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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Romance policial aborda os dramas e as consequências causados pelo tráfico de crianças

Ana Cláudia Esquiávo - Foto divulgação
Adotar uma criança é um processo burocrático e pode levar anos, porém uma adoção ilegal pode ter consequências devastadoras, além de ser considerado crime e gerar lucros para a rede de tráfico internacional infantil. 

Conhecida como adoção à brasileira, esse processo foge das exigências impostas pela lei. Muitos destes bebês podem ter sido tirados do seio de suas famílias logo após o nascimento ou vendidos pela própria mãe biológica. Segundo a ONG desaparecidos no Brasil, que cadastra pessoas desaparecidas e apoia as suas famílias, o país possui a maior incidência desta prática na América Latina devido à falta de uma legislação mais rigorosa. Já o site NaçõesUnidas.ORG, aponta que as crianças são quase um terço das vítimas de tráfico humano no mundo. 

Lançado na última Bienal do RJ, o livro Vidas Roubadas aborda este tema em forma de romance policial onde as duas personagens principais desbaratam uma perigosa quadrilha de tráfico infantil.  A estilista Joana se torna uma revelação após desenhar vestidos para presidiárias na cadeia. Presa injustamente pelo roubo de um bebê, ao sair da prisão ela conhece a respeitada jornalista Alexia Soares. A repórter foi obrigada a abandonar o jornalismo investigativo ao iniciar uma apuração sobre tráfico de bebês que causa riscos a sua vida.

Sobre a autora:
Ana Cláudia Esquiávo, 39 anos, é jornalista e pós graduada em comunicação e mídias digitais. Hoje atua como assessora de imprensa da Editora Eco Literário e  publica seu primeiro livro “ Vidas Roubadas”.

Sinopse:
Depois de vários atentados contra sua vida, a jornalista Alexia Soares se vê obrigada a desistir da matéria sobre tráfico infantil na qual trabalhava e abandonar o jornalismo investigativo no auge da sua carreira. Sendo transferida para a editoria de moda, Alexia se depara com a história de Joana.
A estilista Joana Prates vê sua vida dar um giro de 360° quando, após cumprir pena injustamente pelo roubo de um bebê, ela se torna a nova revelação no mundo da moda. Em meio ao preconceito por ser uma ex-presidiária, Joana precisa lidar com os fantasmas e traumas sofridos no passado.   
A inevitável aproximação entre essas duas mulheres, e o elo existente entre a injustiça sofrida por elas, acaba por trazer à tona o desejo de Joana limpar a sua honra e o de Alexia concluir sua reportagem e cumprir uma promessa antiga feita à sua mãe.
Para Joana e Alexia só há um caminho: arriscar suas vidas ao adentrarem a realidade suja e cruel que é o tráfico infantil.

O livro pode ser encontrado na versão físico (livraria da editora e Amazon) e e-book pela Amazon.

Serviço:
Título: Vidas Roubadas
Autor: Ana Cláudia Esquiávo
Preço de capa (físico): R$ 39,99
Site: https://livraria.editorialecoliterario.com.br/vidas-roubadas
Preço e-book: R$ 9,00 e gratuito para o Kindle Unlimited.
Editora: Eco Literário
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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Matéria-prima: um romance com todos os ingredientes de um clássico thriller policial


Matéria-prima é um mistério rápido e envolvente com todos os ingredientes de um clássico thriller policial. Espere sumiços, assassinatos, reviravoltas e um final perturbador.
- Victor Bonini
Jornalista e autor de "O Casamento", "Colega de quarto" e "Quando ela desaparecer"

Breve introdução: 

"Matéria prima" é um livro de suspense, com elementos de romance policial e dark romance, idealizado, roteirizado e escrito por Jonas Z. Vendrame, autor de "Relatos de sangue" e "O telefonema que não fiz", e Thaís F. Barbosa, influenciadora digital e que já vem contribuindo em vários contos. O livro é a estreia dos dois como parceiros de escrita, apesar de já ter terem criado contos. 

Estrutura narrativa: 

A história se passa nos tempos atuais na cidade de Nova York, Estados Unidos. A trama gira em torno de três personagens centrais, os capítulos se alternam seguindo os passos de cada um deles até se cruzarem.  

O livro traz características e costumes locais, houve uma pesquisa para a ambientação das "locações" das cenas, foram usados nomes de locais reais e outros fictícios. 

A história traz em sua narrativa elementos que são muito presentes como: suspense, romance, alívio cômico moderado, cenas hot moderadas, morte chocantes, pinturas, música, sangue, diálogos fortes e revira voltas. 

O objetivo dos autores foi tentar realmente trazer inovação com uma história original e bonita como uma arte. A intenção não é que seja apenas mais uma aventura policial, mas sim uma história a ser apreciada como uma música ou pintura, que o leitor ao final se sinta diferente de quando começou. Além disso, as reviravoltas foram cuidadosamente pensadas para que seja chocante e que ao mesmo tempo traga impacto. 

O objetivo do livro é agradar os leitores adeptos do suspense e romance policial, mas também captar novos leitores que não são acostumados com a literatura, é um experiência dinâmica que se assemelha a uma série de TV. 

A trama se resolve completamente no livro, no entanto fica uma deixa no final, não existe nada que impeça uma sequência futura. Mas fica ressaltado que o final foi projetado para deixar o leitor satisfeito com o desfecho final. 

O livro ainda conta com uma playlist com músicas cuidadosamente escolhidas pelos autores, todas as canções se encaixam no contexto do enredo, tornando assim uma experiência ainda mais aprofundada ao leitor. 

A linguagem é simplificada e de fácil entendimento para todas as idades.  

O público alvo vai do young adult até os mais velhos que gostam de tramas com suspense e romance policial. 

Sinopse:

A vida de Dylan, um jovem pacato, é virada do avesso quando sua irmã desaparece, sem deixar rastros, da Universidade em que estava residindo. O Rapaz se vê obrigado a deixar seu lar no interior, no Texas, para ir em busca de sua irmã em Nova York. Sozinho e sem recursos, tudo se complica quando descobre que ela não é a única garota a ter sumido nos últimos meses, mas que há uma lista de mulheres com o paradeiro desconhecido.

A cidade grande vai se revelando um cenário de grande perigo e que oferece a Dylan um jogo sangrento e com muitos enigmas a serem desvendados.

Matéria-prima é um romance policial onde nada é o que parece, onde o amor, o sangue, o fogo da paixão e muitas intrigas se entrelaçam e se desdobram nas mais improváveis direções.

"Em mãos assassinas, até uma rosa se torna suspeita."

Sobre os autores:

Jonas Vendrame nasceu em Jundiaí, é escritor, editor e redator publicitário. Já escreveu três livros e muitos contos além de participar de muitas antologias. Fã de carteirinha de suspense e terror, não para de escrever e dar vida a personagens marcantes e surpreendendo seus leitores com chuvas de mistérios e sangue.

Thaís F. Barbosa, nasceu em Sorocaba, formada em Engenharia de Produção Mecânica, sempre amou mergulhar de cabeça nos diferentes universos dos livros, principalmente naqueles suspenses que nem a deixavam dormir de tanto pensar.

Seu amor pela literatura fez com que se tornasse influenciadora e dona de IG literário, divulgando e criando resenhas. Depois de um tempo começou a se arriscar escrevendo alguns contos com o autor Jonas Vendrame. A parceria deu tão certo que agora juntos lançam o primeiro livro da dupla, "Matéria-prima'. 

Redes sociais dos autores: 

@autorjonasvendrame
@autorathais_fbarbosa
@dd2ois
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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Um prato cheio para os fãs de Romance Policial

Pedra Bruta 

Páginas: 293 páginas
Preço: R$ 48,00 (impressa) / R$28,00 (digital)​

A mais nova aventura do delegado Joaquim Dornelas

Sexta-feira, final do dia. Dornelas aguarda tranquilamente a chegada dos filhos na rodoviária de Palmyra. Assim que o ônibus estaciona, uma clássica briga de trânsito estoura perto dali. O que deveria ser um evento isolado, transforma-se num pesadelo para o delegado. Horas depois, um cadáver é encontrado numa casa do Centro Histórico. 

Um crime brutal foi cometido. O imóvel tem como proprietário um influente membro de uma das casas maçônicas da cidade. Todos os indícios apontam que uma mensagem está sendo passada. Mas qual? Dornelas é forçado a abandonar as investigações diante de uma cena estarrecedora.

Entre o amor de Dulce, os filhos, a equipe unida e leal, a cachaça favorita, as barras de chocolate na gaveta e o mingau de farinha láctea, Dornelas, um tipo humano, amante de música clássica e dono de um instinto aguçado, lança-se à caça de um assassino frio e sofisticado. Mas antes precisa enfrentar os fantasmas do seu próprio passado.

Morte na Flip​

Páginas: 272
Preço: R$ 42,00 (impressa) / R$ 25,00 (digital)​

Uma nova aventura do delegado Joaquim Dornelas​

Vai começar a Flip–Festa Literária Internacional de Palmyra, um dos eventos literários mais charmosos do mundo. Na décima edição da festa e com a cidade cheia, o delegado Joaquim Dornelas está dividido entre a alegria e a preocupação. Para ele, quanto mais gente e mais festa, maior a chance de confusão.

E é claro que o inesperado acontece, momentos antes do show de abertura: Dornelas se vê diante de uma cena que põe a si mesmo e a sua equipe, em estado de alerta. Um crime é cometido no início da madrugada. Pressionado pelo chefe e pela imprensa, nesta nova e saborosa aventura, Dornelas se vê envolvido numa complexa rede de fatos e intrigas que procuram desviar o rumo da investigação e confundir a polícia.

Embalado por sua amizade colorida com Dulce Neves, por doses de sua cachaça favorita, por seu empenho como pai à distância e por seu mingau de farinha láctea, o delegado Joaquim Dornelas mais uma vez usa de aguçada intuição e incrível faro policial para desvendar mais um complicado crime.

Réquiem para um assassino

Páginas: 224
Preço: R$ 38,00 (impressa) / R$ 22,00 (digital)​

Parecia uma manhã como outra qualquer na pequena Palmyra, uma cidade histórica no litoral do Rio de Janeiro. A caminho do trabalho, o delegado Joaquim Dornelas se espanta com um movimento incomum nas ruas. Diante da Igreja de Santa Teresa e da Antiga Cadeia, no Centro Histórico, uma multidão observa o corpo de um homem atolado na lama seca do canal.
Ninguém sabe como o corpo foi parar lá. Não há sinais de arrasto, marcas de barco, violência, ferimentos, nada. Apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo. Abandonado pela mulher e longe dos filhos, o delegado Dornelas, um tipo humano, amante de cachaça e de mingau de farinha láctea, se envolve de corpo e alma no caso em busca de salvação. 

Sem aviso, a irmã do morto e um vereador poderoso aparecem para dar informações importantes sobre o que se tornaria um caso de dimensões bem maiores do que Dornelas poderia imaginar. Aos poucos se revela uma complexa teia de interesses envolvendo a política, o tráfico de drogas, a prostituição e a comunidade local de pescadores. A intuição aguçada, a cultura e o conhecimento das forças que movem a natureza humana permitem ao delegado Joaquim Dornelas se mover habilmente pelo emaranhado de fatos e versões que a trama apresenta. O que a princípio seria mais uma investigação na sua carreira, se torna para o delegado uma jornada de transformação pessoal.

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Paulo Levy e os livros “Réquiem para um assassino”, “Morte na Flip” e “Pedra Bruta”

Paulo Levy - Foto divulgação
Antes de entrar no meio editorial, em 2001, desenvolvi uma carreira diversa entre o esporte e as letras: joguei squash profissional com participação nos rankings brasileiro, sul-americano e mundial e fui publicitário por mais de 17 anos.

Em 2001 entrei para o mercado editorial com a primeira empresa de livros digitais do país. Em seguida trabalhei com livros na editora Objetiva e com revistas na editora Horizonte.

Em 2011 lancei-me como escritor. Meu livro de estreia, Réquiem para um assassino, assim como Morte na Flip e Pedra bruta, são publicados pela editora Bússola.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Paulo Levy: Foi meio que por acidente. Assim como muita gente, desde a infância eu nutria a ideia romântica de escrever um livro. O tempo foi passando e eu relegava aquilo a segundo plano, pois nunca encontrava o tema certo. Um dia, aos 43 anos de idade, enquanto eu curtia uma semana de férias em Paraty com a minha família, saí para caminhar sozinho em frente à igreja Santa Rita, no Centro Histórico. Ali, sobre a mureta e olhando para o mar, tive uma epifania, senti como se tivesse sido atingido por um raio: vi claramente a cena do crime do primeiro livro. Essa imagem não me abandonou até que eu tomasse uma atitude a respeito. Cerca de um mês depois, acordei afobado no meio da madrugada, pois me veio em sonho a frase “Réquiem para um assassino”. Acendi a luz, anotei a frase aos garranchos num pedaço de papel e voltei a dormir. Algumas semanas depois disso, tive de voltar a Paraty para resolver um assunto na casa que minha família até hoje tem lá. Aproveitei a visita e bati nas portas da delegacia de Polícia Civil de Paraty, a 167ª DP, e na do corpo de Bombeiros. Ambos são vizinhos de muro. Questionei-os sobre o que eu havia imaginado. O pessoal da DP e dos Bombeiros foram unânimes em dizer que nada daquilo jamais havia acontecido em Paraty. Além disso, forneceram os procedimentos para se lidar com uma situação similar. Na estrada, de volta a São Paulo, decidi escrever o primeiro livro com o título recebido em sonho. Daí a criar o delegado Joaquim Dornelas foi um pulo.

Conexão Literatura: Você é autor dos livros “Réquiem para um assassino”, “Morte na Flip” e “Pedra Bruta”. Poderia comentar? 

Paulo Levy: Antes de terminar de escrever Réquiem para um assassino eu já havia concebido a ideia de colocar um crime na Flip, no caso Festa Literária Internacional de Palmyra. Sim, pois a cidade dos meus livros chama-se Palmyra, que é e não, ao mesmo tempo, Paraty. Mudei o nome para não ficar refém da realidade, para a cidade do livro não ser um mais um personagem nas estórias. Com a ótima recepção de Réquiem pelo público e crítica, lancei Morte na Flip apenas um ano depois. A recepção foi ainda melhor e resolvi, desse momento, criar uma série de livros protagonizados pelo delegado Joaquim Dornelas. Pedra Bruta chegou em 2017. Ainda este ano chega o quarto livro, que estou dando os retoques finais.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seus livros? 

Paulo Levy: Quanto mais eu me aprofundava nas estórias, nos personagens, mais pesquisa eu me dedicava a fazer. Cada estória exigiu um lote diferente de pesquisas. Embora seja ficção, para que a trama tenha credibilidade, ela deve estar escorada em procedimentos utilizados no mundo real. Pelo que tenho notado, o trabalho de pesquisa tem sido mais intenso e profundo a cada livro. Pedra bruta, por exemplo, por envolver a maçonaria, exigiu muito mais pesquisa que os dois livros anteriores juntos. Já o novo ainda mais que Pedra bruta. Quanto ao tempo de escrita, os primeiros dois livros tomaram cerca de um ano cada. Quanto a Pedra bruta e o novo, mais de dois cada.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em cada um dos seus livros?  

Paulo Levy: 

De Réquiem para um assassino:

Uma brisa leve e fresca soprava sobre a baía fazendo balançar preguiçosamente os barcos ancorados no mar e presos ao cais. Vistos de longe, pareciam bercinhos num ninar incessante. O encrespado das marolas refletia a luz morna da lua, àquela hora baixa no céu, pronta para mergulhar no mar e adormecer.
A cena tinha tudo: forma, ação e conteúdo de uma imensa pílula para dormir.
Como um boneco mal articulado, Dornelas seguiu aos trancos até a prainha da entrada do cais, além do ponto de onde foi retirado o cadáver no dia anterior.
Marcaram de se encontrar ali.
Numa manobra trabalhosa, o corpo pesado, o delegado se sentou na mureta, jogou as pernas para o lado do mar e se assustou com a figura de um homem deslizando na sua direção. Teria bebido a ponto de enxergar um profeta caminhando sobre a água? Esfregou os olhos, esforçou-se para clarear o raciocínio e reconheceu Cláudio remando a canoa caiçara de pé, vindo da ilha dos Macacos.
— Bom dia, delegado — disse o amigo ao pular na praia.
Dornelas mastigou a resposta e desceu para a areia. Cláudio arrastou a canoa para o seco e perguntou: 
— Para onde vamos?
— Subir o canal, para além da curva do mangue. 
Dornelas se esforçava para dominar o sono, não queria soar antipático. E com o receio de se esborrachar na água àquela hora da madrugada, subiu na canoa e se sentou no fundo. O amigo empurrou o barquinho para a água, saltou para dentro e saiu remando de pé. Cláudio tinha o domínio e a leveza de um equilibrista na corda bamba. 
— Onde você aprendeu isso? — perguntou Dornelas, admirado.
— Isso o quê?
— Remar de pé?
— O meu pai, doutor. 
— Nunca caiu?
— Duas ou três vezes... essas malditas lanchas!
Tendo a curiosidade satisfeita, o delegado resolveu fechar a boca assim que notou o traseiro encharcado. A cada remada o restinho de água que escorria no fundo do casco, indo e voltando, ensopava-lhe as calças.

De Morte na Flip:

O que aconteceu a seguir foi incompreensível ao delegado. Se lhe perguntassem depois, não saberia explicar. Mas de alguma forma, para ele, havia algo errado naquela cena: um homem sentado sob a capota de lona; o barqueiro no leme, de pé na popa. E não era simplesmente o fato de o barco sair para o mar numa noite escura.
Algo mais o intrigava. 
Resolveu voltar. Queria alertar o marinheiro de que havia algo errado, alguma coisa que mesmo ele, delegado, não sabia definir. Talvez ordenar que retornasse sob o pretexto de inspecionar os documentos, o número de coletes salva-vidas, assuntar sobre o destino, qualquer coisa para não deixá-lo seguir adiante. Foi aos pulos, sobre as rochas, no sentido contrário.
Navegando em águas calmas, o barco chegou rapidamente ao centro do rio. Naquele ponto, os estalidos do motor ganharam velocidade e o barquinho acelerou.
Dornelas apertou o passo. 
Temendo tropeçar nas valas negras entre as rochas, e tendo a atenção alternada entre o piso irregular e o barco que se afastava mais e mais em direção do mar, para longe das luzes da passarela, rumo à escuridão, Dornelas gritou:
— AEOU! — os braços abanando no ar.
De terno escuro e abafado pelo rugido das ondas, Dornelas era invisível ao passageiro e ao tripulante, que olhavam fixamente para frente. Sem ação, dedicou-se a ler o nome toscamente escrito em letras miúdas na proa. Não conseguiu.
— Merda!
O barco pulou as primeiras marolas e ganhou o mar. Aflito, concentrou-se então em gravar na mente o casco amarelo e branco, a tira horizontal azul, as almofadas listradas de branco com azul ou preto.
Sob o céu carregado e sem lua, o barquinho avançou um pouco mais e foi engolido pela escuridão.

De Pedra bruta:

— Doutor! Doutor! — insistia Caparrós pela linha que o delegado, sem perceber, mantivera ativa.
Até dar-se conta de que o impensável acontecera, Dornelas permaneceu imóvel por alguns segundos, como um manequim de vitrine, só que agarrado ao celular e ao filho. A conclusão do sequestro atravessou-o como um raio: o raciocínio apagou, os músculos se contraíram e a respiração passou a desenvolver-se aos trancos. Passado o baque inicial, a parte da mente dedicada à paternidade foi sendo gradativamente substituída pela de delegado de polícia, o que o fez, findo o processo, levantar o fone, colá-lo à orelha e disparar instruções ao subordinado:
— Estou aqui, Caparrós. Roberta foi sequestrada agora mesmo, sob o meu nariz.
— Mãe de Deus — sussurrou o investigador, do outro lado da linha.
— Vamos nos mexer. Quanto mais rápido, melhor. Peça para um plantonista levar a arma até o Chagas. Melhor, mande alguém ir buscá-lo e o traga para cá, aqui na rodoviária, para a coleta de impressões digitais da moto e do capacete. A arma pode esperar. Anote os números das placas. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir os seus livros e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Paulo Levy: Meus livros estão disponíveis nas livrarias que, em razão da atual conjuntura, se resumem a portais de internet. Talvez, em razão da atual crise no setor, o melhor lugar para adquiri-los seja na Amazon. Tenho um site, paulolevy.com.br, onde constam os livros em todos os formatos – impresso, ebook e audiobook –, e também depoimentos de leitores, parte do que saiu na imprensa, minhas informações pessoais e de contato. Adoro atender meus leitores.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Paulo Levy: O quarto livro está no forno. Eu planejava lançá-lo agora em maio. Em razão da pandemia de covid-19, ficou para setembro. Como vai ser, ainda não sei. Estou tateando a respeito de eventos virtuais, lives e etc. O mundo mudou até para isso. Estou à procura de uma forma de me adaptar a essa nova realidade. Vamos ver o que vai acontecer.
Em paralelo, existe o projeto de levar Réquiem para um assassino ao cinema. O roteiro já está escrito. Mas diante da incerteza dos dias atuais, nem eu nem a produtora sabemos como a coisa vai ficar.

Perguntas rápidas:

Um livro: O velho e o mar, de Ernest Hemingway
Um (a) autor (a): Paul Theroux
Um ator ou atriz: Harrison Ford
Um filme: A ponte do rio Kwai
Um dia especial: tenho dois, os nascimentos dos meus filhos

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Paulo Levy: Desejo que os novos leitores curtam tanto os livros quanto aqueles que já os leram.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Vera Carvalho Assumpção e o livro “Alyrio Cobra – Imagem Restaurada”

Vera Carvalho Assumpção - Foto divulgação
Vera Carvalho Assumpção nasceu e viveu toda a vida na cidade de São Paulo. Foi premiada em diversos concursos de contos. Criou o detetive Alyrio Cobra, paulistano que atua na cidade de São Paulo e protagoniza os livros: Paisagens Noturnas, Rigor da Forma, Peças Fragilizadas, Royal Destiny (finalista no 1º. Concurso ABERST de literatura), Serpente Tatuada, Mandalas Translúcidas e Imagem Restaurada. 
Em 2016 esteve presente na BAN Buenos Aires Negra falando sobre: Cocaína, a rainha das drogas e as investigações do detetive Alyrio Cobra. Em 2018 participou do PORTO ALEGRE NOIR coordenando a mesa “Detetives de ficção: ontem e hoje” Em 2019 participou da “Quinta Noir” na FLIPOÇOS.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Vera Carvalho Assumpção: Entrei nos meios literários ainda no final do último milênio. Escrevi diversos contos que foram premiados em concursos e foram publicados em antologias, inclusive a antologia GeraçãoSubZero. Até que resolvi me aventurar pelo romance e escolhi o gênero policial. Em 2003 foi publicada a primeira investigação do detetive Alyrio Cobra, PAISAGENS NOTURNAS pela Editora Landscape. Desde então já estou publicando a 7ª. Investigação do detetive: IMAGEM RESTAURADA. Posso dizer que Alyrio Cobra já é uma série de romances policiais.

Conexão Literatura: Você é autora do livro “Alyrio Cobra – Imagem Restaurada”. Poderia comentar?

Vera Carvalho Assumpção: Como já disse, IMAGEM RESTAURADA é a 7ª. investigação do Detetive Alyrio Cobra publicada em e-book. Alyrio Cobra é um detetive paulistano que atua quase que exclusivamente na cidade de São Paulo. Em Imagem Restaurada, ele é contratado para encontrar um sujeito desaparecido. Começa pela delegacia que registrou a ocorrência. Lá encontra a policial Luiza, amiga que o leva ao Breja´s Island, bar que pertence ao melhor amigo do desaparecido, é gerido por mulheres poderosas e está sendo disputado por facções criminosas. É neste bar, localizado numa região nobre da cidade de São Paulo, que muitas histórias acontecem e se entrelaçam, inclusive a história de uma imagem que protegia o bar e que foi roubada e quebrada. É quando esta imagem é restaurada e recolocada em seu pequeno altar no fundo do bar que vidas vão se revelar, outras se acabar, e ainda outras, inclusive a do bar, restauram a própria imagem.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Vera Carvalho Assumpção: Em geral levo um ano para concluir um livro. IMAGEM RESTAURADA envolve muito da violência praticada pelas facções criminosas, especialmente o tráfico de drogas em São Paulo. Li muito em jornais, revistas e na internet sobre o assunto. Também os telejornais sensacionalistas dão muitas dicas de como os criminosos atuam e como o tráfico acontece. Em outros livros do detetive uso um pouco da história de São Paulo, o que envolve mais pesquisa. Neste usei somente fatos da atualidade.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Vera Carvalho Assumpção:

“─ O mundo é muito mais simples do que parece, ─ ela (a poderosa Amélia, esposa do traficante Marlon) esboçou um sorriso. ─ Todo mundo quer grana e poder. No momento, o poder absoluto é o poder da cocaína! Dizem que no mundo, só perde em vendas para o petróleo. Particularmente acredito que já ultrapassou o petróleo.
Alyrio olhou-a. Seus olhos eram olhos de loba faminta.
─ Preciso admitir, ─ disse Alyrio. ─ Deixei passar alguma coisa enquanto investigava o desaparecido. Perdi algum detalhe importante. Um detalhe que talvez minha amiga Luiza tenha tido a sorte de captar.
─ Isto costuma acontecer no seu trabalho de investigador, ─ Amélia franziu a testa. ─ Também acontece no meu trabalho. Sempre há alguma coisa que deixamos passar. Algo simples, completamente banal. Este algo banal pode nos levar ao céu ou nos prejudicar muito.”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Vera Carvalho Assumpção: IMAGEM RESTAURADA está à venda na Amazon. Mesmo quem não possui o Kindle pode baixar o aplicativo em tablets, computadores ou celulares e ler o livro. Para me conhecer melhor, tenho o site www.veracarvalhoassumpcao.com.br ou o site do detetive www.alyriocobra.com.br. Também tenho a página do detetive no Facebook.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Vera Carvalho Assumpção: Há sempre uma nova investigação do Alyrio Cobra sendo alinhavada. Tenho um conto protagonizado pelo Alyrio Cobra que está saindo no livro O MELHOR DO CRIME NACIONAL, publicado pela LUVA EDITORA.

Perguntas rápidas:

Um livro: difícil!!!! Leio e releio muitos livros. Os que mais reli: 100 Anos de Solidão, Boneco de Neve, A Forma da Água
Um (a) autor (a): Jo Nesbo; Andrea Camilleri
Um ator ou atriz: Sean Connery
Um filme: O Nome da Rosa
Um dia especial: Hoje

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Vera Carvalho Assumpção: As investigações do Detetive Alyrio Cobra vêm aumentando suas vendas e se tornando mais populares. Acredito que já tem histórias suficientes para que cada uma seja um episódio de uma série para TV. Ainda não consegui, mas sonhar é preciso!
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Teu Pecado: romance policial ganha segunda edição

O escritor Wellington Budim lança pela Skull Editora a segunda edição de seu livro de estreia, Teu Pecado.

É no Babylon Nighth Club, localizado em São Paulo, que trabalha a jovem Amanda Fortes. Stripper da casa noturna, a jovem é assassinada e seu corpo é encontrado boiando no lago do Parque do Ibirapuera. Quem teria matado Amanda? Quais os motivos?

A partir do assassinato de Amanda que o leitor adentra a vida da vítima e de todos os outros personagens. A morte de Amanda faz ressurgir acontecimentos de um passado nem tão distante e que os outros personagens teimam em esconder. Nas partes íntimas da vítima um bilhete com uma letra e um número  (R67) se torna um enigma a ser desvendado pela polícia. O que isso quer dizer? 

Amanda teria sofrido violência sexual de seu padrasto. Por que ele nega? Por que  a mãe nunca aceitou tal hipótese? Qual a relação da jovem com uma enfermeira chamada Vitória casada com o delegado que assume a investigação de seu assassinato? O que Maria, que trabalha no Babylon, sabe sobre Amanda e sobre sua família? Qual o segredo que o proprietário do clube noturno esconde? O pai de Vitória tem alguma ligação com o passado de outros personagens?

Com tantas questões e os personagens tendo que lidar com o passado, culminam no surgimento de mais mentiras. Será que o os relatos que fazem são verídicos? Ninguém é tão inocente quanto parece ser. 

Ao leitor não faltará surpresas e reviravoltas ao longo de Teu Pecado, que chega em nova edição pela Skull Editora. 

A literatura policial brasileira ganha um novo escritor: Wellington Budim. 

Sobre o autor:


Wellington Budim nasceu em São Paulo. É graduado em Letras e cursou Roteiro no Senac. Trabalhou no acervo do jornal O Estado de São Paulo e hoje atua como pesquisador iconográfico na Editora Abril. A descoberta da paixão pelos livros surgiu muito cedo e, com isso, surgiu a necessidade de contar suas histórias. Teu Pecado, um romance policial, é seu livro de estreia. 


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sábado, 17 de novembro de 2018

O Enterro dos Ossos – Renata Maggessi


Simetria. Uma pessoa que tenha algum transtorno ligado à simetria, tem a sensação de que coisas ruins podem acontecer se algo estiver fora do lugar. Por vezes, os pensamentos negativos que tomam conta da pessoa e as atitudes que tem são inexplicáveis, no entanto, parece ser a forma que encontra para aliviar e se ver livre dos pensamentos obsessivos.


O prólogo da obra de Renata Maggessi, O Enterro dos Ossos, nos leva ao ano de 1981 numa casa alugada no Recreio dos Bandeirantes, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O cão de Eliseu – ainda criança – brincava no jardim. Hulk cavou o terreno e encontrou “algo sujo”. A constatação dos pais do menino, Sérgio e Luisa, logo veio: aquilo era um osso humano.

A história tem uma passagem de tempo quando começamos o capítulo primeiro da obra. Tem início no ano de 2009 – setembro daquele ano. O corpo de uma mulher é encontrado na areia da praia, por Caio e seus amigos.

“...o assassino tentou copiar a tatuagem do tornozelo direito no esquerdo. Observe as linhas. Perceba como elas são parecidas. O mesmo aconteceu com a bochecha. Ela tinha uma pinta na bochecha esquerda. O meliante “criou” uma pinta na bochecha direita (...) É óbvio que esse cara tem problema com simetria.”

Outros crimes ocorrem e ossos são encontrados. Tudo indica que nos crimes há violência sexual contra a vítima e que seu executor tem fixação por simetria. Sua obsessão por perfeição se revela na sua ação criminosa, como quem busca corrigir um erro de quem, para ele, é imperfeito. Marcas, incisões, tatuagens, podem ser feitas para dar ao corpo “imperfeito” a simetria necessária para satisfazer o distúrbio do assassino.

Diante do cenário de crimes que ocorrem, não faltam também questões que envolvam as relações humanas. Benjamin, personagem que assume o protagonismo, se vê novamente tocado por uma ex-namorada. Luana o procura anos depois do rompimento da relação, mas o seu passado esconde alguns fatos desconhecidos pelo ex-namorado. Por Benjamin o leitor acompanha também uma história de encontros e desencontros, que se travam por meio dos relacionamentos que ele constitui.

Vale mencionar que a vida dos personagens, ou pelo menos de boa parte deles, se cruza, como perceberá o leitor logo no início, formando uma teia de relações que levantam dúvidas, expões aflições e traumas de alguns personagens, conecta-os a eventos presentes e passados. Esse emaranhado de relações cria uma trama que requer atenção do leitor para sacar as entrelinhas do que vai sendo revelado e contado pela autora de forma natural (sem alardes), dando continuidade e seguindo a trajetória da história que se propôs a contar.

“E o pior é que não há indícios de quem seja o assassino. O cara não deixa rastros...”

O Enterro dos Ossos, da escritora Renata Maggessi, foi publicado pela Editora Coerência em 2018 (246 páginas). A autora nos brinda com uma trama policial, que se passa no Brasil, e que traz personagens que, além de serem ligados aos crimes (pelas relações ou por se envolverem nas investigações), carregam seus conflitos pessoais.

Interessante observarmos que Renata Maggessi usa de um recurso que desperta a curiosidade do leitor. Em dado momento as impressões sobre o psicopata são apresentadas a quem lê, mas há informações que vão surgindo e dando corpo à história. Adentramos então, duas vertentes: de um lado a visão de quem busca pelo assassino e de outro o criminoso e sua obsessão pela simetria na execução dos crimes.

Tramas policiais me atraem e o livro objeto da resenha, me fisgou. A escritora ambienta a história em seu tempo. Temos referências a situações e costumes contemporâneos, tais como músicas e o uso de aplicativo de mensagens. No que refere-se ao espaço temporal, temos um salto inicial, como foi mencionado anteriormente, que vai do prólogo ao capítulo primeiro. Depois temos mais um novo avanço no tempo, de oito anos.

O Enterro dos Ossos é uma trama e tanto, que prende a atenção de quem lê e consegue nos confundir e fascinar. Os diálogos são usuais e dão agilidade ao desenrolar da história, mesmo trazendo detalhes cotidianos dos personagens. As cenas curtas se intercalam como um quebra-cabeça que vai sendo montado, até chegarmos ao desfecho.

Não posso deixar de comentar sobre a capa, que nos coloca em total sintonia com o conteúdo do livro, atraindo a atenção do leitor. Além disso, as páginas também receberam acabamento com adornos e um crânio na numeração das páginas. Instigante.

É um livro para te prender – simetricamente – do início ao fim, que usa de um jogo interessante com o leitor ao deixar o assassino exposto, mas tratar das ligações que se cruzam e que revelam muito dos personagens. Renata apresenta um primeiro romance de uma escritora que promete boas tramas para os leitores. Que venham mais!

Sobre a autora

Renata Maggessi é jornalista e pós-graduada em Literatura Brasileira pela UERJ. Carioca, escolheu a cidade de São Paulo como morada, onde vive com seu marido e sua filha. Apaixonada por tudo o que envolve escrita e leitura, iniciou sua carreira literária a partir de diversas publicações em antologias de contos, a maioria de terror e suspense. É membro da ABERST (Associação Brasileira dos Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror) desde janeiro de 2018. O Enterro dos Ossos é seu primeiro livro solo publicado.

Ficha Técnica

Título: O Enterro dos Ossos
Escritor: Renata Maggessi
Editora: Coerência
Edição: 1ª
Número de Páginas: 246
ISBN: 978-85-5327-072-9
Ano: 2018
Assunto: Literatura policial brasileira


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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O Reino Selvagem é um romance que nos mostra que todos têm o potencial de mudar o mundo, mas somente alguns nasceram para realmente fazer isso

Quando Will-C, o gato de estimação da adolescente Drue, desaparece, ela não imagina que seu sumiço tenha a ver com uma iminente revolução, tramada nos recônditos das florestas de todo o mundo. O reino animal declara guerra aos humanos que, por séculos, destroçaram o que lhes é mais caro: o meio ambiente, o seu habitat, a sua casa.

Nesse imenso e intenso conflito de proporções globais, os pets ficam numa encruzilhada quando precisam escolher o lado a apoiar: se o dos seus donos, dos homens, ou dos seus colegas naturais, os animais.
Se o peludo e simpático Will-C tem dúvidas de que partido tomar, sua devotada e amorosa dona sabe muito bem o que precisa fazer: resgatar seu querido amigo e companheiro.

Reino Selvagem vai além de uma aventura animal de proporções épicas e fantásticas, é a história de um amor verdadeiro, que irá emocionar, alertar e inspirar humanos, donos ou não de animais de estimação.

Serviço:
O Reino Selvagem
Autor: Simon David Eden
Editorial: Planeta
Tema: Romance policial
Número de páginas: 320
Para saber mais ou adquirir o livro: Clique aqui.
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sábado, 14 de janeiro de 2017

Fernanda W. Borges, promessa da literatura policial nacional, comenta sobre seus livros e futuros lançamentos

Fernanda W. Borges
Fernanda W. Borges é uma taurina pela astrologia védica e geminiana pela ocidental, com ascendente em Aquário em ambas. Apaixonada pelo lado oculto do Universo, nasceu e foi criada no Rio de Janeiro, formou-se em Direito e especializou-se na área Penal. Atuando como servidora pública na área da Segurança há quinze anos, conhece bem as mazelas sociais e o lado mais temido do ser humano. Antes de passar a ser sua fonte principal de escrita, o crime já fazia parte de seu trabalho como policial. Seja no ocultismo, seja na literatura ou lidando com inquéritos, Fernanda gosta de ser intensa em tudo o que faz.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Fernanda W. Borges: Em 2009 eu tinha passado por problemas sérios de saúde. Durante o processo de recuperação (física e emocional), percebi mudanças na minha rotina. Uma delas, e que mexeu muito comigo, foi o fato de deixar de lado os concursos públicos. Eu simplesmente não conseguia mais ter prazer naquele tipo de estudo. Fiquei bastante chateada com essa súbita e inexplicável mudança nos meus projetos, e certo dia, enquanto assistia novamente ao filme Instinto Selvagem, pensei no quanto era difícil ver tramas naquela natureza noir ambientadas no Brasil. Eu não sabia nada sobre roteiros, mas resolvi tentar escrever um esboço de livro. Da leitura dos livros jurídicos eu passei para a escrita, eu mudava o foco. Mostrei para umas duas pessoas de minha confiança os primeiros capítulos e pediram que eu continuasse. Eu obedeci (risos) e em 2011 publiquei meu primeiro policial neo noir, Orgasmos Fatais.

Conexão Literatura: Você é autora dos livros "Orgasmos Fatais", "O Reverso do Destino" e "Sob o Signo de Escorpião" 1 e 2, ambos pela Drago Editorial. Poderia comentar?

Fernanda W. Borges: Orgasmos Fatais surgiu para ser um livro único, quer dizer, depois dele eu pensava em escrever sobre outros personagens, outras tramas. Parti para O Reverso do Destino que, a princípio, seguia apenas a linha do personagem principal do primeiro livro, o inspetor de polícia Douglas. Entretanto, era uma trama independente. O problema é que algumas histórias parecem ter vontade própria e eu notei que havia ali um grande lance, que aquelas duas histórias mereciam ter um ponto em comum no futuro. Então, com o final mais do que polêmico (amado ou odiado, não tem meio termo) de O Reverso do Destino, comecei a escrever Sob O Signo de Escorpião – Parte 1, onde os dois núcleos de personagens dos livros 1 e 2 se encontram. Penso em Orgasmos Fatais e O Reverso do Destino como duas estradas que bifurcam e iniciam Sob O Signo de Escorpião. Daí, a série Neo Noir. Em relação ao volume ou parte 2 desse terceiro livro, está em fase de pesquisas ainda, porque parte dele será ambientado nos anos 20. Eu amo os “Anos Loucos”.
Para adquirir o livro: clique aqui
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seus livros?

Fernanda W. Borges: Em relação à parte investigativa, nem preciso dizer que minha condição de policial civil, assim como minha formação jurídica, facilitam e muito no material de inspiração para os casos que crio em meus livros. Quanto ao suspense, que é algo de que eu não abro mão, procuro sempre amarrar o leitor entre um capítulo e outro, deixo sempre um ponto de interrogação, de modo que a pessoa pense: “preciso ir para o próximo capítulo! Só mais um... eita, acho que vou ler outro...”. E, claro, brincar com as reviravoltas, eu me divirto muito com isso. Toda essa elaboração toma bastante tempo, preciso rever várias vezes cada livro, e por isso acaba demorando, às vezes, mais de um ano para ficar pronto. Vou lapidando, procurando discrepâncias etc. Curiosamente, Orgasmos Fatais foi um livro que pareceu se escrever sozinho, eu o fechei em cerca de dois meses. O Reverso do Destino levou um ano em média, já Sob O Signo de Escorpião, vai caminhando pra dois anos. Eu, sinceramente, não marco com precisão o tempo de elaboração dos livros. Noto que, quanto mais experiência vamos adquirindo como escritores, o trabalho exige mais e mais, o processo não fica mais fácil, pelo contrário. Precisamos nos superar e surpreender sempre.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em um dos seus livros?

Fernanda W. Borges: Caramba, tem vários (risos). Escolho uma frase simples de um personagem do terceiro livro, Sob O Signo de Escorpião – Parte 1:

Conheço a Justiça. Quando ela dorme, sua gêmea, a Vingança, acorda. (Inspetor Douglas).

Conexão Literatura: Se você fosse escolher uma trilha sonora para os seus livros, quais seriam?

Fernanda W. Borges: Também teria tantas opções... Mas, optaria pelo Rock Nacional dos anos oitenta e algumas canções internacionais também, entre o Pop daquela geração e o Rock’n’Roll, incluindo o Progressivo. Em Orgasmos Fatais eu cito uma música da banda Zero, outra do Prince (in memorian); já em O Reverso do Destino uma cena se passa em um show do Bon Jovi que realmente ocorreu aqui no Rio de Janeiro; em Sob O Signo de Escorpião a primeira cena tem como fundo Age of Loneliness Carly’s Song, do filme Invasão de Privacidade, performance da Banda Enigma.
Gustavo Drago, Fernanda W. Borges e Roberto Laaf, no Codex de Ouro
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir os seus livros e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Fernanda W. Borges: Os dois primeiros livros estão sendo relançados pela Drago Editorial e os novos seguem pela mesma editora. No site da Drago estão disponíveis para venda e pré-venda (clique aqui). Quem preferir os e-books, pode encontrá-los no site da Amazon, que também disponibiliza dois contos sobrenaturais meus: O Suvenir da Iara e O Jogo do Copo. Eu tenho uma página no Facebook, a “Fernanda W. Borges”, e lá mantenho contato direto e diário com os leitores, interessados e amigos também. É bem fácil me encontrar e eu respondo a todos. É importante saber o que os leitores querem ler, como avaliam nossos trabalhos. As críticas que eles fazem ajudam bastante.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Fernanda W. Borges: Certamente. Este ano eu concluo um livro chamado Os Esquecidos. É policial sobrenatural, lida com casos de homicídios antigos e que tinham sido deixados de lado. Foca nas consequências desses abandonos, como as almas dessas vítimas ficariam sem obterem a tão desejada justiça. Tenho também a parte dois de Sob O Signo de Escorpião na fila. Recentemente, também foi lançada uma antologia pela editora Vermelho Marinho (Selo Llyr Editorial), chamada O Outro Lado do crime – Casos Sobrenaturais (dossiê organizado por Bruno Anselmi Matangrano e Debora Gimenes), onde participo com o conto A Herança da Guerra.

Perguntas rápidas:

Um livro: A Coisa – Stephen King.
Um (a) autor (a): Nelson Rodrigues.
Um ator ou atriz: Glória Pires.
Um filme: Instinto Selvagem.
Um dia especial: Seis de Fevereiro.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Fernanda W. Borges: Agradecer pelo convite e pela oportunidade de falar um pouco sobre o meu trabalho. Desejo sucesso a todos e que a literatura nacional consiga ser reconhecida como merece, que nossos autores tenham chances de publicar seus trabalhos, que nossos livros ganhem seus lugares de destaque nas vitrines das livrarias. Que o sol brilhe aqueles que buscam verdadeiramente por ele. Abraços a todos!


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