Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores

Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores. Saiba mais, acesse: https://revistaconexaoliteratura.com.b...

Mostrando postagens com marcador Simka. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Simka. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Participe da antologia (e-book) CONTOS, MINICONTOS E POEMAS SOBRE UM MUNDO MELHOR. Leia o edital


PARTICIPE DA ANTOLOGIA (E-BOOK): 
CONTOS, MINICONTOS E POEMAS SOBRE UM MUNDO MELHOR

POR FAVOR, PARA QUE NÃO HAJA DÚVIDA
LEIA TODO O EDITAL

REGRAS PARA PARTICIPAÇÃO NA ANTOLOGIA DIGITAL 
CONTOS, MINICONTOS E POEMAS SOBRE UM MUNDO MELHOR

1 - Escreva um conto(s), miniconto(s) ou poema(s) sobre "Um mundo melhor". Aceitaremos até 4 textos por autor. Caso sejam aprovados, os 4  textos serão publicados.

2 - SOBRE O CONTO, MINICONTO OU POEMA: até 4 páginas cada conto(s), miniconto(s) ou poema(s), fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título. Espaçamento 1,5.
     
3 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).

4 - O(s) conto(s), miniconto(s) ou poema(s) não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.

5 - Idade mínima do autor para participação na antologia: 18 anos completos.

6 - Envie o seu poema pré-revisado. Leia e releia antes de enviá-lo.

7 - Só envie o seu texto e inscrição se realmente estiver interessado(a) em participar. Leia todo o edital.

8 - O autor(a) assume a responsabilidade, nos termos da lei, pela originalidade, autenticidade e autoria do texto enviado, seja conto, miniconto, crônica ou poema, não respondendo ao organizador ou a Revista Conexão Literatura por reclamações de terceiros, a qualquer título e a qualquer tempo.

9 - Data para envio do poema: do dia 23/08/23 até 29/09/23.

10 - Veja ficha de inscrição no final desse texto. Leia, copie as informações e preencha. Envie as informações da ficha + conto(s), miniconto(s) ou poema(s) para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: CONTOS, MINICONTOS E POEMAS SOBRE UM MUNDO MELHOR

CUSTO PARA O AUTOR:

R$ 60,00 para 01 texto aprovado. Caso o autor envie 2 textos e tenha os dois (02) selecionados, o valor será R$ 100,00 (terá R$ 20,00 de desconto). Caso o autor envie 3 textos e tenha os três (03) selecionados, o valor será R$ 150,00 (terá R$ 30,00 de desconto). Caso o autor envie 4 textos e tenha os quatro (04) selecionados, o valor será R$ 200,00 (terá R$ 40,00 de desconto). As informações para depósito serão informadas ao autor no e-mail que enviaremos caso o conto(s), miniconto(s) ou poema(s) seja aprovado.
O valor servirá para cobrir os custos de leitura crítica, diagramação e divulgação da obra.

A antologia será digital (e-book) e gratuita para os leitores baixarem através de download, ela não será vendida. A antologia será amplamente divulgada nas redes sociais da Revista Conexão Literatura: Fanpage, Instagram e Grupos do Facebook, que somam mais de 600 mil seguidores.

IMPORTANTE:
Enviaremos um e-mail até o dia 02/10/23 para o autor(a) selecionado informando sobre o resultado e a lista oficial dos autores selecionados só será divulgada 2 ou 3 dias após a confirmação do autor(a). Os autores que não confirmarem esse e-mail, serão excluídos automaticamente da lista.  A lista dos autores selecionados que confirmaram o nosso e-mail será divulgada no site www.revistaconexaoliteratura.com.br e na fanpage www.facebook.com/conexaoliteratura

OBS: Enviaremos certificado digital de participação para os autores que foram selecionados e que confirmaram o nosso e-mail.


NOSSOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:

A) - Criatividade;

B) - Textos preconceituosos, homofóbicos, pornográficos, racistas ou que usem palavras de baixo calão, serão desconsiderados;

C) - Seguir todas as regras para participação.

OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: CLIQUE AQUI.

IMPORTANTE: Envie todas as informações da ficha de inscrição abaixo para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: CONTOS, MINICONTOS E POEMAS SOBRE UM MUNDO MELHOR

________________________________________

FICHA DE INSCRIÇÃO DO AUTOR(A)

Nome completo do autor(a). Não escreva tudo em letra maiúscula:

Seu Pseudônimo (caso use), para publicação na antologia:

Idade:

Nacionalidade:

Nº do CPF:

Título do poema (Não escreva em letra maiúscula):

E-mail 1:
E-mail 2 (caso tenha):

Biografia em terceira pessoa (escreva sobre você num máximo de 7 linhas. Não escreva todo o texto em letra maiúscula):

_______________________________________

IMPORTANTE: Envie todas essas informações da ficha de inscrição para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: CONTOS, MINICONTOS E POEMAS SOBRE UM MUNDO MELHOR

O envio da ficha de inscrição + conto(s), miniconto(s) ou poema(s) para o e-mail indicado significa que o autor(a) leu todas as informações e regras dessa página para participação na antologia.

Não fique fora dessa. O concurso cultural será amplamente divulgado nas redes sociais.

COMPARTILHE ;)

OBS.: para conhecer e participar de outras de nossas antologias: clique aqui.

Siga a Revista Conexão Literatura nas redes sociais e fique por dentro do que acontece no mundo dos livros:
Compartilhe:

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Andréa Garcia Romani e o livro Sexualidade na bariátrica, por Cida Simka e Sérgio Simka

Andréa Garcia Romani - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Andréa Garcia Romani, psicóloga hospitalar, clínica, bariátrica e sexóloga. Poetisa, escritora, cantora. Paulistana, mas andreense de coração (há 36 anos). Organizadora e autora de dois capítulos do livro Sexualidade na Bariátrica - Entre peles e peso prevalece o desejo. Autora de três livros de poesia - Juventude, Sonhos e Saudades; Maturidade, Escolhas e Aprendizado e Vida, Desejo e Paixão.

Fui criada em meio à grande diversidade cultural e literária, o que me trouxe a oportunidade de desenvolver diversas linguagens. 

ENTREVISTA:

Você é uma das organizadoras do livro "Sexualidade na bariátrica". Fale-nos sobre ele.

Este livro surgiu a partir de um grupo terapêutico com pacientes pré e pós- cirurgia bariátrica, cujo objetivo era oferecer palestras específicas para temas levantados pelo grupo. Um desses temas trouxe a questão da sexualidade, sensualidade, imagem corporal e relacionamentos. Quando fomos buscar na literatura algo já produzido abordando a questão da sexualidade e cirurgia bariátrica, notamos que havia pouquíssimo material produzido a respeito. Então decidimos organizar o livro Sexualidade na Bariátrica, convidando profissionais especializados, como médicos, nutricionistas, psicólogos, entre outros, para escrever os capítulos. Inserimos depoimentos de pacientes. Depois decidimos imprimir ao livro uma linguagem artística e escrevemos poesias, convidamos um amigo psicólogo Mauro Brito que transformou em poesias relatos de seus pacientes para contribuir com esta demanda. E também sentimos a necessidade de inserir ilustrações, para isso convidamos o artista Valter Silva.

Você escreveu dois artigos para a obra. Num deles, você analisa relacionamentos, amor e sexo após a bariátrica. Poderia comentar sobre essas questões?

Os pacientes trouxeram diversos questionamentos a respeito de mudanças que poderiam ocorrer após o tratamento cirúrgico para a obesidade. 

“É verdade que quem faz a cirurgia bariátrica se divorcia?”

“O que acontece no relacionamento afetivo após o emagrecimento do paciente?”

“E a vida sexual? Muda?”

Após esses questionamentos, decidi abordar esses três temas em meu capítulo. 

Existem muitos tabus e fantasias envolvendo a sexualidade e os relacionamentos, principalmente após mudanças significativas físicas, mentais, emocionais. 

A adaptabilidade não é fácil e requer investimento das partes envolvidas. Existem alguns estudos que apontam um número expressivo de divórcios após a realização da cirurgia. E devemos questionar os motivos desses impactos. 

Fale-nos sobre seu canal no YouTube.

Decidi aproveitar meu canal no YouTube - Andréa Romani Psicóloga 

https://youtube.com/channel/UC5YziLIAS5XewFjQsCare0A

para gravar vídeos sobre os temas abordados em cada capítulo do livro. Criei um espaço chamado “Só entre nós”, para possibilitar a interação e a troca sobre temas relacionados com a sexualidade.

Você também é escritora e cantora. Fale-nos sobre essas atividades.

Como mencionei na biografia, tive a oportunidade de crescer em um ambiente com uma riqueza literária, artística e criativa com muita diversidade. Portanto, as linguagens artísticas foram se misturando. 

Através do incentivo da minha mãe Tânia Helena Garcia, que trabalhava no departamento de Cultura da prefeitura de Santo André, atuando também como gerente da Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA), ingressei no Coral Municipal de Santo André participando das atividades musicais diversas durante cerca de dez anos, com o ensinamento ímpar do maestro Flávio Florence, momento no qual pude desenvolver a musicalidade teórica e prática. Nesta época já estudava piano. Mais tarde comecei a estudar prática de banda e atualmente sou vocalista. 

Durante a adolescência, sempre escrevendo diários, surgiu a linguagem poética como oportunidade de expressão. E ali mergulhei, iniciando meu primeiro livro. Mais tarde vieram mais dois livros, totalizando 300 poesias. E tenho o quarto livro em andamento, afinal, o poeta não para… rs

Como o leitor pode conhecer mais sobre a obra e seu trabalho?

Deixo aqui links de diversos canais de comunicação e fico à disposição!

Facebook - https://m.facebook.com/psicoandrearomani/

Instagram- @psicoandrearomani

E-mail - angaropsi@gmail.com

WhatsApp- 5511994804905

YouTube - https://youtube.com/channel/UC5YziLIAS5XewFjQsCare0A

Linktr.ee - https://linktr.ee/psicoandrearomani


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). 

Compartilhe:

segunda-feira, 28 de junho de 2021

ENTREVISTA: Landerson Rodrigues e o livro O monstro atrás da porta, por Cida Simka e Sérgio Simka


Fale-nos sobre você.

Eu nasci em Recife (Pernambuco) e sempre tive vontade de escrever um livro. Era um sonho distante demais e praticamente inalcançável. Harry Potter foi o responsável por me trazer ao mundo da literatura, no quesito leitor, mas aos poucos o tipo de leitura que eu fui me adaptando e amando foram os thrillers, suspense, policial e afins. Além da escrita eu também estudei música e toco violino, às vezes faço alguns "covers" no meu Instagram.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o seu livro. O que o motivou a escrevê-lo?

Foi ao ler Garota Exemplar, em 2015, que o final de O Monstro Atrás da Porta veio em minha mente. Então pensei: "Uau! Isso daria uma boa história, preciso escrever". E aí começou a saga de escrita. Busquei inspirações em Gillian Flynn, Agatha Christie, Marisha Pessl, e claro, o mestre Stephen King.

Como analisa a questão da leitura no país?

Infelizmente é um campo muito fechado, quase inacessível e um produto cultural desvalorizado. O livro em nosso país não é visto como um bem de valor e atraente. Resultado de uma população que não é incentivada à leitura. Além do alto custo dos livros em livrarias o que deixa o setor extremamente inacessível. Há leitores sim, há espaço sim, mas poderia ser muito maior e mais avantajado se tivéssemos uma adesão populacional maior.

O que tem lido ultimamente?

Muita literatura nacional de gêneros variados. Tenho dado espaço e vez aos nossos autores e colegas de profissão. Tenho certeza que o nosso país é tão bom quanto os livros que chegam de fora, às vezes até melhor, o que falta é apenas oportunidade e que as pessoas deem uma chance para a literatura nacional.

Quais os seus próximos projetos?

Em meados de julho sairá meu novo livro intitulado "Perfeita Imperfeição". Um drama psicológico que será publicado pela mesma editora, a Pendragon, e que narra a história de Mariana. Uma jovem que vai passar uma dura e difícil jornada de autoconhecimento e vai ter que lidar com seu passado, presente e futuro. Perfeita Imperfeição é uma jornada que nos faz refletir sobre a vida, momentos, escolhas e consequências.

Além do livro, continuo com os vídeos no canal do youtube Booklogia, um espaço no qual faço resenhas, indicações e dicas para novos escritores. 

O que o motiva a escrever?

O que me motiva são meus leitores e as mensagens que recebo de incentivo e poder conectar e alcançar pessoas de tão longe através do livro. É um instrumento que realmente rompe barreiras. Hoje tenho leitores em várias partes do Brasil e fora dele e saber que posso me conectar com eles é algo incrível.

Link para o livro: https://www.lojapendragon.com.br/policial/livro-o-monstro-atras-da-porta


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020) e O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).

Compartilhe:

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

JORGE D'MORAES e o livro Um mundo particular, por Cida Simka e Sérgio Simka


Fale-nos sobre você.

Sou jornalista, escritor e trabalho no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), na Coordenação Geral de Comunicação. Sou carioca, divorciado, moro no bairro da Tijuca. Desde pequeno, morando na Ladeira de Santa Teresa, um dos lugares mais bonitos do Rio de Janeiro, descobri o interesse pela ficção, fosse pelas séries de TV de Irwin Allen (Túnel do Tempo, Perdidos no Espaço, Terra de Gigantes e Viagem ao Fundo do Mar), fosse pelos primeiros longas de O Planeta dos Macacos. Na adolescência passei a me interessar pela literatura, por Jorge Amado, Dias Gomes, Luis Fernando Veríssimo, Arthur Clarke, Philip K. Dick etc... era algo bem eclético rsrs. Mais tarde, influenciado pela Legião Urbana, fui ser vocalista de uma banda de rock (que existe até hoje). Paralelamente, fiz teatro, joguei futebol e vivi intensamente o amor pelas primeiras namoradas rsrs.

Enfim, este é um resumo de quem é o Jorge, ou do que ele fez e do que gosta.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro "Um mundo particular". O que o motivou a escrevê-lo?

Um Mundo Particular tem uma trajetória interessante. Uma indagação que sempre me incomodou é: destino ou livre-arbítrio? Até onde temos o controle das coisas que nos acontecem... e temos mesmo esse controle? Se não temos... alguém tem? Esse questionamento está presente, de alguma forma, em inúmeras obras, e um belo dia escrevi uma crônica sobre isso. Ficou perdida no tempo, num blog. Anos depois, vendo um episódio de Além da Imaginação (a série clássica), tive aquele insight famoso rsrs, e a crônica poderia se tornar um livro. Não vou revelar o episódio da série para não dar spoiler a quem quiser ler o livro. Faltava apenas um gancho... e isso me veio quando li uma reportagem sobre Paulo Coelho. Fique pensando o que teria acontecido com ele se de repente descobrissem que ele não era o autor de O Alquimista... Pronto. Eu já tinha meu livro engatilhado.

Então, Um Mundo Particular é, digamos, um grande episódio de Além da Imaginação. O leitor vai sendo apresentado aos personagens, a um mistério que percorre o livro todo. O mais interessante é que muitos leitores entraram em contato comigo para falar do que entenderam do final da trama. Porque este livro tem exatamente esta proposta, que o leitor viaje na história imaginando o que está, de fato, acontecendo, e assim interpretam o final de acordo com suas referências e com o que entenderam da história. E cada leitor 'explicava' o final de uma maneira. Achei isso fantástico, porque era isso que eu queria que acontecesse.

Na história, o leitor mais atento vai encontrar muitas referências a clássicos da literatura e vai perceber a homenagem ao criador da série Além da Imaginação.

A capa de Um Mundo Particular traz o quadro As Meninas (1656) de Diego Velazquez. A princípio, algumas pessoas perguntaram o que ela tinha a ver com a história, ou se era meramente uma escolha da editora, ou algo assim. Na verdade, este quadro tem uma particularidade que até hoje intriga pesquisadores, porque você olha para o quadro, só que não entende bem o que está acontecendo, e essa é a essência do livro. Trata-se de uma imagem dentro de uma imagem que, por sua vez, está dentro da mesma imagem, ou seja: mise en abyme. Foi uma escolha minha, com um trabalho belíssimo do pessoal da editora Chiado, lá em Portugal.

Como analisa a questão da leitura no país?

 A questão da leitura é sempre uma preocupação, porque nós, brasileiros, lemos bem pouco. Hoje em dia, com tantas possibilidades tecnológicas, com os mundos virtuais, talvez houvesse a perspectiva disso melhorar, mas, por enquanto, o que aumentou é o número de pessoas que escrevem. Afinal, chegamos num ponto em que qualquer adolescente, ou pré-adolescente, já pode ter um programa on-line, um site, um blog. Vivemos a euforia da exposição virtual. Mas, como alertava Bauman, é algo imenso e vazio, é superficial, não há preocupação com densidade, com aprofundamento. Até porque, se for 'complicado', se for 'longo', afasta o público. Mas acho que sempre vai haver gente querendo ler, querendo se informar, e produzir conteúdos que valham a pena.

O que tem lido atualmente?

Olha, no segundo semestre de 2019, resolvi ler clássicos do terror. Dei conta de que sempre conheci os personagens, mas nunca havia lido as obras. Então li Frankstein, O Médico e o Monstro e agora estou finalizando Drácula. Dos três, o único que realmente é, a meu ver, fantástico, é Drácula. É um texto que flui através de uma estratégia excepcional do Bram Stocker, de usar a narrativa em primeira pessoa, relatos dos personagens. E ele carrega muito na dramaticidade de alguns momentos de maneira grandiosa. Respeitando, claro, o contexto em que a obra foi escrita.

Qual a dica que poderia fornecer a um aspirante a escritor?

 A dica é estar atento ao dia a dia, ao que consome de cultura, às pessoas que conhece, tudo é inspiração. Não fique preso a esquemas complexos sobre o que você deve fazer para ser um escritor. No fundo, o que você precisa é gostar de escrever e de ler (para entender como desenvolver sua trama), e estruturar sua narrativa pensando que ela deve ser prazerosa para você e para seu leitor. Ao pensar na sua história, pense em como irá terminar, senão você corre o risco de se perder. Ah, e nos dias em que você estiver sem vontade de escrever... escreva assim mesmo. Autodisciplina é a chave para a conclusão do trabalho.

Quais os seus próximos projetos?

Estou pensando em algumas coisas, mas nada que valha um livro, ainda. Não tenho pressa. Se não vier nenhuma ideia boa, quem sabe Um Mundo Particular não se torne um clássico mundial, como O Apanhador no Campo de Centeio, do Salinger, e eu nem escreva outro livro rsrs. 

Abraços, Sérgio, e parabéns pelo trabalho que você desenvolve em prol da literatura. Acho mais do que importante haver pessoas como você cuidando da cultura.

Quem tiver interesse em adquirir o livro UM MUNDO PARTICULAR pode fazê-lo pelos sites como SARAIVA e AMAZON ou entrar em contato com o autor pelo e-mail: satufacha@bol.com.br.


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin, integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.
Compartilhe:

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Frank Engelbert e o livro Querendo ser Elvis, por Cida Simka e Sérgio Simka

Frank Engelbert - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Eu nasci em Londrina, no norte do Paraná, mas moro em Curitiba desde a adolescência. Tenho 48 anos e sou formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Paraná e trabalho com redação publicitária há mais de 20 anos.
Durante todo esse tempo, trabalhando com textos, eu sempre pensei em escrever ficção. Produzia alguns contos esporadicamente, mas demorei para me dedicar da forma correta e necessária para produzir um romance, que exige um período maior de trabalho e um foco maior.
Na verdade, eu também tinha aquela ilusão de que as obras nascem de um fluxo só, em que os escritores começam a escrever com a primeira palavra e terminam na última, sem ter que reescrever nada, com tudo perfeito desde o início. Isso me fazia começar e desistir várias vezes.
Quando eu aprendi que escrever é um processo, que inclusive pode ser aprendido e aperfeiçoado, tudo começou a fazer mais sentido. Foi nesse momento que eu comecei a me ver como escritor, pois entendi um pouco melhor o trabalho que exige.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro. O que o motivou a escrevê-lo?

A ideia do livro Querendo Ser Elvis nasceu bem antes de eu decidir realmente começar a escrevê-lo.
Como eu disse antes, sou publicitário e em 2007 eu estava trabalhando em uma agência que fazia parte da rádio 91 Rock, de Curitiba. Naquele lugar ouvíamos e falávamos muito sobre rock. Em um desses momentos de conversa, surgiu o assunto de Elvis Presley ter fingido a própria morte e toda a teoria da conspiração que existe por trás disso.
Lembro que naquele dia eu pensei: “e se alguém tentasse fazer o mesmo? Como seria? Acho que isso daria uma ideia para um livro.”
Pensei naquilo por uma ou duas semanas, sem escrever nada, e em seguida esqueci.
Porém, sempre quando a vontade de escrever um romance voltava, eu sempre lembrava desse princípio de ideia e começava a pensar em detalhes para ver se realmente daria uma história. Aos poucos eu fui pensando na concepção geral, mas sem ainda formatar nada.
Sete anos depois da primeira ideia, em 2014, eu decidi que escreveria um livro e mais uma vez resgatei essa ideia, apesar de já ter várias outras também guardadas.
Escrevi uma primeira versão em um mês. Um texto que daria um livro de umas 100 páginas, mais ou menos. Não fiquei satisfeito com o resultado, mas também não sabia, naquele momento, como melhorá-lo. Mas esse processo foi importante para eu aprender a desenvolver uma narrativa mais longa.
Deixei a história de lado, peguei outra ideia e comecei um outro livro.
Em 2016, voltei a trabalhar no Querendo Ser Elvis, tendo já aprendido algumas coisas a mais sobre o processo todo. Reescrevi tudo, criando partes da trama que faltavam, novos personagens, novas relações. Fiquei bem mais satisfeito dessa vez, mas mesmo assim não tinha certeza se estava pronto. Resolvi mostrar para algumas pessoas para ver o que elas achavam e o que poderia ser melhorado.
Um dos feedbacks mais importantes que eu recebi foi para escrever as letras das músicas da banda. Eu tinha criado um protagonista que ficou famoso pelas letras que escrevia e eu não mostrava nenhum trecho delas.
Além disso, dei a presidente do fã-clube, que já existia na história, uma importância maior, com textos dela em um blog sobre a banda e sobre o significado das letras das músicas. Com isso, finalmente fiquei satisfeito com o resultado.
Em 2017 eu lancei o livro de forma independente e em 2018, pela editora InVerso.

Caso tenha outros livros, pode discorrer sobre eles brevemente.

Como disse, entre a primeira e a segunda versão de Querendo Ser Elvis, eu escrevi um outro livro, que eu também publiquei de forma independente. Ele conta a história de um homem que cria uma personagem fictícia, para um blog. Ele escreve como se fosse uma garota de programa e ela fica famosa. Mas para sua surpresa, a personagem aparece morta. O livro não está mais disponível.

Dizem que Elvis Presley está vivo. Concorda com essa tese? O seu livro não levanta essa suspeita?

Minha mãe sempre ouvia músicas do Elvis e eu cresci conhecendo as suas músicas e a sua história. Não acredito que ele esteja vivo ou que tenha executado um plano desse.
O meu livro não explora esse aspecto e não abre uma discussão sobre o tema.
BJ, o protagonista, assim como eu, conhece essa teoria de que Elvis não morreu e tem a ideia a partir dela. É comum surgirem essas teorias, inclusive com outros artistas. Minha ideia foi explorar esse e outros aspectos no universo da música para criar a narrativa.

O que tem lido atualmente? Qual o seu gênero preferido?

Atualmente, por motivo de estudos, tenho focado minhas leituras em romances contemporâneos, norte-americanos e latino-americanos.
Li Graça Infinita (Wallace), Submundo (DeLillo) e Café da Manhã dos Campeões (Vonnegut).
Tem uma escritora argentina que vive na Alemanha que gostei muito, a Samantha Schweblin. Dela eu li o Distância de Resgate, Pássaros na boca e o Kentukis. Esse último ainda não foi lançado no Brasil, mas tem uma coisa meio Black Mirror muito interessante.
Li alguns do mexicano Mario Bellatin. Também são muito bons: Flores, Cães Heróis e Salão de Beleza.
Não tenho um gênero preferido no momento. Já gostei muito de thrillers e suspenses, mas agora busco livros com situações estranhas a quais os personagens são expostos. Gosto de ver como eles se comportam. Acho que a literatura tem essa capacidade de propor experimentos psicológicos, tanto para quem lê, como para quem escreve.

Como o leitor pode saber mais sobre você e ter contato com sua obra?

Podem me seguir nas redes sociais (instagram e facebook), apesar de que não sou daqueles que atualizam muito, mas pretendo estar mais presente em breve.
Também podem ler algumas coisas que eu posto no meu blog: frankengelbert.com (que também estou tentando atualizar com mais frequência).


Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Compartilhe:

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Sergio Carmach e a editora Verlidelas, por Cida Simka e Sérgio Simka

Sergio Carmach - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Tarefa difícil; e que sempre gera controvérsias. Afinal, falar de si mesmo é como descrever a comida de um restaurante pelas fotos do cardápio. Anos atrás, respondendo a uma entrevista como escritor, me apresentei como um cara simples, honesto, prestativo, metódico, que gosta de fazer tudo com perfeição, que valoriza a essência, desligado de cartilhas, que tenta ser sempre justo, impaciente, às vezes chato, cheio de manias... Além disso, que ama o silêncio e detesta futebol. Tudo isso, incluindo os clichês, era e continua sendo verdade. Mas... as características de alguém variam conforme os olhos do observador. Levando tal realidade em conta, costumo pedir a quem lida comigo que aceite pelo menos um atributo em especial como verdadeiro, pois isso influencia no resultado final dos livros, futuros ou em edição: não sou dado a melindres diante de críticas (estou falando como editor, embora isso valha para todas as áreas da minha vida). Na verdade, preciso delas. Se o autor diz que uma arte não está boa, se o diagramador considera ruim uma ideia do editor, se o resenhista aponta falhas em uma trama, se o leitor reclama do tamanho das letras ou sugere uma mudança de vibração nas ilustrações, não há com o que se aborrecer. Esse feedback é uma dádiva. Uma crítica pode fazer, por exemplo, uma capa sair da mediocridade e encontrar a beleza. Mas – claro – eu posso, após considerar as observações, manter a minha opinião. Temos de ter humildade para aceitar as críticas que pareçam úteis; e personalidade – outro atributo forte em mim, que às vezes confundem com teimosia – para recusar as que pareçam improdutivas.

ENTREVISTA:

Você é editor na editora Verlidelas. Fale-nos sobre ela. Como é o seu trabalho? Recebe quantos originais por mês? Quantos são publicados? Quem quiser publicar por sua editora quais os procedimentos a serem adotados?

A Verlidelas ainda é um embrião que almeja crescer e tomar forma. Nesse estágio, o editor é obrigado a atuar em diversas frentes ao mesmo tempo. Mas, em nosso caso, isso de forma alguma significa trabalho feito com pressa ou desleixo. Ao contrário, significa que cada livro recebe atenção especial em todos os aspectos. Tenho particular orgulho de nossas revisões, realizadas com um esmero raro. Estamos naquela fase de produção quase artesanal – a meu ver, essencial antes de voos mais altos, pois cria uma filosofia de busca pela qualidade.

Uma característica importante da Verlidelas é o apartidarismo. Indivíduos podem – e devem – ter posições ideológicas próprias, mas uma editora precisa valorizar a liberdade de pensamento e a pluralidade de ideias, seja em que campo for (político, artístico etc.). É triste quando editores não resistem à tentação e transformam suas crias em guetos ideológicos. Isso é um misto de tolice e arrogância. Minha ideia é ver o destino da Verlidelas ser desenhado sem predeterminação, como aquelas histórias e personagens que, depois de nascerem, fogem ao controle do próprio autor.

A divulgação feita por parceiros, amigos e autores já publicados contribui para a chegada cada vez maior de originais, nos mais diversos estilos e com as mais variadas propostas. Quanto aos procedimentos para envio, o site explica tudo direitinho.

Como é ser editor em um país como o Brasil?


O editor independente conta com pouca ajuda e às vezes perde muito tempo com atividades não ligadas diretamente à edição de livros. Editor, queira ele ou não, é empresário. Então, antes de mais nada, é uma pessoa que enfrenta as dificuldades burocráticas de um Estado sanguessuga e ineficiente. No Brasil, você precisa gastar dinheiro para viabilizar o cumprimento de obrigações. É surreal.

Editores, como os demais empreendedores, precisam aliar suas capacidades ao pulo do gato para conseguirem decolar. O pulo pode ser o aprendizado com experiências anteriores, o autoenclausuramento em uma bolha na qual já se tenha relações e alguma moral (fazendo a empresa virar “a editora dos intelectuais libertários”, ou “a editora dos cristãos”...), a publicação de um autor premiado, o atingimento da excelência... Muitas vezes é a soma de duas ou mais ações como essas. Mas em muitas situações o onipresente Espírito de Panela, uma assombração que invade até as bolhas, pode colocar sapatos de chumbo no gato em meio ao salto.

Como analisa a questão dos e-books?

Em 2014, escrevi um artigo sobre o assunto a pedido de uma editora. Na época, classifiquei os amantes do livro físico como tradicionalistas dominados pelo apelo sensorial do papel, pessoas que necessitavam materializar as histórias – os objetos de suas paixões – para poder de alguma forma tocá-las, cheirá-las; e defendi ardorosamente o e-book como conceito. Para o autor seria uma mídia mais dinâmica e aberta ao exercício criativo, pois permitiria, por exemplo, histórias interativas e sem linearidade, no estilo de “Labirintos Sazonais”, da Maurem Kayna. Para o leitor, por sua vez, seria uma forma barata e fácil de se adquirir um livro e uma maneira prática de se ler. Mas, segundo o Censo do Livro Digital realizado pela Fipe, 63% das editoras ainda não trabalham com e-book, sendo que as vendas de obras nesse tipo de mídia correspondem a cerca de 1% do total. Independentemente desses dados, confesso que mudei de opinião em relação aos defensores do papel – posição, aliás, mais sintonizada com minha personalidade, digamos, refratária a modernidades tecnológicas – e ao e-book. Simpatizar conceitualmente com determinada ideia é uma coisa; gostar dela na prática é outra.

Em 2018 estava em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 3347/2015, que tentava obrigar editoras e livrarias a, sempre que vendessem um livro físico cujo texto também estivesse disponível em e-book, entregar a obra ao consumidor nos dois formatos. Na exposição de motivos, lia-se que “a disponibilização gratuita em formato digital nada mais é que um mero desdobramento do produto já adquirido pelo consumidor, sendo incapaz de gerar qualquer custo para a editora ou distribuidora”. O problema é que um e-book tem custos próprios, não sendo uma mera transformação não onerosa do livro físico em PDF. O projeto foi arquivado em janeiro de 2019, mas essa tentativa de interferência do Estado no livre comércio me preocupou enquanto esteve em análise. Foi um fator que nos desestimulou a ingressar no mercado de livros digitais. Apesar do apelo de alguns autores, a Verlidelas integra – ao menos, por enquanto – o grupo de 63% focado só no papel, dando, porém, liberdade aos escritores para transformarem, por conta própria, suas obras físicas em digitais. Basta uma combinação prévia quanto às condições. De qualquer maneira, estamos estudando sobre tudo o que envolve a publicação de e-books, para ver se vale a pena investir esforço nisso no futuro.

Quais são suas leituras preferidas?

Gosto de livros que tenham atmosfera, que tragam tramas surpreendentes e com alguma complexidade, que não tenham personagens maniqueístas, que fujam ao lugar-comum e, se possível, que despertem reflexões. Como o lema da Verlidelas é “Aqui histórias são pérolas”, tento descrever no site o que seria, na visão da editora, uma pérola literária: “As opiniões variam, às vezes em direção a extremos. Alguns veem como bijuteria tudo que não tenha doses fartas de lirismo ou de acuradas leituras do espírito humano, ou tudo que tenha apelo comercial fácil; outros, ao contrário, só enxergam brilho naquilo que proporciona prazer instantâneo, que possa ser consumido como mero entretenimento. A nosso ver, pérolas são textos (independentemente de estilo) que caminham na linha do equilíbrio, dosando diversão e qualidade.”

De maneira geral – não por metidez, e sim por mera afinidade – eu pessoalmente acabo gostando mais dos autores clássicos ou antigos (Dostoiévski, Camus, García Márquez, Austen etc.). No entanto, livros mais recentes e comerciais também me proporcionam prazer. Um que eu citaria como típica pérola, por unir ótimo entretenimento com qualidade literária, é “Pássaros Feridos”. Antes de começar a leitura, imaginei estar diante de uma história melosa, mas logo vi que tinha uma joia em mãos.

Se fosse obrigado a escolher um único título como o melhor, eu diria “O Morro dos Ventos Uivantes”. A atmosfera é deliciosamente densa e a trama é apresentada de modo a impactar e despertar uma curiosidade crescente em relação às reações dos personagens, que parecem fugidos de algum sanatório. Ao final, o leitor se pega refletindo sobre os excessos do temperamento humano – se repararmos bem, comuns em nosso dia a dia – e em suas consequências; e também sobre como o amor e a loucura ou a bondade e a maldade podem se misturar em uma mesma alma. Por outro lado, já li livros que detestei em grau máximo, como “Lavoura Arcaica”. Minha opinião sobre ele está no Skoob e em meu abandonado blog de autor.

Que conselho pode dar a um escritor principiante?

Não sou muito fã de conselhos. Se Maria perguntar o que deve fazer para ter uma vida feliz, em primeiro lugar o aconselhador precisará saber o que significa “vida feliz” para ela. Seria aproveitar intensamente a juventude, mesmo pagando-se um tributo na velhice? Talvez passar pela vida sem muitos percalços e morrer sem sofrimento? Depois, o aconselhador teria de estudar o contexto em que Maria está inserida, para avaliar como ela poderia alcançar seu objetivo. Por isso, só vejo sentido em um conselho dado para uma situação específica; e por quem tenha bastante vivência e conhecimento daquela situação e que saiba a realidade do aconselhado. Mas, se eu sucumbisse à tentação de opinar na vida alheia de forma genérica, diria ao iniciante de qualquer área: “Não seja choramingas, temperamental. Diante da momentânea falta de reconhecimento, não diga que estão com inveja de você nem se porte como um incompreendido. Ficar deprimido ou magoado com críticas, mesmo que injustas, não leva a nada e ainda causa maus sentimentos, e até repulsa, nas pessoas ao redor.” Sempre tive para mim que vencedores (me permitam usar essa palavra tão malvista hoje em dia, pois não acho outra para substituí-la) não chegaram a esse patamar apenas pelo talento e/ou por estarem inseridas em um grupo com poder financeiro e/ou de influência, mas também por terem o temperamento “certo”, que – em determinados casos – faz a pessoa utilizar a energia de um soco (um soco tomado) como combustível para se erguer e se aprimorar. Gosto de comparar Senna, que admiro imensamente, a Barrichello. O Ayrton não tinha medo de partir para cima mesmo quando em desvantagem e usava as derrotas para se aperfeiçoar. Já o Rubinho, por mais talentoso ou bem relacionado que eventualmente fosse, não tinha a força interior e a determinação de Senna. Em um documentário, o pai do Fittipaldi conta que o menino Barrichello, quando perdia uma corrida de kart, sentava no meio-fio e chorava. Deu no que deu.

Mas, como eu disse, não sou dado a conselhos; e também não sou um vencedor, na acepção que está sendo debatida aqui. Então, encarem as palavras acima como uma mera reflexão. Por fim, me dirijo a quem posso dar sugestões realmente válidas, os autores que gostariam de lançar um livro pela Verlidelas: sigam as regras de envio e não desprezem os feedbacks da editora.

Quais os próximos projetos da editora?

Certa vez eu estava visitando a página de uma editora no Facebook e me deparei com algo mais ou menos assim: “Conquista da empresa neste ano: não ter apoiado o golpe.” Meio estranho e fora de propósito. É tão esquisito quanto dizer: “Conquista da empresa neste ano: não ter contribuído para a ascensão comunista.” Então consolidei em mim a convicção de jamais ter uma editora de bolha, por mais que entrar em uma possa ser o pulo do gato. Também não gostaria de ver a Verlidelas se portando como certas editoras dirigidas por empreendedores de mão cheia, mas descuidados do ponto de vista literário. Esses editores têm tino comercial e desenvolvem estratégias interessantes para atrair autores iniciantes e supostamente promovê-los. Só que, já no início de suas chamadas, escrevem coisas como “Convidamos à todos”. E os textos dos livros não ficam muito atrás em termos de qualidade.

Sendo assim, a Verlidelas tem como projeto amplo continuar investindo em autores de diversas tendências e prosseguir editando livros com todo o cuidado.

Site da editora: https://www.verlidelas.com


Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Compartilhe:

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Exclusivo: Waldir Pedro e a Wak Editora, por Cida Simka e Sérgio Simka

Waldir Pedro recebendo uma homenagem em nome da Wak Editora na Assembleia do Rio de Janeiro - Foto divulgação
Nesta entrevista, Waldir Pedro fala de sua trajetória e de sua editora, que completa 20 anos. Pedro é também autor de várias obras, dentre as quais, Em busca da transformação: a filosofia pode mudar sua vida, já na 4ª. edição.

Waldir Pedro é jornalista e filósofo. Nasceu em São Paulo. Ainda criança mudou-se com a família para São Vicente, cidade do litoral paulista. Trabalhou no ofício de artes gráficas e, ainda jovem, montou uma livraria, que se tornou ponto de encontro de personalidades da região, principalmente poetas e intelectuais da Baixada Santista. Estudou Filosofia na Universidade de Santos e em seguida na mesma universidade tornou-se bacharel em Comunicação Social. Trabalhou no jornal A Tribuna de Santos, primeiro no Projeto Jornal-Escola (projeto desenvolvido pela empresa jornalística para estimular o uso de jornais na sala de aula) e depois ajudou no suplemento infantil. Atualmente é editor da Wak Editora, do Rio de Janeiro.

ENTREVISTA:

Todo empreendedor quando chega a algum local, um restaurante, por exemplo, já começa a imaginar mudanças. Se trocasse essa mesa... Se servisse tal prato... Se fizesse uma promoção... A cabeça do empreendedor é muito criativa.
Tem um restaurante perto de casa que toda quinta-feira serve um frango com batatas delicioso, mas sempre que vou pedir a atendente diz: acabou, é que vende muito.
Ora, se vende muito por que não incorporar ao cardápio ou aumentar a quantidade? (risos)
Creio que eu tenha um pouco dessa veia de empreendedor.
Nos anos 90 eu vim morar no Rio de Janeiro. Por já ter passado por algumas experiências em trabalhar com livro, fui convidado a ingressar na equipe de uma grande distribuidora de livros que estava remanejando sua atuação na cidade.
Essa função me fazia visitar as livrarias da cidade. Enquanto esperava ser atendido eu ficava esperando e observando a dinâmica das livrarias. Entrava muito gente atrás de algum livro e o atendente dizia: não temos.
Havia uma demanda e pessoas querendo ler e que não encontravam o livro desejado.
Nesse momento, a cabeça do empreendedor começou a pensar: se houvesse um local em que a pessoa pedisse e encontrasse todo livro que desejasse ler.
Eu, por trabalhar muito tempo com livros e ter contato com quase todas as editoras e distribuidoras, comecei a elaborar um projeto de venda de livros por telefone. Uma espécie de disque-livros. As pessoas ligavam e perguntavam: tem o livro x? Mesmo não tendo esse livro eu dizia: tem. Combinava a entrega, pegava o livro na editora e entregava para o leitor.
Acreditei tanto nessa ideia que pedi demissão do trabalho e fui me aventurar na execução do projeto.
O primeiro passo seria fazer que as pessoas soubessem da existência desse serviço (projeto). Na época, a venda pela Internet praticamente não existia.
Eu imprimi alguns folhetos anunciando venda de livros e comecei a distribuir em faculdades e escolas. Na verdade, em qualquer lugar que eu estava eu falava do meu “negócio”.  Até quando estava no ônibus e via alguém lendo eu entregava o folheto e dizia: oi, você gosta de ler? Quando precisar de algum livro pode me pedir.
Convenci dois amigos a se unirem a mim e fui em frente.
Em pouco tempo o telefone não parava de tocar e aquilo, que era uma “doidice”, começou a dar certo. Às vezes, até de bicicleta eu fazia a entrega para não ter custo na entrega.
Resumindo, um dia recebi uma ligação de uma cliente pedindo para entregar um livro em um curso de pós-graduação. Eu fui e fiz a entrega na sala de aula e quando entreguei o livro dela, quase todos os outros alunos me pediram livros que estavam com dificuldade de encontrar nas livrarias. Eu e o Alan (hoje meu sócio na editora) ficamos pulando de alegria não acreditando em tantos pedidos de livros.
Aquela pós-graduação era o projeto “A vez do Mestre”, hoje AVM.
Como funcionava todos os sábados comecei a ir aos sábados levar livros para os alunos que pediam daquela turma. Porém pensamos: se uma sala precisa do nosso serviço imagina se atendêssemos todas as turmas?
Preparei-me a semana toda para falar com o coordenador, imaginei um discurso, suei muito e quando chegou o dia fomos.
Ele nos recebeu em sua sala e quando comecei o meu discurso ele falou: “O que querem? Expor livros aqui no meu curso? Podem colocar uma mesa ali naquele canto e só tem uma coisa, se algum aluno falar algo contra vocês, eu tiro vocês daí na hora”.
Assim, começamos com uma mesa expondo livros e fazendo amizades. Amizade com professores que tinham apostilas que deixavam para que a gente vendesse para eles.
Um dia eu comentei com uma professora: por que não transforma essa apostila em livro?
Dessa pergunta começou a ser germinada a Wak Editora.
Esse primeiro livro foi o pontapé inicial para que outros professores começassem a nos procurar e pedir nossa ajuda em editar seus livros.
Hoje, depois de 20 anos, estamos com mais de 600 obras editadas, com autores do Brasil todo e de outros países.
E saber que tudo começou de um sonho em atender bem quem queria ler, hoje se transformou em um fazedor de sonhos de muitas pessoas que desejam ter seu livro editado.
Waldir Pedro e Ana Cris Ferreira, autora do livro sobre Paralisia cerebral - Foto divulgação
Link da editora:
https://wakeditora.com.br

Links para os livros de Waldir Pedro:
https://wakeditora.com.br/produto/em-busca-da-transformacao-e-book
https://wakeditora.com.br/produto/dinamicas-para-aulas-de-filosofia
https://wakeditora.com.br/produto/colecao-cidadania-vem-de-berco
https://wakeditora.com.br/produto/guia-pratico-de-neuroeducacao


Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Compartilhe:

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Carolina Machado e o Manual de sobrevivência do revisor iniciante, por Cida Simka e Sérgio Simka

Carolina Machado - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Nasci em Porto Alegre em 1991. Desde cedo fui incentivada a ler e escrever pelos meus pais, o que provavelmente influenciou bastante nas minhas decisões profissionais. Apesar de ter cursado licenciatura, queria mesmo era ser revisora, mesmo antes de começar o curso.
Graduada em Letras pela PUCRS e mestranda em Ciências da Linguagem com especialização em Consultoria e Revisão Linguística na Universidade Nova de Lisboa. Fundadora do site Revisão para quê? e autora do livro Manual de Sobrevivência do Revisor Iniciante.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro. O que a motivou a escrevê-lo?

Minha motivação para escrever o Manual foi falar sobre coisas que fazem parte do dia a dia da revisão freelancer, mas não são normalmente explicadas em cursos, que são mais voltados ao conhecimento de língua portuguesa.

Fale-nos sobre seu trabalho como revisora de textos.

Sou revisora de texto há 10 anos, trabalho principalmente com textos de marketing e comunicação corporativa, bem como livros de escritores independentes, no Brasil e no exterior.

Qual é o gênero textual que demanda maior atenção por parte do revisor?

Todos os gêneros demandam atenção igualmente, a diferença é que aspectos são mais importantes. A revisão de um texto de blog não é a mesma de uma ata; a revisão de um anúncio de jornal não é a mesma de uma notícia. Critérios de formalidade e exigência de norma padrão mudam de acordo com o contexto: não vamos de bermuda a reuniões de negócios, assim como não vamos de terninho à praia.

Qual é seu portfólio de clientes?

Como disse, trabalho com agências de comunicação e tradução, comunicação corporativa e livros mais esporadicamente. A maioria dos contratos são protegidos por NDA, então nem poderia mencionar.

Qual a dica que daria a quem pretende começar a ser revisor/a?

Em tempos de crise no mercado editorial, precisamos ser criativos, persistentes e abertos a outras áreas. Muitas pessoas que se interessam pela área amam livros e querem trabalhar com eles, mas o mercado nessa área está bem difícil. Estude, não só língua, mas também marketing, leia sobre vendas, branding, prospecção, empreendedorismo. E não desista!

Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?


O livro físico pode ser comprado no site da Editora Moinhos. Para saber mais sobre mim e o meu trabalho, o melhor é acessar o revisaoparaque.com. :)


Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Compartilhe:

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Bebete Alvim e o livro 4 mentiras deslavadas, por Sérgio Simka e Cida Simka

Bebete Alvim - Foto divulgação
Bebete Alvim, mineira de Belo Horizonte, é cantora, compositora, artista plástica, romancista, cronista, poetisa, contista.
Publicou diversos livros infantis, entre eles, “O Outro Lado do Lado” / “Vovô e o Gênio”/ “O Menino e a Lua” / “Um Chulé Sem Pés” / “A Borboleta de Gravata”.
Suas obras para o público juvenil: “Os Net-Boys e o Gênio do Portal W3” / “4 Mentiras Deslavadas” / “Adolescência X Aborrescência – Vai Encarar?”.
“Nas Reticências do Amor” é sua primeira obra publicada no gênero poemas. E o mais recente lançamento, no gênero romance, é a obra: “Paris, Au Revoir”.
Possui diversos contos publicados em versão digital.
Convidada para palestras, cursos, entrevistas, Bienais e Feiras do Livro, atua em sua carreira literária, há 25 anos, como uma “incentivadora da leitura e fazedora de histórias e de leitores.”

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seus livros.

Sobre as minhas obras literárias, até então publicadas, o leitor poderá encontrar informações a respeito delas em meu site oficial: www.bebetealvim.com.br

Quanto à obra em questão, motivo dessa entrevista, “4 Mentiras Deslavadas” (ficção), é o meu segundo livro direcionado aos jovens, em especial, sendo um bom entretenimento para o público adulto também. São quatro contos, quatro histórias - Suspense? Medo? Pânico? Calafrio? Verdades ou mentiras? São estas as sensações que a obra busca aflorar no leitor.
E para que o leitor possa conhecer um pouco dessas mentiras, deliciosas por sinal, anexo trechos delas, abaixo. E aviso: esta minha obra está à venda, em e-book, na Amazon, por apenas R$10,00. Para os leitores que o adquirirem, desejo uma boa leitura e bom divertimento!
Trecho do conto O Jogo do Além:
- Entre! Feche a porta ou morreremos congelados, ora!
-Eu já estou morto, lembra-se?
Vicente não havia perdido seu senso de humor, e isso fez com que Judite soltasse uma risada, quase escandalosa, diante do fato de estar recebendo a visita de seu marido já falecido. Sabia que aquela sua gargalhada histérica encobria todo o seu pavor, e resolveu aceitar a situação. Com maestria, convidou o defunto para entrar:
- Ora! Já que veio, fique à vontade!”
Trecho do conto O Antiquário:
Jonas fechou a porta do banheiro e se ajoelhou em frente ao vaso sanitário. Deu uma golfada, e sentiu o suor lhe escorrer pela fronte. Admitiu o medo e se apressou em sair da loja o quanto antes. Não homenzinho o bastante para continuar. A sua curiosidade que se danasse. Queria se livrar do antiquário, daquele objeto encoberto e daquela loja que lhe provocavam calafrios.

Trecho do conto O Golpe Magistral:
Virgílio tinha um brilho lúgubre nos olhos, e ao mesmo tempo aterrorizante – “Quem tem medo do Virgílio?” – que até mesmo Magotrevas sentiu um arrepio na espinha, ao vê-lo assim tão sequioso. Pareceu-lhe que a sua vingança era a dele:
- Muito bem, Virgílio! É bom que saiba, antes de aplicarmos o meu golpe, que além de ser um golpe de mestre, magistral, será também um golpe fatal. Lembra-se de quando lhe falei sobre o meu metre?

Trecho do conto A Escolhida:
A coisa aconteceu tão de repente e estranhamente, que ela não teve tempo sequer de questioná-la. Mesmo porque naquela fração de segundo ninguém poderia. Ela estava só, tocando ao piano “Bachianas Brasileiras número 5”, de Villa-Lobos, com a janela aberta, numa manhã quente de verão. As cortinas se esvoaçavam com o miúdo vento fresco, que envolvia, como um manto sagrado, toda a sua musicalidade naquele instante. Ela parecia uma deusa, assim com toda a sua delicadeza feminina. Estava compenetrada, mas o rosto suave. E seus dedos deslizavam as teclas como se tocassem nuvens. Foi então que aconteceu o inesperado...

Fale-nos sobre seu processo de criação.

Todo o que já escrevi, até o momento, é fruto de muita inspiração bem-vinda de meus “Anjos Escritores”, meus mentores espirituais, que me dão a ideia para as minhas criações literárias, e vão me guiando enquanto estou produzindo cada obra.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?


Além de meu site, acima citado, deixo também o link da Amazon, onde estou publicando outras obras, em e-book, independente de editoras, onde é só buscar pelo meu nome: www.amazon.com.br

Como analisa a questão da leitura no país?

Penso que, de uns tempos para cá, existem muitos caciques para poucos índios!

O que tem lido ultimamente?


Ultimamente... Nada! Deixei um pouco a leitura de lado. Sou cinéfila, gosto de filmes: drama, romance, suspense. São também inspirações para a minha escrita.

Quais os seus próximos projetos?


Na área da literatura, pretendo continuar a escrever, sempre e sempre mais, e estarei publicando, inclusive no modo independente, como me encontro agora. Muito em breve, no site da Amazon, os leitores poderão encontrar mais cinco títulos meus. A arte de escrever também é meu chão, assim como as minhas outras artes – esses dons que Deus me deu!

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
Compartilhe:

Baixe a Revista (Clique Sobre a Capa)

baixar

E-mail: contato@livrodestaque.com.br

>> Para Divulgação Literária: Clique aqui

Curta Nossa Fanpage

Siga Conexão Literatura Nas Redes Sociais:

Posts mais acessados da semana

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA
clique sobre a capa

PATROCÍNIO:

CONHEÇA O LIVRO

REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

AURASPACE - CRIAÇÃO DE BANNERS - LOGOMARCAS - EDIÇÃO DE VÍDEOS

E-BOOK "O ÚLTIMO HOMEM"

E-BOOK "PASSEIO SOBRENATURAL"

ANTOLOGIAS LITERÁRIAS

DIVULGUE O SEU LIVRO

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

APOIO E INCENTIVO À LEITURA

APOIO E INCENTIVO À LEITURA
APOIO E INCENTIVO À LEITURA

INSCREVA-SE NO CANAL

INSCREVA-SE NO CANAL
INSCREVA-SE NO CANAL

Leitores que passaram por aqui

Labels