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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Contos de fadas: inúteis ou necessários?


Professor doutor em Literatura aborda como tais histórias são fundamentais para ajudar as crianças a lidarem com os problemas da vida

Qual criança não teve sua infância permeada por histórias da menina que vai à casa da vovozinha e corre o risco de ser devorada pelo lobo mau, ou da enteada cuja madrasta quer matá-la e vai parar numa casa com sete anões, ou ainda da menina que vai parar num universo totalmente diferente conhecido como País das Maravilhas?

Mas, engana-se quem pensa que tais contos infantis não passam de pura fantasia para divertir as crianças, bem como para distraí-las, ou fazê-las dormir... Eles vão muito além disso, pois são fundamentais para o desenvolvimento dos pequenos e para ajudá-los a encarar os desafios da vida real, aceitando as dificuldades que surgem ao longo da vida. Assim, vemos que os contos são de fada; mas, de fantasiosos não têm nada por mostrarem questões da realidade por meio das imagens.

O Prof. Jack Brandão, doutor em Literatura pela USP, diretor do Centro de Estudos Imagéticos CONDES-FOTÓS e pesquisador do poder da imagem na sociedade considera tais histórias uma fonte imagética inesgotável que exerce grande poder sobre nós. “Elas nos trazem, muitas vezes, mais do que meras imagens consideradas ‘bonitinhas’, mas a luta de determinadas comunidades e pessoas, ao longo da história, em busca de desvendar e enfrentar os seus próprios monstros”, completa.

A fim de compreendermos melhor a relevância dos contos de fada, basta analisarmos alguns pontos que eles possuem em comum como: a presença de heróis carismáticos e de vilões assustadores e antipáticos; protagonistas sem mães, maltratados pela madrasta e que, geralmente, enfrentam seus conflitos sozinhos; um final feliz; entre outras questões.

Tais pontos em comum não são obra do acaso, mas estratégias para incentivar as crianças não somente a fazer o bem – personificado em personagens atraentes, ao contrário dos vilões – como também a compreender que ele deve prevalecer, por meio do final feliz. “Conforme os pequenos conhecem os contos, eles absorvem as imagens presentes neles. Por isso, a representação imagética do mal em personagens assustadores é uma forma de alertar a criança para fugir do que é perverso, enquanto os mocinhos são bonitos, do ponto de vista social”, diz Brandão.

Porém, o pesquisador destaca que a grande lição trazida pelos contos é a preparação para os problemas da vida real. Há pessoas, no entanto, que criticam tais histórias, justamente por acreditarem que somente imagens agradáveis e otimistas deveriam ser apresentadas aos pequenos, algo que o pesquisador discorda, já que assim elas correriam o risco de crescerem em “bolhas”, sem condições de lidar com as frustrações da vida. “A literatura infantil atual tende a abordar um mundo extremamente ‘cor-de-rosa’, o que pode impedir a criança de desenvolver autonomia para enfrentar certos problemas, tornando-se, assim, um adulto problemático”.

Portanto, Brandão considera um erro apresentar aos pequenos apenas histórias infantis totalmente desprovidas de conflitos, vilões, mortes etc. “Como eu, enquanto pai, posso preparar o meu filho ou minha filha para a realidade do mundo, sem mostrá-la em sua totalidade?”, questiona o pesquisador. Ele considera que o resultado de tudo isso seria a formação de pessoas imaturas, frustradas e crentes que o mundo gira ao seu redor.

Ciente de tudo isso e para auxiliar crianças e adolescentes a compreender melhor os desafios do mundo real, Brandão escreveu uma obra chamada Douglas e o Livro de Luz que aborda, entre outras questões, o tema da morte, ainda um tabu para ser falado com as crianças. “Todos precisam entender que trata-se de algo natural e, por isso, não podemos esconder”, conclui. O livro narra a história de um garoto e de seus amigos, que precisam decifrar códigos imagéticos com o objetivo de encontrar um livro com a luz de todo o conhecimento humano.

Para saber mais a respeito da obra e também sobre outras informações relacionadas aos contos infantis, basta clicar aqui para assistir ao vídeo do canal Imagens em Foco, pertencente ao CONDES-FOTÓS, que traz um aprofundamento do tema.

Texto escrito por Mariana Mascarenhas

Jornalista e pesquisadora do CONDES-FOTÓS

Sobre o Prof. Dr. Jack Brandão:

Doutor em Literatura pela Universidade de São Paulo (USP). Diretor do Centro de Estudos Logo-imagéticos CONDES-FOTÓS Imago Lab, editor da Lumen et Virtus, Revista interdisciplinar de Cultura e Imagem, pesquisador sobre a questão imagética em diversos níveis, como nas artes pictográficas, escultóricas e fotográficas.   

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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Professor de Literatura ressalta como o criador de Mafalda soube traduzir os anseios da humanidade em imagens e palavras


Professor de Literatura ressalta como o criador de Mafalda soube traduzir os anseios da humanidade em imagens e palavras

No dia 30 de setembro de 2020, o mundo ficou mais triste com a perda do cartunista argentino Quino, que encantou nações com a criação de uma menina, conhecida por enxergar a humanidade melhor que os adultos: Mafalda. Por meio de sua obra, que estreou no dia 29 de setembro de 1964, em uma revista argentina chamada Primeira Plana, ele soube distribuir sabedoria em imagens.

Não é à toa que, logo após a sua estreia, não demorou muito para que as tirinhas de Mafalda ultrapassassem fronteiras e ganhassem espaço em jornais de todo o mundo, sendo traduzidas em mais de 30 idiomas e tornando Quino o mais internacional cartunista de língua espanhola. Embora ele tenha decidido parar de desenhar a personagem em 1973, suas tiras seguiram nos cativando, o que mostra como ele já pensava à frente do seu tempo, com reflexões que servem, perfeitamente, para o mundo de hoje.

Por falar em reflexão, foi, justamente por meio da Mafalda, que o professor e doutor em Literatura pela USP, Jack Brandão, levou seus alunos a analisarem a relevância de pensar no outro, na diversidade e no mundo, de modo geral, despertando a consciência de valorizar o próximo.

Para o professor, Quino foi magistral ao produzir uma obra em um período marcado pela Guerra Fria, pelas ditaduras, de modo especial na América Latina, e por tantas incertezas do que estaria por vir, provocando uma grande reflexão a respeito de tudo isso. “Trata-se de um ser humano belíssimo que soube traduzir os anseios da humanidade em palavras e imagens”, ressalta Brandão, que também é diretor do Centro de Estudos Imagéticos CONDES-FOTÓS e pesquisador sobre a influência da imagem na sociedade.

De acordo com o diretor, poucas pessoas possuem o poder de concisão em relação às palavras. “Um exemplo é quem escreve poesia, como o Haikai, estrutura poética japonesa composta por três versos. Para escrevê-lo, é necessário ter uma excelente capacidade de concisão. Quino, por sua vez, não escrevia Haikai, mas conseguia alinhar, em linhas simples, palavras extremamente fortes e ácidas que servem para nós, nos dias de hoje”.

O pesquisador considera o cartunista “um revolucionário sem armas” e analisa algumas de suas tiras a fim de ressaltar tal afirmação. Para acompanhar tal análise e mais informações, basta acessar o link do Canal Imagens em Foco, pertencente ao CONDES-FOTÓS: https://www.youtube.com/watch?v=Zmq7D4BKClo&t=84s

Texto escrito por Mariana Mascarenhas

Jornalista e pesquisadora do CONDES-FOTÓS

Sobre o Prof. Dr. Jack Brandão:

Doutor em Literatura pela Universidade de São Paulo (USP). Diretor do Centro de Estudos Logo-imagéticos CONDES-FOTÓS Imago Lab, editor da Lumen et Virtus, Revista interdisciplinar de Cultura e Imagem, pesquisador sobre a questão imagética em diversos níveis, como nas artes pictográficas, escultóricas e fotográficas.   

Sobre Mariana Mascarenhas:

Jornalista. Mestra em Ciências Humanas pela UNISA. Especialista em Comunicação Organizacional. Pesquisadora da Comunicação. Desenvolveu projeto de pesquisa dedicado a estudar o papel do público midiático a partir de um novo estudo interdisciplinar das Teorias da Comunicação, assessoria de comunicação e pesquisadora do Centro de Estudos Logo-imagéticos CONDES-FOTÓS.

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