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domingo, 13 de maio de 2018

Faleiro Carvalhaes e o livro “Os Insensatos”

Faleiro Carvalhaes - Foto divulgação
José Ricardo Faleiro Carvalhaes nasceu em 1964, em Belo Horizonte, onde sempre residiu. Foi militante político e participou do movimento estudantil no início dos anos 80, época da campanha das Diretas Já e da redemocratização do país. Formou-se em Ciências Sociais, pela UFMG, fez mestrado em Sociologia e tornou-se professor universitário, profissão que exerce há mais de vinte e cinco anos, tendo trabalhado em diversas faculdades, em cursos de graduação e pós-graduação. Iniciou sua atividade na literatura, como escritor de ficção, há pouco menos de dez anos. Antes disso, produziu também diversos textos didáticos, entre eles um livro de introdução à Ciência Política.  

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Faleiro Carvalhaes: Posso dizer que sou um escritor temporão, pois comecei a escrever ficção há mais ou menos dez anos, quando já contava mais de quarenta anos. Começou com um desafio que me propus: se eu era capaz de escrever um romance. Consegui, e então não parei mais. Escrevi quatro romances e um livro de contos. Meu primeiro romance publicado é Os Insensatos, pela Editora Giostri.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Os Insensatos”. Poderia comentar?

Faleiro Carvalhaes: Os Insensatos tem como tema a violência política. A ideia de escrever esse livro me ocorreu durante as manifestações de rua que aconteceram no Brasil, em 2013. No início foram manifestações pacíficas e muito espontâneas, convocadas nas redes sociais, sem lideranças de partidos ou movimentos organizados. Depois, tivemos as ações violentas dos chamados Black Blocks, e começaram a surgir também grupos defendendo a volta do regime militar. Esses acontecimentos me estimularam a pensar na violência como método de ação política, sua lógica e consequências. Resolvi então escrever uma história abordando este tema. A história se passa num país fictício e se desenvolve alternando passado e  presente. Um dos protagonistas é um jovem anarquista que, no tempo atual, promove manifestações políticas violentas, porque acredita que não há transformação social verdadeira por meios pacíficos. Seu tio, que ele não chegou a conhecer, foi, no passado, um preso político, durante um período de ditadura militar. Morreu sob tortura. O jovem conhece, na faculdade, uma moça que é filha de um dos maiores empresários do país. Eles se apaixonam e iniciam um romance. O problema é que o avô da moça ajudou a financiar os órgãos de repressão política na época do regime militar, repressão da qual o tio do rapaz foi vítima. A verdade sobre a ligação entre as duas famílias vai surgindo aos poucos, levando a um desfecho trágico. O livro aborda, portanto, o extremismo ideológico, e procura realçar a insensatez dos adeptos dessas ideologias.  

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?


Faleiro Carvalhaes: Conclui o livro em um ano. Não fiz uma pesquisa. A parte do enredo que trata do regime militar foi toda baseada no relato de presos políticos e ex-guerrilheiros brasileiros que sobreviveram à tortura e ao exílio. Sempre me interessei por este tema e tenho muitos livros com esses relatos. Posso dizer que sou um estudioso deste assunto desde muito antes de pensar em escrever meu livro.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Faleiro Carvalhaes: Há uma passagem em que a moça visita uma ocupação, uma favela, realidade que ela jamais conhecera in loco. Ela fica chocada com o que vê. Eu descrevo assim sua experiência:

“Os poucos minutos em que se encontra na Ocupação já são mais esclarecedores para Sofia do que tudo o que havia aprendido na escola sobre a realidade social do país. A situação dos desvalidos que ela vê nas ruas – mendigos imundos, adolescentes drogados, ou mesmo as famílias jogadas embaixo de pontes e viadutos, sem lugar para morar – não lhe era suficiente para que percebesse a real dimensão do problema: são milhares de favelas como aquela - muitas bem maiores até -, e ao contrário do que cansara de ouvir seu pai dizer a respeito dos moradores de rua – que eles vivem assim porque querem, já que há pela cidade diversos abrigos onde eles podem tomar um banho, fazer uma refeição decente e passar a noite -, ou dos preconceitos destilados por sua mãe - que desdenha da falta de higiene dos pobres -, ela se convence de que não vai ser por meio de caridade que se promoverá a redenção destas pessoas, e que elas não podem esperar resignadamente pelo desenvolvimento econômico do país - por décadas ou gerações – para alcançar uma vida minimamente digna. A visão de fora de uma favela ou de suas fímbrias não permite que se perceba a estreiteza claustrofóbica e opressiva de suas vielas, a promiscuidade e o devassamento resultantes do aglomerado desordenado de construções, e nem tampouco a mórbida intimidade de seus barracos; é preciso estar ali para se ter uma noção exata da tragédia social que ela evidencia, penetrar em suas entranhas, respirar seus odores, descobrir seus recônditos, perscrutar seus segredos. Por isso, todas as estatísticas sociais publicadas nos livros escolares que Sofia estudou e as diversas reportagens de televisão ou de revistas sobre a pobreza que ela viu não foram suficientes para produzir em sua consciência um décimo do impacto que ela sente estando ali, vendo de dentro, inalando o ar pútrido que se espraia em todas as direções e que gruda nas narinas feito gosma.”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre o seu trabalho?


Faleiro Carvalhaes: Pode entrar em contato direto comigo pelo e-mail jrcarvalhaes@gmail.com ou WhatsApp (31) 991038741, ou ainda no site da Editora Giostri: https://lojavirtual.giostrieditora.com.br/index.php. Também estou no Facebook e no Wordpress: faleirocarvalhaes.wordpress.com

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Faleiro Carvalhaes: Como disse, já escrevi outros três romances. Estou preparando mais um, o quinto. Tenho também um livro de contos. Espero continuar publicando.

Perguntas rápidas:

Um livro: Um é difícil. Mas vou ficar com Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.
Um (a) autor (a): Também é difícil, admiro muitos. Vou ficar com Dostoiévski
Um ator ou atriz: Adoro cinema e admiro muitos atores e atrizes. Para ficar com um contemporâneo, Ricardo Darín.
Um filme: Ladrões de Bicicleta, de Vitório de Sicca.
Um dia especial: Para ficar no âmbito da literatura, foi o dia em que tive em mãos meu livro publicado, no dia do lançamento: 16/03/2018.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Faleiro Carvalhaes: Apenas agradecer a oportunidade desta entrevista. Revistas como a de vocês são fundamentais para divulgar a literatura e o gosto pela leitura. Infelizmente, o Brasil não é um país de leitores. Esperemos que esta realidade mude nos próximos anos. Muito obrigado.
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