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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Hudson Barros e o livro Linguagens e vínculos, por Cida Simka e Sérgio Simka

Hudson Barros - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Sou formado em Letras (Português/Inglês) pela UFRJ, instituição onde concluí o bacharelado e a licenciatura. Fiz o mestrado e o doutorado em Literatura Comparada pela mesma universidade. Atualmente, leciono no ensino superior e básico: neste, ministro aulas de língua portuguesa para o fundamental e, naquele, aulas de Teoria Literária e literaturas de língua inglesa. Sou também Diretor da FAETERJ, campus Paracambi, desde 2015. Já fui professor substituto de Teoria Literária e Literatura pela UFRJ em 2006 e 2007 e docente de língua portuguesa e literatura brasileira no Ensino Médio pela SEEDUC/RJ. Além das atividades de docência e pesquisa, sou escritor, tendo como foco os gêneros poesia, crônica e conto.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro Linguagens e vínculos. O que o motivou a organizá-lo?

Após cinco anos à frente da revista acadêmica Casa de Machado, decidi organizar um livro para graduandos, isto é, um conjunto de artigos que integrasse as atuais pesquisas de meus colegas professores/pesquisadores e que fosse de interesse de nossos alunos. Desejava explorar um assunto atual que permitisse relações transdisciplinares e estimulasse a pesquisa acadêmica. O tema da linguagem (na verdade, as possibilidades conceituais e associativas deste tema) pareceu-me propício devido a sua ampla força de correlação e inegável pertinência para a compreensão do real. Por essa via, poderíamos demonstrar, além disso, que a pesquisa acadêmica pode aproximar o diferente, unir interesses e instigar novos horizontes intelectuais. Por isso, a ideia de “vínculo”: o ponto central do livro está na sua capacidade de integração, no salutar diálogo propositivo e agregador do conhecimento. Os artigos do livro apresentam diferentes perspectivas sobre a força vinculante e constitutiva da linguagem, sem a pretensão de restringir seu conceito. A intenção de nossa publicação reside na busca por novas compreensões sobre os modos de funcionamento de teorias/práticas científicas, pedagógicas ou artísticas que revelam ações articuladoras e produtivas da linguagem. É nela e por meio dela que construímos novos domínios de saber e formas de expressão, bem como transformamos as inúmeras redes epistemológicas existentes.

Fale-nos sobre seus outros livros.

Comecei a publicar artigos acadêmicos desde cedo na faculdade. No segundo período, publiquei um artigo, com meu amigo Fábio Coutinho (que também integra o livro "Linguagens e Vínculos") sobre o crítico Santiago Nunes Ribeiro. Participei de pesquisas em Linguística Aplicada no grupo REDES, sob a orientação da  professora Sonia Zyngier, e tive a oportunidade de publicar artigos na área. Em 2006, participei de uma publicação conjunta (com colegas do mestrado à época) sobre a história da crônica no Brasil com o livro “Ao rés do Rio”. De 2011 a 2015, fui organizador, junto com a professora e escritora Rita Gemino, da Revista Casa de Machado, onde publiquei artigos e ensaios na área de literatura e leitura. Foi apenas a partir de 2011, que comecei a publicar textos literários. Nesse ano, lancei, na Bienal do Rio, o livro de poesias chamado “Distâncias Pronominais”, obra em que abordo as variadas formas de distanciamento em nosso mundo. No livro, realizo um passeio entre forma e saber, buscando um diálogo constante entre prosa e poesia, que expõe a ambiguidade das variadas conjunturas humanas e desafia, pela ludicidade e experimentação, o autoritarismo da univocidade. Em 2014, publiquei o livro de crônicas “Com o Verso, com o Tempo”. Nessa obra, escrevi crônicas que objetivavam a exploração de conceitos (amadurecimento, aprendizagem, vida), tentando desconstruir fórmulas e preconceitos através de uma linguagem leve, sem cair na superficialidade. Na parte final do livro, materializo um experimento: apresento três contos inéditos que considerei essenciais para a ampliação do eixo temático do livro. Contos que margeiam a intrigante aproximação com o gênero crônica, trazendo enredos que demonstram a inesgotável capacidade de superação humana perante inevitáveis armadilhas e ironias da existência. Em 2017, foi a vez do conto: junto outros amigos escritores, organizei um livro em homenagem a Machado de Assis: Recantos de Joaquim. Nessa publicação, escrevemos uma série de contos com releituras de textos conhecidos do consagrado autor. Os contos tinham como objetivo revisitar a obra de Machado, explorando as contradições do cotidiano atual. Publicação essa que foi tanto um desafio de renovação da técnica narrativa quanto de aperfeiçoamento da compreensão crítica da realidade.

Como analisa a questão da leitura no país?


A fragmentação das ideias e dos ideais imposta pelo mundo em rede tem debilitado a leitura de formação. Hoje, o ato de ler reside, em grande parte, no entretenimento e na informação passageira. Basicamente, lemos para esquecer: para nos esquecer e passar o tempo. As tecnologias de rede têm impulsionado a leitura como jamais se viu no século passado: é fato que as pessoas estão lendo mais. Deve-se questionar, no entanto, a extensão qualitativa da competência interpretativa e a dimensão do aprendizado diante do material lido. Ler é mais do que identificar os significados das palavras e frases: significa principalmente integrar-se de modo transversal nos signos que movimentam a existência. Tudo isso no “melhor dos mundos”, visto que não se deve esquecer a grande massa de excluídos no país assolados pelo analfabetismo e pela baixa escolaridade.

O que tem lido atualmente?


Gosto muito de ler jornal; geralmente, leio dois ou três diariamente. Principalmente, os artigos de opinião. Leio, por vezes, publicações estrangeiras para me informar e "estudar" o inglês, o espanhol e o francês. Em literatura, tenho lido bastante o gênero dramático, principalmente Harold Pinter (“O monta-cargas” e “A festa de aniversário”) e Edward Albee (“A história do jardim Zoológico”, “Quem tem medo de Virginia Woolf”, “Caixa de Areia”). No campo teórico, tenho lido a série de publicações de Byung Chul Han. Gostei bastante dos livros “Sociedade do Cansaço” e “Sociedade da transparência”. Reli, há pouco tempo, "Júlio César", de Shakespeare.

Como analisa a questão da escrita, de maneira geral, sobretudo em tempos de redes sociais etc.? As pessoas têm escrito mais?

De fato, as pessoas têm escrito mais. E de forma vertiginosa. As tecnologias de rede nos vinculam incessantemente e nos impõem o frequente contato. Somos submetidos também a novas formas de comunicação não verbal e a resposta imediatas. Vivemos em um período criativo no uso dos signos, seja para o entretenimento ou para a crítica. Novos modos de expressão surgem de tempos em tempos, envolvendo-nos de maneira quase imperceptível. Tal criatividade, no entanto, não tem incitado aperfeiçoamentos na produção escrita formal, principalmente para a expressão mais elaborada de pensamentos. Nas redes, o que vale é transmitir a ideia, o conteúdo; perde-se, com isso, o necessário apego à forma e à formalidade. Obviamente que nem sempre necessitamos de estruturas verbais mais elaboradas; contudo, não se pode também desprezar esse instrumento. Saber transitar entre as possibilidades do signo é uma urgência nestes tempos de conclusões apressadas. Escrevemos mais; nem sempre com clareza, atenção e com devidas reflexões.


Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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