Larissa Brasil - Foto divulgação
Larissa Brasil levou as histórias que permeavam sua mente para o papel e já conquistou prêmios, com uma literatura envolvente, cheia de suspense, tramas policiais e realismo mágico e que mostra que as mulheres estão dominando um mundo que já foi considerado bem mais masculino.
Larissa Brasil, que acaba de ser vencedora do Prêmio ABERST 2020 na categoria Melhor Livro de Suspense, com seu A Garota da Casa da Colina, começou a escrever ainda na adolescência, na maioria poemas. Mal sabia que estava começando uma jornada que retomaria em 2012, quando uma fase depressiva a levou de volta às histórias.
Ela conta: “a escrita me fez seguir em frente. Foi uma maneira de colocar os pensamentos no papel e dar voz a eles. A partir daí as histórias, que sempre ficavam presas na minha cabeça, começaram a se soltar para o mundo e eu me descobri escritora”.
Para Larissa, ser escritora no Brasil não é uma tarefa fácil: “estamos sempre concorrendo com os livros de fora, existe um certo preconceito, uma ideia de que o autor nacional é despreparado”, revela. Ela vê a tecnologia como uma aliada na mudança dessa mentalidade: “o e-book veio para ajudar nessa questão (inclusive com os valores) e hoje tem autores que só publicam em plataformas digitais, por exemplo”.
Larissa também fala sobre o preconceito por ser mulher e escrever suspense/policial. “a mulher acaba por ser descredenciada em alguns gêneros, como se devêssemos escrever apenas sobre romance. Hoje, conheço várias mulheres que se destacam no policial, suspense e thriller e no Brasil vêm crescendo esse número a cada ano”.
Ela explica que escrever esse tipo de história aconteceu de forma natural: “quando as ideias vinham, era sempre algo envolvendo suspense, medo do desconhecido, protagonistas tomando partido e indo atrás do que gosta. Na verdade, eu tenho essa característica, de criar protagonistas fortes, que vão atrás de seus objetivos, e o gênero policial se encaixa perfeitamente”, reforça.
“Nunca achei que teria estômago para estudar criminologia, mas me vi escrevendo uma história de uma investigadora de polícia que enfrenta monstros da vida real e isso me motivou muito. Foi um livro que adorei escrever. Conversei com médicos, peritos, legistas, policiais e me descobri uma escritora do gênero policial em 2020”, conta.
Seu primeiro romance, “A Garota da Casa da Colina”, acaba de ser premiado como Melhor Suspense de 2020. Seu “Conto do Coronel fantasma” rendeu a ela o prêmio ABERST de autora revelação em 2018, e ainda tem “Onde o Vento Faz a Curva”, “Tr3s”, um livro sobre bruxas que escreveu com a xará, Larissa Prado. Completam o quadro de sucessos mais dois contos policiais, “Areia Movediça” e “O Machado da Casa de Pedra”, que ganhou menção honrosa no III Prêmio Aberst de Literatura.
Para 2021, Larissa tem muitos planos, que já começaram a ser desenhados: “meu livro policial será lançado em abril e devo começar um projeto de fantasia para o público infanto-juvenil, além da continuação da história policial”. Ideias não faltam, talento, muito menos. É bom ficar de olho no que vem por aí!
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