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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

[Mês das Crianças] 10 Dicas de atividades que ensinam os pequenos sobre organização

 

Nalini é uma das 4 profissionais brasileiras certificadas pelo método KonMari™
Arquivo Pessoal

Especialista em organização e desapego ensina pais a trazerem os filhos para dentro de atividades consideradas 'chatas' pelas crianças

Quem já disse a famosa frase para seus filhos: “Terminou de brincar? Agora é hora de arrumar.” Ela quase sempre vem seguida de um sonoro “Ahhhh...” ou um “Que chato”. A verdade é que ainda existe um grande peso quando se trata do tema ‘arrumar’. No entanto, além de muito importante na formação das crianças, pode ser divertido, inclusivo e positivo para os pequenos. Essa ‘mágica’ pode – e deve – começar desde muito cedo na vida dos nossos filhos e só requer um pouco de persistência para ser colocada em prática.

personal organizer especialista em desapego e bem-estar Nalini Grinkraut listou algumas técnicas e práticas de fácil acesso que vão ajudar os pais a estabelecerem uma relação mais próxima dos filhos com a arrumação que irão trazer benefícios para o convívio e na energia da casa: 

1 - Chame as crianças para ajudar em tarefas simples e coisas que elas gostam de fazer. Não comece lhes pedindo coisas que elas já não gostam muito, pois isto poderá gerar uma resistência maior. 

2 - Valorize a ajuda delas! Crianças costumam ficar muito felizes quando se sentem encorajadas, úteis e valorizadas. 

3 - Aumente gradativamente as tarefas das crianças de acordo com a sua idade. No decorrer do desenvolvimento ela se tornará mais independente e irá adquirir uma maior autonomia, o que poderá levá-la a assumir mais responsabilidades dentro de sua casa. 

4 - Seja o exemplo. É muito importante que seu filho também o veja fazendo as atividades. As crianças aprendem muito mais com a forma que nos comportamos e agimos, do que com o que falamos. 

5 - Procure fazer dessas atividades algo natural. Muita gente trata “arrumar a cama” como se fosse um evento extraordinário. Devolver um objeto para o lugar, lavar louça, jogar a roupa suja no cesto não podem ser encarados como grandes eventos. Se você tratá-las como parte da sua rotina, assim como você escova os dentes, tudo passa a ser muito mais simples. 

6 - Crie rotinas de organização quando seu filho finalizar as atividades. Desde pequenos eles já conseguem ajudar a recolher os brinquedos que foram usados enquanto estavam brincando. Antes de passar para a próxima atividade com as crianças, guarde o que estava em uso. 

7 - Use a brincadeira como uma forma leve de ensinar a guardar. Sugira uma música para cantar durante a tarefa, proponha uma gincana com as crianças, para ver quem guarda mais rápido e ouça idéias delas de como deixar esse momento mais divertido. 

8 - Faça rodízio de brinquedos. Quando as crianças têm todas as opções a vista ao mesmo tempo, acabam cansando e sentindo que seus brinquedos podem perder a graça. Além disso, o excesso de brinquedos, gera ansiedade nas crianças e ainda atrapalha na hora de guardar e manter a ordem. 

9 - Ensine seus filhos a desapegar. Se eles costumam ganhar muitos brinquedos ou quando você percebe que o armário está ficando cheio, incentive seus filhos a doarem brinquedos. Aproveite essa época do dia das crianças para levar os brinquedos para outras crianças e praticar a caridade. 

10 - Deixe os filhos bagunçarem! Bagunçar faz parte da natureza deles. Não devemos reprimi-los somente porque não queremos nossas casas bagunçadas. O aprendizado para a vida inclui o brincar e o bagunçar, assim como faz parte o ensinar a cuidar e a guardar! 

Incluir os filhos nas atividades de casa desde cedo, poupará os pais de esforços excessivos no futuro, além de garantir a tão buscada autonomia na vida dos pequenos.

Autora do livro “Casa Arrumada, Vida Leve” (Harper Collins), Nalini Grinkraut quer que as pessoas passem a ter uma relação mais saudável não só com a arrumação, mas também com a existência da bagunça. Seu desejo é desmistificar a organização e mostrar um caminho para se ter paz e harmonia dentro de casa de um maneira leve e realista. Seu livro também aborda temas como consumo consciente, mudança de hábitos e comportamentos, autoconhecimento e relacionamentos familiares.

Nalini é uma das quatro profissionais brasileiras especializadas e certificadas pelo método KonMari™, de Marie Kondo, especialista em organização mais conhecida e seguida do planeta. 

“A sua casa é a extensão do seu corpo. É o seu porto seguro, seu abrigo. É onde você repousa, sua mente relaxa e muitas experiências são construídas. Assim como devemos cuidar do nosso corpo como nosso templo, devemos cuidar da nossa casa como parte de nós. “ – Nalini Grinkraut 

Sobre seu livro:

Você já teve a sensação de que não importa o quanto organize a sua casa, parece só estar mudando a bagunça de lugar?

Era assim que a autora de “Casa Arrumada, Vida Leve” se sentia. Após o casamento, a mudança de apartamento e a chegada dos filhos, Nalini Grinkraut, que até então se considerava uma pessoa organizada, percebeu que havia perdido o controle da própria bagunça.

Então, Nalini decidiu desvendar os mistérios da arrumação e aprender a organizar de fato. Foi aí que conheceu Marie Kondo, que a fez mudar sua percepção da organização, e a inspirou a seguir carreira como personal organizer e criar o próprio método de arrumação.

A autora traz reflexões sobre como nossas emoções, personalidade e rotina influenciam o ambiente em que vivemos e vice-versa. Além disso, nos mostra que é possível desenvolver uma relação mais consciente e saudável não só com a organização, mas também com a bagunça e nossos hábitos de consumo. 

Sobre a profissional e autora:

Nalini Grinkraut é Formada em propaganda e marketing pelo Mackenzie e pós-graduada em administração de empresas pelo Insper. Construiu uma sólida carreira na área de Marketing e, depois, se formou como personal organizer. Atualmente, por meio de suas palestras, consultorias, cursos online e redes sociais, ela se dedica a ajudar as pessoas a arrumarem as suas casas, obtendo mais bem-estar e qualidade de vida a partir da organização. 

Serviço:

Livro:  Casa Arrumada, Vida Leve

Autora: Nalini Grinkraut (@nalinigrinkraut)

Editora: Harper Collins

Páginas: 224

Preço: R$ 49,90

Adquira o livro em: https://amz.run/5w4P

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sexta-feira, 11 de março de 2022

Ação social sustentável: Lwart Soluções Ambientais transforma livros institucionais em móveis para doação

Iniciativa baseada no DNA de sustentabilidade da empresa transformou 1.200 livros antigos em mais de 200 nichos e pufes destinados a 15 instituições.

Com o intuito de compor espaços de leitura e incentivar a economia circular nas instituições de cunho
social e de ensino público de Lençóis Paulista, Macatuba e Jaú, a Lwart Soluções Ambientais realiza uma ação moldada pelos seus valores diretamente conectados à logística reversa. A empresa transformou 1.200 livros institucionais em desuso em mais de 200 móveis, como nichos e pufes.

Carolina Tanese, gerente de Comunicação e Marketing Institucional da Lwart Soluções Ambientais, explica a iniciativa: “Transformar em produtos nobres aquilo que seria descartado. Isso é o que a Lwart Soluções Ambientais carrega em seu DNA: a sustentabilidade. Promovemos a logística reversa do óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC) e a gestão de resíduos industriais, pensando na construção de um futuro mais sustentável. Seguindo esse conceito também nos apoios a projetos sociais, este ano, construímos um projeto que beneficiou instituições locais”, afirma Tanese.

O montante de livros coletados foram destinados à Caçambaria Móveis Sustentáveis, uma empresa sediada em Jaú e que atua especificamente na transformação de resíduos em móveis sustentáveis. “Escolhemos essa empresa porque foi uma solução alinhada com o nosso propósito de realizar a economia circular e de gerar um bem pra comunidade e para o meio ambiente”, afirma a executiva, que explica como as atividades da Lwart Soluções ambientais e da Caçambaria estão conectadas pela logística reversa de resíduos pós-consumo.

A Lwart tem como seu pilar fundamental transformar em produtos nobres aquilo que seria descartado, por meio da coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado e contaminado, o que resulta na produção de óleos básicos de alto desempenho, do Grupo II.

 

Sobre Lwart Soluções Ambientais

 Empresa 100% brasileira, a Lwart Soluções Ambientais é uma das maiores do mundo no segmento de rerrefino de óleo lubrificante usado. É também a primeira rerrefinadora da América Latina a produzir óleo básico de alta performance, do Grupo II. Como empresa que tem a transformação em seu DNA e a sustentabilidade como principal pilar, a Lwart amplia sua atuação e passa a coletar, destinar e transformar, dentro das melhores práticas da economia circular, resíduos pós-consumo do setor automotivo. A Lwart Soluções Ambientais tem uma das plantas mais modernas do mundo para produção de óleo básico de alta performance a partir do óleo lubrificante usado. Com sede em Lençóis Paulista (SP), conta com 17 centros de coletas espalhados pelo Brasil, que atendem cerca de 45 mil clientes todos os anos. Seu processo é rastreável e sua atuação segue as mais estritas normas de compliance. Mais informações em www.lwart.com.br.

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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Monólogo, por Roberto Fiori


Monólogo

A Lua, estrelas, planetas... todos espiralando em redor do núcleo turbulento da Galáxia. Rodopiando, imergindo em buracos negros, quando uma estrela colapsa. Entre tudo o que existe de melhor, encontro, nos últimos recantos do Sistema Solar, a Cidade, a última façanha do homem. Uma cúpula de estanho translúcido, uma atmosfera, as casas e os edifícios estendendo-se por quilômetros e quilômetros...
No Outono, o domo reluz com a queda da neve de metano congelado, no exterior. Os homens, mulheres e crianças passeiam sob o teto de metal, buscando... o quê? Há lojas, escolas, firmas, parques, ruas e avenidas? 
Não, não há nada glorioso como o fora nos dias de outrora. Hoje, em dias tão perdidos quanto uma ilusão, observo da órbita daquele pequeno mundo, asteroide imenso e volátil, a queda de uma civilização. Os habitantes da Cidade, sem poderem se libertar da rocha onde vivem, pois esqueceram-se da mágica do voo sideral. Podem circular por entre os montes de neve, procurando o alimento que algum dia encontrarão. Porém, enquanto essas sombras de homens não aprenderem a cultivar, a lavrar a terra e a construir seu próprio mundo, não se alimentarão. Mundo que foi deixado para eles, o que resta da Humanidade, em um átimo de grandeza, por seus antepassados.
Podiam ter sido menos belicosos, enquanto lutavam nas batalhas de Antíope e Calepsidra, nas escaramuças das praias uma vez belas e que hoje se encontram perdidas em escombros. Poderiam ser mais humanos, quando sem querer topavam com um vagabundo deitado na sarjeta e passavam ao largo, sem mesmo dedicarem-lhe um olhar mais sensível. Poderiam, ao invés de seguir em frente, ver o que haviam feito no passado recente e recuar um pouquinho, para salvar seu semelhante da fome.
Mas, se a fé move montanhas, o que dizer de Fingal, Medison, Arturo de Mezzanino e outros ditadores tão tresloucados quanto sanguinários? Pode-se pedir que ninguém surja como eles, para que a última e reclusa cidade humana não retorne a um tempo de barbarismo.
Epicentro de catástrofes, quem dera poder pedir que se escondam em suas casas para ocultarem seus rostos trágicos e culpados? Pois a loucura do homem o levou a morar em outros lugares hostis, ao contrário de como a Terra o fora, como um atoleiro de areias movediças do qual se está preso sem chance de escapatória.
Liberdade para todos, isso não é preciso pedir. As pessoas são livres para fazerem o que quiserem. Na Cidade não há espaço para se aprisionar os outros. Há tempo de sobra para se remoer o passado, mas nem uma hora por dia para se pensar no futuro. Quem diria que a raça humana fosse viver no cinturão de asteroides, quando podia escolher entre um bilhão de mundos conquistados?
Mas é desse modo que a guerra conduz a História, destruindo, pouco a pouco, o que foi alcançado com tanto esforço e sacrifício. Nesta viela, um menino persegue um bando de pássaros. Deixou de brincar, faz tempo. Se apanhar um deles, o levará para um lugar ermo e o matará, para assá-lo. No beco, uma mulher busca com uma faca um alvo, de preferência alguém fraco, para esfolá-lo e devorá-lo.
Tudo foi perdido. Apenas se consegue visualizar o fim do dia, quando menos pessoas sobreviverão e mais corpos se espalharão pelas travessas e espaços fechados. No espaço, uma estação espacial montada pelo último déspota lança de quando em quando um feixe de laser ou uma salva de mísseis termonucleares, em direção ao vazio sem fundo do vácuo negro. Já é hora do homem deixar este canto da Galáxia, de abandonar o cinturão de asteroides e partir para o infinito.
É hora de ele se despedir de tudo o que perdeu, de tudo o que foi bom e digno. 
É tempo de o homem se tornar adulto.


*Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:

Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.

Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.

Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.

E-book:
Pelo site da Saraiva: Clique aqui.
Pelo site da Amazon: Clique aqui.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Bate-papo Brasil no Espaço, dia 11/12, às 19h


Sinopse: Natália, 35 anos, astrofísica brasileira, especialista em engenharia aeroespacial e residente em Berlim, na Alemanha volta à terra natal disposta a descobrir a verdade sobre o trágico destino de seu pai, João Marcos de Almeida, engenheiro mecânico, morto na explosão da base de lançamento de foguetes de Alcântara, em 2003. Ela se recusa a aceitar o resultado final da investigação militar, que fez com que o caso fosse arquivado por segurança nacional, alegando-se suspeitas de falha humana. Natália também tenta fazer justiça e provar que sabotagem e negligência podem ter sido as verdadeiras causas do acidente. Após ser selecionada para coordenar um programa de intercâmbio da Universidade Internacional do Espaço, uma parceria entre Brasil e Alemanha, ela embarca de volta ao Brasil levando consigo dois desejos: um, evidente, de tornar-se uma especialista em projetos aeroespaciais; outro, inconfesso, de descobrir a verdade sobre a morte misteriosa de seu pai. Em uma arriscada jornada, recheada de romance, aventura e suspense, Natália tenta montar as peças desse perigoso e letal quebra-cabeça.

Alcântara:
Palavra árabe que significa: a ponte. Essa península, situada no interior do Maranhão, já foi muito cobiçada e é considerada o melhor espaço-porto do planeta. Devido à sua localização geográfica ser próxima a linha do Equador (2graus), pode alcançar até 30% de economia de combustível, além dos foguetes ganharem uma velocidade extra de escape ao decolarem de suas bases e não oferecerem risco à população.
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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

“M 81: Ursa Maior”, sobre um conto de Edmund Cooper

Galáxia M 81 ou Messier 81 ou ainda, Galáxia de Bode: descobriu-se em 1993 uma supernova em seu interior, sendo sua nebulosa remanescente ainda possível de ser vista por imagens de rádio 18 meses após a explosão.
*Por Roberto Fiori

Eram oito, os viajantes naquela expedição à Galáxia Messier 81, conhecida como M 81: Ursa Maior. O Capitão Mauris, o imediato Phylo e seis dos mais capazes homens de Ciência que existiam na Terra, entre eles, o físico Kobler. A Santa Maria era a nave experimental que cruzaria mais de um milhão de anos-luz até a M 81, em horas. A teoria do salto extra-galáctico era atravessar o espaço normal por um ponto de entrada, ou orifício que penetrava na teia do espaço, cruzar através do espaço para o subespaço e sair no espaço normal, mais uma vez, no ponto de destino.

O Capitão Mauris já havia experimentado a impulsão extra-galáctica, iniciando sua jornada experimental nas proximidades de Plutão e regressando a ele são e salvo. Ele e todos os tripulantes não haviam conseguido parar de rir por dois dias, com exceção de um deles, que ainda andava muito divertido consigo mesmo, desde a volta. O alívio de voltar a casa, quando acreditava que não retornaria, fora demais para Egon, o navegador.

Agora, faltava pouco para saltarem para as profundezas do espaço e atingirem — teoricamente — M 81. Todos estavam a postos na ponte de comando da Santa Maria.

Quando o impulso extra-galáctico se deu, Escuridão sobreveio. Não havia movimento; tudo estacionara. E a ausência de movimento cansaria uma pessoa até a morte. Mas o Capitão Mauris não morrera; uma voz, durante o salto, lhe dizia para esperar, que lhe falava que era talvez Adão, o primeiro homem a nascer...

O Capitão Mauris, o único sobrevivente a bordo da Santa Maria, pedia a Deus que, se não podia morrer, que o deixasse renascer, que se fizesse a luz...

Na nave, com a chegada da luz, para Mauris, tudo estava invertido: os lugares dos cientistas e de Phylo, e o seu, também, na ponte de comando; assim como os algarismos do cronômetro elétrico instalado na ponte estavam invertidos. Mauris constatou que os motores de salto extra-galáctico estavam irreparavelmente danificados. Pela comporta de ar, colocou os sete membros da tripulação para fora da nave e acionou a propulsão por retrofoguetes, para livrar-se da companhia dos sete corpos. Depois, não se preocupou, por algum tempo, com seu destino.

Mais de vinte dias se passaram e a Santa Maria dirigia-se a um Sistema, onde um planeta verde orbitava uma estrela. A nave caía progressivamente em direção a ele. Mauris decidiu, com extrema dificuldade, que tentaria uma decida nele. Fora uma opção difícil, ele já estava decidido a queimar na superfície da estrela. Seria melhor do que esperar que os mantimentos acabassem ou ficar insano, vagando pelo espaço sem fim.

Ele ajustou os retrofoguetes e a nave o deixou desacordado, jogando-o contra o chão, primeiro, e depois contra parede, com o efeito da desaceleração. Acordou quando a nave pousara. Saiu dela, vestindo uma roupa espacial. O planeta era acolhedor: oceanos azuis, nuvens de sonho, esfarrapadas e correndo pelo céu. Um regato corria próximo a um bosque, perto de onde a nave pousara, em uma campina onde relva crescia.

O Capitão Mauris sentiu-se bem. Abriu o mecanismo de segurança do traje que vestia e nada aconteceu. A pressão e a atmosfera do planeta eram seguras. Tirou o escafandro. Arrancou fora o traje espacial. Ouviu o regato. Correu até ele e jogou água contra o rosto. Rasgou suas roupas sujas e mergulhou. Depois de nadar, saiu da água e, sem se preocupar em se vestir, olhou em direção ao ponto onde descera. A nave não mais estava lá.

Olhou para o Leste, através do bosque, e viu o sol carmesim subir aos céus. E se recordou da voz de mulher que lhe dizia que ele era o primeiro homem a nascer, Adão, em um sonho em que não havia movimento algum...

Há dois aspectos nesse conto do escritor inglês Edmund Cooper (1926-1982), “M 81: Ursa Maior” (“M 81: Ursa Major”, ou “The End of Journey”), que podemos comentar. Este é mais um conto da antologia de Ficção Científica “The News of Elsewhere” (publicado em 1970, como “Novas de Algures”, em Portugal). São contos na maioria sobre viagens espaciais, de humor, drama, fantasia e horror.
A ausência de movimento realmente mataria um ser humano? Como lembrou Cooper, na introdução do conto, Sir Arthur Eddington (um grande astrônomo), em seu livro “A Natureza do Mundo Físico”, fala que nós nos deslocamos pelo espaço, através do planeta Terra, a 30 km/s ao redor do Sol; O Sol nos leva a 18 km/s ao redor da Galáxia; e assim por diante. Nada no Universo está em repouso absoluto. O “Big Bang”, ou “A Grande Explosão”, que lançou, de um ponto sem dimensões, toda a matéria e energia para fora, há 13,7 bilhões de anos, é o responsável por não haver imobilidade absoluta e por nós estarmos aqui, hoje.

Se a Terra freasse bruscamente, seríamos lançados — junto com tudo o que não estivesse firmemente preso à superfície da Terra — em uma aceleração tangencial a uma velocidade de 30 km/s para o espaço, sem a possibilidade de voltarmos, pois a aceleração da gravidade na Terra é de aproximadamente 9,8 metros por segundo, por segundo. Nesse sentido, se tudo no Universo fosse estabilizado até os corpos (planetas, estrelas, Galáxias, buracos negros) adquirirem velocidade zero em relação uns aos outros, qualquer coisa dotada de aceleração superior à aceleração superficial da gravidade em cada um dos objetos que compõem nosso Cosmos seria lançada para o vácuo espacial, com a possibilidade apenas de choque entre eles ou de uma possível volta ao planeta ou estrela em questão, por sorte (ou azar...).

A Galáxia M 81 é uma Galáxia espiral, situada a 12 milhões de anos-luz de distância da Via Láctea, na direção da Constelação da Ursa Maior. Nesse ponto, o conto de Cooper fala que a nave Santa Maria saltaria por mais de um milhão de anos-luz, até M 81; na realidade, somente em 1993 pôde-se calcular a distância de M 81 até a Via Láctea, através da observação de 32 estrelas de luminosidade variável cefeidas; na altura em que o conto foi publicado, em 1970, muito provavelmente não se conhecia isso; o que não diminui, nem retira a importância da obra de Edmund Cooper. Com as estrelas cefeídas, foi primeiro calculada a distância de nossa Galáxia até M 81 como de 11 milhões de anos-luz; o satélite Hipparcos determinou posteriormente a distância como de 12 milhões de anos-luz, por paralaxe, sendo este o dado mais atual e mais preciso.

Foi o astrônomo alemão Johann Elert Bode, em 1774, que descobriu esta Galáxia, chamada também de Galáxia de Bode. Distante somente 150 mil anos-luz de sua Galáxia companheira M 82, elas quase colidiram há alguns milhões de anos atrás. Sua quase-colisão deixou-as deformadas, fisicamente. Em 1779, Pierre Méchain as redescobriu, sendo que seu colega de laboratório, Charles Messier, as catalogou, originando o nome alternativo de Galáxias Messier 81 (M 81) e Messier 82 (M 82).


*Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:

Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.

Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem. 

Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
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E-book:
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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

8 citações de Stephen Hawking, cientista, físico teórico, cosmólogo e autor de vários livros

Stephen Hawking - Foto divulgação
Stephen Hawking (08 de janeiro de 1942 - 14 de março de 2018) foi um dos mais importantes cientistas do mundo, além de físico teórico e cosmólogo. Hawking foi professor de matemática e era portador de esclerose lateral amiotrófica, doença rara degenerativa, algo que não freou sua genialidade. Autor de vários livros, como "O universo numa casca de noz", "O futuro do espaço-tempo", "Uma nova história do tempo", etc.

O filme "A Teoria de Tudo", que rendeu o Oscar de Melhor Ator para Eddie Redmayne, conta a história de Stephen Hawking. Veja o trailer no final da página.

Selecionamos algumas de suas melhores citações: 

1 - Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança - Stephen Hawking

2 - Quando achamos a matemática e a física teórica muito difíceis, voltamo-nos para o misticismo - Stephen Hawking

3 - Mesmo as pessoas que dizem que tudo está predeterminado e que não podemos fazer nada para mudá-lo, olham para os dois lados antes de atravessarem a rua - Stephen Hawking

4 - Nós somos uma espécie avançada de macacos em um planeta menor de uma estrela mediana. Mas nós conseguimos entender o universo. E isso nos torna muito especiais - Stephen Hawking


5 - As grandes conquistas da humanidade foram obtidas conversando, e as grandes falhas pela falta de diálogo - Stephen Hawking

6 - A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta - Stephen Hawking

7 - (Conselhos para os meus três filhos) Um: lembre-se de olhar para as estrelas e não para baixo, para seus pés. Dois: nunca desista do trabalho. Trabalho dá significado e propósito, e a vida está vazia sem eles. Três: se você tiver sorte o suficiente para encontrar o amor, não o deixe ir embora - Stephen Hawking

8 - Desde a aurora da civilização as pessoas não se dão por satisfeitas com a noção de que os eventos são desconectados e inexplicáveis. Sempre ansiamos por compreender a ordem subjacente do mundo - Stephen Hawking

Trailer do filme "A teoria de tudo":


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quinta-feira, 14 de abril de 2016

5 diferenças entre o livro e o filme em “2001, uma odisseia no espaço”

1 – No livro, o monólito não é preto todo o tempo


Diferente do filme, em que o monólito sempre aparece negro, em um momento no livro o objeto misterioso é cristal (mas mantém o formato retangular): no início da história, quando é encontrado pelo homens macacos.

2 – A cena do macaco tocando o monólito é bem diferente



No livro, quando os homens macacos vêem o monólito em cor cristal, são atraídos para ele e passam por um processo de aprendizado por controle mental. O objeto manipula toda a tribo de uma vez, forçando-os a fazer movimentos mais finos, como dar nó em uma folha de planta. O processo acontece várias vezes em um período que dura um ano. Já no filme, tudo acontece instantaneamente. O macaco toca o monólito e fica mais inteligente.

Outra diferença do livro para o filme é que, durante o controle mental, o monólito (em cristal) passa a mostrar formas luminosas em seu interior. Segundo o próprio Arthur C. Clarck, “... perde a transparência e é envolto em uma luminescência pálida e leitosa. Fantasmas irresistíveis e indefinidos se moveram por sua superfície e em suas profundezas. Fundiram-se em barras de luz e sombra, e depois formaram aros de entrelaçados que começaram a girar lentamente.”

Possivelmente, a dificuldade de reprodução dessa cena fez Kubrick optar pelo monólito sempre preto.

3 – Não há Skype no livro


Na segunda parte do livro e do filme, acompanhamos o Dr. Heywood Floyd indo para a Lua, a fim de analisar uma descoberta misteriosa: o monólito negro, chamado de A.M.T.-1. Enquanto aguarda a viagem, no filme, Floyd utiliza um aparelho muito semelhante ao Skype para falar com a esposa. Quem atende é sua filha.

A cena profética de uma tecnologia que só foi inventada quase 50 anos depois não aparece no livro. Na verdade, no livro, Floyd tem três filhos, mas é viúvo.

Uma tecnologia profética que livro e filme acertaram é o tablet, sendo no livro chamado de Newspad. Durante a viagem, no livro, Floyd conecta seu Newspad (que tem o tamanho de uma folha de almaço) ao circuito da nave e tem acesso às últimas notícias da Terra. Já no filme, os astronautas na Discovery (David Bowman e Frank Poole) utilizam aparelho semelhante para assistir uma entrevista sobre a missão enquanto almoçam.

4 – Após Hal ser desligada, Bowman consegue manter contato com a Terra


Uma das partes mais emblemáticas da história é o momento em que Hal aparentemente ganha consciência. Ele mata os astronautas hibernados na Discovery e Poole, mas Bowman sobrevive e desliga a inteligência artificial que comandava a nave. A partir daí acontece uma mudança na narrativa entre filme e livro: no filme, Bowman segue em direção a Saturno sozinho e incomunicável.

Por outro lado, no livro, Bowman consegue enviar um reporte à Terra com informações do ocorrido. Quem recebe a mensagem é o próprio Dr. Heywood Floyd, que responde contando o verdadeiro propósito da viagem. Trata-se de outra diferença com relação ao filme, pois no longa-metragem a mensagem vem de uma gravação colocada dentro da Discovery acionada automaticamente após Bowman desligar Hal.

5 – A chegada de Bowman à Saturno é diferente... e o final é melhor explicado


Bowman viaja na Discovery em direção à Saturno (no livro) / Júpiter (no filme), encontra um monólito gigante (o livro o descreve com um quilômetro e meio de altura) e começa uma jornada surreal que termina em um quarto de hotel. Esse é o momento do filme que mais confunde os desavisados, pois tanto a viagem para dentro de Saturno quanto a chegada no quarto de hotel, aparentemente, não tem explicação.

No livro tudo fica mais claro. Ao entrar no portal, Bowman (em uma cápsula da Discovery) segue em uma viagem com menos psicodelia e momentos mais elucidatórios. O primeiro deles acontece quando passa em uma espécie de cemitério de naves, mostrando que outros planetas e civilizações também foram atraídos pelo monólito e chegaram ao mesmo local em que Bowman está. Em outro momento, Bowman vê um sol vermelho, o que demonstra estar em uma galáxia mais antiga que a nossa.

Ao chegar no quarto de hotel, o astronauta toma banho, liga a TV e, ao trocar os canais, vê uma série transmitida na Terra dois anos antes (exatamente quando Floyd chegou ao A.M.T.-1 na Lua). Na série, os personagens estão em um quarto idêntico ao dele. Assim, Bowman entende que tudo aquilo foi preparado para recepcioná-lo. Ao fim do dia (sim, ele fica apenas um dia no quarto. O fato de no filme ele envelhecer pode ser entendido como uma alusão à passagem diferente do tempo), ele evolui e se transforma em uma “Criança-estrela”.


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