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sábado, 19 de novembro de 2022

"As crônicas de Maslow", por Rafael Caputo

 

As Crônicas de Maslow

Rafael Caputo


A primeira coisa que vi ao acordar foi a temperatura na tela do celular: menos um grau. Um verdadeiro milagre! Muitos teriam preguiça em sair da cama, mas não eu. Pulei de pronto. Corri para a janela do apartamento em busca de um vislumbre matinal. Lá estava ela: a geada mais do que esperada. Já não era sem tempo! Agora sim, sinto-me TOTALMENTE realizado. Tenho sorte em morar no oitavo andar do prédio e em frente a um enorme terreno baldio. A branquidão dessa época do ano, enfim, irá preencher meus stories nas redes sociais. Chega da hashtag #thewinteriscoming. “The Winter” chegou com tudo.

Devo ter algum defeito de fábrica, só pode! Apesar de carioca, amo o frio. Talvez, seja por isso que me mudei para Curitiba. Isso já faz algum tempo. Vim com a desculpa de uma oportunidade de trabalho e por aqui fiquei. Entra ano e sai ano, espero ansioso por essa que é, sem dúvida, a melhor das quatro estações.

Alguns acreditam que tudo fica mais chique. Concordo com eles! É hora de vestir a jaqueta de couro, o cachecol, o sobretudo... e sair pelas ruas da cidade cosmopolita atrás de um belo quentão, um cappuccino ou um chimarrão. Este último, influência dos primos gaúchos.

Eu, particularmente, confesso que prefiro o frio por um motivo bem diferente. Ele reforça o fato de que estamos, realmente, vivos. É engraçado, eu sei! A verdade é que a sensação térmica negativa me remete a nossos ancestrais; e como professor de Administração, também não posso deixar de associar tal sentimento à famosa Pirâmide de Maslow, teoria motivacional que tenta explicar o comportamento humano.

Na base da pirâmide, por exemplo, estão as nossas necessidades básicas ou fisiológicas. No frio, temos fome várias vezes ao dia. Para que possamos sobreviver, é preciso “caçar” e estocar alimentos. Satisfeita essa vontade, buscamos maior proteção ao passarmos mais tempo dentro de casa, nossa caverna da era moderna – a segunda necessidade a ser suprida.

Subindo mais um nível na chamada “Hierarquia das Necessidades”, nos deparamos – justamente – com a carência latente do ser humano em se socializar. Precisamos aquecer nossos corpos (e nossos corações) com a presença do outro. Seja com nosso companheiro ou companheira, ou ainda com nossos amigos. Em pleno século vinte e um, substituímos o compartilhar da carne de caça em volta da fogueira por uma reunião ao redor da lareira da sala, com um pedaço de pizza na mão e uma taça de vinho na outra. Inclusive, essa é uma ótima ideia para hoje à noite.

Também é no inverno que percebemos nossa fragilidade como seres humanos e, ao mesmo tempo, podemos nos vangloriar de nossa extrema capacidade de adaptação, responsável por nos trazer até aqui. Quase um paradoxo. Passamos a ser mais solidários: doamos cobertores, nos apresentamos como voluntários para distribuir sopa nas praças etc. De algum jeito, tentamos fazer a diferença em nossa sociedade. Nos importamos com o próximo. Algo me diz que Maslow previu tamanha necessidade como sendo de “estima”, uma das últimas que aparecem em seu diagrama em forma de triângulo.

No topo da pirâmide, por sua vez, a realização pessoal (ou a autorrealização). Para uns, uma utopia – algo impossível de ser alcançado. De acordo com esses pessimistas: nós, seres-humanos, seríamos incapazes de nos aquietarmos com a satisfação plena. Quanta bobagem! Eles acham isso porque não viram as minhas últimas postagens. Concordo mais com os pensamentos da falecida Carmem da Silva, uma colega literária que certa vez, em sua coluna na famosa revista Cláudia, autointitulou-se Nossa Senhora dos Milagres. Maslow estava certo, nunca me senti tão feliz! Isso sim é um milagre de verdade. Abracadabra!

Dias depois, entretanto, entediado com a paisagem vizinha pela janela do apartamento, levemente esbranquiçada, questiono-me: “O que é uma simples geada em comparação à neve de fato?”. A conclusão é inevitável: acho que é hora de mudar novamente. Canadá, aí vou eu!

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Crônica selecionada no II Concurso Literário Carmen da Silva, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG, em parceria com o Instituto de Letras e Artes - ILA e Instituto Federal do Rio Grande do Sul - IFRS.


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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Editora paulista chega aos 1.000 títulos publicados e se destaca nas principais premiações literárias do país

 


A Penalux acaba de alcançar a marca de 1.000 títulos publicados. 

Fundada em 2012 pelos autores Tonho França e Wilson Gorj, a editora com foco em literatura nacional contemporânea vem se projetando progressivamente no mercado editorial. Além de publicações representativas, de autores premiados e renomados, a Penalux tem atraído a atenção por conta de sua boa atuação nos prêmios dedicados à Literatura. Com títulos inscritos nos principais concursos, a casa editorial comandada por França e Gorj tem obtido boas atuações em 2020, emplacando seus livros nos principais certames do meio literário. 

Boas novas no primeiro semestre

Logo no começo do ano, a Penalux festejou a boa nova vinda de Portugal: o livro “A depressão tem sete andares e um elevador”, da paulistana Isabela Sanches, ficou entre os finalistas do Prêmio Glória de Sant’Anna 2020, afamada premiação internacional destinada a livros de poesia. 

Depois, foi a vez do livro “Casa de boneca para elefantes”, coletânea poética da autora Patrícia Porto (RJ), entrar na relação dos semifinalistas do maior prêmio de Língua Portuguesa, o Oceanos, aberto a participações de editoras do Brasil, Portugal, Moçambique, Angola e de outras nações lusófonas (neste ano concorreram mais de 1872 obras, inscritas por 450 editoras, tendo participações vindas de 10 países). Vale frisar que é o terceiro ano seguido que a Penalux coloca um dos seus títulos entre os semifinalistas. 

Mais prêmios 

Passado o primeiro semestre, os destaques nas premiações continuaram acontecendo. 

O livro “Toda a janela é um tipo de saída”, da poeta Marina Rima (SP), venceu a fase semifinal do Prêmio Guarulhos de Literatura e disputa agora entre os finalistas o prêmio de Escritor do Ano, cujo resultado deve sair em breve. 

O livro “Canto escuro”, romance do escritor Daniel Barros (DF), também se destacou em 2020. Foi finalista do International Latino Book Awards, na categoria literatura ficção em língua portuguesa. Em tempo: tal feito colocou o autor em evidência, fazendo com que ele participasse em matérias de grandes veículos de comunicação, como as TV’s Record, SBT e Globo. 

O livro “Apenas por nós choramos”, da autora Anna Mariano (RS), também se tornou finalista e disputa a posição de melhor Livro do Ano, categoria Poesia, no Prêmio AGES 2020.

Surpresa também no Prêmio Literário Cidade de Manaus. Sandra Godinho e Myriam Scotti (AM), autoras da Penalux, consagraram-se vencedoras com os romances “Tocaia do Norte” (Sandra), categoria nacional – obra recentemente publicada pela editora –, e “Terra úmida” (Myriam), categoria regional, romance que em breve também será publicado pela mesma casa editorial.

Enfim, 1000 títulos! E mais um prêmio!

Chegou outubro e, junto com a expectativa de mais prêmios, veio outra boa notícia: a editora alcançou a marca de mil títulos publicados. 

E não parou por aí. 

A Penalux conseguiu habilitar no Prêmio Biblioteca Nacional mais de 30 obras que concorrerão à fase classificatória, cujo resultado será comunicado em novembro. 

Também em outubro chegou a notícia de que o livro de crônicas “Leque aberto”, da escritora Raquel Naveira (MS), foi vencedor do Prêmio Mário de Andrade pela UBE/RJ. 

Mas a surpresa maior ainda estava por vir. 

O mais disputado prêmio literário do país

Semana passada foi divulgada a lista dos finalistas do prêmio literário mais tradicional do país: o Jabuti. 

A Penalux teve três obras entre os finalistas: duas de poesia e um romance (na categoria entretenimento). São eles: “Vida aberta: tratado poético-filosófico”, poesia, do autor Waldemar José Solha (PB); “Poemas de última geração”, do autor Samuel Marinho (MA); e o romance “Olhos bruxos”, do escritor Eliezer Moreira (RJ). É também o terceiro ano consecutivo que a editora aparece entre os finalistas do prêmio. 

O que vem pela frente

Ainda faltam sair mais resultados, tanto desses prêmios já citados quanto de outros, como o Prêmio São Paulo de Literatura, no qual a editora também já conseguiu colocar um finalista em 2018. 

Apesar de ser um ano difícil sob vários aspectos, 2020 reservou para Penalux mais destaque e credibilidade ao trabalho desenvolvido por sua equipe e seus autores. 

É esperado que a editora encerre o cronograma deste ano com quase 180 obras publicadas. Conforme relatado pelos editores, a equipe segue já trabalhando nos títulos que serão lançados em 2021. Quiçá, ganhadores de mais prêmios. Ficaremos na torcida. 

Por Carlos Mancur Saldanha, redator.


Fontes:

https://gloriadesantanna.files.wordpress.com/2020/04/listafinal2020-fotosautores.png

https://www.publishnews.com.br/materias/2020/08/26/oceanos-anuncia-seus-semifinalistas-de-2020

https://www.clickguarulhos.com.br/2020/10/12/veja-quem-sao-os-finalistas-do-premio-guarulhos-de-literatura/

https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2020/08/4870112-policial-civil-do-df-e-finalista-em-premio-americano-de-literatura.html

[vídeos: SBT: https://youtu.be/YCVCNIphpdQ | Globo: https://youtu.be/TUkFUQnGDcg | Record: https://youtu.be/VVmKCLeT9aQ?list=PLlKfXFBM4nBj_BORmEL78PH3bEtKCvDdl ]

https://literaturars.com.br/2020/09/29/saiba-quem-sao-os-finalistas-do-premio-ages-2020/

[p. 18]: 

http://dom.manaus.am.gov.br/pdf/2020/outubro/DOM%204948%2016.10.2020%20CAD%201.pdf 

https://www.bn.gov.br/acontece/noticias/2020/10/fundacao-biblioteca-nacional-divulga-resultado-final

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=390407252137364&set=a.103276610850431&type=3&theater

https://www.premiojabuti.com.br/finalistas/

* O título da matéria faz referência ao famoso poema de Castro Alves: Oh! Bendito o que semeia / Livros à mão cheia

/ E manda o povo pensar! / O livro, caindo n'alma / É germe – que faz a palma, / É chuva – que faz o mar!











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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

4ª edição do Prêmio Kindle de Literatura abriu inscrições

Autores independentes podem publicar obras inéditas até o dia 15 de outubro para participar

Foram abertas as inscrições para a 4ª edição do Prêmio Kindle de Literatura. O prêmio é uma parceria entre a Amazon.com.br e a Nova Fronteira para reconhecer o trabalho de autores independentes e já atraiu mais de 4.500 novos livros publicados nas edições anteriores, todos lançados pela ferramenta de autopublicação da Amazon, o Kindle Direct Publishing (KDP). O vencedor receberá um prêmio em dinheiro de R$ 30.000,00 e um contrato para a versão impressa do livro pela Editora Nova Fronteira. Nesta edição, os finalistas do Prêmio também concorrerão com finalistas dos outros prêmios literários da Amazon de todo o mundo por uma chance de assinar um contrato de opção de produção audiovisual com a Amazon Prime Video.

Para participar do Prêmio Kindle de Literatura, autores podem publicar suas obras no KDP da Amazon (http://kdp.amazon.com.br) até 15 de outubro de 2019. Os autores devem colocar o termo PremioKindle no campo de palavras-chave durante o processo de publicação e registrar os livros sob a categoria Ficção. Os títulos enviados precisam ser romances originais em português, não publicados anteriormente, à venda exclusivamente na Amazon durante o período da premiação, precisando estar inscritos no programa KDP Select. Os termos e condições do Prêmio Kindle de Literatura podem ser acessados em amazon.com.br/premiokindle.

“Com as inscrições abertas, começamos agora uma competição cultural diferente. É uma disputa salutar, em que todos os participantes poderão desde já oferecer seus livros a leitores em todo o mundo, independente do resultado do prêmio”, diz Alexandre Munhoz, Country Manager para Kindle na Amazon do Brasil. “Este ano há a possibilidade de concorrer a mais de um prêmio. Autores que forem finalistas de prêmios literários da Amazon no mundo todo concorrerão também a um contrato de opção com a Amazon Prime Video com adiantamento de US$10.000,00. Este contrato dará a oportunidade do livro ser transformado em uma obra áudio visual produzida pela Amazon e disponibilizada no Prime Video”.

O KDP é uma forma simples e gratuita de escritores e editoras publicarem seus livros por conta própria e disponibilizarem para venda a leitores ao redor do mundo. Com a autopublicação pelo KDP, os autores têm total controle do processo, do design da capa até a definição do preço e podem receber até 70% de royalties. Todos os romances inscritos no prêmio são disponibilizados na Loja Kindle, além de estarem disponíveis para assinantes do Kindle Unlimited. Os eBooks Kindle podem ser adquiridos e lidos com o aplicativo gratuito Kindle para computadores, tablets e smartphones Android ou iOS, além de e-readers Kindle.


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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Concurso Nacional Novos Poetas. Prêmio Poesia Livre 2019


Podem participar do concurso todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos. Cada candidato pode inscrever-se com até dois poemas de sua autoria, com texto em língua portuguesa.

O tema é livre, assim como o gênero lírico escolhido. Serão 250 poemas classificados. A classificação dos poemas resultará no livro, Poesia Livre 2019. Antologia Poética. O certame está entre os mais destacados concursos literários da língua portuguesa. A licença poética em pleno exercício, através do ineditismo da nova poesia em sua forma e conteúdo.

A poesia contemporânea egressa do cotidiano, merecedora das condições de permanência entre o que há de melhor no patrimônio literário brasileiro. O concurso literário é uma importante iniciativa de produção e distribuição cultural, alcançando o grande público, escolas e faculdades.

Inscrições gratuitas
De 05 de dezembro de 2018 a 05 de abril de 2019 pelo site: www.poesialivre.com.br

Para o esclarecimento de dúvidas, reclamações e sugestões, escreva para o endereço da Vivara Editora Nacional, atendimentotelefone@vivaraeditora.com.br

Realização: Vivara Editora Nacional
Apoio Cultural: Revista Universidade
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Prêmio Cepe Nacional de Literatura divulga vencedores

Stephanie Borges - Vencedora na categoria poesia (Foto divulgação)
Concursos destacam melhores trabalhos em Romance, Poesia, além de Infantojuvenil

Foram divulgados nesta quarta-feira (12) os ganhadores do IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura e do I Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Juvenil. Cada um dos certames teve dois ganhadores, assegurando premiações no valor de R$ 20 mil para as categorias Romance e Poesia e de R$ 10 mil para as categorias Infantil e Juvenil. O português naturalizado brasileiro Pedro Veludo foi o vencedor na categoria Romance com o livro O filho das viúvas, enquanto a carioca Stephanie Caroline da Silveira Borges arrebatou o primeiro lugar em Poesia com o seu livro de estreia Talvez precisemos de um nome para isso. O pernambucano Helder Herik Cavalcanti Soares, de Garanhuns, foi destaque no Infantil com a obra Criançaria e o paraibano Gael Rodrigues levou o Juvenil com o título A menina que engoliu o céu estrelado.

Hélder Herik - Vencedor na categoria Infantil (Foto divulgação)
Com 24 livros publicados, Pedro Veludo, 72 anos, já acumula alguns prêmios no currículo, como o segundo lugar na categoria Infantil do Prêmio Jabuti 2014, pelo título Da guerra dos mares e das areias: fábula sobre as marés (Editora Quatro Cantos). Já havia inscrito trabalhos em edições anteriores do Cepe Nacional de Literatura, sendo estreante como vencedor. “Acho que prêmios como esse são atualmente o maior incentivo a quem começa e uma excelente divulgação do trabalho de quem escreve”, declara Pedro, que viveu 30 anos no Brasil antes de retornar a Portugal.

Pedro Veludo - vencedor na categoria Romance - (Foto divulgação)
Em O filho das viúvas, Pedro segue a linha do realismo mágico para contar a história tragicômica de Catrônfilo, morador de Cabra Cega, onde não somente o protagonista tem nome esdrúxulo, mas também suas quatro ‘mães’ Fedúncia, Miraldina, Brandiete e Maria Mais Para Mais Que Para Menos. Inspirado na simplicidade do povo sul-americano, com o qual conviveu graças à profissão de engenheiro, Pedro cria diversos enredos que se entrelaçam. Caso das desavenças entre Dona Fedúncia e Dona Freamundina; e do falso padre Bonomínio, que não sabia rezar missa, muito menos sabia o significado da palavra meridiano.

Vencedora na categoria Poesia, a jornalista e tradutora carioca Stephanie Borges faz, em seu livro Talvez precisemos de um nome para isso, uma busca por figuras, pessoas e situações que traduzam o que ainda não tem nome e mergulha no tema do emponderamento feminino negro. “Muitas coisas vividas pelas mulheres negras não têm nome, não são traduzidas em uma palavra e dificultam o debate do assunto”, explica. O poema perpassa por narrativas sagradas, lembranças bucólicas, trechos de músicas e críticas ao que chama de “eufemismo do mercado”. O fio condutor, entretanto, é a (auto)análise do que pensa a menina e a mulher negra, como se expressa, como vê e como é vista. O poema será a sua primeira obra publicada.

Gilmar Rodrigues - (Foto divulgação)
Infantojuvenil - A primeira edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Juvenil destacou trabalhos de dois jovens escritores nordestinos. Gael Rodrigues, paraibano da cidade de Itabaiana e atualmente morando em São Paulo, foi o grande vencedor na categoria Juvenil com A Menina que engoliu um céu estrelado – seu primeiro livro voltado para o público leitor mais jovem. Usando elementos que remetem ao Nordeste, Gael conta a história da menina Jurema, que depois de ter engolido acidentalmente a lua e o céu estrelado, parte rumo à Capital, ao lado do melhor amigo, o bode Damião, em busca do pai para solucionar o grande impasse. No caminho, personagens fantásticos, aventuras e muita carga emocional, trabalham conceitos e valores, como amizade, o egoísmo, a ganância, o amor.

Com 32 anos de idade, Gael Rodrigues foi vencedor do Prêmio Literário da Fundação Cultural do Pará 2017 com o romance Terra Laranja e finalista do Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil.

Já na categoria infantil, o pernambucano Helder Herik Cavalcanti Soares ganhou com o título Criançaria. O autor explora a liberdade criativa do universo infantil, em que tudo é possível, inclusive um sapo latir ou uma aranha palitar os dentes com suas patas de graveto. Ao escrever, o professor de Literatura do Ensino Médio não teve a preocupação de limitar a idade para a qual sua narrativa se dirigia. Helder partiu do princípio que as crianças têm capacidade de compreensão muito além do óbvio, para acompanhar as viagens de Dário e seus bichos, como as letras que saem dos livros, tal qual um formigueiro.

Nascido em 1979, Helder usou como pseudônimo uma personagem de Gabriel Garcia Marques, de Cem anos de solidão, Rebeca Buendia. Não à toa escolheu uma referência do realismo fantástico de Gabo. Helder já publicou pela Cepe o título Rinoceronte Dromedário, vencedor regional (Agreste) do II Prêmio Pernambuco de Literatura, em 2015.

A Cepe recebeu 1.116 inscrições efetivas de todo o país, além de brasileiros residentes no exterior e estrangeiros naturalizados brasileiros. Desse total, 623 foram destinadas ao IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura; e 493 ao I Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil.

A comissão julgadora da edição do Nacional de Literatura Infantil e Juvenil foi formada pelo escritor e ilustrador Walther Moreira Santos; pelo professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Hugo Monteiro; e pela escritora e jornalista Januária Cristina Alves. Já o IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura contou com uma comissão de pré-seleção (local) formada pelo jornalista Felipe Torres, pelo poeta e ensaísta Delmo Montenegro e pela poeta Priscilla Campos. A comissão final de premiação foi composta pela escritora e historiadora Micheliny Verunschk, pela poeta e jornalista Angélica Freitas e pelo poeta e editor Joca Reiners Terron.

Para o presidente da Companhia Editora de Pernambuco, jornalista Ricardo Leitão, com os prêmios nacionais a Cepe se consolida no mercado editoral brasileiro como importante indutora da cultura, assegurando espaço para escritores já em atividade e revelando novos talentos.
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sábado, 28 de abril de 2018

5º Prêmio Pernambuco de Literatura lança livros vencedores

A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), a Secretaria de Cultura do Estado e a Fundarpe lançam na próxima quinta-feira (26), às 19h, no Museu do Estado, os cinco livros vencedores do 5º Prêmio Pernambuco de Literatura. O certame, cujos nomes vencedores foram anunciados em outubro do ano passado, consagra os trabalhos dos escritores Amâncio Siqueira (Nem tudo cabe na paisagem, Contos), Enoo Miranda (Chã, Poesia), Ezter Liu (Das tripas coração, Contos), Fred Caju (Nada consta, Poesia) e de Walter Cavalcanti Costa (O velocista, Romance).

Além das obras editadas pela Cepe, os vencedores do Prêmio, que tem como objetivo o fortalecimento da produção literária pernambucana, foram agraciados com uma premiação no valor total de R$ 40 mil O resultado alcançado nesta edição revela a diversidade criativa dos nossos produtores: uma reunião de contos sobre viagens e descobertas; um romance-livro de memórias do protagonista; um poemário que joga luz sobre o fazer criativo do poeta; uma narrativa que mergulha nas pequenas tragédias cotidianas do homem e, ainda, um conjunto de histórias que evidenciam as diversas facetas do feminino, integram a mais recente coleção da Cepe. "Promover o livro e a leitura estão entre as principais missões institucionais da empresa e fazemos isso com mais entusiasmo ao editarmos trabalhos com a qualidade encontrada entre os que venceram o 5º Prêmio Pernambuco de Literatura", destaca o presidente da Cepe, Ricardo Leitão.

A presidente da Fundarpe, Márcia Souto, também comemora. "Este é um momento muito importante para todos nós que lutamos por mais visibilidade para a literatura pernambucana e para ampliação do acesso ao livro e à leitura no Estado", assegura a gestora. Além da premiação em dinheiro e a tiragem de mil exemplares de cada obra, o Prêmio garante a distribuição dos livros em escolas públicas estaduais e a participação dos escritores em rodas de diálogo de eventos, como o Festival de Inverno de Garanhuns e de projetos como o Outras Palavras.

Obras vendedoras
Primeira mulher a receber o maior reconhecimento em uma edição do Prêmio, a escritora recifense Ezter Liu apresenta o livro de contos Das tripas coração, que reúne 18 contos que têm em comum a temática feminina, mas com narrativas que apontam para panoramas diversos.

Nada consta é nono livro de poemas de Fred Caju. Um poemário sobre o próprio poemário, luzes sobre processos criativos do escritor.

pediram a cabeça
do poeta incendiário
chega de badvibes
foi o que disseram
após a decapitação
o cheiro de pólvora
ficou com cheirinho
de morango e não
se ouviu nunca mais
nenhuma explosão
nasceram arco-íris
longe das chuvas
e nenhum poema
precisa mais existir

Em Chã, Enoo Miranda evoca pequenas tragédias cotidianas que assolam o homem do nosso tempo, ora recordando e hábitos do trabalho no meio rural, ora realçando conflitos internos ou típicos da vida nos grandes centros urbanos em seus poemas.

Viagem e descoberta são os motes que dão unidade aos contos de Nem tudo cabe na paisagem, de Amâncio Siqueira, que lança uma luz diferente sobre situações cotidianas, expondo seu teor dramático nos recortes apresentados, muitas vezes flertando com o cômico, em seu texto direto.

No percurso do romance O Velocista, Walter Cavalcanti Costa navega pela experimentação formal e procura mostrar suas influências em quatro epígrafes: o futurismo europeu, o modernismo brasileiro, o concretismo brasileiro e a teoria literária. Com linguagem telegráfica, a obra é também um livro de memórias do protagonista, o astronauta Jô Tadeu.

Mais sobre os escritores
Ezter Liu nasceu no Recife, mas mora em Carpina desde criança. Graduada em Letras, escritora de prosa e poesia, desde o ano de 2005 tem seus textos publicados em várias coletâneas na região e no estado. Em 2015, pela Porta Aberta Editora Independente, lançou seu primeiro livro solo:Vermelho alcalino (poemas).

Fred Caju é autor de Arremessos de um dado viciado, As tripas de Francis Conceição por ela mesma, Paisagens sépias, Intervalo aberto,Estilhaços, Transpassar: poemas de atravessamento, O revide das pequenas maldades e Permanência. Também é editor, artesão do livro e livreiro nômade da Castanha Mecânica

Enoo Miranda é escritor, coordenador do Cineclube Tela da Mata, professor licenciado em Letras pela Universidade de Pernambuco, campus Mata Norte, situado em Nazaré da Mata, município onde reside e trabalha. Entre suas publicações encontram-se textos em antologias, como Inquebrável: Estelita para cima (Mariposa Cartonera, 2014), a coletânea 1 (Publique-se!, Livrinho de Papel Finíssimo, 2015), e o livro solo Papel de pegar mosca(Porta Aberta, 2016). Atualmente se dedica à criação do selo Vão! Edições e Publicações Independentes.

Amâncio Siqueira nasceu em Afogados da Ingazeira e mora em Garanhuns. Aficionado por livros, acalenta a ilusão de que existem aqueles que ainda não foram escritos e tenta escrevê-los. Entre tais tentativas, teve publicada a novela Quebra Cabeças, em 2014.

Walter Cavalcanti Costa é doutorando em Teoria da Literatura (PPGL/UFPE). A maior parte de sua formação foi realizada na UPE/Mata Norte, com graduação em Licenciatura em Letras, especialização lato sensu em Literatura Brasileira e Mestrado Profissional em Educação (PPGE/UPE). Recifense, nascido em 1989, é professor rede pública de ensino de Pernambuco. Na escrita, realizou publicações acadêmicas em revistas científicas. Publicou Entressafra 89 (2011), livro de poemas e contos que também ganhou curta-metragem, e Marlinda: em diálogo de amor às suas cidades (2017), livro infantojuvenil incentivado pelo Funcultura, em parceria com Milca de Paula.

SERVIÇO
Lançamento dos livros vencedores do 5º Prêmio Pernambuco de Literatura

Data: 26.04.18, quinta-feira
Horário: 19h
Local: Museu do Estado
Endereço: Avenida Rui Barbosa, 960 - Graças
Valor dos livros: R$ 20,00 (cada)   
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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Instituto Pró-Livro apresenta os vencedores da 2ª edição do Prêmio IPL - Retratos da Leitura

Premiação teve Mauricio de Sousa como patrono e reuniu vencedores e representantes das entidades do livro

O Instituto Pró-Livro’ (www.prolivro.org.br) criado pelas entidades do livro – ABRELIVROS, Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), homenageou os 12 vencedores da 2ª edição do Prêmio IPL - Retratos da Leitura. A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira, dia 04 de dezembro, às19h, no Unibes Cultural, em São Paulo, e contou com a presença de convidados do mercado editorial, do patrono do prêmio deste ano, Maurício de Sousa, do Secretário da Cultura do Município de SP, André Sturm e do Secretário da Economia da Cultura, Mansur Bassit.

Lançado desde 2016, pelo Instituto Pró-Livro’ - IPL, o prêmio tem como objetivo reconhecer e homenagear organizações que desenvolvem práticas de fomento à leitura e, deste modo, promover e difundir experiências para que ganhem amplitude e investimentos, orientem políticas públicas e inspirem outras iniciativas pelo Brasil. Estas iniciativas foram todas mapeadas através da Plataforma Pró-Livro (www.plataformaprolivro.org.br) que reúne informações destas práticas ao redor do país e, incentiva a troca de experiências. 

Como patrono do Prêmio, o pai da turma da Mônica, Mauricio de Sousa, apresentou a primeira de uma série de peças publicitárias que circularão na mídia, ao longo de 2018, com mensagens alusivas ao poder transformador da leitura. “O Mauricio de Sousa é membro da Academia Paulista de Letras, seus personagens recheiam as páginas de muitos livros no país, e mesmo seus gibis se atualizam às mudanças que acontecem na sociedade constantemente”, diz Luís Antonio Torelli, presidente do Instituto Pró-Livro’. “Ele é um ícone quando se fala de leitura por prazer e, é uma honra tê-lo como o patrono de tão importante prêmio”, acrescenta.

Os premiados desta segunda edição foram:

Cadeia produtiva
A Literatura no Cárcere – A formação do eu – Giostri Editora LTDA - São Paulo/SP;
Programa de leitura Adote um Escritor - Câmara Rio-Grandense do Livro - Porto Alegre/RS;
Carrinho de livros – Solisluna Design Editora - Lauro de Freitas/BA.

Organizações Sociais Civis
Tô na rede Pará - Instituto de Políticas Relacionais - São Paulo/SP;
Passaporte para o futuro - Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais / Banco de Livros - Porto Alegre/RS; 
Projeto Círculos de leitura - Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial- São Paulo/SP.

Bibliotecas
Programa Prazer em ler - RNBC - Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias- Salvador/BA;
Ler é legal – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – Brasília/ DF; 
Leitores e mediadores em ação – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – Juiz de Fora/ MG.

Mídia
A menina que indica livros – São Paulo/ SP;
Quarta Capa - PUC TV Minas - Belo Horizonte/MG;
Blog do Galeno - Instituto Ideall - Ribeirão Preto/SP.

Os representantes das entidades vencedoras foram contemplados com troféu e selo (impresso e virtual) de participação. Os demais finalistas foram homenageados com o selo de participação. Os premiados passaram por um criterioso processo de avaliação. Primeiramente a comissão avaliadora, composta por especialistas da área, analisou se os projetos cadastrados atendiam aos critérios do prêmio e, num segundo momento, os jurados, compostos por Luiz A. Torelli - presidente IPL e CBL, Marcos da Veiga Pereira – presidente do SNEL; Mansur Bassit – Secretario de Economia Criativa, responsável pela Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, do Ministério da Cultura; Angela Dannemman - Fundação Itaú Social (premiada na 1ª edição) e Claufe Rodrigues - Globo News Literatura (premiado na 1ª edição), selecionaram os premiados dentre os finalistas.

As entidades do livro, mantenedores do IPL, também entregaram menção honrosa ao Instituto C&A, pelos dez anos de promoção do fomento a leitura, com o programa Prazer em ler; ao portal Publishnews, por ser a principal fonte de informação para e sobre o mercado editorial, a cadeia produtiva do livro e o mundo da leitura e para a Fundação Dorina Nowill para cegos, pelos 70 anos de contribuição à inclusão social pela leitura de pessoas com deficiência visual. Nesta homenagem, o IPL antecipou a criação de uma quinta categoria para a terceira edição do Prêmio, em 2018, – a de organizações que promovem a leitura inclusiva. 

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terça-feira, 31 de maio de 2016

Raduan Nassar é o 12º brasileiro a vencer o Prêmio Camões

Raduan Nassar - Foto Divulgação
A Secretaria de Estado de Cultura de Portugal anunciou ontem (30/05) o escritor brasileiro Raduan Nassar como vencedor do Prêmio Camões 2016. O autor de Um Copo de Cólera, Lavoura Arcaica e Menina a Caminho foi o 12º escritor brasileiro a ganhar o prêmio, um dos mais importantes da literatura em língua portuguesa.

Descendente de libaneses, Nassar nasceu no município paulista de Pindorama em 1935. Ele estudou letras, direito e filosofia na Universidade e São Paulo. A Secretaria de Cultura de Portugal descreve sua obra como "de intervenção, promovendo uma consciência política e social contra o autoritarismo".

A estreia de Nassar na literatura foi em 1975, com o lançamento do romance Lavoura Arcaica, que mais tarde teve uma versão cinematográfica. Em 1978, foi publicado Um Copo de Cólera, que também foi adaptado para o cinema. Em 1997, o escritor publicou a coletânea de contos Menina a Caminho.

Raduan Nassar tem sua obra publicada no  Brasil pela Companhia das Letras. Com uma tradução de Um Copo de Cólera pela editora Penguin Books, no Reino Unido, o autor integrou este ano a lista de classificados para concorrer ao Prêmio Internacional Man Booker.

Sobre o prêmio


Instituído por Portugal e pelo Brasil, o Prêmio Camões está na 28ª edição. Concedida anualmente a um escritor de língua portuguesa cuja obra tenha contribuído para a projeção e reconhecimento da língua em todo o mundo, o prêmio é de 100 mil euros.

A lista de brasileiros premiados, que começou com João Cabral de Melo Neto (1990), inclui ainda Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antonio Cândido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012) e Alberto da Costa e Silva (2014). No ano passado, prêmio foi entregue à romancista e poetisa portuguesa Hélia Correia.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

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