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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

[Crônica] Incertezas de Mais um Ano

 


2023 ficou para trás, um ano que ao meu ver passou voando em todos os sentidos possíveis! Podemos considerar que em 2023 passou voando igual um avião comercial em altitude de cruzeiro. Para alguns, 2023 passou normalmente sem pressa de completar mais uma volta em nosso querido sol. Pois bem!

Chegamos em 2024 com inúmeras incertezas de como será esse ano pelo qual já estamos vivendo em menos de 24 horas. Possuímos mais perguntas do que respostas, dúvidas pelas quais vai permear esse ano até o fatídico dia 31 de dezembro de 2024. Afinal, mais um ano vai chegar ao fim e esse ciclo continua até a nossa morte. Obs: vamos viver da melhor maneira possível, afinal, não sabemos o dia de amanhã.

Estamos vivendo 2024 com aquelas velhas promessas de perder peso e começar na semana que vem os treinos na academia, foco para o carnaval que vai ser em fevereiro! Corre que ainda dá tempo.

2024 é um ano de inúmeras incertezas que prevalece ainda mais latente do que no ano anterior; teremos um novo conflito? O mundo ficará ainda mais quente? Nações brigando contra nações? Infelizmente não temos uma bola de cristal para esses questionamentos. Só nos resta esperar e ver com os nossos próprios olhos.

Este aspirante a cronista/escritor, vai tentar manter-se focado em 2024! Planos, sonhos e desejos já estão cravados em minha memória. O mais certo é não desanimar e deixar o foco cair. Ler mais livros! Ver mais filmes e séries, é óbvio que precisamos deixar a preguiça de lado. Vamos em frente que o tempo não e nossos sonhos jamais devem ficar guardados na gaveta. Feliz 2024 para todos!




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sexta-feira, 26 de maio de 2023

SAIU A LISTA DOS AUTORES SELECIONADOS DA ANTOLOGIA (E-BOOK): AMIZADE 3D: DE ONTEM, DE HOJE E DE AMANHÃ - POEMAS, CONTOS E CRÔNICAS

 


Inscrições encerrada no dia 23.05.23. Estamos divulgada hoje dia 25.05.23 a lista dos autores selecionados. O nosso muito obrigado a todos os inscritos! 📝


PARABÉNS AOS SELECIONADOS!

A. RODRIGO MAGALHÃES - DO ONTEM AO HOJE E AMANHÃ; SER MÃE

ANA BEATRIZ CARVALHO A CARTA DA MELHOR AMIGA

EDINEY LINHARES DA SILVA - UM POEMA DE NOME MÃE

FLÁVIA PRATA - O PODER DA AMIZADE

HENRIQUE CANANOSQUE NETO SONETO DA AMIZADE 3D

SÔNIA CAROLINA - GÊNESE


ENTRAREMOS EM CONTATO COM OS AUTORES SELECIONADOS 📃

ANTOLOGIA COM EDITAL ABERTO. CLIQUE AQUI

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sábado, 19 de novembro de 2022

"As crônicas de Maslow", por Rafael Caputo

 

As Crônicas de Maslow

Rafael Caputo


A primeira coisa que vi ao acordar foi a temperatura na tela do celular: menos um grau. Um verdadeiro milagre! Muitos teriam preguiça em sair da cama, mas não eu. Pulei de pronto. Corri para a janela do apartamento em busca de um vislumbre matinal. Lá estava ela: a geada mais do que esperada. Já não era sem tempo! Agora sim, sinto-me TOTALMENTE realizado. Tenho sorte em morar no oitavo andar do prédio e em frente a um enorme terreno baldio. A branquidão dessa época do ano, enfim, irá preencher meus stories nas redes sociais. Chega da hashtag #thewinteriscoming. “The Winter” chegou com tudo.

Devo ter algum defeito de fábrica, só pode! Apesar de carioca, amo o frio. Talvez, seja por isso que me mudei para Curitiba. Isso já faz algum tempo. Vim com a desculpa de uma oportunidade de trabalho e por aqui fiquei. Entra ano e sai ano, espero ansioso por essa que é, sem dúvida, a melhor das quatro estações.

Alguns acreditam que tudo fica mais chique. Concordo com eles! É hora de vestir a jaqueta de couro, o cachecol, o sobretudo... e sair pelas ruas da cidade cosmopolita atrás de um belo quentão, um cappuccino ou um chimarrão. Este último, influência dos primos gaúchos.

Eu, particularmente, confesso que prefiro o frio por um motivo bem diferente. Ele reforça o fato de que estamos, realmente, vivos. É engraçado, eu sei! A verdade é que a sensação térmica negativa me remete a nossos ancestrais; e como professor de Administração, também não posso deixar de associar tal sentimento à famosa Pirâmide de Maslow, teoria motivacional que tenta explicar o comportamento humano.

Na base da pirâmide, por exemplo, estão as nossas necessidades básicas ou fisiológicas. No frio, temos fome várias vezes ao dia. Para que possamos sobreviver, é preciso “caçar” e estocar alimentos. Satisfeita essa vontade, buscamos maior proteção ao passarmos mais tempo dentro de casa, nossa caverna da era moderna – a segunda necessidade a ser suprida.

Subindo mais um nível na chamada “Hierarquia das Necessidades”, nos deparamos – justamente – com a carência latente do ser humano em se socializar. Precisamos aquecer nossos corpos (e nossos corações) com a presença do outro. Seja com nosso companheiro ou companheira, ou ainda com nossos amigos. Em pleno século vinte e um, substituímos o compartilhar da carne de caça em volta da fogueira por uma reunião ao redor da lareira da sala, com um pedaço de pizza na mão e uma taça de vinho na outra. Inclusive, essa é uma ótima ideia para hoje à noite.

Também é no inverno que percebemos nossa fragilidade como seres humanos e, ao mesmo tempo, podemos nos vangloriar de nossa extrema capacidade de adaptação, responsável por nos trazer até aqui. Quase um paradoxo. Passamos a ser mais solidários: doamos cobertores, nos apresentamos como voluntários para distribuir sopa nas praças etc. De algum jeito, tentamos fazer a diferença em nossa sociedade. Nos importamos com o próximo. Algo me diz que Maslow previu tamanha necessidade como sendo de “estima”, uma das últimas que aparecem em seu diagrama em forma de triângulo.

No topo da pirâmide, por sua vez, a realização pessoal (ou a autorrealização). Para uns, uma utopia – algo impossível de ser alcançado. De acordo com esses pessimistas: nós, seres-humanos, seríamos incapazes de nos aquietarmos com a satisfação plena. Quanta bobagem! Eles acham isso porque não viram as minhas últimas postagens. Concordo mais com os pensamentos da falecida Carmem da Silva, uma colega literária que certa vez, em sua coluna na famosa revista Cláudia, autointitulou-se Nossa Senhora dos Milagres. Maslow estava certo, nunca me senti tão feliz! Isso sim é um milagre de verdade. Abracadabra!

Dias depois, entretanto, entediado com a paisagem vizinha pela janela do apartamento, levemente esbranquiçada, questiono-me: “O que é uma simples geada em comparação à neve de fato?”. A conclusão é inevitável: acho que é hora de mudar novamente. Canadá, aí vou eu!

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Crônica selecionada no II Concurso Literário Carmen da Silva, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG, em parceria com o Instituto de Letras e Artes - ILA e Instituto Federal do Rio Grande do Sul - IFRS.


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terça-feira, 12 de abril de 2022

Conto "Lockdown marinho", por Rafael Caputo



Ano passado, visitei Florianópolis. Também chamada de Floripa, a ilha da magia. Realmente, o lugar é mágico. Fui com minha namorada. Lá, conhecemos o Projeto Tamar. Você já deve ter ouvido falar, é uma das mais bem-sucedidas iniciativas de conservação da vida marinha. Em especial, no que tange à preservação das tartarugas. Ficamos admirados. O trabalho que eles desenvolvem vai desde Santa Catarina até o Ceará, abrangendo grande parte do litoral brasileiro.

Vale lembrar que os seres humanos são bem mais evoluídos do que as tartarugas. Aprenderam a criar e a manusear o fogo, desenvolveram ferramentas, construíram casas, carros, inventaram um monte de remédios etc. Possuem grande capacidade intelectual e artística. Você nunca verá uma tartaruga, de qualquer espécie que seja, dirigindo um automóvel ou tocando um instrumento, por exemplo. Ainda assim, por algum motivo, esses animais são fascinantes e despertam grande curiosidade. Hoje, sabemos quase tudo ao seu respeito.

As tartarugas possuem sangue frio, têm escamas e colocam ovos. Todas essas características as definem como um réptil. Contudo, algumas pessoas acham que elas são anfíbios. É certo que ambos possuem semelhanças e, como os anfíbios, algumas delas podem viver tanto na água como fora dela, mas também existem grandes diferenças. Os répteis possuem pele seca e escamosa, depositam seus ovos na terra e respiram pelos pulmões, assim como os humanos. Característica intrigante. Já os anfíbios tem pele lisa, colocam os ovos na água e respiram por brânquias (quando ainda são larvas) e só depois é que usam pulmões (fase adulta). No ranking da escala evolutiva, os répteis estão um patamar acima. Entretanto, ser classificada como réptil ou anfíbio não muda em nada a vida da tartaruga, que sequer tem conhecimento de tal classificação. Isso porque elas podem até sentir a presença do homem, mas não fazem a menor ideia de sua existência, como pensam, o que comem ou qualquer outra coisa do tipo. Literalmente, não sabem nada sobre a raça humana. Se soubessem, ainda assim, não compreenderiam.

Já o contrário, é bem diferente. Dezenas de pesquisadores monitoram esses animais dia e noite. Conhecem seus hábitos alimentares, sua biologia, ciclo de vida, como se reproduzem e muito mais. Existem centenas de tartarugas que agora mesmo, nesse exato momento, estão sendo monitoradas. Esses animais possuem grande capacidade migratória e de forma inteligente aproveitam as várias correntes marítimas para se locomoverem por grandes distâncias. Fazem isso muito bem. São capazes de percorrer quilômetros e quilômetros pela imensidão do oceano só para desovarem em uma praia distante, longe dos predadores. Possuem um senso de orientação tão eficaz quanto qualquer GPS. As tartarugas marinhas, por exemplo, arrastam-se pela praia até um lugar livre das marés. Ali cavam a areia (sessenta centímetro de profundidade por um metro de diâmetro), e enterram seus ovos (cem ou duzentos de uma só vez). Um feito incrível! Depois disso, tapam o buraco, alisam a areia e voltam para o mar. Após quinze dias, fazem tudo de novo, mais ou menos no mesmo lugar. Você sabia que é o sol que se encarrega de incubar os ovos? Pois, é! As tartarugas terrestres, chamadas de jabutis, e as de água doce, os cágados, fazem o mesmo nas margens do rio e pântanos, ou entre as folhagens. Depois de três meses, nascem as tartaruguinhas, bem pequenininhas. Logo que nascem, correm direto para o mar.

Nas áreas de reprodução, as praias de desova são monitoradas por pescadores contratados pelo Tamar. Eles são chamados de tartarugueiros. É realizado patrulhamento ostensivo durante a noite para flagrar as fêmeas, observar seu comportamento durante a desova, registrar dados e coletar material biológico para posterior análise genética. Os pesquisadores também monitoram os ninhos nos próprios locais de postura, ou transferem alguns, encontrados em áreas de risco, para locais mais seguros na mesma praia ou para cercados de incubação, expostos ao sol, em praias próximas às bases de pesquisa. Os pescadores são, ainda, orientados a salvar aquelas que ficam presas nas redes. Verdadeiros anjos. E as tartarugas nem desconfiam.

Nas ilhas oceânicas, como em Fernando de Noronha e Atol das Rocas, é realizado um programa de captura, marcação e recaptura, através do mergulho livre ou autônomo. Tanto nas áreas de desova como de alimentação, os animais encontrados vivos recebem um anel de metal nas nadadeiras dianteiras, para identificação e estudo de seu deslocamento e de hábitos comportamentais, além de dados sobre crescimento e taxa de sobrevivência. As tartarugas nem se dão conta do adereço. Muito menos do sistema de telemetria fixado, em muitos casos, nos seus cascos. Justamente, graças a esse sistema, foi possível resolver um grande mistério que ocorreu recentemente. Toda a população de tartarugas, do nada, desapareceu. Simplesmente, sumiu. Não foram vistas em lugar algum. Nem por pescadores, mergulhadores, banhistas, ninguém. As praias já conhecidas como ponto de desova, ficaram totalmente vazias. Fato que causou espanto.

O mais estranho foi saber que, na verdade, elas não tinham sumido. Estavam apenas paradas, imóveis. Por algum motivo, até então desconhecido, pararam de se locomover. Permaneceram assim: estáticas, em um mesmo local, por meses. Subiam à superfície, apenas para respirar. Logo em seguida, retornavam para dentro d ́água. Como isso era possível? O Tamar sempre estudou o deslocamento das tartarugas por meio do monitoramento por satélite e nunca registrou nada parecido. Só para você ter uma ideia, sabe-se que muitas tartarugas que trafegam pela costa brasileira nasceram ou frequentemente aparecem na costa de outros países, tanto do continente americano quanto do africano, uma comprovação do grande potencial de locomoção desses animais, que como eu disse: são fascinantes. Como, então, de uma hora para outra, eles decidiram hibernar? Tartarugas não hibernam, só animais de sangue quente fazem isso. No máximo, alguns jabutis, que vivem em climas tropicais, quando chega o inverno, cavam o terreno e entram em letargo, uma espécie de sono profundo, que é diferente da hibernação. Sendo assim, o que estaria causando esse comportamento tão peculiar? Técnicos e pesquisadores do mundo inteiro se uniram. Criaram uma força-tarefa a fim de investigar a fundo o problema. Diversos cientistas, de várias nacionalidades, foram chamados: húngaros, franceses, alemães, russos, americanos, israelenses e até brasileiros. Os países não mediram esforços e enviaram seus melhores biólogos, ambientalistas, oceanógrafos e diversos outros especialistas. Até quem não se interessava pelo estilo de vida desses animais ficou preocupado, ou, no mínimo, curioso. Diversas embarcações, grandes e pequenas, partiram rumo ao local onde as tartarugas se concentravam. Todos atrás de respostas. Não demorou para que elas percebessem que não estavam mais sozinhas. Passaram a se incomodar um pouco com a presença daqueles seres estranhos em seu território, acima e abaixo da superfície. Algumas ficaram assustadas. Outras, perplexas. Todas, sem entender o que estava acontecendo.

Contei essa história a um amigo meu hoje cedo. Por videoconferência, lógico! Foi logo depois que ele compartilhou em suas redes sociais uma série de notícias publicadas recentemente: “Pentágono divulga oficialmente vídeos mostrando OVNIs”, “Luzes misteriosas aparecem piscando no céu e intrigam a web (e estudiosos)”, “OVNI gigante e triangular faz terceira aparição em três meses”. Ele me pareceu um tanto paranoico com todo esse lance de quarentena, pandemia etc. Começou a me mandar vários áudios falando sobre extraterrestres, aparição de objetos voadores em várias partes do globo e coisas assim. Daí você vai me perguntar: mas o que toda essa história tem a ver com o assunto? Eu te respondo: querendo ou não, nós é que somos as tartarugas.

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Crônica "Infinitos", por Roberto Fiori


Quem nunca chorou, igual a uma criança perdida, quando terminou de assistir a um filme em um cinema ou em na sala de estar de sua casa? Quem não se desesperou ao perder o próprio pai? Ou, se isso fosse imaginável, o que aconteceria com a sanidade de uma pessoa ao ver seu planeta ser destruído, juntamente com 8 bilhões de seres humanos?

Revolta, tristeza, perplexidade, neuroses, psicoses, manias, síndromes do pânico, stress, uma ou várias dessas características poderiam ser adquiridas ao ver toda Humanidade ser consumida em um único segundo. O cataclisma do impacto de um asteroide com nosso mundo parece estar sempre à beira de uma repetição. Há uma neurose persistente, uma ideia recorrente pertencente ao Transtorno Obsessivo Compulsivo, quando se é anunciado que um cometa ou um bólido passará perto da órbita terrestre.

Vivemos ainda na Idade Média do conhecimento. A imensa maioria dos homens e mulheres acham que, ou a Terra é plana como a superfície de uma piscina, ou acreditam piamente que uma ou outras raças são superiores às demais.

Mas esses são dois exemplos. O que ocorre é a superstição e a crença em que muitos estão atrelados, devido a ideias que foram passadas na infância ou foram adquiridas por influência de outrem. Quando pararmos de nos preocupar com tais superstições e nos voltarmos para problemas reais, como a fome e a ausência de habitação e educação para bilhões, então estaremos no rumo certo.

Existem cada vez mais estrelas, Galáxias e planetas sendo descobertos, mês após mês. É muito possível que o Universo não tenha fim. Que os mundos e estrelas que o compõem sejam fruto de uma sequência de Big-Bangs ou, como o astrônomo Fred Hoyle afirmou, que a matéria seja criada a partir do zero. Infinitos... como seria a ideia do infinito, se o ser humano é finito em todos os aspectos? Pode-se conceber uma representação do infinito através da Fita de Möbius. Quando você segura uma tira de papel e faz uma meia torção em uma das pontas, para a seguir unir as extremidades desse novo objeto, você tem a Fita de Möbius. 

Ela é infinita em si mesma, ou seja, se você seguir sua superfície, sem tirar o dedo de cima da fita, acabará chegando ao mesmo local de início. Não há fim, nem começo. Não há diferenças nas partes que você toca com o dedo. Na verdade, ninguém se torna louco ou imprevisível, ou adquire demência precoce, nem se torna psicopata só de ver e manipular tal fita.

Ainda assim, não compreendemos inteiramente a a ideia do infinito. Mas um homem, Georg Cantor, atingiu a maturidade intelectual para afirmar que a ideia de uma classe de infinitos é maior do que outra. Ou seja, falando em termos simples, o conjunto dos números reais R é maior que o conjunto dos números naturais N, pois R contém N, e R é maior que N, por conseguinte. Esse pode ser visto como um exemplo de paradoxo, mas é possível provar que R > N, bem como é possível provar que C (conjunto dos números complexos) > R, sendo que C será composto de todos os números reais, mais o total de números imaginários, ou as raízes de números negativos.

A ideia do infinito vem desse matemático, que afirmou e demonstrou que o conjunto dos objetos sólidos de três dimensões é maior do que o conjunto dos objetos planos de duas dimensões, que é maior do que o conjunto dos objetos de uma dimensão (retas, por exemplo), que é maior que o conjunto do objeto de zero dimensão (o ponto geométrico). Assim, poderíamos dizer que objetos com dimensão maior que 3, existindo em planos superiores de existência, existiriam fora de nossa imaginação, a não ser que estudemos sua projeção sobre a terceira dimensão. Um objeto com 4 dimensões teria como dimensão extra, superior à terceira dimensão, a dimensão temporal. Não conseguimos visualizar o tempo, como dimensão, nesse caso, somente poderemos medir o tempo como variável numérica, e que seria medido pela contagem de eventos que ocorrem periodicamente.

O homem é um ser paradoxal. No filme de longa-metragem “Jornada nas Estrelas – A Volta para Casa”, o capitão James Tiberius Kirk afirma que, no século XX, a Humanidade é composta de pessoas de personalidade psicopata. Ele não estava de todo certo, nem de todo errado. Há mais de 2 milhões de presidiários só nos E.U.A., a maioria acusada de crimes que vão desde o latrocínio até o estupro seguido de morte.

O homem não é um ser bom. Ele é imperfeito, suas virtudes são, em muitos e muitos casos, menores que seus defeitos. É por isso, talvez, que nós ainda não fomos visitados por seres de outras partes do Universo, isso se houver alguma raça extraterrestre que tenha nos estudado com atenção.

Um dia, quando esse período de transição de uma classe evolutiva para outra passar, e nos tornemos responsáveis, adultos em todos os sentidos e destituídos de doenças ou compulsões, poderemos visitar nossos irmãos em Alpha Centauri, a 4 anos-luz de distância, Rigel, Sirius, Betelgeuse, Arcturus, as Galáxias de Andrômeda, os aglomerados da Ursa Menor e Ursa Maior, enfim, todos os tipos de planetas nos receberão de braços abertos, como seres vivos pertencentes à Fraternidade Universal. Mas é necessário um esforço de nossa parte. Não conseguimos nada do acaso. Mesmo os textos de Fantasia e Ficção Científica que muitos leitores adoram foram escritos à custa de noites sem dormir e períodos de extrema atividade intelectual, à custa de suor e muito esforço.


SOBRE  O AUTOR:
Roberto Fiori é um escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Roberto Fiori sempre foi uma pessoa que teve aptidão para escrever. Desde o ginásio, passando pelo antigo 2º Grau, suas notas na matéria de redação eram altas, muito acima da média. O que o motivava a escrever eram suas leituras, principalmente Ficção Científica e Fantasia. Descobriu cedo, pelo mestre da Fantasia Ray Bradbury, que era a Literatura Fantástica que admirava acima de qualquer outro gênero literário.

Em 1989, sob a indicação de uma grande amiga sua, Loreta, que o escritor conheceu a Oficina da Palavra, na Barra Funda, em São Paulo. E fez uma boa amizade com o maior professor de literatura que já tive, André Carneiro. Sem dúvida alguma, se não fosse pelo André, Roberto nos diz que jamais saberia o que sabe hoje, sobre a arte da escrita. Nos cursos que ele ministrava, o autor aprendeu na prática a escrever, as bases de como tornar uma mera história de ficção em uma obra que atraísse a atenção das pessoas.

“Futuro! – Contos fantásticos de outros lugares e outros tempos” é uma obra parte Fantasia, parte Ficção Científica, parte Horror, e que poderá vir a se tornar realidade, quer em outra época, no futuro, quer em outra dimensão paralela à nossa. Vivemos em um Cosmos que não é o único, nessa teia multidimensional chamada Multiverso. Ele existe, segundo as mais avançadas teorias da cosmologia. São Universos Paralelos, interligados por caminhos ou “wormholes” – buracos de minhoca. Um “wormhole” conecta dois buracos negros, ou singularidades, em que a gravidade é tão elevada que nada pode escapar de sua atração gravitacional, nem mesmo a luz. Em tais “wormholes”, o tempo e o espaço perdem suas características, tornam-se algo que somente pode-se especular e deduzir matematicamente.

“Futuro! – Contos fantásticos de outros lugares e outros tempos” é uma coletânea de treze contos e noveletas. Invasões alienígenas por seres implacáveis, ameaças vindas dos confins da Via Láctea por entidades invencíveis, a luta do Homem contra uma raça peculiar e destrutiva ao extremo, terrível e que odeia o ser humano sem motivo algum. Esses são exemplos de contos em que o leitor poderá não enxergar qualquer possibilidade de sobrevivência para o Homem. Mas, ao lado de relatos de pesadelo, surgem contos que nos falam de emoções. Uma máquina pode apresentar emoções? Ela poderia sentir, se emocionar? Nosso povo já esteve à beira da catástrofe nuclear, em 1962. Isso é realidade. Mas e se nossa sobrevivência tivesse sido conseguida com uma pequena ajuda de uma raça semelhante à nossa em tudo, na aparência, na língua, nos costumes? E que desejaria viver na Terra, ao lado de seus irmãos humanos? Há histórias neste livro que trazem ao leitor uma guerra milenar, que poderá bem ser interrompida por um casal, cada indivíduo situado em cada lado da contenda. E há histórias de terror, como uma presença, não mais que uma forma, que mata, destrói e não deixa rastros. 
Enfim, é uma obra de ficção, mas que poderá vir a se revelar algo palpável para o Homem, como na narrativa profética da destruição de um planeta inteiro.

PARA ADQUIRIR O LIVRO OU SABER MAIS: CLIQUE AQUI.


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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Crônica "Síndrome de Pilatos", por Rafael Caputo


Recentemente, atendi um pai de aluno que simplesmente me disse: “Professor, eu lavo as minhas mãos.” Pasmem, o assunto que discutíamos era a falta de comprometimento do seu próprio filho em assistir as videoaulas e o comportamento inadequado do garoto nos encontros presenciais, atitudes que vinham comprometendo todo o sucesso do binômio ensino-aprendizagem. Uma verdadeira afronta aos inúmeros profissionais da Educação que estavam se virando nos trinta para dar conta do recado em plena pandemia. Por conta do que dizia Paulo Freire: “não há educação sem amor”, tal afirmativa acabou me lembrando uma passagem bíblica, foi inevitável.

Provavelmente, você já deve ter ouvido falar em Pôncio Pilatos, o governador da província da Judeia, que – literalmente – lavou as mãos em um dos julgamentos mais importantes da história da humanidade. O réu em questão era um “rebelde” considerado fora dos padrões que chamava a atenção de todos e, consequentemente – ainda que só pregasse o amor –, incomodava os poderosos da época (líderes políticos e religiosos). Pilatos, como representante do poder na região, tinha total autoridade para julgar e decidir – por sua própria análise de mérito – se o acusado era culpado ou inocente; mas adivinhe? Ele não o fez.

O que me intriga é o fato de que, mais de dois mil anos depois, a história se repete, se repete e se repete. Fico me perguntando: Quantos pais, líderes, governantes – e, inclusive, colegas de profissão – também não sofrem com essa que chamo de Síndrome de Pilatos?

Por outro lado, o que me conforta é saber que na contramão da história, vez ou outra, “rebeldes” aparecem para – justamente – quebrarem o modus operandi padrão. Obrigado, Senhor!

Pouco tempo atrás, por exemplo, na terra do Improvável – apelidada de Brasil –, um representante do poder não se fez omisso e julgou aqueles que mereciam (e deveriam) ser julgados. Ao invés de lavar as mãos, lavou à jato. Depois disso, virou Ministro. Porém, não durou muito. Realmente, é impossível agradar a todos! Ainda assim, durante o curto tempo que ficou no cargo, teve não só a autoridade, mas também o carisma e quiçá um pouco do respeito de um povo que – ironicamente – ainda o via como um salvador, mas que, no fim, voltou a escolher Barrabás. Vai entender?!

Se somente a Educação tem o poder de transformar o mundo, e não há como falar de Educação sem Amor. Seja presencial ou à distância. A solução parece simples, mas não é. Amar dá trabalho, exige tempo, dedicação e paciência. É muito mais fácil lavar as mãos (com ou sem álcool em gel). Infelizmente, é só o que continuamos a ensinar dois mil anos depois de Cristo, e de Pilatos. 

Ecce homo”.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Terminou o primeiro mês do ano, por Simone Fontarigo


Ontem foi o Réveillon, anteontem o Natal e hoje... já chegamos ao final do primeiro mês do ano. E como este ano resolvemos que não vamos mais deixar nossas metas se acumularem, eu venho hoje aqui para perguntar: você já começou a colocar em prática as metas literárias programadas para esse ano?
Se a resposta for “sim”, parabéns, continue assim. Mas se a resposta for “não”, imagine uma luzinha amarela acendendo dentro de você. É sério. Se iniciarmos a ano arrastando nossas metas e as deixando para outra hora, vamos chegar no final de ano sem ter realizado a maior parte delas. E o pior: não por termos tentado e não ter dado certo, mas por não termos nem tentado por “falta de tempo”.
Se você realmente quer colocar em prática seus objetivos, aqui vão três coisas que você precisa ter: disciplina, disciplina e disciplina. Não está dando para ler nem um capítulo por dia do livro que você havia se programado para ler? Não está tendo tempo de sentar para escrever? Mude sua rotina. Se continuar fazendo sempre as mesmas coisas, terá sempre os mesmos resultados. É matemático.
Acorde uma hora mais cedo, controle o tempo em que você passa nas redes sociais, aprenda a dizer “não” a quem tira o seu foco. Estou te falando isso agora, no final do primeiro mês do ano, para que ainda dê para recuperar o tempo perdido e cumprir todas as suas metas do ano.
Termino deixando para você uma frase atribuída ao filósofo, matemático, astrônomo e músico grego Pitágoras: “Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito. ”

Vamos começar hoje? 

Simone Fontarigo é jornalista e escritora, com poesias e contos publicados em diversas antologias. Nascida e criada no Rio de Janeiro, é casada e tem um filho.

simone.fontarigo@gmail.com

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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O jornalista e escritor Arthur Dapieve comanda a Oficina de Crônica pelo Instituto Estação das Letras


O jornalista e escritor Arthur Dapieve  comanda a Oficina de Crônica pelo Instituto Estação das Letras, com a finalidade de  definir, apreciar e praticar a crônica, considerado gênero jornalístico-literário que alguns estudiosos veem como essencialmente brasileiro. A “Oficina da Crônica” será realizada virtualmente dias 11, 13 e 15/01, das 19h às 21h. 

Dapieve provocará os alunos já na primeira aula, quando prevê falar sobre a história deste gênero. Leitura de crônicas clássicas e comentários sobre a produção dos participantes fazem parte do escopo das aulas.

 

No mesmo dia, Suzana Vargas começa a sua oficina introdutória sobre “Gêneros Literários”. E segue com a programação 13, 14 e 15/01, das 19h às 21h. O objetivo é identificar os procedimentos técnicos que caracterizam cada um dos gêneros literários: prosa, poesia, romance, conto e crônica, além de desenvolver o estudo e a criação de textos a partir da leitura de diversas modalidades textuais.

 

Inscrições e informações pelo e-mail iel@estacaodasletras.com.br e pelo whatsApp  (21) 99127-4088. 

 

Sobre o Instituto Estação das Letras:

O IEL nasceu do legado da Estação das Letras, instituição pioneira na formação de leitores, escritores e profissionais do livro, fundada em 1996 pela poeta, escritora e professora Suzana Vargas, hoje diretora do Instituto. 

Com programações culturais e ações de capacitação voltadas para criação literária e para o mercado editorial, coleciona em sua cartela de cursos, oficinas e workshops os principais nomes do mercado do livro e da literatura brasileira. 

Por suas salas de aula passaram talentos publicados e premiados no Brasil e no exterior. São mais de 500 livros editados e, pelo menos, 48 mil pessoas impactadas com a programação cultural e formativa, que somam 6.600 eventos e 4.000 professores capacitados.

 

Em 2020, passou a disponibilizar sua programação de aulas e eventos de forma virtual, em virtude da necessidade de isolamento social, chegando aos quatro cantos do país e recebendo também alunos de fora do Brasil, um desejo que nutria há algum tempo.

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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Rosquinhas”, por Cida Simka e Sérgio Simka


A mulher levantou-se de madrugada, às 11h, para fazer o café para a família, enquanto todos dormiam.
Passou o café, pegou o leite da geladeira, o pão no armário etc. Resolveu fazer umas rosquinhas e se pôs diante do fogão. Abriu a janela e a porta da cozinha, para que o ar da manhã pudesse entrar com mais vigor.
Minutos depois, gritou:
– Gente, o café tá pronto. Desçam logo. E tem uma surpresa: fiz rosquinhas que vocês tanto gostam.
E antes de terminar, ouviu o bando descer os degraus da escada.
Tocou o telefone na sala. A mulher foi atender.
Quando voltou, todos à mesa estavam olhando para ela.
– Você disse que fez rosquinhas, mas eu não estou vendo nem sinal – disse a filha caçula.
– Coloquei o prato bem em cima da mesa.
– Será que você, por um descuido, não colocou na geladeira? – perguntou o marido, com um sorriso malicioso.
– Não sou você que colocou as chaves do carro no congelador – retrucou a mulher.
Quando a discussão familiar estava prestes a estourar, ouviram um barulho na porta da cozinha. Imediatamente, todos olharam para lá e viram o pequeno vira-lata lambendo os beiços.

FIM


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).
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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Videoaula”, por Cida Simka e Sérgio Simka


– Boa noite, alunos e alunas, na aula de hoje...
– Peraí, prô. Não estou te ouvindo direito.
– Aperta o botão aí, Pâmela, do áudio.
– Pronto.
– Não é esse, a tela apagou.
– Acho que ela precisa fazer um curso...
– Ninguém te perguntou nada, seu babaca.
– Gente, na aula de hoje...
– Prô, é pra “mim” “entregá” os “exercício” com todos aqueles “númoros”?
– Quem foi seu professor de português, filha?
– Sabe que eu nem me lembro mais?
– A Jaqueline vivia faltando nas aulas para se encontrar com um cara, que era casado.
– Gente, acho melhor desligar o áudio de vocês.
– Prô, antes de desligarmos, posso te fazer uma pergunta?
– Já fez.
– “Num” entendi.
– Cara, o prô acabou de fazer uma piada com você. Ha, ha.
– Vou levar ao conhecimento da coordenação, pois fique sabendo.
– Por favor, peço que desliguem o áudio.
No chat, o pessoal começou a escrever.
– É isso aí, prô, não dê moleza pra eles, só porque o curso é on-line, o pessoal acha que é pra avacalhar.
– Curso on-line e a gente pagando mensalidade de curso presencial?
– Fiquei sabendo que há uma portaria do MEC determinando que 40% das aulas dos cursos presenciais podem ser feitas a distância.
– Pois é. O país está formando belos “proficionais”.
– O “encino” realmente está uma bosta.
– Gente, parem de escrever aí e se atenham ao seguinte exercício.
– Será que não teremos férias?
– Sei não.
– Estou cansado de fazer tantos exercícios. Se soubesse que seria assim, trancaria a matrícula.
– Fiquei sabendo que muitos colegas meus desistiram de fazer a faculdade porque não estavam conseguindo pagar.
– Tá difícil.
– Nossa, vejam, acho que o prô tá passando mal.
– Gente, acho que estou com um mal-estar. Daqui a pouco eu volto.
A tela ficou escura.
Para sempre.

FIM


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).
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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Fumaça”, por Cida Simka e Sérgio Simka



– Benhê, está sentindo esse cheiro?
– Estou. E por que está me olhando desse jeito? Tudo bem que faz duas semanas que não tomo banho.
– É um cheiro tipo diferente.
– Será que eu pisei em cocô de cachorro?
– Pare de falar bobagem, homem. Nem no quintal você sai.
– Acho que vem lá do vizinho.
A mulher olha para a janela da cozinha.
– Sabe, já ouvi falar que o vizinho costuma queimar umas ervas de cheiro estranho.
– Não fale sem saber a verdade.
– Tudo bem. Pode ser também que o vizinho acenda uns incensos, umas velas, fume uns charutos fedorentos.
– Cruz-credo, homem, você só fala asneira.
– Olhe, mulher, está saindo fumaça da janela da cozinha do vizinho.
– É mesmo! Vamos ver o que está acontecendo, se a gente pode ajudar de alguma forma.
O homem e a mulher se debruçam em sua janela da cozinha, que dá de frente com a da cozinha do vizinho. A mulher grita:
– Ei, aconteceu alguma coisa? Podemos ajudar?
Nisso, a janela da cozinha do vizinho se abre completamente, sai um monte de fumaça e depois aparece a cabeça da vizinha.
– Não, obrigada, é que deixei queimar de novo o frango.

FIM


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

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É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).

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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Autor/Editora: saiba como publicar ou anunciar na Revista Conexão Literatura

>> Autor/Editora: saiba como publicar, anunciar ou divulgar o seu livro no site e edições da revista Conexão Literatura: http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/p/midia-kit.html
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sábado, 20 de junho de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Leitura pra cachorro”, por Cida Simka e Sérgio Simka


– E então, amiga, não consegui me concentrar muito na revisão do livro de autoajuda que estou corrigindo.
– E por que não, amiga?
– É que de manhã tive de ler para o Sabugo, do contrário, ele não iria me deixar em paz, sabe?
– Quem é o Sabugo?
– É o meu cachorro, ele não para de arranhar a porta do escritório até eu não abrir e sair com ele.
– Você lê para o seu cachorro?
– Sim, quer dizer, mais ou menos.
– Não entendi, mas nesse tempo de pandemia, tudo é possível.
– Não me interprete mal, amiga, é que o Sabugo se acostumou a ficar no quintal toda manhã e também no fim da tarde latindo para quem passa na rua. E eu fico sentada lendo, entendeu?
– Ah, sim, agora entendi.
– Bem, amiga, como agora é fim de tarde, o Sabugo já está me olhando.
– Ok, amiga, boa leitura.
Giovana desligou o celular, pegou o livro e foi para o quintal, com o cachorro atrás dela.
– Pois, então, Sabugo, se ficar latindo para quem passar, e não prestar atenção, eu paro de ler.

FIM

CIDA SIMKA
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SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Escritora Izabella de Macedo lança livro de crônicas que retratam mulheres reais com seus desejos, alegrias e frustrações

Mulheres Normais Também têm algo a dizer

Elas conquistaram independência financeira, sofrem por amor, precisam ser fortes, gostam de comprar uma roupa nova, querem um amor para chamar de seu, trabalham para melhorar a autoestima, bebem um vinho de vez em quando, curtem um filme água com açúcar. São fortes, decididas e muitas vezes precisam esconder sua sensibilidade, seus sentimentos.

Mulheres normais é uma reunião de crônicas da escritora curitibana Izabella de Macedo que retratam as mulheres do jeito que são. Uma obra que faz ecoar pensamentos e sentimentos comuns do universo feminino, expostos como quem está de coração aberto para sorrir, chorar, se apaixonar.

As histórias são retratadas de forma descontraída, com uma linguagem informal que rompe com padrões literários para ganhar personalidade própria. Uma característica peculiar da autora, que começou a escrever sob o pseudônimo de Anastacia – seu alter ego –, e a partir daí conquistar milhares de seguidores no Instagram antes mesmo de lançar seu primeiro livro.

As crônicas são escritas em primeira pessoa, e retratam personagens em diferentes estados emocionais: entusiasmadas, felizes e desestruturadas por seus dilemas cotidianos e conflitos internos. Os acontecimentos narrados são fictícios, porém inspirados em relatos reais vividos por diferentes mulheres.

    Para o amanhã de ontem eu acordaria nova, cheia de energia, iria andar cedo na beira da praia, tomar uma água de coco e fazer tudo o que o mundo espera que eu faça. Mas choveu e o mar amanheceu de ressaca. O dia acordou nebuloso, e eu acordei desanimada. Todos os meus planos esvaziaram-se em chá de erva doce, lençol e bolsa de água quente no ventre. As costas doem, a cabeça flutua e os olhos pesados pedem para serem fechados. Eu não me entrego, sento na mesa, estudo um pouco, escrevo um pouco. Ninguém precisa de mim em lugar nenhum. (Crônica O mar está de ressaca, p. 37)

Com a delicadeza e força próprias de suas protagonistas, Mulheres normais aborda, em suma, o desejo latente de ser feliz e, mais que isso, de ser o que se é, simples assim.

Ficha técnica:
Título:  Mulheres Normais
Autora: Izabella de Macedo
Editora: Lura
Páginas: 84
Tamanho: 14x 21 cm
Preço: R$ 39,90 e R$ 9,90 (versão Kindle)
Link de venda: https://amzn.to/2YX7FoN

Sinopse: Sucesso no Instagram, Izabella conquistou dezenas de milhares de leitoras que se sentiram acolhidas pelo jeito leve, intenso e verdadeiro de escrever sobre o cotidiano feminino na sua página no Instagram (@izabellacronista). Através de suas crônicas, narradas em primeira pessoa por diferentes protagonistas que expõem situações cotidianas e sentimentos femininos, a autora deu voz às mulheres que, assim como ela, são normais e têm muito a dizer. Sabe aquela sensação de quando você ouve uma música e ela parece traduzir a sua história? Então, é isso que você vai sentir quando ler as crônicas deste livro.






Sobre a autora: Izabella tem 29 anos, é curitibana, leonina, mãe, esposa, advogada e novata no mundo da literatura. Uma mulher normal que tem muito a dizer e que por isso resolveu ser escritora.

Redes sociais:
Instagram: @izabellacronista
Facebook: Izabella de Macedo (@izabellacronista)
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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Dia dos Namorados”, por Cida Simka e Sérgio Simka


Humberto Cabeção
Do Jornal Chamem por Ele
12/06/2020 | 12:30

Hoje, por volta das 9h, o Condomínio dos Manés quase foi palco de uma tragédia. 
Ao receber a lista de presentes do Dia dos Namorados que o marido se esmerou em escrever, segundo algumas testemunhas afirmaram, a senhora C., em um ato de insanidade, correu atrás dele com uma enorme faca de cozinha e até o momento o senhor S. se encontra em lugar incerto.
A polícia foi chamada ao local e apreendeu a suposta lista dos presentes. A reportagem teve acesso a ela e divulga com exclusividade aos nossos leitores:

Assinale o presente que deseja ganhar no Dia dos Namorados:

 Jogo de panelas com tampas de vidro temperado
 Vassoura mágica – frete grátis
 Joelheira magnética
❑ Kit gel
❑ Livro de receitas: aprenda a cozinhar
❑ Luvas magnéticas
❑ Gotas divinas
 Cinta emagrecedora
❑ Gel poderoso
❑ Pílulas para emagrecimento saudável


FIM

CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).

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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – O escritor”, por Cida Simka e Sérgio Simka


Tendo lido mais de cem livros durante a pandemia, Gérson resolveu pôr umas ideias no papel e começou:
Meu querido “diario”...
Abruptamente, a caneta foi tomada de suas mãos e, com horror, Gérson viu que ela, sozinha, principiou a escrever na folha. Ao mesmo tempo, ele ouvia cada linha pronunciada:
Que ideia mais babaca, seu babaca! Escrever “meu querido diário...”. E saiba que “diário” tem acento, pois é uma palavra paroxítona terminada em ditongo. Fugiu da escola, mané? Para escrever, é necessário ser original, ter ideias fantásticas, seu imbecil. Você não passa de um estrupício...
Com raiva, Gérson pegou a folha, amassou-a e arremessou-a no cesto de lixo.
Abaixou, pegou uma garrafa de vodca e encheu um copo até a borda. Quando ia beber, ouviu:
– Não vai oferecer?
Derramou todo o líquido em sua blusa, olhando para os lados, com muito medo, pois se encontrava sozinho no escritório.
– Quem falou isso? – examinava o ambiente. 
De repente, olhou para o aquário sobre a cômoda.
E o peixinho:
– Foi o vaso quem falou.
E Gérson automaticamente olhou para o vaso de orquídeas, próximo do pequeno aquário.
E o vaso:
– Seu peixe dedo-duro!

FIM

CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).
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domingo, 31 de maio de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Mel”, por Cida Simka e Sérgio Simka


– Acho que eu e a Mel vamos ficar com “torcicólogo”.
– O que é que você disse?
– “Torcicólogo”.
– É “torcicolo”, seu ignorante. E em vez de ficar o dia todo pendurado nesta janela, poderia ler um livro.
– E a Mel?
– Ela deveria é morder sua bunda.
O marido bufou. A “salsichinha” latiu, como se concordasse.
– E o que vocês ficam olhando pela janela, posso saber?
– Nada, não.
A mulher se aproxima e vê de relance, na outra janela da casa da frente, uma moça de minissaia.
– Seu sem-vergonha, é “isso” que você fica fazendo? E eu lá embaixo, me matando de tanto trabalhar.
A mulher pega o marido pelas orelhas e saem do quarto.
– E a Mel, não vem junto?
– Não, seu traste, ela vai ficar aí.
E a Mel voltou ao que estava fazendo. Olhava para um filhote de Beagle na janela da casa da frente.


FIM


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).
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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – Teobaldo”, por Cida Simka e Sérgio Simka


Durante a pandemia, na cama, o casal se empurrava:
– Chega pra lá, mulher, estou caindo.
– Chega você, pois já estou perto da beirada.
– Será que a cama encolheu?
– Não, você é quem engordou com suas cervejas.
– E você com a quantidade de arroz que anda comendo.
O cachorro, que dormia na caminha, começou a rosnar.
– Viu que você fez? Acordou o Teobaldo.
– Já que a gente está tão próximo, por que não...
– Nem pensar. Com esse vírus, a gente não pode fazer nada.
– Não? E por que você está me cutucando?
– Não sou eu, é o Teobaldo.
Nisso, ouviram um enorme estrondo e a cama foi para o chão.
Antes que o casal pudesse falar qualquer coisa, uma chuva de fogos de artifício explodiu perto da janela do quarto do casal.
Para acompanhar, Teobaldo começou a latir. 

FIM


CIDA SIMKA
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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia – A sogra”, por Cida Simka e Sérgio Simka


A sogra de Thomas veio fazer uma visita em um fim de semana e por causa da pandemia teve de permanecer por um longo período hospedada na casa do genro.
Numa noite, enquanto jantavam, Thomas, que era metido a engraçadinho, disparou a seguinte impropriedade a sua sogra:
– Sabe, dona Gecelma, a sua filha ultimamente não tem cumprido as obrigações de esposa exemplar.
Celma, a mulher de Thomas, horrorizada, espumando de raiva, lançou um olhar assassino ao marido.
Dona Gecelma, em sua postura costumeiramente impassível, perguntou ao genro:
– E poderia me dizer quais seriam essas obrigações de esposa exemplar?
O genro, vendo que a situação estava ficando desagradável, respondeu:
– É que ela não tem me dado carinho, amor e compreensão.
Na mesma noite, a pretexto de ficarem sozinhos, Celma trancou o marido no porão e deixou o filho da mãe lá, a noite toda, esmurrando a porta.
Moral da história: JAMAIS brinque com a sogra, pois trancar Thomas no porão foi ideia dela.

FIM


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Crônica: “Uma história na pandemia”, por Cida Simka e Sérgio Simka


Na televisão, a notícia é assustadora:
“País passa de 8.500 mortes e 126 mil casos [do novo coronavírus]” * (1)

A pessoa dá um longo suspiro.
Na televisão, a notícia continua:
“Em 2º recorde consecutivo, País registra 615 mortes por covid-19 nas últimas 24h” (2)

A pessoa suspira outra vez, balançando a cabeça.
Na televisão, mais uma notícia alarmante:
“Capital poderá ter ´lockdown´ para deter avanço da Covid-19” (3)

A pessoa leva a mão à cabeça. Antes de pegar o telefone, ouve a última notícia:
“Os números seguem crescentes no Estado, que chegou ontem[5/5/2020] às 3.045 mortes e 37.853 casos confirmados. Entre estes, 2.414 estão no Grande ABC [...]
No mundo, já são 3.744.585 os pacientes confirmados com a Covid-19.” (4)

— Alô, Válter? Não, não está tudo bem, não. Quando é que você vai me pagar os aluguéis atrasados?

FIM


* Os dados utilizados no artigo são reais, extraídos das seguintes fontes numeradas.
Portal da Globo.com. Acesso em: 7 maio 2020 [página principal].
Portal do Dgabc.com.br. Acesso em: 7 maio 2020 [página principal].
Diário do Grande ABC [on-line], Setecidades, p. 4. 7 maio 2020.
País tem 615 mortes; Teich admite isolamento. Disponível em: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3408419/pais-tem-615-mortes-teich-admite-isolamento. Acesso em: 7 maio 2020.


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

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