www.facebook.com/conexaoliteratura (caso não tenha cadastro no Facebook, siga pelo menos o Instagram)
B - Compartilhar o post do concurso literário no Facebook ou marcar amigos nos comentários da postagem oficial (pelo menos 1 amigo) que possa se interessar pelo concurso literário: Clique aqui

2 - Escrever um conto ou poema do gênero terror (aceitaremos apenas 1 conto ou poema por autor).

3 - A) SE FOR CONTO: até 5 páginas, folha tamanho A4, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título e minibiografia do autor no final do conto (não mande a minibiografia em arquivo separado).
       B) SE FOR POEMA: até 2 páginas, folha tamanho A4, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título e minibiografia do autor no final do conto (não mande a minibiografia em arquivo separado).

4 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).

5 - O conto ou poema não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.

6 - Data para envio do conto ou poema: do dia 04/08/20 até 04/10/20.

7 - Envie o material (conto ou poema) somente para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br , com o assunto: O LEGADO DE EDGAR ALLAN POE

O resultado será divulgado no site www.revistaconexaoliteratura.com.br e nas fanpages dos apoiadores Revista Conexão Literatura e Poe's Club, entre os dias 05/10/20 a 10/10/20.

8 - Nossos critérios para avaliação:
A) - Criatividade;
B) - Seguir todas as regras para participação.
OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: Clique aqui.

9 - NÃO confirmaremos o recebimento do conto ou poema, por favor não insista. Não terá erro se o e-mail for enviado corretamente para nós.

OBS: a participação é gratuita. O e-book O LEGADO DE EDGAR ALLAN POE também será gratuito para os leitores e disponibilizado para download.

Não fique fora dessa. O concurso cultural será amplamente divulgado nas redes sociais.

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Conheça as obras do autor Roberto Schima no Wattpad


Para conhecer as obras do autor Roberto Schima no Wattpad, acesse: http://www.wattpad.com/user/RobertoSchima
Contato: rschima@bol.com.br  
OBS: também no Clube de Autores, AgBook, Amazon, Conexão Literatura, EFuturo, Marcianos como no cinema.
Para mais informações: Google.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Conto: "Amor Vampiro", por Roberto Schima



*Por Roberto Schima

    Chovera muito nos últimos dias.
    E as noites, tempestuosas, só traziam maus presságios.
    Vênus surgiu no céu e, breve, foi seguido por uma e outra estrela.
    Enfim, as nuvens de mau agouro e os relâmpagos aterradores foram embora.
    O Sol, na direção oposta, ainda era visível rente a linha do horizonte e seu dourado mesclava-se ao rubro como se uma mortalha de sangue separasse o que era divino dos pecados mundanos.
    Mas o crepúsculo não tardaria a findar e, na noite sem luar, tudo aquilo que fosse comparsa das trevas, estenderia suas asas sobre a terra.
    As luzes dos lampiões não seriam páreo para o que estaria por vir.
    O sacerdote, aflito, bem o sabia.
    - O tempo urge, José! - gritou ao jovem. - Oh, que agonia!
    Ao lado do esquife, José sequer virou seu rosto para o religioso. Sentia-se hipnotizado, pasmo, lívido, o retrato de um vazio que somente a mais profunda tristeza poderia pintar. Suas mãos tremiam. Seus ouvidos ainda sentiam ecoar o vozerio do ancião. A memória daqueles momentos permanecia nítida: os flertes, o nervosismo, a aceitação, os encontros, o calor em seus braços, as promessas e o compartilhar de respirações.
    - Depressa! - bradou o religioso. - Por Nosso Senhor!
    José deu mais um passo e, assim, pôde vê-la melhor. O tremor apoderou-se de seu corpo.
    - Ma-Ma-Maria... - balbuciou.
    O mausoléu pareceu ecoar sua voz mais nitidamente do que o clamor do sacerdote.
    Ou seria efeito da tortura que, então, flagelava o infeliz rapaz?
    José precisava agir rapidamente. Ele bem o sabia. Vários outros no vilarejo haviam passado por isso. A "cura" era muito bem conhecida. Sim, seu cérebro tinha uma consciência fria e cristalina do fato, e do que deveria fazer, não obstante, dentro de seu peito, uma ínfima chama arder, queimar sua alma como se ela fosse um papel de arroz. E ele, desgraçadamente, sentia o fogo a consumi-lo.
    - Maria!
    A estaca, agora, mirava para o centro do busto da vampira.
    Ela havia sido bela.
    Ela era bela!
    Apesar de sua palidez extrema, do vermelho obsceno em sua boca e do par de caninos cujas extremidades projetavam-se sobre o carnudo lábio inferior, o encanto daquele corpo não fora de todo maculado.
    - Rápido! - insistiu o velho sacerdote.
    Muito magro, a custo mantinha-se em pé. Somente a força ferrenha de quem combatera o Mal durante toda a sua existência fazia-o conservar um sopro de vida. Essa seria a sua derradeira missão, o seu último combate. Lastimava por ver-se obrigado a utilizar as forças de outro para tal. Lastimava por ter sido José, o infeliz escolhido; e, Maria, a vítima da vil criatura que ainda perambulava nas redondezas.
    O jovem reposicionou a estaca.
    A ponta aguçada tocou o seio esquerdo.
    O martelo foi erguido mais alto do que o necessário.
    - Eu estou vivo. Você pertence ao umbral, Maria. Porém, ao afundar em seu peito esta estaca, a vida será igualmente extraída de mim. Apagar-se-á a luz assim como o ocaso lá fora. Maria!
    As paredes espessas tornaram-se mais opressoras.
    As chamas dos lampiões tremeluziram.
    A atmosfera ficou mais gélida.
    - Vamos! - incitou o ancião, tossindo.
    Mas José, no instante derradeiro, hesitou. Petrificado, ele percebera.
    Os olhos de Maria... Eles se abriram!
    E, em sua mente, José escutou:
    "Ah, meu querido, apesar de morta... eu existo!"
    - Não! - gemeu o rapaz.
    O coração ficou descompassado. O sangue palpitou na estrada jugular.
    Ele fitava os olhos frios daquela coisa que, um dia, fora a sua amada Maria.
    Coisa...
    "É ela", corrigiu a pequena chama em seu peito.
    Coisa...
    "Não é ela!", gritou-lhe o cérebro em protesto.
    Coisa...
    O sacerdote, embora fraco e doente, decidiu avançar e tomar do martelo e da estaca, cumprindo ele próprio o amargo fardo. O exalar de sua respiração condensava-se diante dos olhos.
    Todavia, tarde demais se tornara.
    Martelo e estaca caíram pesadamente ao chão.
    O religioso emitiu um longo gemido, a dor de mil punhais.
    José, no fundo de seu ser, desejou lamentar, entretanto, não o conseguiu.
    Braços finos e brancos, dedos pálidos de unhas salientes detiveram sua razão no ar.
    E ele chorou.
    "Oh, meu amor, minha tortura, amor vampiro, por que teve de partir?"
    "Ah, meu doce José, nenhum destino assinado a sangue irá nos separar. Eu ainda sou. Eu existo."
    E repetiu na mente dele a voz na sepultura:
    "Eu existo!"
    Imediatamente, uma força não natural fez o sacerdote desabar sobre o piso de mármore, prostrado, desacordado, engolido por uma camada de névoa.
    A derradeira missão fracassara.
    A criatura ergueu seu torso com a mesma leveza do nevoeiro.
    A boca fria e carnuda entreabriu-se, os seios empinaram-se, braços de gelo envolveram o apaixonado José. E, então, os caninos.
    "Ah, Maria, sua boca em meu pescoço, seus caninos rompendo-me a carne evocam a doçura. Sim, doçura! Além da dor, além do medo, além da sanidade, além de meu amor pelo Senhor, todas as barreiras que a desgraça nos fez separar. Sim, agora, volto a mirá-la ternamente."
    O líquido precioso trafegou veloz pela estrada jugular.
    O esgar no rosto de José tanto poderia ser de dor, quanto de prazer.
    "Venha para mim, José. Venha! Juntos, seremos parte dessa noite e muitas outras que virão."
    "Oh, amada, pelo destino de mim separada. Criança da noite, embora levada. Ao seu lado renascerei tão certo quanto a vida que de mim se esvai. E, mais uma vez, juntos enfim, pelo séculos e séculos do porvir, seremos um, sempre um, como um eclipse que o dia trai e a noite atrai. O ontem, o amanhã, e, pela eternidade... o infinito Agora."
    E, assim, José morreu para a vida a fim de viver para a morte.
    Aquilo que se chamara Maria aguardou paciente ao lado dos dois homens.
    Quando a coisa que se chamara José despertasse, ambos teriam o primeiro aperitivo a repartir. Diziam que o vinho melhorava conforme o tempo, contudo, aquela encarquilhada garrafa de carne a seus pés teria tão pouco a oferecer...
    Ah, seria uma linda noite estrelada, afinal de contas!
    Muitas outras presas esperavam por eles, sob as cobertas do medo.
    E, na noite sem luar sobre o vilarejo, os comparsas das trevas estenderiam suas asas sobre a terra.


SOBRE O AUTOR:
Quando garoto, eu colecionava gibis de terror. Ganhei "Frankenstein", de Mary Shelley, aos treze anos. Assistia aos filmes da Hammer. E lia pelos cantos as histórias de R. F. Lucchetti. Desenhei diversos monstros também. Ah, sim, fui um garoto que amava os monstros. Apavoravam-me, mas eram meus amigos. Informações: Google, Clube de Autores, Amazon, Wattpad. Contato: rschima@bol.com.br.
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domingo, 5 de janeiro de 2020

Resultado da seleção para a antologia "Aquela Casa", da Editora Verlidelas

clique sobre a imagem para ampliar
Veja na relação abaixo se o seu conto foi selecionado:

Ademir Pascale – Casarão à venda (AUTOR CONVIDADO)
Ana Rita Santos – As sombras da casa
Bárbara Jorcovix – Muito mais do que bambus
Cely Soares – A casa mal-assombrada
Cida Simka – As bananeiras (ORGANIZADORA)
Cris Ladeia – Aquela casa
Daiana Barasa – Casa n. 12
Edmir Camargo – A casa assombrada
Evelyn Mello – A casa da esquina oposta
JB – Diógenes
Jorge D´Moraes – A estranha mansão da família Akmis
Katia S. Parente – A casa da esquina
Keli Braz – A casa que chorava
Laura Figueiredo – Cercas vivas mortais
Leticia Brito – Escuro
Maicon Moura – A bola, a cabeça e os pés
Margareth Miyamoto – Naquela rua...!!!
Marie Helene – A casa mal-assombrada
Marisa Fonte – Uma noite na mansão dos Byron
Maristela Prado – A história de Louise Davillier
Mogg Mester – A casa dos relógios parados
Oliveira M – Como nossos pais
Rita de Cássia Almeida dos Santos – Casa mal-assombrada
Roberto Schima – A casa do inferno
Robison Sá – O chupador de ossos
Rodolfo de Souza – Tempos idos
Sandro Rocha – A última casa da rua
Sérgio Simka – A casa de Papai Noel (ORGANIZADOR)
Viviane Rocha – O passado logo ali
William Ribeiro – Uma festa para Dover

Para saber mais: https://www.facebook.com/verlidelas ou https://www.verlidelas.com/

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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Roberto Schima e o livro “Sob as folhas do ocaso”

Roberto Schima - Foto divulgação
Roberto Schima nasceu na cidade de São Paulo/SP em 01/02/1961. Escreve contos, poemas e crônicas. Ilustrador de fanzines nos anos 90. Vencedor do "Prêmio Jerônymo Monteiro", promovido pela extinta "Isaac Asimov Magazine" (Ed. Record), com a história "Como a Neve de Maio". Escreveu os livros "Limbographia" (contos), "O Olhar de Hirosaki" (romance), "Sob as Folhas do Ocaso" (contos), entre outros. Autor do conto "Abismo do Tempo", um dos vencedores do concurso "Os Viajantes do Tempo", promovido pela revista Conexão Literatura e publicado em sua edição nº 37, de Julho de 2018, a partir do que tornou-se um colaborador regular da revista. Maiores informações sobre o autor: Google, Amazon.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Roberto Schima: Em verdade, foi tardio e modesto. Eu gostava de escrever desde garoto, porém, nunca me dedicara com afinco à escrita. Um estímulo surgira no início dos anos 80 ao adquirir os livros de Ray Bradbury: "Os Frutos Dourados do Sol" e "As Crônicas Marcianas", ambos do Círculo do Livro. Eu conhecera o autor ainda garoto, ao ler uma adaptação em quadrinhos de seu conto "O Lago", e admirara a mistura de lirismo e nostalgia de sua narrativa. Então, procurei exercitar-me nesse caminho. Na segunda metade da década em questão, com meus vinte e tantos anos, travei contato com um senhor, João Francisco dos Santos, o qual publicara o seu livro de poemas. Isso acendeu-me o desejo de ter o meu próprio livrinho em mãos. Reuni as histórias que tinha e, meio sem rumo, procurei informações sobre como proceder. Não tenho certeza de que forma, mas alguém indicou-me a editora Scortecci, em Pinheiros, e, através dela, em 1987, lancei o livro independente "Pequenas Portas do Eu", contendo dez histórias. Hoje, vejo-o com muitas reservas, repleto de falhas gramaticais, tosco de um modo geral, mas, a seu tempo, representou muito para mim, e, a bem da verdade, continua a representar: a concretização de um sonho. Não obstante seus erros, há histórias que, a meu ver, continuam relevantes. Por exemplo, "A Árvore que Queria Voar" teve uma versão digital, publicada pela Virtualbooks. Pesquisando-se no Google, vejo que essa versão até hoje pode ser encontrada em vários sites pela Internet (Ex: http://www.virtualbooks.com.br/v2/ebooks/pdf/00812.pdf ou https://pt.scribd.com/doc/245129775/A-Arvore-Que-Queria-Voar). Pouco depois do lançamento do "Pequenas Portas do Eu", tomei conhecimento do CLFC (Clube de Leitores de Ficção Científica). Associei-me a ele e passei a colaborar com o seu fanzine, Somnium. Foi quando, alguns anos depois, apareceu o concurso de contos da "Isaac Asimov Magazine", do qual participei e tive a felicidade de ser o primeiro colocado.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Sob as folhas do ocaso”. Poderia comentar?

Roberto Schima: Ultimamente, eu andava um tanto o quanto desmotivado em escrever. Fazia-o esporadicamente. No primeiro semestre de 2018, através de uma postagem no Facebook, tomei conhecimento de que a revista digital, "Conexão Literatura"  estava promovendo um concurso de contos de ficção científica intitulado "Os Viajantes do Tempo". Eu desconhecia a revista e, a bem da verdade, eu não estava inspirado a compor nada de novo, exclusivo, porém - e felizmente - entre as histórias avulsas, havia uma que achei que poderia adequar-se ao tema. Chamava-se "Abismo do Tempo". Fiz uns retoque, enviei-a e continuei a tocar a vida. Qual não foi a minha surpresa, cerca de um mês depois, ao receber a notícia de que a mesma vencera o concurso! Fui tomado pela euforia, um sentimento que não sentia havia décadas. O conto "Abismo do Tempo" foi publicado, na edição nº 37, em julho de 2018. Tudo isso representou um enorme incentivo e, desde então, passei a colaborar regularmente com a revista.    "Sob as Folhas do Ocaso" reune as histórias que saíram nela desde então, e mais algumas outras.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?


Roberto Schima: A grosso modo, posso dizer que o livro formou-se desde julho de 2018, quando da edição nº 37 da "Conexão Literatura", até o início deste mês, quando decidi organizar os contos na revista a fim de lançá-los em um único volume. Há de se observar, contudo, que, acrescentei, por exemplo, a noveleta "Os Fantasmas de Vênus", cuja origem remonta ao início dos anos 90. No que tange a pesquisas, histórias como "Quando um Universo Teve Fim" levaram-me a assistir a um documentário sobre o multiverso e a pesquisar alguma coisa na Internet. "Despertar no Planeta Vermelho" seguiu caminho semelhante em relação à Marte. Para "A Floresta das Almas Perdidas" consultei alguns livros e a rede sobre a mitologia inuit. Eu não faço pesquisas com o intuito de escrever, mas pesquiso ocasionalmente quando a história assim o exigir. Nesse aspecto, a Internet - leia-se Wikipédia - facilitou muito. Entretanto, também disponho de um farto material em minha biblioteca.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Roberto Schima: Eu gosto de acrescentar filosofices pessoais, alguma divagação ou algum poema (por falta de outra palavra, pois não me considero um poeta), uma certa dose de lirismo. Em "Tio Vampiro", por exemplo, há o seguinte trecho:

O TEMPO QUE O TEMPO TEM

    Se o Tempo pudesse sentar-se ao nosso lado num alpendre, quantas histórias não teria para contar?
    Grandes tragédias, pequenas alegrias, muitas aventuras, iguais doses de desventuras.
    Talvez deixasse a humanidade de lado por julgá-la por demais mesquinha e presunçosa, além de insignificante diante do desenrolar maior das coisas.
    Talvez se concentrasse no lampejo da primeira luz a afugentar as trevas, pincelando o Universo com a alegria das cores.
    Ou, então, falasse sobre quando a vida surgiu - não necessariamente na Terra - e balbuciou a primeira de todas as palavras e sentimentos, provavelmente a mais melancólica: solidão.
    Poderia também refletir sobre como um evento aparentemente insignificante aqui iria ter consequências de maior amplitude lá adiante, em outro lugar, quiçá muito além, como peças de dominó tombadas pelo destino.
    Poderia contar num sussurro que a sementinha da vida já nascia com o fardo da morte, mas, filosoficamente cogitando, a morte não traria o fim em si mesma, porém o início de uma outra jornada.
    Então, pediria um copo de água ou uma xícara de chá para umedecer a garganta e colocar as idéias em ordem. Quem sabe, não haveria um biscoito ou bolinhos de chuva para acompanhar?
    Sentir-se-ia cansado, muito cansado de tudo o que vira, de tudo o que presenciara, as lições aprendidas e prontamente esquecidas. Sonhos desfeitos. Realidades mal feitas. A gota de tinta era a mácula do oceano.
    Ah, sim, eventos grandiosos aconteceram, edificantes e memoráveis. Mas ele era o Tempo sem tempo, um tanto casmurro, um tanto senil, impaciente. Cantarolaria:

Fadado a permanência,
a eterna existência.
Oh, cuja essência
é somente existir,
mas foi penitenciado,
grilhões algemado,
pelo poder de refletir.

    E, então, levantar-se-ia para ir embora, espreguiçaria, endireitaria a coluna, por mais que desejássemos saber mais, ouvir tantas e tantas histórias, compartilhar sua infinita experiência, sua enorme sabedoria.
    Num meio sorriso, ele responderia, quem sabe, que de uma vida tão longa que, como Tempo, possuía, o que mais gostaria, além de poder esquecer, seria o privilégio que todos nós temos de se deitar em um amplo gramado, deixar-se ficar e, apenas, perecer.


Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Roberto Schima: A princípio, devo ser honesto em dizer que a maioria das histórias encontra-se nos exemplares da revista "Conexão Literatura", a partir do nº 37, os quais podem ser baixados gratuitamente em:
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/p/edicoes.html
Se eu lancei "Sob as Folhas do Ocaso" foi mais movido pela vontade de ter os contos reunidos em um único volume e poder tê-lo em mãos.
Todavia, se alguém quiser o livro propriamente, seja no formato ebook, seja em papel, ele encontra-se disponível no site do Clube de Autores, da agBook e da Amazon, sendo que, neste último, os preços são mais baixos. Mas, se entre os leitores houver algum milionário que não tem mais onde gastar o seu dinheiro, talvez possa interessar-se pela edição em capa dura, encontrada no Clube de Autores e agBook:
https://www.clubedeautores.com.br/authors/97551
https://www.agbook.com.br/authors/97551
https://www.amazon.com.br/dp/B07SN7722L/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=roberto+schima&qid=1559664826&s=gateway&sr=8-1
Quanto a informações sobre mim e meus trabalhos, quem tiver curiosidade poderá consultar o Google. Também é possível pesquisar através de meus livros nos sites acima. Neles, é possível folhear as primeiras páginas onde, geralmente, incluo uma introdução falando algo de mim e da obra em questão. Algo mais específico, há o meu e-mail: rschima@bol.com.br.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Roberto Schima: Sim, tenho duas histórias relativamente longas aguardando conclusão, e, alguns contos avulsos que, somados a mais alguns que venha a escrever, poderão vir a formar uma nova coletânea.

Perguntas rápidas:

Um livro: "Cosmos", de Carl Sagan
Um (a) autor (a): Stefan Zweig
Um ator ou atriz: Jennifer O'Neill
Um filme: "Verão de 42" ou "Houve uma Vez um Verão" ("Summer of '42", Robert Mulligan)
Um dia especial: Quando ela disse "sim".

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Roberto Schima: Reproduzo aqui um trecho da introdução de "Sob as Folhas do Ocaso":
"... E, seja através de que meio for, se, eventualmente, alguém ler uma ou outra de minhas histórias e vier a gostar, isso sim será motivo de regozijo e orgulho. São mundos povoados por florestas tenebrosas, cotidianos nostálgicos e naves espaciais. Se houver uma pontinha de tristeza, será pela efemeridade das coisas de maior significado, todavia, talvez justamente por isso, elas foram maiores e significativas (...) Agora, sem maiores delongas, viremos a página como quem, sorrateiramente, abre a porta de um casarão antigo e abandonado. As dobradiças rangem, a escuridão nos acolhe e, em seu interior, sozinhos, ouvimos o som de passos... que não são os nossos."
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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Roberto Schima apresenta os e-books "Tio Vampiro", "Grooom!!!" e "Quando um universo teve fim"

TIO VAMPIRO

A história inicia-se com o funeral de um velho arredio, que vivia solitário em seu sobrado caindo aos pedaços, em meio a livros, cartas e relíquias guardadas com o tempo. Tinha fama de excêntrico, maluco e até um tanto sinistro, de modo que seus próprios parentes evitavam-no e, a meia boca, tratavam-no por "Tio Vampiro". Entre os poucos presentes ao enterro, estava Christopher, o sobrinho-neto. E este relembra seus tempos de meninice quando, por sete longos dias, precisou passá-los na companhia daquele homem que amava os monstros. Escrita em homenagem ao escritor R. F. Lucchetti.
Ebook disponível pela Amazon. Preço: R$3,92: clique aqui.

Obs: Essa história foi publicada em duas partes na revista digital "Conexão Literatura" nºs 46 e 47, e está disponível gratuitamente nos links abaixo:
http://www.fabricadeebooks.com.br/conexao_literatura46.pdf
http://www.fabricadeebooks.com.br/conexao_literatura47.pdf

Trecho:
"... O olhar comprido de Christopher acompanhou o rastro de poeira até o veículo desaparecer do outro lado da colina em um túnel de árvores.
- Vamos - insistiu o tio-avô, apanhando as malas. - Está frio.
"Bem-vindo a minha casa", não fora isso o que dissera a aranha para a mosca?
E a porta grande de madeira fechou-se às costas do garoto num rangido demorado.
Todo o universo até então conhecido por Christopher foi separado dele no lado de fora.
(...)
- ... Aposto que disseram a você que há monstros habitando o porão desta casa: vampiros, lobisomens, feiticeiras, múmias...
- E mortos-vivos - acrescentou o menino, recordando-se de uma prima.
- Ah, sim, sim... Claro, não poderiam faltar: os mortos-vivos! Enterrados no chão barrento, cavando e cavando até suas mãos esqueléticas emergirem. Depois, dançariam ao redor da casa ao som de Thriller... E quanto aos fantasmas? Arrastando correntes enferrujadas pelos corredores, resmungando da vida e da morte, feito o seu nobre e infeliz colega de Canterville..."

GROOOM!!!


GROOOM é o maior guerreiro da história. Derrotou dragões, ogros, cavaleiros armados, espíritos da neve e todas as demais criaturas da Terra Encantada e os mundos mais além. E, apesar de sua força e de seu brado temível ("- GROOOM!!!"), luta de acordo com uma ética irrepreensível, de tal modo a causar em seus oponentes um misto de raiva (por terem sido derrotados) e de admiração (pela nobreza do adversário). Contudo, certo dia,  GROOOM - cujo nome deve ser pronunciado assim, em caixa alta, como um rugido - desapareceu. E é em torno do mistério de seu paradeiro assim e de sua identidade que gira a história. Dedicado à André Schima Mathias, sobrinho do autor.
Ebook disponível pela Amazon. Preço: R$3,92. clique aqui.
Obs: Essa história foi publicada na revista digital "Conexão Literatura" nº 40, e está disponível gratuitamente: clique aqui.

Trecho:
"...  Faz muito tempo que eu queria contar essa história - Verdade! - porém, por um motivo ou outro, ia postergando, deixando passar em razão de prioridades que, a bem da verdade, não eram tão urgentes assim e, tampouco importantes.
Tento, então, indagar a mim próprio qual será o pretexto dessa delonga. Acharei que não vale a pena registrar isso no papel? De modo algum! Tratava-se de uma pessoa de todo extraordinária e merecia deixar-se conhecer, ser lembrada e, até, exaltada.
Então, por que reluto?
Pensando aqui e agora - com o meu computador miraculosamente desligado -, e anotando neste velho bloco de papel através de minhas garatujas quase indecifráveis pela falta de prática, acho que posso ser sincero o suficiente para dizer que tem sido egoísmo. Eu queria guardar aquele momento só para mim e mais ninguém.
Mas não é justo.
Talvez, nem fosse de seu agrado, sua aprovação, o que estou prestes a narrar.
Todavia, do fundo do coração, eu sinto: você merece que saibam. Não só os meus amigos. Todos eles. O mundo inteiro.
Sua memória não pode, não deve ser apagada, assim como os seus feitos jamais o serão entre nós.
Afinal, seu nome tornou-se lenda. E ele tem sido imitado diversas vezes, sem o mesmo brilho. Ele fazia toda a Terra Encantada e os mundos mais além tremerem.
Afinal, você foi...
GROOOM!
O maior guerreiro do mundo.
E essa é a sua história..."

QUANDO UM UNIVERSO TEVE FIM


Trata-se de uma ficção científica que tem por pano de fundo o Multiverso e um problema que está pondo em risco toda a tecitura do espaço. Para tentar resolvê-lo foi escolhido uma mulher, Ilieva, a qual precisa viajar deslocar-se para outros universos, a fim de contactar suas clones dimensionais e indicar a estas o caminho para que tal desastre não ocorra. Entretanto, em seu íntimo, ela sabe: nessa fileira de dominós a ser tombada, seu papel não é somente a de uma agente, mas, igualmente, de paciente.
Ebook disponível pela Amazon. Preço: R$3,92. clique aqui.

Obs: Essa história foi publicada na revista digital "Conexão Literatura" nº 43, e está disponível gratuitamente:
clique aqui.

Trecho:
"... Uma vida humana carrega dentro de si todo um universo. Há um universo espiritual, constituído do acúmulo de experiências que se viveu desde a primeira fagulha de consciência em seus olhos, daquilo que a pessoa sonhou, do que conseguiu realizar, o que amou, o que a entristeceu, sua percepção da fealdade e da beleza, aquilo que despertou em outras pessoas, o que sentiu através delas, seus critérios éticos e morais, suas atitudes mais ou menos deploráveis. Há também um lado físico: mais de dez trilhões de células - cerca de nove mil vezes mais que o número de estrelas de uma galáxia média - compõem o corpo humano. Isso representa 7 octilhões de átomos. Podendo gerar filhos e, por intermédio deles, netos, bisnetos, tataranetos através de incontáveis gerações, essa vida carrega dentro de si a capacidade de transmitir o seu legado, de gerar outros universos. A destruição de uma única vida, além da tragédia em si, traz num sentido mais profundo a destruição de um multiverso. Muito já se falou sobre o valor da vida humana, porém, na prática, maiores são os exemplos do quão pouco atribuímos a ela..."
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