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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Entrevista com Maygon André Molinari, autor do livro Os Espelhos


Nascido em 1984 em Irati, interior do Paraná, onde ainda vive, Maygon André Molinari é graduado em Letras e mestre em Filosofia. Publicou até o momento seis livros, tendo recebido alguns prêmios literários (por poesias e peças teatrais), bem como foi finalista do Prêmio SESC de Literatura, com o romance Bernardo, o escultor. Pai de dois filhos, além da escrita exerce função de serventuário da justiça e também trabalha com agricultura agroecológica, da qual é defensor. Seu livro Do grito de sobrevivência ao último silêncio já foi resenhado na revista Filosofia, ciência & vida, pela crítica literária Dra. Ana Maria Haddad Baptista. Recentemente publicou uma novela, intitulada Os espelhos. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Maygon André Molinari: Comecei a ter pretensões um pouco mais sérias em relação à literatura já em minha adolescência, mas cada vez mais tenho pensado que é difícil delimitar o início da literatura em uma vida, pois os limites parecem borrados e, de certa forma, começar a viver é também dar início a uma espécie de “projeto literário” (ao menos no meu caso), e não digo isso num sentido de predestinação ou algo do tipo, mas por entender que tudo se torna escrita em uma vida, ainda que as mais das vezes tal escrita ocorra sem palavras. Com esta concepção, quando ‘comecei’ a escrever, já havia escrito. Ou seja: apenas comecei a dar forma textual para o que já existia livremente em minha história. Escrever, portanto, talvez seja reescrever (ou reescrever-se). 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "Os Espelhos". Poderia comentar? 

Maygon André Molinari: Os espelhos é um livro cuja proposta é de fato a de um espelhamento. Ou seja: eu compus o livro com dois capítulos 1, dois capítulos 2, até dois capítulos 11. Cada capítulo trata de um personagem, e ambos vão sendo expostos (em vários sentidos) durante uma noite de outono, em uma cidade do interior. O capítulo 12 é uma espécie de “espelhamento completo”, porque é quando os personagens se encontram realmente, conversam, se percebem mais expostos e portanto mais nus. Eu queria com esse livro atingir, quase que de modo simultâneo, o interior e o exterior de cada personagem, mostrando suas vidas como que de dentro e de fora, usando tanto uma voz de narrador como também desbancando tal voz em favor da voz dos personagens. E faço isso sem delimitações, porque a ideia é mostrar que na verdade o que serve de moldura para um espelho nunca lhe serve de limite. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Maygon André Molinari: Na verdade a grande pesquisa, por assim dizer, foi a do viver cotidiano. Sempre gostei de caminhar nas noites e isso certamente me instigou a fazer esse livro em que a andança é, de algum modo, um personagem também. Gosto disso, de pensar nos caminhos espiralados de pessoas que não se conhecem, que se cruzam em esquinas e bares e praças sem que haja um encontro de fato. E, caso se encontrem realmente, todo o caminho anterior passa a ser revisto, redefinido e melhor apreciado. Isso ocorre em todas as vidas... é só perceber que uma pessoa com quem cruzamos diversas vezes e que não conhecíamos, um dia passa a fazer parte de nossa vida e então dizemos: ah, então era você naquele dia!... O livro foi escrito nos dias 13 e 14 de março de 2020, bem próximo de ser decretado o estado de pandemia de Covid-19. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Maygon André Molinari: Vou destacar três: 

“...mas o que mais te irrita agora são os caras naquela mesa, todos barbudos e com a barba sempre igual, e eu que uso barba desde sempre, começo a me sentir como um deles, ainda que não corte do mesmo jeito e deixe bagunçada e com aparência de descuido, a pior sensação é quando você percebe que pessoas piores do que você gostam das mesmas coisas que você, porque então você se obriga a perguntar se no fundo não é como elas, e nessa hora você se levantou e foi ao banheiro, e por quê?, para se olhar no espelho e comprovar que a sua barba não é igual à deles, e por isso saiu sorridente, orgulhoso, na verdade, pois o sentimento que tinha era de ainda mais superioridade, e isso te permitiu sentar-se novamente à mesa, pedir outra cerveja e considerar, filosoficamente, que as pessoas estão ficando todas iguais, que os homens barbudos são iguais entre si e os sem barba também são iguais, e que as mulheres são iguais e vão ficando cada vez mais iguais, sobretudo depois das plásticas, e isso parece te provar que o sonho humano de igualdade está se realizando e, oh, faça um brinde com você mesmo! (...)” 

“(...) esse pai que arrota na mesa custeou tua faculdade e os teus livros e tua roupa e tua comida nesse tempo, e essa mãe grosseira e triste que resmunga enquanto lava a louça é por coincidência a mulher que lavou tua roupa nesses anos e comprou jogos de cama novos e edredons e até mesmo outras toalhas de banho para que você não se preocupasse com nada e pudesse tranquilamente ficar no quarto lendo teorias dramáticas e se indignando com textos para não ter de se sujar, veja bem, com a vida.” 

“...acabarão os encontros ocasionais em tua casa, nessa mesma casa que você desenhou para ser exatamente do teu tamanho, ou seja, para não caber uma família, para não caberem crianças e nem uma mulher definitiva, e muito menos visitas, então pense que se essa busca por você mesmo te levar a outra pessoa, será preciso que ela caiba no teu chalé e, mais que isso, que você caiba dentro dela, pois se for pra avaliar bem, em todos esses anos não foram as moças que não se encaixaram e não couberam na tua vida, mas foi você que nunca coube na vida de ninguém. E nessa hora ele se sentou mais para trás, encostando-se no outro degrau da arquibancada. A vida então passou.” 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Maygon André Molinari: É fácil adquirir o livro, está disponível no site da Editora Simplíssimo e em lojas virtuais, como a Amazon. Vou deixar alguns links: 

https://simplissimo.com.br/onsales/os-espelhos/ 

https://www.amazon.com.br/Os-espelhos-MAYGON-ANDR%C3%89-MOLINARI/dp/6558902184/ref=sr_1_35?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=VMNDL8PUWYTC&keywords=os+espelhos&qid=1640086828&sprefix=os+espelho%2Caps%2C250&sr=8-35 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Maygon André Molinari: Os espelhos é um livro que faz parte de uma série de escritos que nomeei como “Farsa”. Há outros que muito em breve pretendo publicar, sendo que o próximo se chama “Não é hora de julgar flores”. Não que se trate de uma espécie de sequência, mas há um propósito assemelhado em cada composição e em que (de um modo bastante resumido) se pode dizer que existem buscas individuais por alguma espécie de verdade (ainda que temporária). Também existe um romance que será publicado em breve: Alvir (as duas partes do tempo). 

Perguntas rápidas: 

Um livro: Assim falou Zaratustra

Um (a) autor (a):  Guimarães Rosa e Virginia Woolf

Um ator ou atriz: Sandra Bullock e Marlon Brando

Um filme: O poderoso chefão

Um dia especial: o vivido 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Maygon André Molinari: Não sei bem fazer publicidade a respeito dos meus escritos, mas se alguém estiver disposto a olhar para os espelhos espalhados no meu livro, espero que sinta-se convidado por esta entrevista.

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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Entrevista com Maygon André Molinari, autor do livro "Do grito de sobrevivência ao último silêncio"

Maygon André Molinari - Foto divulgação

DO GRITO DE SOBREVIVÊNCIA AO ÚLTIMO SILÊNCIO
 

“Em momentos tão desérticos, comparáveis, apenas, aos grandes silêncios do nada e dos vazios extensos, surge uma voz metálica, rara, que nos chama a atenção. Por um outro lado nada consoladora. Esse livro deveria ser lido tal como escrito pelo autor. Ou seja, na mais plena solidão.” Ana M. Haddad Baptista 

SOBRE O AUTOR: 

Nascido em 1984 em Irati, interior do Paraná, onde ainda vive, Maygon André Molinari é graduado em Letras e mestre em Filosofia. Publicou até o momento seis livros, tendo recebido alguns prêmios literários (por poesias e peças teatrais), bem como foi finalista do Prêmio SESC de Literatura, com o romance Bernardo, o escultor. Pai de dois filhos, além da escrita exerce função de serventuário da justiça e também trabalha com agricultura agroecológica, da qual é defensor. Seu livro Do grito de sobrevivência ao último silêncio já foi resenhado na revista Filosofia, ciência & vida, pela crítica literária Dra. Ana Maria Haddad Baptista. Recentemente publicou uma novela, intitulada Os espelhos. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Maygon André Molinari: Aprendi a ler muito cedo, com minha mãe, e minhas primeiras leituras foram da Bíblia. Na adolescência, além de intensificar a leitura, inicialmente com os clássicos brasileiros, decidi que também escreveria. A partir de então me movimentei por vários gêneros literários, da poesia ao ensaio filosófico, passando por romances e peças teatrais. Publiquei o primeiro livro aos 21 anos e, como critério para publicação, nunca parto de um motivo exterior, mas sempre busco primeiramente resolver uma demanda interna. E quando percebo que o que escrevi, além de me comunicar alguma coisa, pode dizer algo a alguém, então eu busco a publicação. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "Do grito de sobrevivência ao último silêncio". Poderia comentar? 

Maygon André Molinari: Do grito de sobrevivência ao último silêncio é um livro, ao meu ver, bastante corajoso, porque pretende apresentar uma interpretação para o nosso surgimento enquanto humanos, traçando um percurso até nossa atualidade e também fazendo esboços de como poderemos ser se continuarmos nesta rota. Assim, após apresentar uma hipótese para nossa formação, por assim dizer, eu aponto que o elemento que nos deu sobrevivência (que nos deu o “grito”), ao ser exacerbado, vem contribuindo com nossa destruição (com a possibilidade de um “último silêncio”, talvez). O livro é apresentado em forma de aforismos e, apesar da aparente complexidade do tema, penso que sua leitura flui, pois não tive nenhuma pretensão hermética ou mesmo acadêmica, por assim dizer. Eu queria que o livro desse conta de explicar uma ideia vigorosa, mas com clareza e também com uma certa estética. Penso que a filosofia deve partir da vida, e que toda interpretação (ou pretensão de interpretação) precisa sempre estar calcada nas observações profundas do cotidiano e também da alma humana – sempre tendo em conta que essa alma foi construída e que nos cabe indagar quais foram os elementos propiciadores dessa construção. Isso é de certo modo pretensioso, porque não estamos muito acostumados a conceber reflexões próprias, principalmente aqui no Brasil, pois quando se fala em filosofia e filósofos fala-se, grosso modo, de quem “pesquisa” um autor. Não partimos, portanto, de um olhar acurado do ponto onde estamos, de uma observação profunda e atenta do que somos, e se queremos falar de linguagem, por exemplo, começamos e terminamos num determinado filósofo, sem indagar se seria possível passar adiante e encontrar nossas próprias palavras e também nossos próprios silêncios. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Maygon André Molinari: Sempre fui de caminhar muito, de andar pela linha do trem e pelas serras da minha região. O livro foi surgindo assim, sendo “pesquisado” por meus passos. O processo de escrita do livro durou cerca de 12 anos. A uma certa altura havia pensado em publicar um livro de máximas, inspirado em La Rochefoucauld, Pascal e outros que utilizaram esse estilo mais aforismático. Mas houve um momento em que percebi que meus escritos possuíam um sentido temático que sempre voltava, como em uma espiral. Foi então que percebi que não poderia apenas publicar máximas, pois havia uma estrutura montada. E o livro levou muito tempo para ser concluído também porque, ao perceber para onde me levavam minhas reflexões, exigi de mim mesmo um rigor nas leituras de autores que eventualmente tivessem escrito a respeito de algum tema tratado por mim. Eu queria me certificar de que não estava dizendo algo que já tinha sido dito. Então me debrucei em centenas de livros, dos mais diversos, desde livros de biologia, antropologia, arqueologia, linguística, cibernética, técnica, tecnologia, epistemologia etc. Ou seja: ao perceber que eu estava aprofundando reflexões que considero graves e relevantes, as quais apresentavam uma ideia de surgimento do Homo, por assim dizer, eu tomei todos os cuidados que consegui tomar para “entrar” no pensamento de quem tinha pensado algo, se não parecido, ao menos próximo do que eu estava pensando. Isso é uma questão de verdade pessoal, para mim. Não desconsiderar o pensamento alheio, em que pese estar focado em minhas reflexões. Desse processo saiu o livro. É bom deixar isso claro, para que de modo algum pareça que me considero alguém com a petulância de ter criado um pensamento “a partir do nada”. Isso não existe. Primeiro que, se minha proposta é sempre partir da vida, então já não seria partir do nada, e segundo que, ser verdadeiro comigo é receber o pensamento alheio, valorizá-lo, respeitá-lo, ainda que as mais das vezes não concorde com ele em muitos pontos. E, para finalizar, se existe pretensão no que fiz e no que faço, certamente é a pretensão de me calar e escutar o que a vida pode me dizer. E ainda que eu não consiga ser um tradutor do que escutei, um fiel tradutor da vida, coloquemos assim, que fique ao menos registrado que todo traço que registro no papel tem esse sentido, ou seja, o de ser uma tentativa de tradução do que a vida me diz, ainda que as mais das vezes ela diga sem palavras.   

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Maygon André Molinari: Vou colocar três trechos. O primeiro aforismo do primeiro capítulo, Grito de sobrevivência: 

“1   Quando o primata teve, ele sobreviveu de um modo diferente dos outros animais. O que fez com que, naturalmente, tenham sido transmitidos os genes daquele que teve o osso ou a pedra ou o galho nas mãos. O que não teve também não procriou. Desta forma, o ter é uma herança genética também, por assim dizer, além de cultural. A sociedade e o corpo seriam, então, os transmissores do anseio de posse, do anseio de crescer por fora, com próteses falsificadas? 

Um trecho do capítulo Linguagem e silêncio: 

“8.1   Se uma pessoa, após algum tempo de convivência, amizade etc. com outra, não compreender o que significam os silêncios desta, ilude-se de que compreenderia suas palavras.” 

E por fim um trecho do capítulo A beleza fundamental: 

“6.1   Só se pode refletir sobre as origens da beleza com a perspectiva da sobrevivência.” 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Maygon André Molinari: O livro está à disposição para compra pela internet, como na Amazon, Google, Fnac e outras lojas virtuais. Também criei recentemente um canal no YouTube, bastante despretensioso e amador, no qual faço leituras de alguns trechos e esboço alguns comentários que considero pertinentes para ilustração do que foi escrito. 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Maygon André Molinari: Recentemente lancei um livro que poderia talvez ser descrito como uma novela ou conto mais longo ou mesmo um mini romance (não me preocupo muito com a designação), chamado Os espelhos. Faz parte de uma série de escritos que pretendo igualmente publicar em breve e nos quais tenho trabalhado bastante. Também há um romance de mais fôlego em pauta, que pretendo publicar ano que vem. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: Grande sertão: veredas

Um (a) autor (a):  Direi dois – Nietzsche e Cecília Meireles

Um ator ou atriz: Sandra Bullock

Um filme: O poderoso chefão

Um dia especial: não lembro a data, mas o dia em que escrevi minha primeira palavra. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Maygon André Molinari: Gostaria que esta breve entrevista servisse para “seduzir” aqueles que têm o interesse, não somente de conhecer um pensamento alheio, mas também o de criar suas próprias interpretações do mundo e da vida.

Apresentação de Do grito de sobrevivência ao último silêncio

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