Fale-nos sobre você.
Meu nome é Léo Pereira de Almeida, nasci na cidade de Veredinha no Alto do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Tenho 23 anos de idade. Sou músico nas horas vagas e amante dos animais. Sempre fui apaixonado pelo mundo da ficção fantástica e do terror, paixão esta fruto dos videogames, filmes e séries que estão presentes em minha vida desde bem novo, sendo minha maior inspiração J. R. R. Tolkien e suas obras mirabolantes. Atualmente faço graduação no curso de Zootecnia pela UFVJM, e divido meu tempo entre os estudos e a vida geek literária.
ENTREVISTA:
Sobre seu livro, o que motivou a escrevê-lo?
Comecei a escrever Sussurros em Paraíso no início da pandemia, onde encontrei maior tempo para investir em mim e em meus projetos. Naquela época eu escrevia os capítulos apenas com intenção de entreter um grupo de amigos leitores. Quando a história de Ethan chegou a um certo ponto eu pensei: “Isso tem o potencial de virar um bom livro, quem sabe até mesmo um filme”. As coisas então se intensificaram, Sussurros em Paraíso levou cerca de um ano para ser escrito. Quando surgiu a oportunidade, o publiquei pela maravilhosa Editora Alarde.
Minhas maiores inspirações para a escrita da obra foram duas sagas de terror psicológico que acompanho desde criança, sendo elas Resident Evil e Silent Hill. Tanto nos jogos quanto nos filmes, estas sagas conseguem te transportar para a pele de um personagem que se vê obrigado a enfrentar diversos horrores para sobreviver, seja por meio de pistas, quebra-cabeças etc. Ele se depara com monstros e os enfrenta, atravessa cenários e adquire objetos/itens, além de conhecer pessoas que lhe podem ser úteis em sua jornada. Isso sempre me fascinou muito, por isso recheei Sussurros em Paraíso com esses detalhes.
Busquei retratar o máximo possível a realidade de como a comunidade LGBTQIA+ era vista na década de 80-90, dando ênfase à gritante homofobia e ao vírus da aids.
Você pode adquirir a versão física de Sussurros em Paraíso em promoção pelo site da Editora Alarde: (https://editora-alarde.lojaintegrada.com.br/sussurrosemparaiso)
Ou adquirir a versão digital pela Amazon Kindle:
Como você analisa a literatura de terror/horror publicada por autores brasileiros?
Amo o terror, horror psicológico, suspense e thriller. Vejo que os autores brasileiros se inspiram bastante em obras renomadas da indústria dos cinemas e acrescentam diversos detalhes da nossa cultura, produzindo obras originais e muito fascinantes. A crescente demanda pelas histórias de terror/horror no nosso Brasil se dá ao maior acesso que o nosso público jovem-adulto têm nos dias atuais às mídias digitais. Nelas nós podemos consumir e produzir conteúdo, inventar histórias e compartilhá-las com todo o mundo.
Como analisa a questão da leitura no país?
Pouco incentivada devido a questões estruturais da educação do país. Hoje em dia as pessoas atribuem muito a leitura a um luxo. Poucos são os que estimulam seus filhos ao hábito de ler. E sabemos que isso faz muita diferença no desenvolvimento.
Quais dicas poderia fornecer a quem deseja ser um escritor?
Não é um bicho de sete cabeças. Se você deseja se tornar um escritor busque se organizar primeiro. Pegue papel e caneta e separe suas ideias, filtre as melhores e comece a desenvolver uma espécie de esqueleto para a sua história. Lembre-se que toda história deve ter um começo, meio e fim. Exemplos: “O que vai acontecer no começo?”, “Qual a aparência do personagem?”, “Como é a descrição do ambiente em que ele está no momento?”, “O que essa informação que estou escrevendo pode trazer futuramente para a história?”, “O que essa história traz de novo que outras já não trouxeram?”. Ao responder essas perguntas você vai encontrando o seu caminho.
Quando fui escrever Sussurros em Paraíso cada personagem possuía uma ficha onde era detalhada sua aparência, idade, objetivos, linha de pensamento, façanhas durante o livro e desfecho.
“Ah Léo, mas eu tenho bloqueio criativo!”. Tudo bem, é normal! Todo mundo tem. Você deve ter em mente que não é obrigado a dar conta de tudo tão rápido e que ninguém é assim. Faça no seu tempo. Criar uma história é um processo demorado que demanda muita pesquisa. No meu caso, por exemplo, quando aparecia uma palavra engraçada na minha frente ou alguma frase que brotava do nada em algum lugar aleatório eu simplesmente a anotava em um bloco de notas e reservava, ainda faço isso na verdade. Comecei a Escrever As Crônicas de Castel em 2017 e até hoje está em desenvolvimento.
Quando eu parava de escrever um parágrafo porque não sabia para onde conduzir a trama eu fazia uma pausa, tomava um bom café e ia assistir a algum filme ou ouvir música, abstrair a mente para ela girar melhor as engrenagens.
À medida que for terminando seus capítulos mande para algum amigo. Peça para ler e te dizer se gostou e se está entendendo. Publique em algum site como o Wattpad e mande para seus grupos. Busque sempre um feedback externo da sua história.
Sobre publicação, hoje em dia você consegue publicar um e-book gratuitamente através do Kindle Direct Publishing da Amazon, ou tradicionalmente por uma Editora.
Para os novos escritores, se vocês gostaram deste livro, que tal contribuir com a literatura nacional? Você pode fazer isso avaliando esse livro, fazendo uma resenha ou até mesmo conhecendo mais sobre o autor nas redes sociais:
Instagram: @leorio_san
Facebook: leo.almeida
E-mail: leo_almeida08@hotmail.com
Confiram minhas obras no site:
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).