Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores

Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores. Saiba mais, acesse: https://revistaconexaoliteratura.com.b...

Mostrando postagens com marcador Tim Burton. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tim Burton. Mostrar todas as postagens

domingo, 28 de março de 2021

O Grande Gênio Tim Burton, por Ademir Pascale


Por Ademir Pascale

Timothy William Burton (Tim Burton), nasceu em Burbank, na Califórnia, no dia 25 de agosto de 1958. Burton foi um garoto sonhador e apaixonado, para não dizer obcecado, por filmes de terror de baixo-orçamento. Já na adolescência, ganhou uma bolsa da Disney para estudar no Instituto das Artes da Califórnia por três proveitosos anos e, logo após, foi contratado pela Walt Disney Studios, com o cargo de Aprendiz de Animador.

Quem diria que anos depois seria o grande cineasta Tim Burton?

A Disney, infelizmente, não mostrou muito interesse pelos trabalhos "estranhos" de Burton, deixando o grande garoto infeliz. Os personagens dos desenhos animados de Burton geralmente são dotados de grandes olhos esbugalhados – isso quando possuem olhos –, são maltrapilhos e na maioria das vezes, como a própria Disney pronunciou, parece que foram "atropelados".

O cenário gótico também é um dos pontos marcantes do cineasta. Notem que a maioria dos grandes gênios mundiais, cineastas, cientistas, físicos, matemáticos, artistas, autores, etc, sempre encontraram terríveis obstáculos no percurso do sucesso, simplesmente pelo fato de serem diferentes e incompreendidos.

Sei que foge um pouco do contexto deste artigo, mas gosto de citar “historinhas” e dar exemplos, e o caso de Thomas Edison é um deles. Assim como Albert Einsten, Edison foi rejeitado no colégio, até que largou o estudo em sala de aula, sendo educado pela mãe em sua própria casa. Posteriormente, ele criou a lâmpada elétrica.

O medo de expor nossas ideias, quando estas fogem do cotidiano do ser humano, é grande, mas aqueles que o fazem geralmente são reconhecidos no futuro. Existem desculpas, como o medo do fracasso e a falta de tempo. Digamos que nós poderemos ser tachados de “workaholics” (viciados em trabalho) e sem tempo para nada, mas aqueles que persistem conseguem alcançar seus sonhos.

Avengers, nas mãos de Tim Burton - Foto Divulgação
A britânica J. Rowling é um destes exemplos. Divorciada, morando de aluguel, com pouco dinheiro e tendo uma filha pequena para criar, escreveu mais de trezentas páginas da obra "Harry Potter e a Pedra Filosofal", persistiu por vários anos para a sua publicação, e conseguiu. Hoje, é a segunda mulher mais rica do mundo, perdendo apenas para a Rainha Elizabeth. Peço desculpas pelos exemplos, mas achei conveniente citá-los para que vocês sintam a verdadeira essência do gênio e batalhador chamado Tim Burton.

Mas, você sabe qual é a relação entre o aristocrata e romancista inglês Horace Walpole (1717 -1797) e o cineasta estadunidense Tim Burton?

Horace Walpole foi o idealizador do romance gótico com a primeira obra do gênero mundial, "O Castelo de Otranto" (1764). Já o estiloso Tim Burton é conhecido por seus incríveis longas-metragens góticos, como Edward Mãos de Tesoura, A Noiva-Cadáver, O Estranho Mundo de Jack, e outros, como Batman, pois quem seria melhor do que Tim Burton para fazer uma interpretação do gótico super-herói?

Horace Walpole foi o pai do estilo gótico literário, tendo influenciado outros grandes autores, dando destaque para Mary Shelley (1797-1851), autora da obra “O Moderno Prometeu” e da tétrica criatura Frankenstein. Posteriormente - dando um salto no tempo -, viriam os grandes cineastas góticos, sendo um deles o Tim Burton.

O estilo de Tim Burton é incrível; sombrio, dramático e cômico. A parceria em vários trabalhos com o ator Johnny Depp é promissora, e esta dupla já rendeu muitas cifras para as produtoras e seus envolvidos.

Um dos trabalhos interessantes da dupla é um musical da Paramont Pictures, dirigido por Burton, "Sweeney Todd", tendo Johnny Depp como protagonista.

Burton não agrada somente aos adultos com o seu estilo diferente, mas também as crianças. A Noiva-Cadáver e O Estranho Mundo de Jack, como produtor, juntamente de Denise Di Novi, são grandes exemplos. Os adolescentes também se deleitam com as peripécias deste gênio, que a convite dos músicos "The Killers" dirigiu o videoclipe intitulado "Bones". A música é parte integrante do álbum "Sam's Town".

Com o gênero terror mais apimentado, temos a versão do clássico “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça”, dirigido por Tim Burton em 1999. Com um estilo diferenciado, temos “Ed Wood, o pior diretor de todos os tempos”, uma homenagem e um retrato da vida do cineasta Ed Wood, sendo protagonizado por Johnny Depp. O filme foi lançado em 1994. (O longa Ed Wood, ganhou 2 Oscars, um de melhor ator coadjuvante para Martin Landau e o outro de melhor maquiagem). Ainda posso citar o incrível remake baseado no livro de Roald Dahl “A Fantástica Fábrica de Chocolates”.

DICA DE LIVRO
O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra & Outras Histórias
Autor: Tim Burton
Editora: Girafinha
Nº de páginas: 128

MINISINOPSE
Escrito e ilustrado por Tim Burton. As ilustrações evocam a doçura e a tragédia da vida, o autor apresenta uma galeria de personagens infantis muito peculiares. Incompreendidos e desajustados, eles lutam para encontrar amor e aceitação em um mundo cruel. O TRISTE FIM DO MENINO OSTRA E OUTRAS HISTÓRIAS, é um livro estranho(?), chocante e melancólico de heróis desesperançados e infelizes que remetem ao lado negro que existe em todos nós.

TRECHO DA OBRA
“Era uma vez um melão melancólico
Passava o dia inteiro macambúzio
Querendo a hora do próprio velório
Ora, cuidado com os teus pedidos!
Pois o dele foi de pronto atendido
O último som que entrou em seus ouvidos
Foi o ‘ploft’ em que acabou dissolvido.”

Compartilhe:

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Literatura Clássica e Tim Burton – referências literárias e adaptações na obra do cineasta


Cinema e literatura costumam andar juntos com frequência, já que muitos dos filmes que vemos são adaptações de livros. Portanto, não poderia ser diferente na obra de Tim Burton, um dos maiores diretores da atualidade. Quem já viu seus filmes, ou ao menos ouviu falar de Burton, sabe de seu estilo peculiar, de seu gosto por elementos góticos, cenários sombrios e personagens que, em geral, não se encaixam muito bem na sociedade. Além disso, há um detalhe a mais que chama atenção nos filmes do diretor: as influências literárias em seus filmes, as quais podemos notar algumas vezes de forma bem óbvia, como filmes inteiros baseados ou inspirados em livros, e, outras vezes, como pequenas referências que fazem toda a diferença. Segue, então, uma lista com algumas destas referências na obra do diretor.
Shakespeare – em O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare before Christmas)
Em uma cena do filme, o carismático e melancólico esqueleto diz que pode tirar sua cabeça e citar Shakespeare, uma óbvia referência a Hamlet, na cena do cemitério, na qual o jovem príncipe segura a caveira de Yorick.
Tal referência nos lembra de que há um realmente paralelo entre os questionamentos exustenciais do personagem de Burton e o confuso príncipe da Dinamarca, o qual já foi assunto de um artigo no Literatortura.
Charles Dickens – Jack lê Um Conto de Natal (A Christmas Carol)
[The-Nightmare-Before-Christmas-nightmare-before-christmas-3010571-1280-960.jpg]
Ainda no mesmo filme há ainda outra referência literária, talvez menos notável por aparecer rapidamente em uma cena onde o esqueleto lê livros sobre o natal, com o objetivo de compreender o significado de tal feriado que tanto o encantou. E claro que um dos livros que vemos Jack lendo é o clássico de Dickens Um Conto de Natal, que consegue retratar de forma única o espírito de Natal. E pensar que, mesmo lendo Dickens para entender o Natal ou se inspirar, Jack não conseguiu fazer um Natal como queria, pobre Jack!
Poe – no curta-metragem Vincent
Em 1984, Burton produziu um curta sobre um menino um tanto peculiar que vive isolado em seu mundo, no mundo de imaginação sombria de sua mente (nem um pouco similar ao próprio Burton, né?). Esse menino é Vincent, que tem sete anos e cujo autor preferido é Edgar Allan Poe. O curta faz referência a contos de Poe quando o narrador conta que Vincent, em sua imaginação, vivia a lamentar a perda de sua bela noiva que havia sido enterrada viva, e, inclusive, no final, é recitado um trecho do poema O Corvo de Poe.
Frankenstein de Mary Shelley – em Frankenweenie
Não é preciso ser o maior fã de literatura gótica para notar a referência aqui, certo? A animação de Burton de 2012, baseada em seu curta liveaction filmado em 1984, conta a história de um menino chamado Victor Frankenstein que, através da ciência, consegue ressuscitar o seu cão morto, chamado Sparky. De onde será que Burton tirou tal ideia? Obviamente do clássico de Mary Shelley, Frankenstein, pois, além da referência mais do que direta no nome do protagonista e do filme, a história também segue uma linha semelhante, contendo o tema de trazer mortos de volta à vida através da ciência.Porém, diferentemente do cientista de Mary Shelley, que constrói uma criatura com a junção de vários pedaços de humanos mortos, o cientista mirim de Burton apenas traz seu cãozinho morto de volta. O que não deixa de trazer muitos problemas para a vida do pequeno, entretanto, com consequências um pouco menos letais.
Alice – Lewis Carroll (no filme Alice in wonderland!)
Não podia faltar nesta lista a mais recente adaptação do clássico de Lewis Carroll para os cinemas, em que Burton recria a Wonderland, dando ao mundo de Alice um ar um pouco mais sombrio (mas, ainda assim, menos sombrios que muitos fãs de Burton esperavam que fosse) e nos mostrando uma Alice adulta, retornando à Wonderland. Lá ela encontra uma guerra entre uma Rainha Vermelha de cabeça gigante e uma delicada Rainha Branca, um CheshireCat computadorizado com o seu marcante sorriso perturbador e um Chapeleiro Maluco interpretado por um Johnny Depp de cabelos laranja, entre outras coisas. Ou seja, imagine o mundo de Carroll misturado com o de Burton em uma versão em que Alice cresceu e precisa decidir o que fazer com sua vida enquanto quase perde a cabeça em Wonderland.
Washington Irving – A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (The Legend of Sleepy Hollow,  inspirado no conto de Washington Irving)
O clássico trabalho de um dos primeiros escritores americanos contando a famosa lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, ou A Lenda de Sleepy Hollow, como é realmente o título em tradução literal, ganhou uma versão para os cinemas. Neste filme, que é uma das melhores adaptações de Burton de obras literárias, o personagem Ichabod Crane, originalmente um professor, torna-se um excêntrico investigador interpretado por Johnny Depp. A lenda do conto de Irving ganha maiores proporções no filme, sendo a identidade do cavaleiro sem cabeça revelada no final junto a um mistério envolvendo todos os protagonistas. A fotografia sombria do filme, em cores sóbrias, com muita neblina e, é claro, muito sangue, junto a uma perfeita trilha sonora, cria uma atmosfera de mistério que consegue superar aquela criada pelo conto, apesar de o roteiro tomar caminhos bem distintos daquele traçado pelo trabalho de Irving.
Compartilhe:

sexta-feira, 25 de março de 2016

A influência de Edgar Allan Poe em Tim Burton

Poe, Poe, Poe. Há algo de Poe por todo o mundo. Em quase tudo que há de sombrio nos dias de hoje, há algum toque do imortal Edgar Allan Poe, o poeta do macabro, autor do Corvo, do Coração denunciador, O gato preto e muitos outros clássicos. Claro que Poe não foi um autor exclusivamente de terror, pois ele também escreveu muitos ensaios, resenha, contos de ficção científica, investigação e até comédia de humor negro, além de sua escrita ter sido praticamente a base do que se conhece por conto nos dias de hoje; no entanto,  aqui neste texto, o foco é o lado mais famoso de Poe - seu lado das sombras, pois foi principalmente este aspecto do escritor que influenciou o peculiar e consagrado diretor Tim Burton.

Os filmes de Burton sempre trazem universos macabros, em que o mundo dos mortos é sempre mais vivo e mais interessante do que o dos vivos e, por mais mórbidos que sejam esses mundos de Burton, eles geralmente tem um toque de inocência, o que os toda apropriados para o público. O diretor mostra criaturas mortas dançando ou brincando de tirar a própria cabeça fora para recitar Shakespeare no Halloween, crianças revivendo animais em estilo Frankenstein e até mesmo o assassinato de uma jovem noiva. Tudo narrado com imagens surreais e sombrias, refletindo um estilo único do diretor, cheio de listras, espirais e casas com arquiteturas nada convencionais. Toda essa atmosfera sombria e obsessão por narrativas macabras já mostram uma certa influência do mestre do macabro, mas tudo isso poderia ser até considerado coincidência, não fosse pelo curta Vincent, um dos primeiros trabalhos de Burton, em que vemos o quão forte é a influência de Poe na formação do estilo do diretor.

O curta de 1982, narrado por Vincent Price, conta a história de um menino obcecado pelas sombras, cujo autor preferido é, adivinhem quem? Edgar Allan Poe. Veja abaixo a imagem de uma das ilustrações de Burton que deram origem ao curta, e repare no nome escrito abaixo do quadro da mulher:
Vincent era obcecado com sua imaginária Lenore, sua esposa que foi enterrada viva - mais uma ideia vinda direto dos contos de Poe. No final do curta, Price recita os versos finais do poema O Corvo.
A influência de Poe em Burton talvez tenha se dado, a princípio, de forma indireta, pois Burton sempre foi muito fã do ator Vincent Price - famoso principalmente por ter estrelado diversos filmes de terror da década de 60, muitos dos quais eram adaptações de obras de Edgar Allan Poe. Burton via os filmes, e talvez tenha conhecido Poe através dos filmes estrelados por Price, por isso o diretor herdou tanto o lado mais obscuro de Poe, representado e muitas vezes até aumentado pelos filmes da Hammer e da Universal, que o tornaram um ícone do cinema de terror.

Enfim, direta ou indiretamente, a influência de Poe na carreira de Burton é inegável e foi um fato importante para formar a identidade do diretor, que tanto se destaca com seus peculiares filmes.

Veja abaixo o curta Vincent, legendado, e veja por você mesmo os traços de Poe presentes na obra de Tim Burton.

*Curta a fanpage da revista Conexão Literatura, e fique por dentro das notícias do mundo literário: https://www.facebook.com/revistaconexaoliteratura

Compartilhe:

Baixe a Revista (Clique Sobre a Capa)

baixar

E-mail: contato@livrodestaque.com.br

>> Para Divulgação Literária: Clique aqui

Curta Nossa Fanpage

Siga Conexão Literatura Nas Redes Sociais:

Posts mais acessados da semana

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA
clique sobre a capa

PATROCÍNIO:

CONHEÇA O LIVRO

REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

AURASPACE - CRIAÇÃO DE BANNERS - LOGOMARCAS - EDIÇÃO DE VÍDEOS

E-BOOK "O ÚLTIMO HOMEM"

E-BOOK "PASSEIO SOBRENATURAL"

ANTOLOGIAS LITERÁRIAS

DIVULGUE O SEU LIVRO

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

APOIO E INCENTIVO À LEITURA

APOIO E INCENTIVO À LEITURA
APOIO E INCENTIVO À LEITURA

INSCREVA-SE NO CANAL

INSCREVA-SE NO CANAL
INSCREVA-SE NO CANAL

Leitores que passaram por aqui

Labels