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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Legado de Poe: conheça 5 escritores e artistas inspirados em Edgar Allan Poe

Podemos dizer que, de alguma forma, Poe tornou-se imortal. A obra de Poe ecoa pelos séculos desde sua publicação e suas palavras e ideias são perpetuadas e discutidas por muitos, o que garantiu a ele um lugar de destaque na literatura. Na verdade, sabemos que, infelizmente, o escritor ganhou mais reconhecimento postumamente, apesar de ter publicado boa parte de sua obra em vida, principalmente seus mais famosos contos, poemas e ensaios. Logo já influenciou um grande nome da literatura francesa e mundial, pois Baudelaire foi um dos primeiros grandes autores a admirar a obra de Poe, o que o conduziu a traduzir os textos para levar a obra do mestre para a França, tornando-o mais conhecido na europa. Anos depois, Poe continuaria a influenciar muitos escritores e artistas pelo mundo. Lovecraft, Stephen King, Tim Burton, Vincent Price e muitos outros.
Como já disse, pelo mundo todo há escritores e artistas influenciados por Edgar Allan Poe. E no Brasil não podia ser diferente, como você deve ter notado pelo avatar deste site, no qual temos uma ilustração de Poe. O objetivo desta matéria é mostrar como Poe continua influenciando muitos escritores e artistas e a importância dessa influência aqui no Brasil. Portanto, leia abaixo breves entrevistas com 5 escritores e artistas (2 escritores e 3 artistas plásticos) cujos trabalhos são influenciados por Edgar Allan Poe. Um deles, inclusive, é o criador aqui do blog da Revista Conexão Literatura. E a imagem de capa é a obra de um dos grandes artistas plásticos entrevistados para a matéria.
Veja abaixo uma breve biografia explicando mais sobre o trabalho de cada um e entenda como Poe os influencia em seus respectivos trabalhos, desde escrever contos inspirados em Poe, organizar antologias e sites inteiros dedicados ao autor, criar um site de literatura a fazer belas esculturas ou ilustrações. As entrevistas foram organizadas em ordem alfabética, começando pelos escritores, pela proximidade com o trabalho de Poe, seguidos dos artistas plásticos, também em ordem alfabética (a entrevista final é com o criador da obra escolhida para a imagem capa!).
Editor e idealizador da Revista Conexão Literatura e deste blog. Paulista, escritor e ativista cultural. Membro Efetivo da Academia de Letras José de Alencar (Curitiba/PR). Participou em mais de 40 livros, sendo um dos mais recentes “Nouvelles du Brésil”, publicado na França pela editora Reflets d’Ailleurs. Publicou pela Editora Draco “O desejo de Lilith” e o seu mais recente romance “Caçadores de Demônios”. Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, criou e publicou as antologias “Poe 200 Anos” e “Nevermore”. Adora pizza, séries televisivas e HQs. E-mail: pascale@cranik.com
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe? 
O interesse por Poe surgiu na faculdade. A minha professora de literatura estrangeira era fã de Poe e ela ministrava as aulas com tanto gosto, que logo veio o meu interesse em saber mais sobre as obras dele. Hoje me considero mais fã dele do que ela…(rs)

2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como escritor? 
E como surgiu a ideia do blog e das antologias inspiradas no autor? 
90% do meu trabalho hoje na literatura veio da inspiração em Poe, não somente sobre as suas obras literárias, mas também sobre a sua história de vida. Fiz livros inspirados nele, quadrinhos e fanzines.
A ideia do blog “Poe’s Club” (www.poesclub.blogspot.com), veio justamente pela falta de informação que encontrei ao procurar por informações sobre Poe em sites ou blogs brasileiros. Poe morreu precocemente e se vivesse mais, certamente teria nos deixado muitas outras obras. Essa carência por mais obras dele me inspirou a criar antologias inspiradas em seus contos, surgindo os livros “Poe 200 Anos”, que fiz em parceria com o escritor Maurício Montenegro, e “Nevermore – Contos Inspirados em Edgar Allan Poe”. Recentemente fiz uma homenagem ao Poe na 2ª edição da Revista Conexão Literatura. Ela ainda pode ser baixada acessando o link:http://www.fabricadeebooks.com.br/conexao_literatura2.pdf
Duda Falcão em 2010 fundou com Cesar Alcázar a Argonautas Editora, especializada nos gêneros fantásticos. Seu primeiro romance de aventura e horror, intitulado Protetores, foi lançado em 2012. No ano seguinte, publicou o livro de contos Mausoléu – uma coletânea com textos inéditos e outros publicados desde 2009. Em 2013 e 2014 foi curador do Tu, Frankenstein na 59ª e 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Também é um dos idealizadores da Odisseia de Literatura Fantástica que ocorre na capital gaúcha.
Pessoalmente, indico muito para fãs de Poe e de literatura fantástica mais sombria em geral os contos de Duda Falcão “Relíquia”, “A Pena do Corvo”, “Museu do terror”, todos presentes no livro “Mausoléu”. Nos dois primeiros vemos referências a Edgar Allan Poe, um contando sobre o gato preto e outro sobre um narrador mais do que obcecado com Poe – um conto que vale a pena do corvo ler e reler. Em “Museu do Terror” vemos um cenário fantástico onde há peças retiradas de diversas obras da ficção, o que torna esta narrativa uma incrível obra de meta-ficção; Veja abaixo uma breve entrevista com o autor:
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
O meu interesse em Edgar Allan Poe foi despertado pela capa de um livro. Na minha casa, há mais de duas décadas, recebíamos visitas de vendedores do Círculo do Livro. Um sistema de assinatura em que todos os meses devíamos fazer uma encomenda. Naquela época as livrarias eram mais escassas e as condições econômicas para comprar um livro bem menos favoráveis do que hoje. Adquiri a obra Histórias extraordinárias por ver um gato sentado sobre uma teia de aranha e um sujeito de aspecto doentio vestindo um manto. As duas figuras estavam posicionadas abaixo de um portal e as linhas que os desenhavam pareciam feitas de ouro. Não sei explicar a sensação que passou pela minha cabeça. Mas fui atraído pela imagem. Quem foi que disse que não deve se comprar o livro pela capa¿ Naquela oportunidade foi por isso que eu o comprei. Nem imaginava quem era Poe. Acertei na mosca. Acabei conhecendo um dos meus autores preferidos. Até hoje os contos que mais me impressionam naquele volume são A queda da casa de Usher, O barril de Amontillado, O gato preto, William Wilson e Os crimes da rua Morgue.
2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como escritor?
Sem dúvida, Poe é importante, em primeiro lugar, na minha formação como leitor. Prefiro contos a romances. Isso não significa que eu não goste de ler romances, mas gosto mais de ler contos. Talvez esse fato tenha me proporcionado maior familiaridade com a escrita de prosas curtas. Percebo no conto uma preocupação muito mais forte com o enredo e a atmosfera do que com a construção do personagem. Isso não significa que quem escreva contos não se preocupe com os personagens, basta conhecer o doentio e cadavérico Usher. Porém, acredito que o foco não está no protagonista ou nos personagens secundários, mas sim na trama, na sensação final que o escritor pretende causar ao contar o seu relato. No meu livro Mausoléu, você pode encontrar diversos contos influenciados de forma direta por Poe. Vou citar dois deles. Em Relíquia, publicado pela primeira vez no livro 200 anos de Edgar Allan Poe, o protagonista, conhecido pela alcunha de Proprietário do Museu do Terror, invade o conto O gato preto para capturar o felino. No conto A pena do corvo, o personagem principal é um colecionador que se depara com um objeto mágico capaz de consumir sua sanidade e a sua própria identidade – foi escrito em primeira pessoa para aproximar o leitor da história e a sua principal referência é o conto Nunca aposte sua cabeça com o diabo. Em breve ocorrerá o lançamento de O corvo: um livro colaborativo, que será publicado pela Editora Empíreo, para a qual submeti um conto intitulado O resgate de Lenora – fantasia heroica em homenagem ao poema O corvo e que também, de certa forma, faz referência a outro autor que admiro muito: Robert E. Howard.
Publicitária, mora em Porto Velho, Rondônia. Cria fotografias e artes visuais repletas de atmosfera sombria, inicialmente como forma de escapar da depressão e distimia. Começou a ilustrar em 2014, de forma complementar a fotografia, e faz obras inspiradas na literatura e na música, utilizando principalmente técnicas como pontilhismo e aquarela.
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
Eu fui criada com 4 irmãos mais velhos me contando histórias de terror antes de dormir, pra me assustar. Quando fiquei maiorzinha, assistíamos filmes do gênero juntos nas sextas-feiras a noite, e como eu estava com eles, me sentia confiante para ver até as cenas mais fortes. 
Devo ter lido Poe a primeira vez naqueles livros de gramática e literatura do colégio, que falavam dos gêneros literários de forma cronológica e colocava trechos e até obras inteiras pra gente conhecer o trabalho dos autores. Ali, me encantei não somente com Poe, mas com outros expoentes do mórbido, como Augusto dos Anjos, Baudelaire, Alphonsus de Guimaraens. Não era algo que a gente encontrava em qualquer biblioteca, então quando vi a primeira vez um exemplar de Histórias Extraordinárias num sebo local, muitos anos depois, fiz questão de comprar e hoje tenho uma coleção muito bonita de livros dele, nacionais, estrangeiros e alguns bem raros. 
2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como ilustradora?
Eu sempre fui muito visual, então sou dessas que compra arte, busca conhecer artistas e suas técnicas. Por estar ainda engatinhando quando se trata de arte, procuro ver e conhecer de tudo pra não me limitar, mas o obscuro e macabro vão sempre ganhar destaque na minha influência. O Poe tem essa capacidade incrível de nos colocar no lugar do protagonista, então somos os insanos, aqueles que têm visões, os ameaçados de morte, os assassinos. Acho que quando crio, seja através das ilustrações ou da fotografia, muito vem disso, tentar reproduzir um pouco da miséria e da angústia, já que a arte pra mim é uma válvula de escape da realidade e da vida.
Começou a estudar arte como autodidata aos treze anos, com quinze, já se especializara em artes plásticas, um campo onde, segundo o artista, existe a possibilidade de trabalhar com qualquer tipo de material sem depender apenas de tintas e pincéis. Conheceu o surrealismo e uniu sua paixão por cultura pop ao assunto. Os maiores debates em sua arte são relacionados sexo e religião. Hoje trabalha também como designer de roupas, pinta quadros e estuda teatro, dança e cinematografia e fez algumas ilustrações bem originais inspiradas no mestre Poe.
  1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
Conheci Poe quando estudava história da arte e como desde muito novo (em torno dos 15 anos) eu já me familiarizava com o surrealismo e o mundo fantástico, Poe sem dúvida me chamou atenção por tais motivos e ligações com tais movimentos artísticos. Sua persona estética caricata e como viveu sua vida, aguçou meu interesse por ele e sempre tentei usar sua imagem dentro de ilustrações inspiradas em suas obras.
  1. Qual a importância e influência dele no seu trabalho como ilustrador?
Todo escritor, artista por si, tem um pouco de si mesmo em suas obras, o terror da obra de Poe era vivo dentro de si, no seu rastejo de vida e isso sempre me chamou atenção. A forma que Poe viveu e a forma que via sua obra e como deixou em póstumas é de um lirismo similar ao de sua obra e isso sempre me interessou. Uma das grandes questões que percorria minha mente no inicio de minha vida como artista era o significado da morte, e com Poe fui aprendendo a decifrar esses mistérios e medos que percorrem o tema.
Poe, assim como Frida e Clarice Lispector –dentre outros – faz parte da minha formação eterna como pessoa e alma artística, por isso, os conheço e bebo de seus trabalhos aos poucos, como se fosse um amadurecimento de uma amizade, até mesmo póstumos. Creio que todo artista tem um pouco de suas dores, de suas influencias e de seus antigos, atuais e novos trabalhos misturados em cada novo projeto que se inicia. Poe me influencia de forma temporal, sagrada e na luta eterna de entender e acalmar meus (seus) próprios fantasmas.
Escultor e ilustrador inspirado em clássicos do terror, o artista conta que o horror é a casa dele. Começou muito cedo a desenhar e modelar devido ao estimulo familiar a explorar as possibilidades de manifestação artística.
Seu trabalho explora basicamente o macabro, os monstros, criaturas, mutantes, aberrações e os ambientes que elas habitam.
Já explorou a obra de Poe em ilustrações e mais recentemente modelou um busto do autor, replicado em resina. O próprio gato preto e o cadáver do conto também viraram esculturas e aguardam que uma brecha de agenda permita que ele termine um Shadow Box retratando uma cena do autor escrevendo, visto através de uma janela, enquanto citações de seus contos o cercam.
Veja abaixo uma breve entrevista com o artista explicando a influência de Poe em seu trabalho, acompanhada de imagens de belas esculturas em que ele retrata Poe (inclusive a imagem de capa é um trabalho dele!).
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
Como um apreciador da cultura de horror durante minha vida inteira provavelmente traços da obra dele já estavam impregnados em mim muito antes de eu ter consciência que aqueles elementos eram provenientes de um autor específico.
Depois é claro que eu conheci de forma mais direta, ou quase isso, já que meu primeiro contato foi por adaptações para o cinema, e não pela leitura.
Meu primeiro conto dele foi bem óbvio, O Corvo, e dali pra frente ele sempre fez parte do meu cardápio.
2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como escultor?
Inicialmente eu procurava temas mais orgânicos, deformidade e a decadência da carne.Mas a verdade é que isso cansa, depois de um tempo eu comecei a buscar temas mais abrangentes e voltei a me interessar pelo primeiro tipo de horror com que tive contato, o gótico.
A obra do Poe é rica em imagens que dão vontade de materializar em esculturas, o próprio autor é extremamente característico e tem traços interessantes de trabalhar.
Ele também inspira trabalhos relacionados a design de objetos, acredito que sua obra funcione melhor quando retratada no período em que foi escrita, portanto rende objetos de cena e decorativos em ambientes, o que ajuda a criar a atmosfera certa.
Seus personagens se retratados fielmente aos contos rendem a possibilidade de explorar trajes e penteados de época, não apenas é divertido de esculpir, da resultados agradáveis ao olhar.
Suas criaturas são majestosas e sombrias, Edgar Allan Poe é elegante em atmosfera na leitura e como inspiração para imagens.
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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

10 antologias de terror nacionais para ler no Halloween


Finalmente chegou outra vez o mês do Halloween, pessoal! E junto com o Halloween, agora temos outra data especial neste mês: AllHallow’sRead, o feriado, criado pelo Neil Gaiman, cujo propósito é ler e dar de presente livros de terror para aproveitar o clima de Halloween com literatura. (Veja aqui o próprio Gaiman explicando o AllHallow’sRead)
Porém, como já são indicados com frequência os clássicos de terror internacionais, desta vez a lista de indicações de leituras para o Halloween não vai ser com clássicos, mas com contemporâneos. Para ser mais específico, contemporâneos nacionais. Porque, sim, há muita coisa boa no cenário nacional atual de terror que vale a pena conhecer.
Algo que vem crescendo nos últimos anos no mercado literário nacional é a publicação de antologias de todos os estilos, desde poesia, contos policiais, crônicas, eas que compõem esta lista que são as de contos de terror.E apenas a classificação de antologias de terror já abrange muita coisa, pois aqui veremos antologias em homenagem a autores consagrados como Edgar Allan Poe, Stephen King e Lovecraft, antologias com temas sobre vampiros, fantasmas, zumbis e até mesmo contos de fadas mais sangrentos, além de uma antologia com contos de um só autor nacional que lançou no ano passado um livro com diversos de seus contos – e que, aliás, é o primeiro da lista:
  1. Mausoléu – Duda Falcão
            Esta antologia, com uma capa ilustrada em um estilo que lembra aqueles quadrinhos antigos de terror e um design muito bem elaborado (todas as páginas têm a ilustração de um morcego que voa quando você folheia o livro!) traz diversos contos do escritor Duda Falcão, o qual conheci através de publicações nas antologias Poe 200 anos e Autores fantásticos. Os contos variam entre várias áreas do terror, como já diz na capa, trazendo desde lobisomens, zumbis, fantasmas até outras criaturas.
Porém, o que mais me chamou atenção neste livro não foi a presença de seres sobrenaturais nas narrativas, mas as diversas e bem utilizadas referências à literatura clássica de terror. Recomendo principalmente a leitura dos contos “Relíquia”, “A Pena do Corvo”, “Museu do terror”, e “Humanos, monstros e máquinas”: nos dois primeiros vemos referências a Edgar Allan Poe, um contando sobre o gato preto e outro sobre um narrador mais do que obcecado com Poe – um conto que vale a pena do corvo ler e reler. Em “Museu do Terror” vemos um cenário fantástico onde há peças retiradas de diversas obras da ficção, o que torna esta narrativa uma incrível obra de meta-ficção, e no último dos contos mencionados, que é o último conto do livro, vemos ninguém mais ninguém menos do que Mary Shelley, Percy Shelley, Byron, Polidori e o Doutor Frankenstein como os protagonistas. Claro que há outros contos muito bons neste livro, mas a leitura destes citados acima já é um bom começo para o mês do Halloween – ou qualquer outro mês do ano.
  1. Poe 200 anos - Ademir Pascale e Maurício Montenegro (org)
Uma das obras mais cativantes desta lista, esta antologia, organizada por Ademir Pascale e Maurício Montenegro, é uma homenagem a Edgar Allan Poe, a qual traz ótimos contos de diversos escritores inspirados na obra de Poe. Já fiz uma resenha deste livro anteriormente, analisando conto por conto aqui. É incrível como os autores, cada um com seu estilo próprio, conseguiram captar a atmosfera de Poe, incluindo narradores perturbados e obsessivos, ou narrativas mais fantásticas onde elementos de contos do autor americano surgem de maneira quase surreal. Enfim, uma leitura essencial para fãs de terror e/ou de Poe –e perfeita para a época do Halloween.
  1. Nevermore - Ademir Pascale (org)

Depois de Poe 200 anos, um dos organizadores da primeira antologia, Ademir Pascale, organizou outra antologia em homenagem a Poe, esta chamada Nevermore. Com uma edição muito bonita, de capa dura e um design bem elaborado, esta antologia contém menos contos do que a anterior, mas narrativas de ótima qualidade e muito interessantes para fãs do autor, as quais, assim como na antologia anterior, trazem referências a contos de Poe, algumas de forma mais direta, como “A Maldita Casa dos Usher”, e outras de forma mais indireta, como “O Olho da Gárgula”.
  1. Ascensão de Cthulhu                                                          
            Já é clássico ver escritores de terror se aventurando no misterioso universo de Lovecraft, criando novas versões e eventos em torno da mitologia do famoso Cthulhu – e não tinha como ser diferente no cenário da literatura de terror nacional. Neste livro, sete grandes autores contam eventos relacionados ao universo de Lovecraft, cada um com seu estilo narrativo, mas ainda remetendo à atmosfera de um dos grandes mestres do terror, que já influenciou e continuar a influenciar muitos autores talentosos.
  1. The King
Ok, depois de uma antologia em homenagem a Lovecraft, duas em homenagem a Poe, quem mais faltava homenagear? O rei do terror moderno, é claro, Stephen King! Esta antologia, lançada em dois volumes, contém um total de quarenta e quatro contos, nos quais diversos autores narram eventos contendo situações inexplicáveis ou obscuras a ocorrer em situações cotidianas, no estilo do King.
  1. Horas Sombrias - Alfer Medeiros (org)
Com mais de 500 páginas, esta antologia traz 96 contos curtos – de em média uma a sete páginas cada conto – perfeito para quem não tem muito tempo para ler romances inteiros ou contos maiores e quer doses rápidas de terror. Ou mesmo para quem quer ler diversas histórias sombrias e sangrentas em sequência, sem se demorar muito em nenhuma delas.
Este livro traz terror dos mais variados estilos, desde narrativas cheias de sangue, terror mais psicológico, suspense e narradores perturbados e obsessivos,cujas mentes vêem o normal no que se costuma considerar pérfido e doentio.
  1. Necrópole – Histórias de Vampiros
Essa antologia, lançada em 2005, é o primeiro volume da coleção deterror chamada Necrópole. O livro foi idealizado e escrito por cinco jovens escritores, Alexandre Heredia, Camila Fernandes, Gianpaolo Celli, Giorgio Cappelli e Richard Diegues, no NecroZine, um periódico de contos de terror, através do qual os cinco publicavam seus trabalhos em eventos culturais. Esta antologia traz 5 contos, um de cada autor, todos eles com o tema de vampiros.
Dentre todas as antologias desta lista, esta é a com menos contos, porém, seus contos são mais longos, tendo em média 20 a 30 páginas cada um, além de uma breve sinopse antecedendo-os. As histórias têm abordagens de vampiros no mundo contemporâneo e misturam realidade e ficção, trazendo-nos uma realidade onde as criaturas da noite andam por entre os humanos – e não só como fantasias no Halloween.
  1. Necrópole – Histórias de Fantasmas

            Para quem já leu o volume sobre vampiros ou se interessou pela coleção Necrópole, este é o segundo volume que, assim como o anterior, contém contos dos mesmos cinco autores do primeiro livro e mais dois e outros escritores, porém desta vez sobre fantasmas – o tema preferido de escritores como Dickens, Henry James, e muitos outros autores de obras clássicas de terror.  A mesma coleção também inclui um terceiro volume sobre bruxas, “Necrópole – Volume III: Histórias de Bruxaria”.
  1. Histórias envenenadas – Contos de fadas de terror
            Certo que ler os contos de fadas originais, não as versões que muitos conhecem hoje em dia, já pode ser uma leitura bem sombria para o Halloween. Entretanto, nesta antologia você encontra trinta narrativas que trazem releituras macabras de contos de fadas tradicionais, misturas de mais de um conto de fada em um só texto, em estilo Once upon a time, mas com um toque de terror e suspense, e até contos com histórias originais, isto é, sem serem baseadas em contos de fadas antigos, mas ainda no clima de contos de fadas.
Esta antologia agradou tanto ao público que teve um volume dois, onde há releituras de histórias como A Bela Adormecida, João e Maria e até uma Cinderela versão vampira. Perfeito pra quem gosta de contos de fadas e terror.
  1. Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?
Uma das primeiras antologias nacionais a reunir contos de zumbis, este livro lançado em 2010 é frequentemente indicado quando o assunto é livros nacionais de zumbis – um tópico que, no cenário nacional, se tornou mais frequente de alguns anos para cá. Organizada por Ademir Pascale, o mesmo organizador de Poe 200 anos e Nevermore, esta antologia traz contos de diversos autores com distintas abordagens do tema de zumbis, construindo climas de suspense, terror e ação. Uma boa leitura para outubro, não?
Extra: Entre contos– desafios de fantasmas, cemitérios e bruxas
Além de publicações de contos de terror em antologias, o site Entre contos, onde todo mês há um desafio com um tema diferente, tem algumas seções bem interessantes para ler no Halloween, que foram temas de alguns dos mais disputados desafios do site. Como esses desafios já acabaram, vocês podem ler qualquer um dos contos concorrentes e ver quais foram os contos vencedores.
E é isso aí, essas são as dicas de leituras para o All Hallow’s Read deste ano. Então, acha que faltou alguma antologia de terror nessa lista? Conhece mais algum site interessante com mais contos de terror atuais para ler no Halloween? Comente e deixe suas indicações. E boas leituras!

Publicado originalmente em Literatortura.
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