João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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domingo, 3 de novembro de 2019

Roseane Sousa e o livro “Vaivéns da alma”

Roseane Sousa - Foto divulgação
Roseane Sousa é natural de Santo André, no ABC paulista. Formada em Pedagogia e Letras, é professora de Ensino Fundamental, revisora de textos e está, gradativamente, construindo uma nova identidade: a de escritora. Amante de gatos e de livros, é uma pessoa de mente inquieta, tecendo, desde criança, realidades paralelas. Mas foi somente há quatro anos que teve a ideia de escrever e publicar essas realidades. Desde então, vários rabiscos foram feitos e uma pasta cheia de projetos habita uma gaveta em sua escrivaninha. Vaivéns da Alma é o primeiro desses projetos a se concretizar e ser compartilhado com o público.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Roseane Sousa: Meu início no meio literário foi como leitora. Os livros me encantam desde muito pequena. E sempre gostei de criar histórias, inventar mundos, recriar histórias existentes à minha maneira. Quando criança eu me destacava nas aulas de redação na escola e dizia que queria ser escritora quando crescesse. Mas eu cresci e, por muito tempo essa ideia existiu apenas como a lembrança de uma fantasia infantil. Eu sempre fui muito tímida; sou de uma época em que internet e toda essa facilidade que se tem hoje de fazer contatos sem sair de casa, de publicar um livro de forma independente… era algo que não existia e minha timidez de certo modo me barrava na tomada de iniciativas. 
A paixão pela leitura nunca me abandonou, sou uma devoradora de livros e chegou um momento em que consumir histórias alheias já não era suficiente pra mim. Ideias  começavam a brotar de tal forma que eu precisava extrapolar as fronteiras do meu pensamento. E foi assim que, há cinco anos, caminhando na praia e imaginando-me outra pessoa, em outro lugar, com outra história, me dei conta de que poderia compartilhar essa imaginação com o mundo escrevendo. Passei cerca de uma semana envolvida com a escrita da história que invadiram meu pensamento naquele dia na praia. Guardei e nunca mais voltei a ela (e não sei se um dia voltarei). Mas outras ideias foram surgindo e eu comecei a escrever um romance, (Des)amores, que está descansando há um longo tempo, mas que pretendo retomar e terminar até meados do ano que vem. Eu não conhecia nada no meio literário quando comecei a escrever, não fazia ideia de meios a que se pode recorrer para publicar, como editar um livro, não sabia de concursos literários, nada. Comecei, então, a pesquisar e fui descobrindo muita coisa. Participei de games e oficinas literárias, fiz uma pós-graduação em que me dediquei a revisão de textos autopublicados, conheci escritores através das redes sociais… Ao mesmo tempo, o drama de minha protagonista em Vaivéns da Alma, foi se apresentando pra mim e eu decidi me dedicar a essa história. Comecei de uma forma completamente aleatória, sem técnica, sem organização nenhuma. Eu pensava numa cena, pegava um papel e escrevia. Depois digitava e salvava num arquivo. Cheguei num ponto, uns dois anos atrás, em que eu tinha mais de 80 arquivos de texto com pedaços da história. E eu precisava, então, encaixar essas partes, dividir em capítulos, preencher as lacunas… era um quebra-cabeça enorme. Na minha cabeça existia uma sequência, eu conhecia começo meio e fim da história. Mas eu precisava ordenar as ideias que estavam soltas, criar elos entre elas. Eu precisei imprimir todos esses arquivos, pra ir lendo, separando, numerando… Deu muito trabalho. A cada leitura, eu mudava alguma coisa. E não acho que esteja bom ainda. Eu me forcei a publicar, defini como meta participar do Prêmio Kindle desse ano (depois de muita pesquisa e indecisão sobre como e onde publicaria), para que, assim, eu tivesse um prazo para terminar. Tive que aceitar que meu filho cresceu, precisava ganhar o mundo, mesmo que ainda carregasse defeitos de sua criação.

Conexão Literatura: Você é autora do livro “Vaivéns da alma”. Poderia comentar?

Roseane Sousa: Vaivéns da Alma conta a história de Olívia, uma jovem professora que é sexualmente violentada por um paquera. Após esse evento, não só ela, mas toda sua família, fica psicologicamente abalada. Esdras, um agregado da casa, e por quem Olívia nutre um ambíguo sentimento de raiva e identificação, é quem medeia as relações que se tornam conturbadas entre ela e os membros da família.
Vivenciando experiências de compaixão e de preconceito, Olívia passa a acompanhar as investigações contra seu algoz, ajudando, inclusive, a descobrir uma outra vítima.  Encontra em Esdras apoio emocional para conseguir lidar com os altos e baixos de seus sentimentos. Aos poucos, a relação entre eles vai mudando de rumo. 
É uma história que acompanha a rotina de pessoas comuns que precisam aprender a lidar com as adversidades da vida, buscando meios de controlar os sentimentos, próprios e alheios.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Roseane Sousa: Foram quatro anos desde o momento em que as primeiras cenas surgiram em minha mente até o final da última revisão. Embora não seja o foco da história, o que mais pesquisei foram as questões sobre violência contra a mulher, estupro e o tratamento disso no meio jurídico. Para isso, li o que consta na legislação, no código penal. Estudei vários artigos e livros sobre o assunto e enviei dúvidas e trechos do livro a um advogado que me auxiliou bastante. Também procurei ler depoimentos de vítimas e parentes de vítimas de estupro para tentar construir meus personagens. Outros detalhes eu fui pesquisando conforme a necessidade durante o processo de escrita.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

Roseane Sousa: Um trecho? Difícil… é como escolher fotos pra expor no telão no aniversário de um filho: dá vontade de colocar todas! Vaivéns da Alma é uma história muito especial pra mim, eu mergulhei no mundo daquelas personagens, ri e chorei com elas. Vou destacar aqui um trecho em que as lembranças da violência vivida pela personagem voltam a atormentá-la:

“Raiva, medo, desespero… Meu corpo se separava de meu cérebro e eu já não tinha controle sobre ele, que tremia histericamente, me impulsionando para longe do homem que eu beijava minutos atrás. Dirijo mecanicamente. O celular toca. Não enxergo direito, não consigo ler as placas… O celular continua tocando. As lágrimas embaçam minha visão. Meus olhos estão embaçados… minha vida, de repente, está embaçada… O celular não para de tocar. Imagens se formam em minha mente: carro, música, estrada. Uma casa vazia, o som de animais, um toque violento… Sinto raiva, nojo, medo, repulsa… Vejo um sol forte, uma estrada. Sinto cansaço e muita dor… Dói o corpo, dói o peito, dói a alma… Incerteza, deslocamento, vergonha… Delegacia, hospital, confusão… Um corpo, um rosto, um olhar: Breno! Imagens difusas, flashes de um passado que eu pensava ter enterrado… Engano tolo. Estava apenas guardado em algum ponto esquecido do meu cérebro…”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Roseane Sousa: O e-book está disponível na Amazon  e, em breve, pretendo publicar a versão impressa, por enquanto também pela Amazon. Quem quiser me acompanhar ou entrar em contato, pode seguir minhas páginas no instagram e facebook:
Instagram: @roseanesousa78 (https://www.instagram.com/roseanesousa78/ )

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Roseane Sousa: Sim. Como já citei, tenho um outro romance em andamento, além de alguns contos que pretendo organizar e ideias para romances ou novelas, rascunhados, esperando tempo para serem desenvolvidos.

Perguntas rápidas:

Um livro: não se pergunta isso a um leitor! Como posso escolher só um? Rs… No momento, A inquilina de Wildfell Hall, da Anne Brontë.
Um (a) autor (a): José Saramago, Eça de Queiroz, Guimarães Rosa. (também não consigo pensar em um só!)
Um ator ou atriz: Fernanda Montenegro
Um filme: Ao mestre com carinho
Um dia especial: o dia em que me tornei mãe.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Roseane Sousa: Gostaria, primeiramente, de agradecer à revista Conexão Literária pela oportunidade e quero fazer um convite aos leitores: experimentem a leitura de Vaivéns da Alma, me procurem nas redes sociais, digam-me quais foram suas impressões. Essa troca é muito importante para que eu possa aprimorar o meu trabalho.
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segunda-feira, 11 de março de 2019

Leticia Mariana e o livro Entre barbantes, por Sérgio Simka e Cida Simka

Leticia Mariana - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Tenho 18 anos, sou escritora, poetisa e palestrante. Aos 8 anos já tive poesias publicadas em jornais, fazia livrinhos artesanalmente e vendia aos conhecidos. Comecei a escrever meu primeiro livro aos 15 anos, finalizei aos 17. 

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seu livro.


"Entre Barbantes" é uma obra intensa, reflexiva e misteriosa, pelo menos é o que pretendo transmitir. Uma ficção entremeada de poemas, mistura clichê e original. O maior mistério é quem narra o enredo, tal mistério jamais será revelado e a interpretação é ampla. Vitória, personagem principal, existe. Mas qual seria sua missão? Qual é a mensagem que Vitória, menina-mulher, quis passar? Depende muito.

O que a motivou a escrevê-lo?

A sede que carrego desde que nasci. Sede de deixar meu recado ao mundo e viver pela literatura. Eu respiro a escrita, engulo alfabetos e renasço. Sempre quis escrever um livro, mas precisava de tempo para tudo sair como planejado. Os rascunhos que fiz em 2014 foram essenciais, muitos deles escrevi em restaurantes e até livrarias. A minha livraria favorita é a Travessa e mentalizava, todos os dias, meus exemplares lá. 

Como analisa a questão da leitura no país?

É uma questão muito ampla. A principal é a educação e não precisa ter doutorado para afirmar. Creio que alguns docentes não são suficientemente capacitados para incentivar a leitura, mostrar que ler não é obrigação e sim diversão. O preconceito literário é um assunto a ser debatido. Qual é a diferença entre ler autoajuda e clássicos? Mistério ou romance? Poesias ou biografias? Não há. O que diferencia as obras é a qualidade do conteúdo, escrita e talento do autor. Leitores são iguais e compartilham a mesma paixão, mas enquanto pseudointelectuais menosprezam, humilham e separam, novos leitores se afastam e desistem do objetivo. Outro quesito é o empreendedorismo. Não necessariamente precisamos contar somente com o governo na luta de expandir cultura. Empreendedores bem-intencionados devem investir nisso sem medo e de forma democrática. Não em formas de editoras e livrarias, mas algo que a sociedade possa aproveitar de fato, fugir da mesmice e fazer o dinheiro circular sem separar cidadãos por cor, gênero ou classe social.

Quais os seus próximos projetos?

Meu segundo livro está quase finalizado, mas prefiro não estragar surpresas e preservar o título. Pretendo palestrar em colégios, faculdades e eventos. Minha principal palestra é motivacional. Conto sobre minha infância e sonhos, bullying na pré-adolescência, críticas destrutivas sobre meu objetivo, transtornos mentais e tratamento, ansiedade, processos de escrita e autoestima. 


*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

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quarta-feira, 6 de março de 2019

Paty Fonte e o livro Competências socioemocionais na escola, por Sérgio Simka e Cida Simka

Paty Fonte - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Sou educadora especialista em Pedagogia de Projetos e Educação Infantil. Em 2019 completo 27 anos de experiência na área educacional.

Sou escritora, autora dos livros: Projetos Pedagógicos Dinâmicos: a paixão de educar e o desafio de inovar (2011); Pedagogia de Projetos: ano letivo sem mesmice (2014); Competências Socioemocionais na Escola (2019) – todos publicados pela WAK Editora.

Sou pesquisadora pedagógica, autora de centenas de projetos já desenvolvidos com sucesso em escolas brasileiras, idealizadora e diretora do site: Projetos Pedagógicos Dinâmicos – www.ppd.net.br – existente há 18 anos, atualmente está em sua 4ª versão, o site foi pioneiro a abordar a pedagogia de projetos no Brasil. 

Trabalho como colunista de revistas didáticas e paradidáticas e como assessora pedagógica da Editora Cidadania.
Sou autora e tutora de diversos cursos presenciais e on-line de formação continuada a docentes. Atuo como coach pedagógica, palestrante e conferencista.
Acredito que educação gira em torno de estar entusiasmado com algo e que paixão é fundamental no processo ensino-aprendizagem.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seu mais novo livro. 

O livro Competências Socioemocionais na Escola é fruto de 7 anos de pesquisas e reflexões. Nele reúno artigos reflexivos, relatos de experiências verídicas, sugestões de atividades práticas, dinâmicas e interativas com base no tema, além de alguns projetos pedagógicos os quais abordam assuntos interligados às competências e habilidades socioemocionais.

É um livro poético e verdadeiro acima de tudo. Inquietante e repleto de questionamentos, o livro propicia ao leitor uma viagem para dentro de si mesmo. Instiga que cada um se observe, sem máscaras e sem dublagens, permitindo aflorar sentimentos. 

O que a motivou a escrevê-lo?

Antes de a nova BNCC incluir a obrigatoriedade do trabalho com as competências socioemocionais, já pesquisava, refletia e escrevia sobre o tema.
Acredito que o processo de aprendizagem é imbuído de emoções e sentimentos e não um processo meramente mecânico. Portanto, quando utilizamos as emoções ao nosso favor temos resultados surpreendentes. O mesmo ocorre de maneira inversa. Assim sendo, aprender a reconhecer as emoções e saber lidar assertivamente com elas é algo fundamental na vida. 
Creio que por meio do autoconhecimento e do pensamento crítico, da poesia e afetividade, do olhar atento ao ser humano com respeito às diferenças, é possível vislumbrar um mundo menos egoísta, mais autêntico e solidário. Busquei expressar isso no livro.

Fale-nos sobre seus outros livros.

Meus outros livros são sobre Pedagogia de Projetos e seguem a mesma linha, pois faço a união de artigos reflexivos, relatos de experiências verídicas e sugestões de atividades práticas.

Para mim educar é um exercício constante de reflexão e desenvolvimento da criatividade, assim, defendo e proponho um trabalho dinâmico, baseado em atividades interativas e contextualizadas. 

Como o leitor interessado pode proceder para adquirir um exemplar e saber mais sobre o seu trabalho? 

O exemplar autografado pode ser adquirido na loja virtual do meu site Projetos Pedagógicos Dinâmicos: www.ppd.net . Sendo também o melhor espaço virtual para conhecer mais sobre meu trabalho, já que nele consta uma gama de artigos e projetos, além da conexão para as diversas redes sociais. 

É possível adquirir o livro (sem autógrafo) no site da editora: wakeditora.com.br e em várias outras lojas físicas e virtuais. 

O que tem lido ultimamente?

Além dos livros relacionados à área de Educação, sou fã dos romances de José Lins do Rêgo, e dos livros de Gilberto Freyre. Atualmente estou lendo “Diálogos do Senhor da Casa-Grande com O Menino de Engenho” de Cauby Dantas.

Sou amante da poesia e também está na minha mesinha de cabeceira o livro: “Entre Barbantes” – escrito por minha filha Leticia Mariana, no auge dos seus 15 /18 anos, e recém-lançado pela Editora Multifoco. O orgulho de mãe se transformou em impacto a cada capítulo na união intensa do mistério com o drama entremeado de poesia. 


*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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