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sábado, 9 de junho de 2018

Giovanni Arceno e o livro Os buracos, por Sérgio Simka e Cida Simka

Giovanni Arceno - Crédito da foto: Bianca Vidália
Fale-nos sobre você.

De todas as perguntas esta é a mais difícil. Vai ser meio tonto, mas vamos lá: meu nome é Giovanni Arceno, tenho 24 anos e moro em Joinville, Santa Catarina. Leio e escrevo desde muito cedo, mas tive coragem e oportunidade de publicar um livro apenas no ano passado. Preciso entregar o TCC para me formar em jornalismo e, desde o início da faculdade, me vi obrigado a trabalhar com marketing pra ganhar dinheiro e subsidiar meu apartamento, carro e essas coisas. Por enquanto é isso, mas espero que logo seja muito mais.



ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seu livro.


Meu novo romance, Os Buracos, publicado pela e-galaxia, aborda um tema pouco examinado: o espetáculo das campanhas políticas. Pode parecer algo sem graça, mas acrescentei uma variável, que é o cenário de uma pequena cidade. Quem já viveu ou vive numa, como a que eu nasci, que possuía na época 10 mil habitantes, sabe como o pleito político municipal impacta toda a população, sua dinâmica, seu comércio, o relacionamento entre vizinhos. Em resumo, é uma guerra. No livro, um publicitário experiente de uma cidade vizinha, cosmopolita, é contratado por uma nota preta pelo PMDB da cidade de Maruma (cidade em que a história se passa) para conduzir a campanha política de seu candidato a prefeito. Mas, como eu já disse, muita coisa acontece, talvez absurdos para os mais desavisados, mas situações absolutamente comuns num lugar desses, abastado, que cria suas próprias regras. Muita coisa que aconteceu nas campanhas políticas da minha cidade, inclusive.

Fale-nos sobre o Leia Brasileiros. O que o motivou a desenvolvê-lo?

Ali em 2016 eu estava de olho em formatos digitais interessantes para produzir e compartilhar conteúdo. Vi, crescendo com toda a força, o formato newsletter – que já se pensava morto há uns 2 anos. As pessoas passaram a valorizar, naquele momento, a conversa particular, a conversa segmentada. Estava todo mundo perdido com a ansiedade informativa dos feeds das redes sociais. Foi quando pensei: por que não propor uma conversa qualificada sobre literatura? Depois disso bastou pensar em qual tipo de conteúdo eu iria compartilhar. Foi quando, em sequência, me veio de compartilhar literatura brasileira, depois a ideia de retirar barreiras de gênero literário e época, depois curar uma pílula de livros, de até 700 caracteres. E assim eu conduzo o projeto até hoje, de modo consistente, organizado e comprometido. É o que faz o Leia simples, prático e com um público cada vez mais engajado.

Fale-nos sobre seu processo de criação.


Eu penso muito e escrevo pouco. E escrevo rápido. Esta é uma falha, inclusive, que com a maturidade eu pretendo corrigir. Mas inegavelmente é esse o processo. Sempre sou cativado por assuntos pouco abordados. Parece-me que escrever sobre temas amplamente contemplados, principalmente metalinguagem, não é o tipo de coisa que quero pra mim como escritor. Ainda por cima, acredito que não sou capaz de acrescentar algo relevante ao que mestres da escrita já falaram tão bem sobre. Então me interessam temas e lugares pouco abordados. Vou anotando na mente situações, personagens e lugares que para mim são originais e então faço uma salada com tudo isso, tento traçar uma linha da ideia A à ideia Z e reunir tudo numa história só. Foi o caso do meu primeiro livro e principalmente de Os Buracos, onde falo sobre campanha política e tenho um grande personagem que trabalha como bananeiro. Não sei se sou um bom escritor, mas acredito que tenho boas ideias.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?

Como eu trabalho no ambiente digital há muito tempo, diria que sobretudo deve me procurar no Google. Ali é possível encontrar meu primeiro livro, o segundo, alguns contos soltos que eu conscientemente publiquei e me orgulho, além de artigos e do meu projeto Leia Brasileiros. A questão é: a pesquisa deste mês será diferente da pesquisa do próximo, pois sempre dou um jeito de lançar ou pensar em algo novo. Esta é uma forma de me sentir vivo e de que estou em direção a um caminho sólido na literatura. Essa recorrência pra mim é oxigênio.

Como analisa a questão da leitura no país?

Essa é uma questão que faz escritores se arrumarem na cadeira pra falar ou sair correndo e pular pela janela. Eu já fui o cara da cadeira, mas hoje sou o da janela. Mas enfim, me arrisco a dizer, brevemente, que lemos mais hoje do que em qualquer momento do Brasil. O que mudou profundamente, no entanto, foram a oferta de conteúdo - hoje diversificada e desestruturada, tem texto e nomes e opiniões por todas as partes sem um sumário claro - e nosso comportamento como leitor, já que prestamos atenção nas coisas durante menos tempo. Então acho que lemos mais, mas somos desorganizados. E somos desorganizados porque o conteúdo está desorganizado. Isso dá algumas pistas para o escritor de como coordenar um texto para atingir o leitor. Alguns autores meio que cagam pra como o leitor prefere a história, outros só produzem pensando nele [no leitor]. Eu não sei onde me encaixo. Não faço questão de saber, inclusive.

O que tem lido ultimamente?

Por conta do Leia Brasileiros, meu foco, nos últimos 2 anos, foi ler autoras e autores brasileiros dos mais variados gêneros e épocas. Sinto falta, claro, de ler algo de fora, principalmente dos movimentos literários contemporâneos japonês e europeu. Para dizer que não dou uma escapada, a cada 4 brasileiros eu meto 1 latino-americano no meio. Por exemplo, no momento estou lendo os livros de três autoras brasileiras: ‘As meninas’, da Lygia Fagundes Telles; 'A verdadeira história do alfabeto', da Noemi Jaffe; e 'Nada a dizer', da Elvira Vigna. No meu carrinho de compra na Amazon, no entanto, tem Rodrigo Hasbún e Rodrigo Rey Rosa, dois latinos.

Quais os seus próximos projetos?

Meu projeto de vida é achar uma carreira financeiramente sustentável dentro da literatura. Mas para próximas investidas, digamos, eu não penso em fazer nada como o Leia Brasileiros. Afinal, a plataforma é sobretudo uma maneira de me apresentar como pessoa-literária. Então virá algo nessa esteira, de fortalecer o meu trabalho como escritor, e não necessariamente de oferecer conteúdo literário variado a um público. Penso também em flertar com outras linguagens artísticas, como o cinema, o teatro e os quadrinhos. Eu tenho alguma coisa já trabalhada em cada uma delas, falta só eu decidir onde e como vou colocar energia nisso. Afinal, consumindo conteúdo eu consigo dar atenção para duas mil coisas, mas produzindo geralmente foco em apenas uma.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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