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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Museu da Língua Portuguesa seleciona trabalhos com o tema Canção, Música e a Diversidade da Língua Portuguesa de artistas iniciantes

 


Inscrições para a segunda edição do Plataforma Conexões poderão ser feitas a partir de 16 de janeiro. Selecionados receberão R$ 7.500 e vão se apresentar nos espaços do Museu

Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, recebe a partir de 16 de janeiro as inscrições para a segunda edição do Plataforma Conexões. O projeto, que visa apoiar e dar visibilidade a projetos de artistas e grupos iniciantes, selecionará dez trabalhos, em áreas como música, literatura, teatro e performance, com o tema Canção, Música e a Diversidade da Língua Portuguesa, que norteará boa parte da programação do Museu em 2023.  

Os escolhidos terão a oportunidade de se apresentar nos espaços da instituição, gratuitamente, tanto para o público do Museu quanto aos usuários da Estação da Luz. Os trabalhos contemplados serão programados para serem exibidos entre março e dezembro de 2023. 

As inscrições do segundo Plataforma Conexões ficarão abertas até 16 de fevereiro. Podem participar do processo artistas solo ou grupos, pessoas físicas, jurídicas ou integrantes de cooperativas, que residam ou tenham sua sede no estado de São Paulo e sejam iniciantes. Ou seja, que tenham realizado no mínimo uma e no máximo seis produções na área cultural na qual desejam se inscrever. 

Cada trabalho selecionado receberá a verba de R$ 7.500. Com esse recurso, os artistas ou grupos deverão cobrir gastos como cachês, transporte, hospedagem e eventual aquisição ou locação de materiais, entre outras despesas, considerando uma apresentação presencial no Museu. 

O edital completo, com informações sobre quem pode participar ou não, assim como os documentos exigidos, poderá ser consultado no site www.idbr.org.br/category/editais-em-aberto a partir do dia 16. Por lá, também será possível encontrar o link para o formulário da inscrição. 

Os projetos selecionados vão se juntar à programação cultural promovida pelo Museu da Língua Portuguesa, que inclui, além da exposição principal, a mostra temporária Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação (em cartaz até abril), visitas temáticas e atividades educativas. 

SERVIÇO  
2º Plataforma Conexões  
Inscrições de projetos de 16 de janeiro a 16 de fevereiro pelo site www.idbr.org.br/category/editais-em-aberto 

Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Luz s/n – Luz – São Paulo 
Terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 16h30)  
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/68203   

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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Conto "O que é piá?", por Rafael Caputo

 


O que é piá?

Rafael Caputo


Certa vez um amigo estrangeiro, que por essas terras curitibanas veio a se aprochegar, me confessou um pequeno segredo. Nem é tão segredo assim que eu não possa compartilhar. Na verdade, está mais para um fato hilário, algo de fato peculiar. Toda sexta, como um rito sagrado, seu vizinho ao lado punha carvão a queimar. Num desses dias veio o (in)esperado convite, o anfitrião Casagrande foi lá lhe chamar. Convite aceito, pensou logo ele: “Não só no cheiro hoje vou a ficar!”.

O mistério fora então revelado: costela no bafo, bendita olência que louco deixava, todas as sextas, o estrangeiro a ficar. Em certa altura do campeonato, conversa vai, conversa vem, eis que surge então uma expressão em particular. Um dos convidados, um cara gordo e engraçado, afirma em voz alta:

“Lá voava o piá!”

Piá? O que será? Um novo mistério surge a revelar. O estrangeiro então passa a desconfiar que a divertida palavra é gíria do lugar. Começa por instinto a muito observar. Repara que em volta há várias gaiolas, algumas vazias, outras compostas por pequenas aves que tendem a piar. Pensa ele:

“A expressão que ouvi trata-se de um passarinho a voar!”

Horas depois, salivando com a ponta da costela a desmanchar, escuta algo novo que interrompe de pronto o seu degustar. Aquele mesmo sujeito gordo agora afirma: o piá da água tirar. “Não pode ser! Equivocado estou eu!?” – fica o estrangeiro confuso a pensar – “Mas então, o que será?” – volta ele a se questionar.

Como um detetive implacável o estrangeiro passa a pistas procurar. Até que encontra na garagem da casa, para sua surpresa, diversas varas de pescar. “Só pode ser isso: Tambaqui, Pacu, Piá...”.

“Já sei! A expressão que ouvi trata-se de um peixe a nadar!”

Mas nada é tão simples como a imaginar. Do mesmo homem gordo e engraçado, culpado por vezes de o mistério lançar, eis que surge um menino, branquelo e pançudo, a se aproximar. “O que é piá?” – pergunta ele ao seu próprio filho que não para de choramingar. Pronto, um novo desafio é lançado ao estranho àquele lugar.

“Resolver essa é fácil!” - pensa o inocente convidado ao jantar – “Só há uma explicação possível: Piá é o nome do garoto, branquelo e pançudo, filho daquele que insiste em me provocar. Um nome que mais parece um apelido, tão engraçado quanto ao pai, que sem querer o condenara a tal alcunha carregar.”

“Já sei! A expressão que ouvi trata-se de um nome em particular!”

Porém, para espanto do estrangeiro, por ali também se encontram muitos outros piás, uns com menos pança, é verdade! Outros nem tão brancos assim. “Que estranho! Quantos piás podem existir num mesmo rol familiar? Seria essa uma tradição da região? Talvez sim, talvez não. Ora, assim fazem os árabes com os primeiros que por lá nascem. O nome do profeta eles passam a carregar. É Mohamed pra li, Mohamed pra lá.”

“Já sei! A expressão que ouvi trata-se de um herói a homenagear!”

-

Quão tolo é esse vizinho estrangeiro, que das bandas de um rio em janeiro veio para aqui ficar. Mal sabe ele que nada do que imagina está certo. Tentativas inúteis são as dele em acertar. O sentido da palavra é mais simples do que se pensa, fruto de um país rico em seu linguajar. “Piá” nada mais é que um menino, seja ele pançudo ou não, pelo menos é assim que se diz pra cá dessa bela região: o Paraná.

👲

Conto publicado na antologia "Elos da Língua Portuguesa, Vol. 2", da Academia Brasileira de Escritores, reunindo autores dos nove países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).


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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Haverá respostas para tantas perguntas?, por Ana Paula Sá

Ana Paula Sá2

Qual é o amor que nos captura - se é mesmo que o arrebatamento existe?

Seriam nossas idealizações aquilo que comumente chamamos de amor romântico? Ou, de fato, a presença e as ações de outra pessoa são aspectos que definem nosso modo de olhar e significar sua/nossa existência?

Me pego cheia de questionamentos, a partir do encontro com o eu lírico de O amor pelo qual me apaixonei, descrito como um homem apaixonado e assumido pelo autor como uma expressão de si, uma vez que o texto é apresentado como derivado de uma experiência pregressa do próprio Pierre-Richard Gerisma.

Talvez esse caráter de verdade tenha me inquietado muito diante da leitura e tenha me feito ter presente a imagem do escritor enquanto lia a expressão dos sentimentos do eu lírico. Começo explicando que é difícil, para mim, desapegar de um conceito de pós-verdade, mesmo diante de um discurso que se diz autobiográfico, tanto por ser tratar de criação literária - neste caso, livre para transformar e criar mundos -, quanto por compreender que todo relato é a expressão de uma narrativa filtrada por uma subjetividade que conta. Neste caso, acrescente-se que, ao narrar sobre si, cada pessoa expressa mais sobre o modo como vê o fato do que sobre o fato visto.

Aqui, minha leitura destaca algum anacronismo entre o relatado e o comumente vivenciado, em pleno século XXI, pois causa estranheza um homem tão devotado e virtuoso, no tempo atual - uma vez que o enredo estaria situado nos primeiros anos deste nosso século, tendo como personagens um homem e uma mulher em fases de vida adulta.

A leitura foi para mim um exercício ativo de atenção e cuidado, para que algumas perspectivas minhas sobre o mundo não entrassem em conflito com algumas perspectivas do autor. Tentando me libertar de marcadores sociais e filosóficos, o mínimo que consigo manter é este marco temporal contemporâneo entre o tempo da narrativa e o tempo em que leio o texto, daí meu estranhamento acima citado.

Outro marcador se refere à condição de vida dos sujeitos narrados, que se destacam culturalmente: jovens estudantes de medicina, em um país de baixo desenvolvimento e intensas crises sociais e políticas. Novamente, busco atenuar o atravessamento das questões socioculturais, embora tenha consciência de que esta neutralização não é possível de atingir. Digo isso, para expor a dificuldade em descolar do texto um olhar masculino a conduzir a narrativa. Embora as questões de gênero na escrita sejam difíceis de delimitar, e não cabe aqui a discussão, permito-me afirmar que é um texto eminentemente masculino e que expressa uma visão de sociedade pautada em valores heteronormativos de afirmação de papéis que não escapam ao padrão - homens valorosos se apaixonam por mulheres virtuosas.

Tomo o livro como uma narrativa sobre um amor que acometeu o eu lírico, expressa por meio de poemas e textos em prosa, semelhantes a cartas ou depoimentos. A maior parte do tempo há a presença da amada como narratária, a quem são destinados os textos, mesmo aqueles formatados como expressões de um momento de reflexão do eu lírico. O caráter depoimental é também bastante presente, como se a escrita fosse um meio de confissão - e também de convencimento, por vezes, argumentativo. O cavalheiro se expressa não apenas como um amante, mas também como valoroso homem, imbuído de beleza e inteligência, digno de ser amado e disposto às maiores honras e esforços, em nome da mulher desejada, da retribuição de seu afeto, da concretização desse amor.

Aqui destaco a construção deste sujeito a partir do arquétipo do herói, com direito a sacrifícios, provações e sofrimentos incapazes de promover reações de ódio e rancor. Como previsto em qualquer saga - real ou ficcional -, os obstáculos surgem para a consolidação desse amor. Neste caso, personificado na presença de uma terceira pessoa, um rival - assim mesmo intitulado - poderoso, capaz de tudo conquistar, inclusive o interesse da mulher em destaque.

Curiosamente, há pouco espaço para a presença desta mulher. Na verdade, há pouca descrição sobre as pessoas citadas no texto. O que nos é oferecido é a perspectiva do eu lírico sobre tais sujeitos - inclusive narrando a si mesmo. Tal distanciamento me afasta de possibilidades de identificação com os personagens, justamente por um caráter que compreendo como idealizado. É possível ser rejeitado e se manter em felicidade e amor benevolente? Como não se abalar diante do silêncio ou da ausência da criatura desejada? Em nome de quais valores, o herói abdica do amor, em detrimento de benefícios ao ser amado?

É justamente o caráter divino e arquetípico que me sugerem um toque ficcional ao texto. E com isso não digo que os fatos não aconteceram, que seja uma história inventada, apenas me questiono quanto do que lemos foi vivido, sentido e interpretado de modo distinto pelas pessoas envolvidas. Destaco, portanto, que minha leitura é direcionada e atenta à perspectiva deste eu lírico que narra o drama de amar. Ou seja, é seu olhar sobre os fatos e pessoas que me conduz e me diz como olhar para o que ele viu.

Também sobre descrição, em alguns momentos a linguagem é bastante racional, ilustrando o mundo visto por este homem patologicamente apaixonado. E aqui me pergunto: apaixonar-se não é exatamente isto - perder a razão, alterar os sentidos, sofrer de desejo, desmantelar-se e modificar rotas? É aqui onde a narrativa de Pierre-Richard me captura - na possibilidade de compreender seu estado alterado de consciência, seu olhar perturbado por uma vontade não concretizada.

Em muitos momentos da leitura senti-me lendo alguém de outro tempo, numa expressão autêntica das escolas literárias românticas, com seus valores de idealização do amor e da mulher, sublimação do sentimento, diante da não consolidação em atos, além de uma presença do transcendente - ora expressa por meio de entes divinos, ora expresso por meio da natureza. Margeando quase todo o texto, a expressão de um desejo pela concretização de um encontro carnal, a presença de uma corporalidade sensual, desejante e desejada, mas postergada e depois dispersa em outros corpos e outras presenças que não os/as do casal pretendido. Embora me pareça explícito esse apelo à sexualidade, o mesmo é marcado por uma aura de consagração, como um prêmio, um presente, uma glória interditada ao herói. Neste aspecto, reitera-se, para mim, o diálogo do autor com a tradição do romance e das narrativas clássicas, inclusive religiosas.

A divisão do texto foi algo cujo sentido me escapou. Mesmo assim, compreendo que, ao avançar na leitura, vou encontrando um eu lírico mais reflexivo, mais amadurecido, mais resignado. Suponho uma distinção temporal entre as escritas de algumas partes do livro, tomando como referência a realidade pessoal do autor que se põe como eu lírico. Embora não deixe de supor, também, a hipótese de que tudo seja um recurso narrativo, o que somente apontaria sua capacidade de criar boas histórias. Sinto, portanto, alguma dificuldade em definir e enquadrar a obra, diante do hibridismo de formatos e da variação que apresenta - não sendo isso um defeito.

O amor pelo qual me apaixonei é uma leitura que me roubou de mim, trouxe questionamentos e estranhamentos, me fez rir em alguns momentos - diante do estranhamento, mesmo, e não por ser engraçado - e me fez respirar fundo em outros, me trouxe para junto, me buliu (como dizemos aqui no Nordeste). Inesperadamente, me leva/levou a pensar em muitas coisas sobre mim mesma e sobre meu olhar perante o mundo. Demanda outras leituras para que eu consolide minha percepção sobre a obra. Percebo, entretanto, que é necessário fazê-lo sem pressa, porque o encontro com esse eu lírico me diz muito, para além das palavras usadas.


Se Pierre-Richard Gerisma escreveu o texto como forma de se libertar de tudo que viveu, o que consegue, como maldição de escrita, como sina de poeta, é entregar-se a cada leitura, num movimento de exposição de suas entranhas, de seus desejos, de suas projeções. E ao pensarmos sobre quem é esta pessoa que ama deste modo, nos captura num sem-fim de perguntas sobre também nós que o lemos, sobre o que é amar, como amar de modo válido. Está armado o feitiço!

Termino reiterando as perguntas iniciais, para as quais não pretendo respostas, justamente porque perguntar é o que nos põe em marcha, enquanto que achar respostas é o que põe fim às demandas. O amor pelo qual o eu lírico se apaixonou existiu fora de si e o conquistou? Ou esta locução conjuntiva “pelo qual” é apenas questão de tradução e não deve ser compreendida de modo literal? Sou levada a crer, a partir do título e do conteúdo da escrita, que o eu lírico se apaixonou, como ato deliberado e unilateral, por um amor que criou para si, como

expressão de seus desejos e anseios, de forma idealizada, para atender às imagens que nutria como representações d’O Amor enquanto ente. E ao lê-lo assim, é sobre mim mesma que reflito, porque, no fim, o que todo mundo deseja é ser correspondido e validado pelo olhar alheio, nem que seja por meio de ilusões e idealizações.

Nem sempre viver é melhor que sonhar - a despeito dos versos de outro poeta. Porque amar sozinho nunca é suficiente.


Texto escrito a propósito da apreciação da obra “O amor pelo qual me apaixonei”, gentilmente ofertado pelo autor Pierre-Richard Gerisma.

Professora de língua portuguesa e dramaturgista; natural do Recife / PE (BRA); curiosa das artes e tocada por algum senso estético.

 

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Ana Paula Sá é professora de língua portuguesa e mestra em educação pelo programa de Pós-graduação em Educação da UFPE (2021).

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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Escritor e jornalista lança Dicionário Brasileiro-Português em versão digital para turista levar no celular

 


Após anos morando em Portugal escritor cria guia com mais de 2 mil palavras divergentes

Durante os oito anos em que morou em Portugal, o escritor e jornalista Stevan Lekitsch foi anotando todas as palavras que eram diferentes, tanto em grafia, quanto em pronúncia, utilização ou significado, do vocabulário português de Portugal, em relação ao vocabulário português usado no Brasil.

Eram os produtos no supermercado, o que era falado nas lojas, os rodapés das notícias da televisão, e por aí vai. Toda a vez que uma palavra se diferenciava, não era reconhecida, ou tinha uma utilização diferente da que os brasileiros usavam, ia para o papel. Aliás, as compras na papelaria também eram um sufoco.

E durante os últimos anos de pandemia, as anotações se intensificaram. Tanto que o resultado foi esse: um Dicionário com mais de 2.200 verbetes: o Pequeno Dicionário Rápido e Prático Brasileiro-Português e Português-Brasileiro.

Alguns exemplos são clássicos e corriqueiros. Por aqui falamos celular, e por lá, telemóvel. A nossa palavra deriva do inglês, cell phone, e a deles do espanhol e italiano, telemóvil. Para nós, o durex vende na papelaria, e serve para colar. Para eles, é o preservativo. O nosso “durex”, eles chamam de fita-cola. O inverso também se aplica, pois há várias palavras para eles que são utilizadas de forma completamente diferente do que por nós. E vale lembrar que a quantidade de brasileiros, tanto como turistas ou como moradores, em territórios portugueses, é enorme, o que causa MUITA confusão!

“Apesar de os portugueses e nós brasileiros falarmos (teoricamente) o mesmo idioma, o Português, o fato da língua dos dois países estarem vivas, ainda em uso, e sofrendo influências constantes (dos EUA, da África, do restante da Europa), faz com que elas fiquem cada vez mais distantes uma da outra”, afirma Lekitsch.

E qual a importância desse dicionário na prática? Stevan, que vem de uma família que durante anos trabalhou no turismo, ia se sentir muito acolhido se, como brasileiro, tivesse esse dicionário na sua chegada à Portugal.

“Sou do tempo em que os turistas, ao saírem para ou chegarem a um destino, recebiam um “kit” com folhetos, mapas, dicas, vouchers de descontos, do local aonde iam, e, creio, que isso não mudou muito até hoje. A única coisa que muda agora é a tecnologia que temos. Você pode ter tudo isso digitalmente, na palma da sua mão literalmente”, explica Lekitsch.

Tanto que, pensando nisso, Stevan lançou o seu dicionário em formato digital, que pode ser adquirido e baixado no celular ou no tablet. “Ideal para aquele turista que está indo para Portugal, ou para o português que está chegando ao Brasil”, comenta ele. “O dicionário vai dentro do celular, ou do telemóvel”. Agora Stevan Lekitsch busca uma editora convencional para publicar o dicionário em formato impresso.

Sobre o autor:

Stevan Lekitsch, 49 anos, é Bacharel em Comunicação Social pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), e desde os 13 anos de idade se dedica a arte da escrita, tendo 5 livros publicados, revistas e materiais impressos editados, além de centenas de reportagens e artigos em mídias impressas e digitais. Morou por 8 anos em Portugal onde adquiriu o conhecimento e identificou as diferenças que possibilitaram a criação deste dicionário.

SERVIÇO:

Pequeno Dicionário Rápido e Prático Brasileiro-Português Português-Brasileiro

Assunto: dicionário, linguística, tradução, língua portuguesa.

Autor: Stevan Lekitsch.

Editora: Interconectada Comunicação.

ISBN: 978-65-00-45880-0.

Edição: 1ª – 2022.

Páginas: 87 páginas.

Formato: arquivo digital em PDF.

Valor: R$ 30,00.

Sistema de vendas: Hotmart.

Link para compra: https://go.hotmart.com/R71783646B

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sexta-feira, 29 de abril de 2022

Museu da Língua Portuguesa celebra o Dia Internacional da Língua Portuguesa de 5 a 7 de maio com debates, shows e performances presencias

 

Daiara Tukano - Foto divulgação

Felipe Hirsch assina a direção artística da programação do evento, que terá entrada gratuita e atividades na Praça da Língua, auditório e saguão da CPTM

Museu da Língua Portuguesa celebra o Dia Internacional da Língua Portuguesa (5 de maio) com uma série de atividades presenciais e gratuitas. Shows, performances, mesas de debate, lançamentos de livros e leituras de obras literárias vão ocupar vários espaços da instituição do Governo do Estado de São Paulo, como a Praça da Língua e o auditório, e também locais como o saguão central da CPTM. A programação acontece entre 5 e 7 de maio, quando a língua portuguesa, nas suas mais variadas dimensões, vai pulsar ainda mais dentro e fora do Museu.

Entre as atividades confirmadas no dia 5/5 estão as mesas "A origem da fala e os mitos de criação" com Jera Guarani Daiara Tukano, às 16h, e “Camões com Dendê” com a presença dos escritores Caetano Galindo e Yeda Pessoa de Castro, às 17h30. No mesmo dia, às 20h, acontece um pocket show de Juçara Marçal e Kiko Dinucci com músicas do álbum “Padê”, na Praça da Língua.  

No dia 6, Zion Gate Soundsystem e Batalha Santa Cruz - Ritmo e Poesia na Gare da Luz ocupam o Saguão Central da CPTM com música e muitas rimas poéticas, ao meio-dia. Às 14h, no auditório, Juliano Pessanha e Veronica Stigger participam da mesa "Experimentos com linguagem", e às 17h Ailton Krenak fala sobre “A ideia de nação”. 

No sábado (7), a jornalista espanhola Pilar del Río, presidenta da Fundação Saramago, e o escritor Milton Hatoum falam, às 14h, sobre o tema "Línguas Portuguesas" no auditório. Às 17h, a jornalista Eliane Brum e o professor e líder indígena André Baniwa participam da mesa “Incêndios”, com mediação da jornalista Maria Fernanda Ribeiro, no auditório do Museu.  

A edição 2022 do Dia Internacional da Língua Portuguesa tem direção artística do diretor teatral e de cinema Felipe Hirsch, convidado para criar uma programação inspirada em sua peça “Língua Brasileira”, que fez temporada no início deste ano no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação - por isso, o encerramento acontece no dia 7, às 19h, com cenas e músicas da peça interpretadas pelo grupo Os Ultralíricos. 

“Existem mesas sobre a situação política indígena e a cosmovisão das nações indígenas dentro do País. Outras falam sobre os falares africanos brasileiros e também a respeito de literatura experimental”, afirma Hirsch. “São múltiplos temas abordados por pessoas que refletem sobre o Brasil e a nossa língua por meio da música, como é o caso da Juçara Marçal e do Kiko Dinucci, ou dentro do próprio território em que residem, a exemplo do Krenak. Fico contente em saber que o Museu queira estar em movimento e discutir esses assuntos”, completa. 

O convite para Hirsch partiu da curadora especial do Museu da Língua Portuguesa, Isa Grinspum Ferraz. “A programação que vai ocorrer no Museu na semana do Dia Internacional da Língua Portuguesa traz a pulsação da nossa língua em toda a sua vitalidade e diversidade. As mesas, as aulas abertas, os shows e as performances refletem a criatividade brasileira no uso dessa língua sempre em movimento, língua que nos desafia todo o tempo a pensar sobre nós mesmos e o nosso país”, afirma Isa. 

Todas as atividades do evento serão filmadas. As gravações resultarão em um documentário dirigido pelo próprio Hirsch e com produção da Café Royal. 

Ao longo da semana, a partir de segunda-feira, dia 2, as Embaixadas do Brasil em Dublin (Irlanda), Pequim (China) e Bogotá (Colômbia), entre outras, replicam em suas redes sociais a experiência Palavras Cruzadas, da exposição principal do Museu da Língua Portuguesa. Nela, é possível descobrir o significado e a origem de uma série de palavras incorporadas em nosso vocabulário. 

No sábado, dia 7 de maio, o encerramento das celebrações do Dia Internacional da Língua Portuguesa incorpora o início de um novo projeto - a abertura da instalação “O Conto da Ilha Desconhecida”, uma homenagem ao centenário de José Saramago do Museu da Língua Portuguesa em parceria com a Fundação José Saramago, o Instituto Camões e a Companhia das Letras. Uma barca inflável, criada pela companhia Pia Fraus e livremente inspirada na obra de mesmo nome de Saramago, ficará montada no saguão B do Museu da Língua Portuguesa.  

INGRESSOS  
Toda a programação do Dia Internacional da Língua Portuguesa é gratuita. A distribuição dos ingressos acontece na bilheteria do Saguão B, duas horas antes de cada atividade. Cada pessoa poderá pegar um único ingresso, que dará acesso à atividade e também ao Museu da Língua Portuguesa, que estará aberto normalmente para quem quiser conferir a sua exposição principal e a mostra temporária Sonhei em português!

TRANSMISSÃO 
As mesas terão transmissão ao vivo pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa, com interpretação em Libras.  
www.facebook.com/museudalinguaportuguesa 
www.youtube.com/museudalinguaportuguesa   

Confira os destaques da semana do Dia Internacional da Língua Portuguesa: 

5 de maio (quinta-feira) 

10h30  
AULA ABERTA - Língua Brasileira 
Com o escritor Caetano Galindo para alunos da EMEF Infante Dom Henrique 
Praça da Língua (evento fechado para os alunos da escola) 

16h 
MESA - A origem da fala e os mitos de criação  
Com Jera Guarani e Daiara Tukano 
Auditório
(com libras e transmissão pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa)

17h30 
MESA - Camões com Dendê 
Com a escritora Yeda Pessoa de Castro e o escritor Caetano Galindo  
Auditório 
(com libras e transmissão pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa)

18h30 
Lançamento do livro “Camões com Dendê”, de Yeda Pessoa de Castro 
Terraço 

20h 
SHOW - “Padê” 
Com Juçara Marçal e Kiko Dinucci 
Praça da Língua  

6 de maio (sexta-feira) 

12h 
PERFORMANCE – Zion Gate Soundsystem e Batalha Santa Cruz – Ritmo e Poesia na Gare da Luz 
Saguão Central da CPTM 

14h 
MESA - Experimentos com Linguagem 
Com o filósofo Juliano Pessanha e a escritora Veronica Stigger 
Auditório 
(com libras e transmissão pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa)

17h  
MESA – A ideia de nação 
Com Ailton Krenak 
Praça da Língua 
(com libras e transmissão pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa)

19h  
SHOW – Lia de Itamaracá com participação especial de DJ Dolores 
Praça da Língua  

7 de maio (sábado) 
11h  
Abertura da instalação “O Conto da Ilha Desconhecida” 
Com a companhia Pia Fraus 
Saguão B 

12h 
SHOW – Orquestra Mundana Refugi 
Saguão Central da CPTM 

14h 
MESA - Línguas Portuguesas 
Com a jornalista Pilar del Río e o escritor Milton Hatoum 
Auditório 
(com libras e transmissão pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa)

17h 
MESA - Incêndios 
Com a jornalista Eliane Brum e o líder indígena André Baniwa. Mediação da jornalista Maria Fernanda Ribeiro 
Auditório 
(com libras e transmissão pelo YouTube e Facebook do Museu da Língua Portuguesa)

19h 
SHOW – Cenas e músicas da peça “Língua Brasileira” 
Com Os Ultralíricos 
Praça da Língua  

SERVIÇO  
Programação Cultural do Dia Internacional da Língua Portuguesa 
De 5 a 7 de maio  
Grátis (ingressos distribuídos 2 horas antes de cada atividade) 
Acesso pelo Portão B  

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Luz s/n - Luz - São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)  
R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia)  
Grátis aos sábados  
Grátis para crianças até 7 anos  
Ingressos na bilheteria e pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203   

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
A programação em celebração ao Dia da Língua Portuguesa conta com os seguintes parceiros: SESC SP, CPTM e EMEF Infante Dom Henrique. A produção do documentário é uma realização da Café Royal. A Instalação "O Conto da Ilha Desconhecida" é realizada em parceria com a Fundação José Saramago, o Instituto Camões e a Companhia das Letras. 

Localizado na Estação da Luz, o MLP tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção. 

O Museu da Língua Portuguesa é uma realização do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS 
A reconstrução do Museu tem patrocínio máster da EDP e patrocínio do Grupo Globo, Itaú Unibanco e Sabesp – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Calouste Gulbenkian.   

A Temporada 2022 conta com patrocínio do Grupo Volvo, do Instituto Cultural Vale e do Itaú Unibanco, apoio da Booking.com e do Grupo Ultra e das empresas parceiras Cabot, Marsh McLennan, escritório Mattos Filho, Verde Asset Management, Faber-Castell e Bain&Company. Rádio CBN, Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são seus parceiros de mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

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quinta-feira, 17 de março de 2022

Museu da Língua Portuguesa realiza encontro com agências e guias de turismo

 

Desenvolvida pelo Núcleo Educativo, atividade acontece no dia 31 de março e visa apresentar a esses profissionais as experiências e os espaços expositivos da instituição

O Museu da Língua Portuguesa, instituição do Governo do Estado de São Paulo, convida agências e guias de turismo para participar de um encontro presencial no próprio Museu. Desenvolvida pelo Núcleo Educativo, a atividade, que será realizada no dia 31 de março, visa apresentar as experiências e os espaços expositivos da mostra principal a esses profissionais. 

O objetivo é explicar as possibilidades para visitas com grupos, os procedimentos para agendamento e as normas de visitação. Representantes e equipes de agência, assim como guias avulsos, podem se inscrever por meio do e-mail agendamento@museulp.org.br ou do telefone 11 4470-1515 (ramal 104). As vagas são limitadas, e quem estiver no encontro receberá certificado pela participação. 

Ao longo de quatro horas – o evento acontecerá das 14h às 18h -, os educadores do Museu darão um panorama geral da instituição. Além disso, promoverão uma visita mediada pela exposição principal, onde há experiências como o Palavras Cruzadas e o Nós da Língua, que, por meio de textos informativos, imagens e interatividade, abordam várias questões da língua portuguesa. 

SERVIÇO  
ENCONTRO COM AGÊNCIAS E GUIAS DE TURISMO 
Dia 31 de março, das 14h às 18h  
No Museu da Língua Portuguesa  
Grátis  
Necessário agendamento prévio pelo e-mail agendamento@museulp.org.br ou pelo telefone 11 4470-1515 (ramal 1014) 

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Luz s/n - Luz - São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)  
R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia)  
Grátis aos sábados  
Grátis para crianças até 7 anos  
Ingressos na bilheteria e pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203
www.museudalinguaportuguesa.org.br  

 

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
O Museu da Língua Portuguesa é uma realização do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

A reconstrução do Museu tem patrocínio máster da EDP e patrocínio do Grupo Globo, Itaú Unibanco e Sabesp – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Calouste Gulbenkian.  

A Temporada 2022 conta com patrocínio do Grupo Volvo, do Instituto Cultural Vale e do Itaú Unibanco, apoio da Booking.com e do Grupo Ultra e das empresas parceiras Cabot, escritório Mattos Filho, Verde Asset Management, Faber-Castell e Bain&Company. Rádio CBN, Revista Piauí e Guia da Semana são seus parceiros de mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLISBOA - Candidaturas abertas até 6 de fevereiro de 2022


As candidaturas para a nova edição do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa estão a decorrer até ao dia 6 de fevereiro de 2022.


O Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa tem como objetivo estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela, conto e crónica) e da poesia, em língua portuguesa, por escritores que nunca tenham publicado uma obra literária.

A participação na presente iniciativa deverá ser feita até às 24h00 do dia 06-02-2022, por correio eletrónico, para o endereço premioliterario@uccla.pt nos termos previsto no Regulamento.

Este prémio, criado em 2015, com o Movimento 800 Anos da Língua Portuguesa, conta com a parceria da editora A Guerra e Paz - que passará a responsabilizar-se pela edição da obra premiada - e da Câmara Municipal de Lisboa.


Constituição dos membros do júri, que integra escritores e professores de todos os países de língua portuguesa:

Domício Proença - Brasil

Germano Almeida - Cabo Verde

Hélder Simbad - Angola

Inocência Mata - São Tomé e Príncipe

José Pires Laranjeira - Portugal

Luís Carlos Patraquim - Moçambique

Luís Costa - Timor-Leste

Tony Tcheka - Guiné-Bissau

Representante da Biblioteca da Região Administrativa Especial de Macau

Rui Lourido - Representante da UCCLA

João Pinto de Sousa - Representante do Movimento 800 Anos de Língua Portuguesa



Regulamento disponível no link https://www.uccla.pt/sites/default/files/regulamento_premio_revelacao_literaria_2021-2022.pdf

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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

"Sonhei em português!", nova exposição do Museu da Língua Portuguesa, será inaugurada em 12 de novembro

 

Marco Del Fiol Si Lao - Foto divulgação

Mostra temporária debate temas relacionados aos deslocamentos humanos contemporâneos, apontando como tal experiência é atravessada pela questão da língua

Sonhei em português!, a nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, já tem data confirmada de inauguração. Os visitantes poderão apreciá-la a partir do dia 12 de novembro.  

A mostra tematiza a questão da migração no século XXI, mostrando como tal experiência é atravessada pela questão da língua. Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz, a exposição ficará em cartaz até junho de 2022, no primeiro andar da sede do museu, localizado na Estação da Luz, em São Paulo, tradicional ponto de partida e chegada de migrantes no coração do bairro do Bom Retiro, que também tem todo o seu povoamento baseado na imigração.  

O título vem de um dos depoimentos exibidos na exposição e alude ao momento simbólico em que o imigrante concretiza sua ligação pessoal com a terra que o recebeu. “As línguas são diferentes porque refletem ideias, valores, conhecimentos e visões do universo também diferentes entre si. Cada língua é uma visão do cosmo, com seus provérbios, suas sonoridades, seus ritmos e sua poética própria. Cada uma delas organiza a seu modo a experiência do mundo”, explica a curadora Isa Grinspum Ferraz. Entre os migrantes que aparecem na mostra estão a chinesa Si Lao, o senegalês Papa Faty Diaw e a paraguaia Maria Teresa Ayala de Pereira (fotos em anexo). Brasileiros que foram morar no exterior também relatam suas histórias de vida.

Sonhei em português!, em processo de montagem ao longo de outubro, terá experiências visuais, audiovisuais, ambientes sonoros e obras criadas exclusivamente para o projeto. Nomes como a cantora e pesquisadora Fortuna, a diretora da Associação Cultural Videobrasil Solange Farkas e o artista Edmar de Almeida participam da exposição. Completam o time convidado pela curadoria do Museu da Língua Portuguesa, o poeta Augusto de Campos, o artista Leandro Lima, o documentarista Marco Del Fiol, o Coletivo Bijari e o Estúdio Laborg.  

A exposição temporária Sonhei em português! conta com patrocínio do Grupo Volvo e apoio do Mattos Filho Advogados, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa é uma realização do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, concebida e realizada em parceria com a Fundação Roberto Marinho. A EDP é patrocinadora máster e os patrocinadores são Grupo Globo, Itaú Unibanco e Sabesp – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Calouste Gulbenkian.   

A Temporada 2021 do Museu conta com patrocínio do Grupo Volvo e do Itaú Unibanco, apoio da Booking.com e do Grupo Ultra e das empresas parceiras Cabot, Mattos Filho Advogados, Faber-Castell, Verde Asset Management e Bain&Company. Rádio CBN, Revista Piauí e Guia da Semana são seus parceiros de mídia. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a Organização Social responsável pela sua gestão. A Temporada é realizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

SERVIÇO  
Exposição temporária “Sonhei em português!”  
A partir de 12 de novembro
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A (em frente à Pinacoteca)  
Venda de ingressos pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/68203   

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Luz s/n - Luz - São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h)  
www.museudalinguaportuguesa.org.br   

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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Nova exposição do Museu da Língua Portuguesa aborda as migrações do século XXI

 

Mostra temporária "Sonhei em português!" entra em cartaz em novembro debatendo temas relacionados aos deslocamentos humanos contemporâneos

Sonhei em português!, que tematiza a questão da migração no século XXI, mostrando como tal experiência é atravessada pela questão da língua, é o título da nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.  

Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz, a mostra entrará em cartaz em novembro, na sede do museu, localizado na Estação da Luz, em São Paulo, tradicional ponto de partida e chegada de migrantes no coração do bairro do Bom Retiro, que também tem todo o seu povoamento baseado na imigração. 

A mostra, em processo de montagem ao longo de outubro, terá experiências visuais, audiovisuais, ambientes sonoros e obras criadas exclusivamente para o projeto. Nomes como a cantora e pesquisadora Fortuna, a diretora da Associação Cultural Videobrasil Solange Farkas e o artista têxtil Edmar de Almeida participam da exposição. Completam o time convidado pela curadoria do Museu da Língua Portuguesa, o Coletivo Bijari, o Estúdio Laborg, o artista Leandro Lima, o documentarista Marco Del Fiol e o poeta Augusto de Campos. 

A exposição temporária Sonhei em português! conta com patrocínio da Volvo e apoio do Mattos Filho Advogados, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa é uma realização do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, concebida e realizada em parceria com a Fundação Roberto Marinho. A EDP é patrocinadora máster e os patrocinadores são Grupo Globo, Itaú Unibanco e Sabesp – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Calouste Gulbenkian.  

A Temporada 2021 do Museu conta com patrocínio da Volvo e do Itaú Unibanco, apoio da Booking.com e do Grupo Ultra e das empresas parceiras Cabot, Mattos Filho Advogados, Faber-Castell, Verde Asset Management e Bain&Company. Rádio CBN, Revista Piauí e Guia da Semana são seus parceiros de mídia. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a Organização Social responsável pela sua gestão. A Temporada é realizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.  

SERVIÇO  
Exposição temporária “Sonhei em português!”  
A partir de novembro
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A (em frente à Pinacoteca)  
Venda de ingressos pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/68203  

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Luz s/n - Luz - São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h)  
www.museudalinguaportuguesa.org.br 

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sábado, 18 de setembro de 2021

Você sabe qual é o significado da palavra UBERIZAÇÃO?

https://www.youtube.com/watch?v=_-OjtYWjbnQ 


Quer saber o significado da palavra UBERIZAÇÃO e ainda conhecer outras novas palavras que foram adicionadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa? Então acesse: https://www.youtube.com/watch?v=_-OjtYWjbnQ 

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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Entrevista com Katia Oliveira da Silva Xavier, Professora de Língua Portuguesa e Letramento


Katia Oliveira da Silva Xavier nasceu na cidade de Curitiba em 1982. Formada em Letras – Português/Inglês e suas Respectivas Literaturas, pela Fundação Educacional de Duque de Caxias (FEUDUC) e Pós-Graduada em Educação Inclusiva pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Filha de uma família humilde foi sempre incentivada a estudar. Aos cinco anos decidiu ser professora e desde então compartilha como os seus alunos o conhecimento. Foi premiada recentemente com o título internacional de Microsoft Innovative Educator Expert fazendo parte de um grupo seleto de educadores inovadores que compartilham ideias e experimentam novas abordagens de ensino. Mora em Almirante Tamandaré e leciona no Marista Escola Social Ecológica e Colégio Dom Bosco Bilíngue Colombo. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Você é professora de Língua Portuguesa e Letramento na Marista Escola Social Ecológica. Poderia comentar? 

Katia Oliveira da Silva Xavier: Sou docente de Língua Portuguesa dos 6ºs e 7ºs anos. Iniciei na escola com o objetivo de melhorar o letramento dos educandos que vinham da rede municipal de ensino. 

Conexão Literatura: Você auxiliou alguns educandos na inscrição para o concurso literário CONTOS, MINICONTOS E POEMAS INFANTOJUVENIS, da Revista Conexão Literatura. Poderia comentar sobre a importância desse incentivo para as crianças? 

Katia Oliveira da Silva Xavier: Eu procuro sempre incentivar os meus alunos a se desafiarem. O processo de escrita em nosso país é algo laborioso. Essa habilidade quando adquirida ainda criança torna o estudante mais confiante e o faz se sentir capaz. O educando torna-se protagonista da própria aprendizagem colocando à prova, todo o conhecimento adquirido em sala de aula. O papel do professor é instigar a aquisição do conhecimento sempre. 

Conexão Literatura: Como foi o trabalho e o desenvolvimento dos poemas e minicontos com as crianças? 

Katia Oliveira da Silva Xavier: As crianças ficaram muito felizes com a possibilidade de ter um e-book com contos e/ou poemas escritos por eles. E se aventuraram na escrita com muita dedicação e atenção. Como estamos em um período remoto, o desenvolvimento das produções foi árdua. Nos deparamos com educandos com atraso de entrega dos poemas/contos para correção, falta dos alunos nas aulas destinadas a produção dos textos e outros. Porém, todos se dedicaram muito para que apesar dos contratempos o nosso objetivo fosse cumprido. 

Conexão Literatura: Você pretende continuar incentivando os educandos para essa área de publicação infantojuvenil?  

Katia Oliveira da Silva Xavier: Com certeza, nós já estamos nos preparando para o Volume II dos CONTOS, MINICONTOS E POEMAS INFANTOJUVENIS da Revista Conexão Literatura. E com a seleção de cinco poemas na edição anterior, o número de alunos que querem participar simplesmente dobrou. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para ler os poemas e minicontos dos educandos no e-book CONTOS, MINICONTOS E POEMAS INFANTOJUVENIS? 

Katia Oliveira da Silva Xavier: Todos estão disponíveis na página da Revista Conexão Literatura, intitulada CONTOS, MINICONTOS E POEMAS INFANTOJUVENIS. Os leitores poderão fazer o download e se deliciar com belos poemas e contos. 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Katia Oliveira da Silva Xavier: Recentemente, finalizamos com alguns educandos um livro chamado ESTUDANTES DE HOJE, CORDELISTAS DO AMANHÃ. Nesse, os alunos escreveram cordéis que falam um pouco das coisas que eles apreciam fazer, iremos escrever o volume II em breve. E continuar participando da seleção da Revista Conexão Literatura. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: Pequeno Manual Antirracista de Djamila Ribeiro          

Um (a) autor (a): Machado de Assis

Um ator ou atriz: Samuel L. Jackson

Um filme: O menino que descobriu o vento.

Um dia especial: O nascimento do meu filho que hoje é uma estrelinha lá no céu. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Katia Oliveira da Silva Xavier: Venho agradecer a oportunidade de estar compartilhando a minha paixão pela educação. Acredito que essa pode mudar comportamentos, vidas e melhorar gerações.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Museu da República (RJ) recebe Encontro de Poetas da Língua Portuguesa


EPLP chega a sua quinta edição com antologia comemorativa

A poesia celebra mais uma vez a língua portuguesa. A partir do dia 31 de agosto, será realizada a quinta edição do Encontro de Poetas da Língua Portuguesa (V EPLP). A abertura do evento será no Museu da República – Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Depois do Rio, as cidades de Olinda, Recife, Lisboa (Portugal) e Luanda (Angola) sediarão a edição. O evento é gratuito,aberto ao público e com classificação livre.

Segundo Mariza Sorriso, poeta e organizadora da iniciativa, o projeto, que teve seu princípio em 2013, visa integrar e reunir anualmente poetas de todos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), além de dar a conhecer a arte e a cultura de todo o mundo lusófono. 

Atividades
A abertura acontecerá no auditório do Palácio do Catete, a partir das 10h, no dia 31 de agosto. A programação da tarde vai contar com passeio literário guiado com visita à Associação Brasileira de Letras (ABL), Biblioteca Nacional e Real Gabinete Português de Leitura entre outros locais relevantes para a cultura.

No dia seguinte, 1º de setembro, será apresentada a palestra 'A importância da integração dos poetas de língua portuguesa para a literatura' pelo prof. Luiz Otávio Oliani. À tarde, haverá o lançamento da antologia comemorativa do encontro, intitulada ‘A Poesia do Fado e dos Tambores’ (Dowslley Editora).

- Apresentamos o fado representando o colonizador e os tambores as ex-colônias de Portugal. Ao todo, são 273 poemas de 135 poetas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – explica Mariza.

A mentora do encontro comenta também que o livro evidencia a diversidade cultural que compõe os países lusófonos e reforça ainda mais os laços. “Os ‘sentires poéticos’ cumprem o papel de profetizar a história e traduzir a sensibilidade humana”.

- Na edição deste ano, reverenciamos alguns poetas consagrados em cada país sede de realização do EPLP, pela sua contribuição à cultura lusófona. Homenageamos os brasileiros Gonçalves Dias e Castro Alves, a portuguesa Fernanda de Castro e o angolano A. Agostinho Neto – declara a mentora do projeto.

Mariza destaca ainda que o desejo é integrar o maior número de poetas lusófonos, incluindo alguns que, por questões socioeconômicas, não teriam chance de serem ouvidos ou lidos. “Por isso, unimos poetas das mais variadas idades e níveis de vivência poética, renomados e premiados, ao lado de estreantes na poesia”. 

Programação nacional e internacional
Depois do Rio, em setembro, nos dias 14 e 15, quem recebe o projeto são as cidades de Olinda, no Artes & Serenatas, e em Recife, no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco.

Em seguida, os poetas se encontram em Lisboa (PT), que conta com ampla programação entre os dias 19 e 21, culminando, no dia 22, com a cerimônia na Biblioteca do Museu Nacional do Desporto-IPDJ. E, por último, o evento acontece em Luanda (Angola), nos dias 28 e 29, no Instituto Camões e no Memorial António Agostinho Neto (MANN).

Serviço:
Inscrições pelo e-mail: encontrodepoetasdalinguaportuguesa@hotmail.com
Certificado de participação somente para poetas, professores e estudantes de letras.
Prazo até dia 26 de agosto
Grátis e Aberto ao Público
Classificação: Livre
Museu da República
Sexta-feira dia 31.08.18
De 10h – abertura do evento - Museu da República
Das 10h30 às 12h – sarau com convidados
Às 13h – Pausa para o almoço
Às 14hs – início do circuito literário guiado nos principais pontos da literatura e poesia do Rio de Janeiro (ABL, Gabinete Português de Leitura, Colombo, Biblioteca Nacional). Saída a partir da Confeitaria Itajaí, centro do Rio.

Sábado - Dia 01.09
De 10h às 12h – Atividades culturais e palestras
De 12h às 13h30 – pausa para o almoço
A partir das 14h – Apresentação dos poetas e lançamento da antologia comemorativa
Às 17h – Apresentação musical de ritmos lusófonos
Às 18h – Confraternização e encerramento do evento
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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Roberto Melo Mesquita e o livro Gramática da Língua Portuguesa, por Sérgio Simka e Cida Simka


Nesta entrevista, o prof. Roberto Melo Mesquita, um dos maiores gramáticos do País, fala sobre seu trabalho e sobre sua trajetória acadêmica.

Entrevista para a revista Conexão Literatura.

O Prof. Sérgio Simka me pede para que eu conceda uma entrevista para a revista Conexão Literatura. Sinto-me muito honrado com o convite, pois que tenho muito apreço e admiração pelo seu trabalho sério e de tão grande qualidade.

Fale-nos sobre você.

Minha educação escolar básica recebi em uma escola pública de Cabreúva (SP), chamada Grupo Escolar Lucídio Motta Navarro. Na adolescência, os responsáveis por minha formação foram os frades holandeses do Seminário Nossa Senhora do Carmo em Itu (SP). Foi nessa trajetória que recebi o incentivo para a leitura e um amplo aprendizado da nossa língua, do latim e do inglês. Criei assim um vínculo com a leitura e aos 18 anos comecei a cursar Letras Clássicas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

ENTREVISTA:

Por que resolveu seguir a carreira docente? Foi influenciado por alguém?

Quando ainda estudante, dediquei-me a dar aulas de Português no Colégio São Judas Tadeu. Sem dúvidas, as minhas perspectivas estavam traçadas. Ao concluir a faculdade, trabalhei como professor no Colégio São Judas Tadeu, Colégio Nossa Senhora do Carmo, Colégio Arquidiocesano, Ginásio Estadual de Vila Ré e outros. Foi uma época muito boa e havia uma interação grande com os alunos.

Você é autor de mais de 70 obras. Qual delas lhe deu maior satisfação? E qual é a que faz mais sucesso? (de vendas, de público)

A partir da década de 70, comecei a trabalhar na Editora Saraiva como redator, e, pouco tempo depois, tive a oportunidade de colocar no papel os meus conhecimentos da Língua Portuguesa e a experiência que tinha da sala de aula. Várias obras foram publicadas, pois que o mercado de trabalho era bastante favorável.

Na década de 90, por incentivo familiar, retornei aos bancos da universidade para fazer o mestrado. Esse retorno foi um momento importante, prazeroso em minha vida. Desde então, tenho me dedicado à universidade, fazendo parte de dois grupos de pesquisa: Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP) e Educação Linguística e Ensino de Língua Portuguesa (GPEDLINP), ambos do IP-PUC/SP.

Duas obras publicadas pela Editora Saraiva me dão muita satisfação. Uma, a Gramática Pedagógica, cuja primeira edição foi lançada em 1980, já se encontra na 31ª edição. A outra, a Gramática da Língua Portuguesa, que teve sua 1ª edição em 1994 e está na 11ª edição. 

Qual a sua opinião sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor no Brasil desde 1º de janeiro de 2016?

Como língua de cultura, a Língua Portuguesa é a expressão maior de nossa cidadania. Assim, penso que devemos celebrar o Acordo Ortográfico porque ele tem a pretensão de defender a unidade essencial da Língua Portuguesa e o aumento de seu prestígio internacional, pondo um ponto final na existência de duas normas ortográficas divergentes e ambas oficiais: uma no Brasil e outra nos restantes países de Língua Portuguesa.

Aliás, no livro O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa na prática, que lançamos como coautor pela WAK Editora (http://wakeditora.com.br/loja/product_info.php?cPath=27&products_id=716), abordamos muito as mudanças que ocorreram na ortografia.

Como analisa a questão de leitura no país?

A leitura é um bem permanente que o ser humano tem. É uma porta aberta para o conhecimento, para o progresso, para a justiça entre as pessoas. A leitura é muito mais que a simples decifração de um código. Pela leitura se desenvolve e exercita o pensamento crítico. Pela leitura se desvendam as artimanhas dos discursos, percebe-se o que está por trás delas, nas entrelinhas, e se se está capacitado para a leitura do próprio mundo. Hoje se lê muito no Brasil, mas é preciso que se leia mais e mais e melhor!

O que tem a dizer a quem pretende ser professor de português?

A escola de hoje já não tem o monopólio do saber. A escola hoje tem a função de ensinar, mas ensinar nos dias atuais significa ajudar os alunos a desenvolver as suas capacidades intelectuais e a sua capacidade reflexiva em face da complexidade do mundo moderno.
E o candidato a bom professor de português hoje tem que saber que vai ter de ensinar, mas de forma a despertar no aprendiz o gosto pelo aprender. E esse gosto é traduzido em organizar os conteúdos da disciplina levando em conta as características dos alunos. O professor hoje não pode desconhecer que os aprendizes vêm à escola com uma variedade muito grande de saberes que ele encontrou fora da escola.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Roseli Gimenes e o livro A literatura brasileira do átomo ao bit, por Sérgio Simka e Cida Simka

Roseli Gimenes - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Há muitos anos sou professora. Primeiro ingressei por concurso na rede pública do Estado. Assumi aulas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa como Professora III.
Concomitante fui professora de Literatura Brasileira em colégios particulares e, logo depois, continuei esse professorado em universidades como a São Judas Tadeu, a Faap, a UNIP, entre outras.

ENTREVISTA:

Você é coordenadora geral do curso de Letras da UNIP. Fale-nos sobre seu trabalho na universidade.


Antes de assumir a coordenação geral do curso de Letras da UNIP, fui professora de muitos cursos lecionando produção de textos para o Direito, Psicologia, Propaganda e Marketing, por exemplo.
Na coordenação de Letras, o tempo integral de trabalho gira em torno da estrutura do projeto pedagógico do curso tanto no presencial como no EAD, do ementário do curso em relação às diretrizes do MEC, da aderência de professores ao curso e da pesquisa de estudantes e dos docentes, entre outras coisas.

Fale-nos sobre seu processo de pesquisa.


Em se tratando de pesquisa, é sempre necessário incentivar estudantes e docentes a essa tarefa. Partindo, por exemplo, de minha graduação em Letras Licenciatura e Bacharelado, continuei meu processo - interminável - de pesquisa. No mestrado, ligando literatura e psicanálise; no doutorado, ligando cinema e psicanálise e literatura e as novas tecnologias. Como educadora, trabalho neste momento com a pesquisa em inteligência, relacionando-a a adjetivos que vão colorir sua contribuição: inteligência emocional, inteligência artificial e, recentemente, inteligência libidinal, objeto de meu pós-doutoramento.


Fale-nos sobre seus livros.

Todo o trajeto de minhas pesquisas aparece em meus livros. ‘A menina de Lacan: um conto Rosa’ é resultado das pesquisas entre literatura e psicanálise já que abordo um conto de Guimarães Rosa cuja personagem poderia ser estudada pelo viés da psicose de acordo com preceitos psicanalíticos. Em ‘Psicanálise e cinema. O cinema de Almodóvar sob um olhar lacaniamente perverso’ (meu livro mais bem vendido), o próprio título é bastante esclarecedor sobre o tratamento que aponto em algumas películas do cineasta espanhol. Já em meu último livro ‘A literatura brasileira do átomo ao bit’, volto o olhar diacrônico e sincrônico do percurso da literatura brasileira desde o descobrimento até as mais recentes obras criadas de forma digital no século XXI. Uma profícua relação da literatura com o livro impresso e as novas tecnologias dos e-books, por exemplo.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?


Os pesquisadores podem ser acompanhados por suas publicações, os livros são exemplo disso. Mas há nas redes uma busca, além do Lattes, que ajuda a saber o que um pesquisador está fazendo. Artigos publicados, congressos de que participa, projetos de pesquisa em que está envolvido, como - por exemplo - o grupo de pesquisa de que participo: ‘Narrativas de vida dos diferentes brasis’, com professores e alunos de Letras da Unip Interativa. Ou os centros de pesquisa em que nos envolvemos, como o ‘Centro de estudos em semiótica e psicanálise da PUC/SP’, o CESPUC. Nas redes podemos nos encontrar em sessões do Café Lacaniano ou da Associação livre SP. Claro, também nela é possível ver links que levam a blogues que escrevemos em que publicamos, além de artigos científicos, crônicas e contos. Tenho alguns livros publicados com essa produção, digamos, mais literária.

O que tem lido ultimamente?

Com todo esse envolvimento com a pesquisa, tento acompanhar as novas obras literárias, para além das canônicas, que são lançadas cotidianamente. Então, o que vejo? Vejo que, sim, há público interessado na literatura para além dos estudantes de cursos de Letras. Ele está nos eventos literários que trazem autores nacionais e internacionais, nas bienais, nos encontros literários em bibliotecas públicas Brasil afora, por exemplo. São os casos bem recentes de autores consagrados como Marcelo Rubens Paiva de quem li quase todos os livros. Gostei particularmente de ‘Eu ainda estou aqui’, que aborda a questão do esquecimento, metafórico ou bem real, caso da perda de memória da mãe do escritor. Um outro autor, menos conhecido do público, tem despontado nas críticas literárias como muito interessante. Trata-se de Geovani Martins cuja obra ‘O sol na cabeça’ contém contos que misturam a linguagem colonial de guetos, se é que se pode dizer isso do registro oral que o autor faz de seus personagens, e a linguagem muito bem delineada de alguém que demonstra leitura de seus pares brasileiros ou não. Ao lado de alguns mais jovens, ainda há lançamentos de poetas que fizeram história na literatura, como Augusto de Campos, com sua obra ‘Outro‘ que permite ver em livro impresso produções poéticas verbivocovisuais (termo para além do Concretismo) que também são dadas a ‘ver’ digitalmente.

Quais os seus próximos projetos?

Dado o meu interesse pelo cinema, no momento, tenho seguido bem de perto as obras cinematográficas que trabalham a inteligência artificial como parte de um projeto em relação à inteligência libidinal, mas que vai à busca daquilo que temos lido com o autor Harari (‘Homo deus‘ , por exemplo) que é base dos sintomas da cultura contemporânea: fake news, redes sociais, IoT- internet das coisas, entre outros. Tudo isso pode ser visto em próximos congressos de que participarei: O encontro científico de Letras da UNIP, a Abralic, a ABED, o Hominus 2018 em Havana, entre outros. 

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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