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terça-feira, 16 de maio de 2023

EXCLUSIVO: Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional, concede entrevista à revista Conexão Literatura, por Cida Simka e Sérgio Simka

Marco Lucchesi - Foto divulgação

Marco Lucchesi
é poeta, escritor, romancista, ensaísta, tradutor, historiador, autor de extensa e premiada obra e professor de Literatura Comparada na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nesta entrevista exclusiva, Lucchesi fala sobre o período em que presidiu a Academia Brasileira de Letras, sobre seu atual trabalho como presidente da Fundação Biblioteca Nacional e seus novos livros. 

Você foi presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) de 2018 a 2021. Fale-nos sobre seu trabalho à frente dessa instituição. 

Foi um tempo desafiador. Um somatório de instabilidades. A crise econômica, do país e da cidade, a crise política, a pandemia, e toda uma guerra deflagrada contra a cultura e a diversidade.

Refundamos a administração da Casa, com protocolos modernos, eficazes, transparentes.

Abrimos uma agenda solidária, visitando prisões e comunidades, terras indígenas e quilombolas. Assinamos protocolos com as Academias da África, Europa e América Latina.

Com a Marinha do Brasil, dois acordos: para levar os livros da ABL ao mundo e, outro, para levá-los aos ribeirinhos da Amazônia, nos “navios da esperança”. Livro também é “remédio”. E, assim, também, foram aos hospitais que possuem bibliotecas.  Inauguramos o projeto Monte Alverne de leituras para cegos. Presentes, tradutores de Libras em nossas atividades.

Com a volta do país ao mapa da fome, ações para integrar o livro na cesta básica.

Mais de quatro mil doações de livros.

Aumentamos o site em matéria exponencial durante a pandemia. Combatemos o negacionismo e as fake news, com a participação constante de profissionais da área da saúde.

Trabalho intenso, incluindo a nova edição do dicionário da Academia, um site de palavras novas, além de todo o acervo da museologia no site. E muito mais fizemos. 

Em 2023, você foi indicado para presidir a Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Fale-nos sobre seu trabalho. Quais as expectativas/perspectivas? Quais os seus projetos? 

A Biblioteca Nacional é um dos maiores tesouros bibliográficos do Planeta. Nossa responsabilidade é imensa. 10 milhões de itens. E um crescimento anual de 80 mil livros e revistas. Os desafios são os mesmos da série histórica: o desafio de espaço e o número de servidores. Estamos trabalhando intensamente.

Além disso, a preservação material e digital, que duplicam os horizontes da Biblioteca futura.

Atingimos, ano passado, 100 milhões de acessos. Um número forte. Pretendemos somar todas as sinergias da digitalização, porque o acesso é um dos temas essenciais quando se trata de uma biblioteca de nação.

Uma série de acordos em andamento, inéditos ou renovados, com instituições congêneres no mundo. A opção preferencial é pelo diálogo sul-sul, África e América Latina, mas não apenas.

Seminários, reativação das publicações da Casa, bolsas de tradução, exposições: a cada aspecto, um maior volume, sonhando com a Biblioteca do século XXI. Sonhando e trabalhando para.

Há um trabalho em frentes variadas, em processo. Darei detalhes mais adiante. 

Em junho, você lançará dois livros: “Hinos matemáticos” e “Marina”. Gostaríamos que comentasse sobre essas obras. 

Os hinos matemáticos encontram-se na terceira ou quarta edição e obtiveram ótima acolhida nas escolas, na reflexão da poesia e na interseção criativa com a matemática, algo que me alegra e estimula.

Acabam de sair duas traduções que fizemos do turco para o português. Uma do poeta Yunus Emre (Caderno azul, editora Patuá) e, outra, do poeta Tozan Alkan (Babel, editora Attar). Duas línguas absolutamente diversas.

Marina é o nosso quarto livro de ficção. Uma novela epistolar, cartas, e-mails, etc. Uma estória de amor, antiga e nova, dentro de um quadro indireto e existencial. O posfácio é de Ana Miranda. Sai pela Rua do Sabão. No segundo semestre, pela mesma editora, completa-se a trilogia carioca, em segunda edição, de O bibliotecário do imperador. 

Marco Lucchesi “virou” linha de pesquisa do grupo CNPQ liderado pela profa. dra. Ana Maria Haddad Baptista, da Universidade Nove de Julho, como também “disciplina” nos programas de


Educação na universidade. Como vê sua obra sendo objeto de análise na academia?
 

Fico feliz e tudo isso me encoraja.  Minhas iniciativas são estudadas em Universidades do Brasil e do exterior. Ana Haddad é uma voz amiga e solidária. Gosto especialmente do grupo que organizou e com quem me encontro de quando em quando, de forma virtual. Tudo me alegra. Mas é no silêncio, no trabalho, e na solidão que olho direto para o abismo que me alimenta e no qual flutuo.      

Link para outra entrevista com Marco Lucchesi:

http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2021/05/exclusivo-marco-lucchesi-presidente-da.html 

Link para a biografia de Marco Lucchesi na ABL:

https://www.academia.org.br/academicos/marco-lucchesi/biografia 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021) e Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura. 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro se denomina Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). 

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quarta-feira, 15 de março de 2023

Mauricio de Sousa se candidata à Academia Brasileira de Letras

 Autor já integra a Academia Paulista de Letras e formalizou sua candidatura após visita à sede da ABL no Rio de Janeiro

Mauricio de Sousa - Foto: Cláudio Belli

O autor de quadrinhos Mauricio de Sousa, que já pertence aos quadros da Academia Paulista de Letras, agora está se candidatando à vaga da cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL), até pouco tempo ocupada pela eminente professora Cleonice Berardinelli, grande estudiosa do poeta Fernando Pessoa, que tanto honrou a língua portuguesa.

Segundo Mauricio, que se maravilhou com os acadêmicos em sua última visita à sede no Petit Trianon no Rio de Janeiro, "esta candidatura é para reunir esforços com todos os acadêmicos em levar a importância desta entidade secular para que crianças e jovens conheçam mais a nossa literatura e grandes autores que por lá estão e já estiveram."

Sua carta de candidatura foi enviada ao presidente da ABL, Merval Pereira, no último dia 10 de março, oficializando o pedido.

"Quando jovem, depois que me alfabetizei com os gibis, eu lia um livro por dia e os grandes escritores brasileiros foram minha companhia e me ajudaram a ser o que sou hoje. Quero devolver esse carinho com muito trabalho em prol dos autores brasileiros e também dos quadrinhos", completa Mauricio.

Vale lembrar, que a linguagem dos quadrinhos é intensamente estudada por educadores e é considerada a porta de entrada para o estímulo à leitura e alfabetização de crianças, antes mesmo de elas entrarem nas escolas.

 

Sobre Mauricio de Sousa

Mauricio de Sousa é desenhista, empresário, o mais premiado autor brasileiro de quadrinhos e membro da Academia Paulista de Letras. Nasceu em 27 de outubro de 1935, numa família de poetas e contadores de histórias em Santa Isabel, no interior de São Paulo. Ainda criança, mudou-se para Mogi das Cruzes, onde descobriu sua paixão pelo desenho e começou a criar os primeiros personagens. Com 19 anos, foi para São Paulo tentar trabalhar como ilustrador na Folha da Manhã (hoje Folha de S.Paulo). No entanto, conseguiu apenas uma vaga de repórter policial.

Em 1959, publicou sua primeira tira diária, com as aventuras do garoto Franjinha e do seu cãozinho Bidu. As tiras de Mauricio de Sousa espalharam-se pelos jornais de todo o país, levando-o a montar um estúdio que hoje dá vida a mais de 400 personagens.

Em 1970, lançou a revista Mônica e, em 1971, recebeu o mais importante prêmio do mundo dos quadrinhos, o troféu Yellow Kid, em Lucca, na Itália. Seguindo o sucesso de Mônica, outros personagens também ganharam suas próprias revistas, que já passaram pelas editoras Abril e Globo e atualmente estão na Panini.

Dos quadrinhos, eles foram para o teatro, o cinema, a televisão, a internet, parques temáticos e até para exposições de arte.

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domingo, 10 de abril de 2022

Gilberto Gil assume cadeira na Academia Brasileira de Letras

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O músico baiano Gilberto Gil, 79 anos, é o novo imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras). Compositor, cantor, instrumentista e ex-Ministro da Cultura, Gilberto Gil tomou posse na última sexta-feira (8), ocupando a cadeira 20 da ABL, anteriormente ocupada pelo escritor, advogado e jornalista Melo Filho, que faleceu em 2020.

"Poucas vezes na nossa história, o escritor, artista ou produtor de cultura foi tão hostilizado e depreciado como agora. Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da Internet, e a questão merece a atenção dos nossos educadores e homens públicos", disse Gil em seu discurso de posse.

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sábado, 26 de março de 2022

Fernanda Montenegro toma posse na cadeira 17 da ABL

 


Em seu discurso, atriz agradeceu a classe artística

*Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A atriz Fernanda Montenegro, considerada uma das damas do teatro nacional, tomou posse hoje (25) à noite, na Academia Brasileira de Letras (ABL). Única concorrente à vaga, ela recebeu, no dia 4 de novembro do ano passado, 32 dos 35 votos possíveis e, aos 92 anos, é a primeira mulher a assumir a cadeira 17, sucedendo o diplomata Affonso Arinos de Melo Franco (1930-2020). 

Em seu discurso, Fernanda Montenegro agradeceu a classe artística e destacou a  posse de uma atriz para a ABL “William Shakespeare deixou eternizado esse  conceito estrutural da afirmação de uma arte. O mundo é um palco e todos nós, seres humanos, somos atores nesse palco. Agradeço muito ao meu coração e minha razão por estar sendo aceita nesta casa, protagonista, referenciada, da nossa mais alta cultura, que é a Academia Brasileira de Letras”, disse. 

“Emocionada, tomo posse da cadeira número 17. Sou atriz, venho desta mística arte arcaica que é o teatro. Sou a primeira representante da cena brasileira a ser recebida nesta casa. Esse meu ofício expressa uma estranheza compreensão. A raiz dessa arte está na complexidade de só existir através do corpo e da alma de ator ou de uma atrizao trazer a literatura dramática para a verticalidade cênica”, acrescentou

Logo após ser eleita, Fernanda manifestou em sua rede social, que a Academia Brasileira de Letras é um referencial cultural de 125 anos. “Abrigou e abriga representantes que honram a diversidade da nossa criatividade em várias áreas. Vejo a academia como um espaço de resistência cultural. Agradeço a oportunidade”. 

A atriz recebeu a notícia da eleição por meio da também imortal da ABL, Nélida Piñon.

Arlete Torres

Fernanda Montenegro é o nome artístico de Arlette Pinheiro Monteiro Torres, nascida no dia 16 de outubro de 1929, no Rio de Janeiro. Atriz e escritora, ela é considerada uma das melhores atrizes do país. Foi a primeira latino-americana e a única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1999, pelo filme Central do Brasil, do diretor Walter Salles. Foi também a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação na série Doce de Mãe, da TV Globo, de 2013.

"Pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras", Fernanda Montenegro foi condecorada, em 1999, pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Além dos cinco prêmios Molière, ela ganhou em 1998 o Urso de Prata no Festival de Berlim, pela interpretação de Dora no filme Central do Brasil. 

Em 2013, foi eleita a 15ª celebridade mais influente do Brasil pela revista Forbes. Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Fernanda leu o poema A flor e a náusea, de Carlos Drummond de Andrade, dublado em inglês pela também atriz Judi Dench.

Foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi, em 1951, onde participou de 80 teleteatros. Em telenovelas, sua estreia ocorreu em 1954, como protagonista de A Muralha, na RecordTV. Trabalhou na maioria das emissoras produtoras de teledramaturgia, como Band, TV Cultura, RecordTV e Rede Globo, onde está desde 1981, além das extintas TV Excelsior, TV Rio e Rede Tupi.

Na área da literatura, a atriz publicou, em 2018, o livro Fernanda Montenegro: Itinerário Fotobiográfico e, no ano seguinte, lançou o livro Prólogo, Ato, Epílogo, pela Companhia das Letras, escrito em parceria com Marta Góes.

(Foto: Reprodução/ABL)

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sábado, 29 de maio de 2021

EXCLUSIVO: Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras, concede entrevista à revista Conexão Literatura, por Cida Simka e Sérgio Simka


O poeta, romancista, memorialista, ensaísta, tradutor, editor e presidente da Academia Brasileira Letras, Marco Lucchesi, que acaba de publicar o livro “Adeus, Pirandello”, pela editora Rua do Sabão, conta, nesta entrevista exclusiva, sobre o livro, a sua faceta de escritor e de pesquisador e a respeito de seus próximos projetos.

Os colunistas e o editor-chefe da revista Conexão Literatura, o escritor Ademir Pascale, desejam externar publicamente o nosso agradecimento ao também escritor Leonardo Garzaro, um dos editores da editora Rua do Sabão, e à assessora de imprensa da editora, Beatriz Reingenheim, por terem viabilizado o contato com o eminente acadêmico. 

ENTREVISTA:

Ao publicar o livro "Adeus, Pirandello", você completa a trilogia sobre o Rio de Janeiro. O que o motivou a escrevê-la?

O amor do território. Sequestrado diante de tantas agressões urbanas. O amor das paisagens náufragas. Mas também a ideia da máquina do tempo, os limites da história e da ficção. Uma cronologia que começa em 1866 e termina em 1927. A última, com a viagem de Pirandello ao Rio. 

Você tem uma extensa, sólida e relevante obra publicada. Quais os seus próximos projetos?

Tenho o que posso fazer... na medida das minhas forças, dos meus limites e, sobretudo, da minha inquietação. Trabalho em muitos projetos, ao mesmo tempo, seria inútil e soaria pedante enumerá-los. Terminei o terceiro volume do diário filosófico, em fragmentos, e mais dois outros livros. Sinal de teimosia ou de esperança... Talvez o primeiro tópico,  talvez o segundo. A rosa dos ventos. Um destino.

Fale-nos brevemente sobre o Lucchesi escritor e o Lucchesi pesquisador. Particularmente, por que o seu interesse pela filosofia da matemática?

Muitos apelos e interesses desde sempre. Gosto de ver o céu noturno. Quando a vida no país se torna insuportável, agarro-me ao plenilúnio. Vermelho e soberano.  Se houvesse escolhido outra profissão, talvez fosse epistemólogo.  Sou um homem da Fronteira. Gosto essencialmente do trânsito e da articulação  entre coisas diversas.  Seria longo tratar da matemática, mas gosto de estudar seus pressupostos filosóficos, também a construção de uma poética própria que a torna mais bela, como a Lua. Ela está em alguns livros de ensaio, mais intensamente no primeiro e no segundo volume do diário filosófico "Trivia" e "Vestígios".  Vício e fascínio, ao mesmo tempo. Como no poema de Novalis, número e letras enquanto possível de uma profunda cosmopoética.

Como analisa o ensino superior brasileiro, de maneira geral, em tempos de pandemia?

95% da invenção do que se produz no Brasil vem da Universidade. Os desafios têm sido respondidos com a necessária coragem e resistência, na luta permanente contra a barbárie de nossos dias. Nada é fácil. Seguimos formando profundas zonas de consenso. A defesa da cultura para todos contra a máquina do ódio.

Refletindo sobre sua trajetória, você se considera um ser humano realizado? E feliz?

Essa é uma pergunta impossível. Quem poderia dizer uma e outra coisa? Ainda que não houvesse tanta miséria e morte, no seio da pandemia, política e racismo... ainda que não houvesse nada disso,  quem poderia afirmar uma e outra coisa... Vivemos em um processo. Nossa esperança é de recriar o presente. Eu venho do planeta  Inquietação na nebulosa de Órion.

Informações sobre a trilogia (extraídas do site da editora Rua do Sabão):

“Nas palavras do também imortal Antônio Torres, com ´Adeus, Pirandello´ Marco Lucchesi fecha uma trilogia carioca iniciada em 2010 com O dom do crime, cujo cenário é o Rio ao tempo de Machado de Assis (1886). O passo seguinte foi O bibliotecário do Imperador, de 2013, ambientado no mesmo Rio e no mesmo século XIX (1889).” 

Conheça mais sobre Marco Lucchesi:

https://www.academia.org.br/academicos/marco-lucchesi/biografia

https://www.academia.org.br/academicos/marco-lucchesi/bibliografia

Link para o livro:

https://loja.editoraruadosabao.com.br/produto/adeus-pirandello/

Link para a assessoria de imprensa da editora Rua do Sabão: 

www.kulturalis.com.br


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020) e O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). 

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quarta-feira, 11 de março de 2020

Entrevista exclusiva com ANTONIO CARLOS SECCHIN, membro da Academia Brasileira de Letras, por Cida Simka e Sérgio Simka

Antonio Carlos Secchin - Foto divulgação
A revista Conexão Literatura tem a honra de apresentar a entrevista com o professor e escritor ANTONIO CARLOS SECCHIN, membro da Academia Brasileira de Letras.
Solicitamos-lhe uma entrevista, a propósito do debate de que participará em São Paulo, sobre as traduções de João Cabral de Melo Neto na América Latina. Disse-nos que “no momento, estou meio no sufoco, com duas viagens consecutivas, uma delas para fora do país, disponibilidade restrita. Mas, com prazer, dentro dessas limitações, aguardo sua mensagem”.
Encaminhamos-lhe apenas duas perguntas, dados os seus compromissos. Mesmo com a sua agenda lotada, teve a generosidade de nos responder.
Com isso, queremos publicamente agradecer a ANTONIO CARLOS SECCHIN o seu carinho e a sua humanidade. Para nós, fica a prova de que, quanto mais “alta” e sábia é a pessoa, mais humilde e humanamente linda ela é.

Saiba mais sobre ANTONIO CARLOS SECCHIN

Membro da Academia Brasileira de Letras, sétimo ocupante da Cadeira nº 19, eleito em 3 de junho de 2004, na sucessão de Marcos Almir Madeira e recebido em 6 de agosto de 2004 pelo acadêmico Ivan Junqueira.
Antonio Carlos Secchin nasceu no Rio de Janeiro em 10 de junho de 1952. Filho de Sives Secchin e de Victoria Regia Fuzeira Secchin. Até os seis anos morou em Cachoeiro de Itapemirim. Desde 1959 reside no  Rio de Janeiro.
Formação e experiência profissional
É doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982). Professor de Literatura Brasileira das Universidades de Bordeaux, (1975-1979), Roma (1985), Rennes (1991), Mérida (1999), Paris III-Sorbonne Nouvelle (2009) e da Faculdade de Letras da UFRJ, onde foi aprovado (1993), por unanimidade, com nota máxima, em concurso público para professor titular. Na carreira docente, foi diversas vezes eleito paraninfo e  patrono dos formandos. Orientou 26 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado. Ministrou 50 cursos de pós-graduação, no país e no exterior. Em 2013, tornou-se professor emérito da UFRJ.
Conferências, palestras, mesas-redondas e comunicações
Proferiu 461 palestras, em sua maioria versando sobre temas de literatura e cultura brasileira, no Brasil e nos seguintes países: Argentina, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, México, Portugal e Venezuela.
Editorias e conselhos científicos e editoriais
Membro de 46 editorias ou conselhos, no Brasil e no exterior, sobretudo de periódicos de investigação literária.
Prêmios literários
Total de 16 prêmios nacionais, destacando-se: 1.o lugar, categoria “ensaio”, do Instituto Nacional do Livro (1983); Prêmio Sílvio Romero, da Academia Brasileira de Letras, 1985, ambos para João Cabral: a Poesia do Menos; Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional (2002); Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2003); Prêmio Nacional do PEN Clube do Brasil (2003), atribuídos a Todos os Ventos como melhor livro de poesia.
Mais informações no site da Academia Brasileira de Letras:
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm%3Fsid%3D217/biografia

ENTREVISTA:

Você é um dos maiores especialistas em João Cabral de Melo Neto. Participará, em 13/3, de um debate em São Paulo sobre ele, um dos maiores poetas do século 20. Ainda há muito a dizer?


Todo grande escritor é inesgotável, sujeito a infindáveis releituras, e propício a explorações de ângulos inéditos. É o que vai ocorrer em São Paulo. Não apresentaremos, propriamente, um novo olhar sobre o poeta, mas discutiremos uma faceta pouco explorada de sua obra: as traduções, especialmente as feitas para o espanhol e o inglês. E pretendo abordar um aspecto ainda menos relevado: a atividade de Cabral como tradutor, de ficção e de poesia.

Você se considera mais poeta, mais ensaísta ou mais crítico literário?

Depende do dia, rs. Mas gostaria, sempre, de ser mais poeta, inclusive no ensaio e na crítica.

CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin, integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Conhecendo a ABL - Academia Brasileira de Letras

A Academia Brasileira de Letras (ABL) é uma instituição cultural, cuja inauguração se deu em 20 de julho de 1897 e que está sediada no Rio de Janeiro. Qual o papel da Academia Brasileira de Letras? A entidade tem por objetivo o cultivo da língua e da literatura nacionais.

Seguindo o modelo adotado pela Academia Francesa, a ABL é formada por  40 membros efetivos (perpétuos), além de contar com 20 sócios correspondentes estrangeiros. 

No dia 13 de dezembro de 2018 tomou posse a nova Diretoria da ABL, para o exercício de 2019. A eleição aconteceu em 06 de dezembro de 2018 e a Diretoria passou a ser composta da seguinte forma:

Presidente: Marco Lucchesi
Secretário-Geral: Merval Pereira
Primeira-Secretária: Ana Maria Machado
Segundo-Secretário: Edmar Bacha
Tesoureiro: José Murilo de Carvalho. 

Sobre os membros da Diretoria da ABL (informações do site da entidade): 


Marco Lucchesi: Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL, foi eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Padre Fernando Bastos de Ávila. Nasceu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1963 e se tornou o mais jovem Presidente da Academia Brasileira de Letras dos últimos 70 anos. Uma curiosidade: o mais novo, em toda a história da academia, foi o Acadêmico Pedro Calmon (1902-1985), que assumiu em 1945, com 43 anos de idade.

Escritor muitas vezes premiado, tanto no Brasil quanto no exterior, Lucchesi é autor de uma obra que abarca poesia, romance, ensaios, memórias e traduções. Publicou mais de 40 livros ao longo de sua trajetória. Professor titular de Literatura Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucchesi tem pós-doutorado em Filosofia da Renascença na Alemanha. Formado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui mestrado e doutorado em Ciência da Literatura. Seus livros mais recentes são O carteiro imaterial (ensaios), Clio (poesia) e O bibliotecário do imperador (romance). Ganhou três Prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.


Merval Pereira: Oitavo ocupante da cadeira nº 31, eleito em 22 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, Merval Pereira é jornalista e comentarista da Globonews e da CBN e Colunista de O Globo. Foi eleito Correspondente Brasileiro da Academia das Ciências de Lisboa, em novembro de 2016. Em 1979, recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore. Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.


Ana Maria Machado: Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha. A escritora Ana Maria Machado presidiu a Academia Brasileira de Letras em 2012 e 2013. É membro do PEN Clube do Brasil e do Seminário de Literatura da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Integra o Conselho Consultivo do Brazil Institute do King’s College em Londres. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural, no grau de Grão-Mestre, a Medalha Tiradentes, a Grande Ordem Cultural da Colômbia, e a Medalha Tamandaré. Publicou mais de cem livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.


Edmar Bacha: Economista, fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates no Rio de Janeiro, Edmar Bacha nasceu em Lambari, Minas Gerais, de uma família de escritores, políticos e comerciantes. Sexto ocupante da Cadeira 40 da ABL, eleito em 3 de novembro de 2016, na sucessão de Evaristo de Moraes Filho, concluiu a Faculdade de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e, em seguida, obteve o Ph.D. em Economia na Universidade de Yale, EUA. É autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. O último livro foi Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes.


José Murilo de Carvalho:  Historiador, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Academia Brasileira de Letras. Nascido em Andrelândia (MG), fez sua graduação em Sociologia e Política na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é Ph.D pela Universidade de Stanford. Atuou como professor visitante e pesquisador em diversas universidades estrangeiras, como Oxford, Leiden, Londres, Stanford e Princeton. É autor de vasta produção de artigos e crônicas publicados em jornais e revistas, no Brasil e exterior, e de livros, como Os bestializados (1987), Pontos e bordados (1998), A formação das almas – o imaginário da República no Brasil (1990), Cidadania no Brasil: o longo caminho (2001) e Dom Pedro II (2007). Seu livro mais recente é O pecado original da República.

Como é o processo de escolha de um imortal da Academia

Como instituição cultural a ABL possui um estatuto e nele estão as diretrizes que regem a entidade. Em seu estatuto a Academia estabelece que para alguém candidatar-se é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário. 

Os imortais são escolhidos mediante eleição por votação secreta. 

Quando um Acadêmico falece, a cadeira é declarada vaga numa reunião denominada Sessão de Saudade, e a partir de então os interessados tem o prazo de 2 meses para se candidatarem, enviando uma carta ao Presidente da instituição. A eleição acontece sessenta dias após a declaração da vaga.

A posse é marcada de comum acordo entre o novo Acadêmico e o escolhido para recepcioná-lo. De praxe, o vistoso fardão é oferecido pelo Governo do Estado natal do Acadêmico.

Para saber quem são os acadêmicos que passaram pela ABL, você pode conferir no site da instituição (clique aqui).

Algumas curiosidades:

Quem fundou a Academia Brasileira de Letras?
Machado de Assis e Lúcio de Mendonça fundaram a ABL em 1897.

Quem foi a primeira mulher eleita para a ABL?
A escritora Rachel de Queiroz foi a primeira escritora a assumir uma das cadeiras da instituição. Isso aconteceu em 1977.

Quem foi a primeira presidente do sexo feminino da ABL?
Nélida Piñon tomou posse em dezembro de 1996 como presidente da instituição, tornando-se, portanto, a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Ela foi eleita como imortal no ano de 1989.

Quem foi o primeiro presidente da ABL?
Machado de Assis, o seu fundador, foi o primeiro presidente da entidade e dirigiu a Academia até 1908. 

Quem foi o presidente que mais tempo ficou na direção da ABL?
Austregésilo de Athayde presidiu a Academia de 1959 até 1993.



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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Obra de Júlia Lopes de Almeida vira leitura obrigatória

Esquecida pela história, a autora Júlia Lopes de Almeida estreia com a obra A Falência como leitura obrigatória para o Vestibular 2019 e essa surpreendente narrativa irá intrigar o leitor à desconstrução

Idealizadora da Academia Brasileira de Letras, Júlia Lopes de Almeida fazia parte da sociedade entre os séculos XIX para o XX e não podia ocupar seu lugar de direito na cadeira, que então foi cedido ao seu marido. Apesar dele merecer, ele entrou apenas porque os fundadores queriam uma instituição exclusivamente masculina.

Escritora, cronista, teatróloga e abolicionista brasileira, Júlia está na lista de livros indicados ao Vestibular 2019 com o título A Falência, publicado antecipadamente pela Editora Edipro para que os estudantes já iniciem a leitura.

O romance impresso em 1901 supera o arquétipo de heroína romântica da época, apresentando uma protagonista adúltera em busca de realização. Camila busca grandes feitos, entremeado à derrocada de um exportador de café.

De origem pobre e elevada à riqueza pelo casamento com Francisco Theodoro, a personagem permanece no mesmo lugar pela comodidade que a fortuna lhe traz, porém descobre a paixão tardiamente nos braços do amante Dr. Gervásio.  Seu marido de nada desconfia, mas terá seu ideal de família perfeita abalado após um mau negócio que o leva à falência.

A partir da decadência, essa mulher então uni-se às suas serviçais e filhas, e juntas encontram um caminho na força feminina, mostram que não precisam de homem para sobreviver e tornam a história encantadora e surpreendente.

A Falência, segundo biografia ainda não publicada pela filha da autora, levou mais de 15 anos para ser produzida, tornando-se a obra-prima de Júlia Lopes de Almeida, uma das maiores escritoras da literatura brasileira.

Ficha técnica:
Editora: Via Leitura
Assunto: Literatura
Preço: R$ 28,90
ISBN: 9788567097633
Edição: 1ª edição, 2018
Tamanho: 14x21 cm
Número de páginas: 192

Sobre a autora: Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) foi uma das principais escritoras de sua geração e uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras. O crítico José Veríssimo apontou a autora, no início do século XX, como um dos dois únicos “autores de obra considerável e de nomeada nacional”, afirmando ainda: “lhe prefiro de muito D. Júlia Lopes”. Oriunda de um lar moderno, que estimulava a leitura, e casada com o poeta português Filinto de Almeida, encarou o ofício da escrita com diligência, alcançando uma obra prolífica e de inestimável qualidade. Começou sua carreira aos 19 anos, na Gazeta de Campinas, em uma época em que a participação da mulher na vida intelectual era muito rara. Por mais de 30 anos, colaborou com o jornal carioca O País. Em seus artigos, apoiava o abolicionismo e a República. Ao longo de sua carreira, produziu contos, peças, romances, crônicas e livros infanto-juvenis. Inexplicavelmente, acabou esquecida já nas décadas de 30 e de 40, com o advento do modernismo, além de ter seu nome excluído da lista da primeira reunião da Academia Brasileira de Letras. O motivo: a exclusão de mulheres da Academia, que só seria revogada em 1977, com a concessão de uma cadeira a Rachel de Queiroz. Seu marido, Filinto de Almeida, acabou ocupando a cadeira de número 3 entre os fundadores, sempre afirmando que sua esposa era a merecedora do posto, como afirmou em entrevista a João do Rio, em 1905: “Não era eu quem devia estar na Academia, era ela”.
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terça-feira, 15 de maio de 2018

Apoie e Assine: Campanha por CONCEIÇÃO EVARISTO na Academia Brasileira de Letras!


A Revista Conexão Literatura apoia a campanha pela ocupação da cadeira de número 7 da Academia Brasileira de Letras pela escritora CONCEIÇÃO EVARISTO. A campanha foi criada pela Dra. Denise Carrascosa - Professora de Literatura da Universidade Federal da Bahia.

Trecho do texto no site Change:

"Como se já não bastasse imortalizarem, na dimensão da escritura literária mundial, a raridade solar de uma obra de arte talhada no corpo e pelo corpo de uma mulher negra - a escritora mineira Conceição Evaristo, seu elenco de livros publicados reescreve a história do Brasil a partir do ponto de vista de quem a vivencia, desde a chegada forçada de seus ancestrais, a partir de todas as suas trágicas e cotidianas impossibilidades. A este lugar de enunciação, Evaristo, assumindo a multifacetada tarefa da crítica e teorização literárias, nomeia “escrevivência” – tarefa intelectual negro-feminina por excelência de renarrar criticamente o imaginário social hegemônico brasileiro: profundamente elitista, patriarcal e racista e responsável pela falência de um projeto democrático de país.

Diante deste contexto, a Academia Brasileira de Letras, fundada e primeiramente presidida pelo escritor negro Machado de Assis, um crítico do sistema escravocrata que fundou as bases de nosso imaginário nacional, está preparada para compreender a necessidade de iniciar uma trajetória de reeducação em nossas formas de letramento?" 

Conceição Evaristo já foi capa de uma das edições da Revista Conexão Literatura (junho/2017), entrevistada pelo escritor e ativista cultural Ademir Pascale: http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2017/10/entrevista-com-conceicao-evaristo.html

Para assinar e apoiar a campanha criada pela Profa Dra. Denise Carrascosa: Clique aqui.
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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Próxima página reúne histórias e afetos em corrente literária

Patrícia Mellodi e Evando dos Santos - foto de Alberto Jacob Filho
Academia Brasileira de Letras (ABL) é o palco do lançamento da nova série da MultiRio

A nova produção audiovisual da mídia educativa e cultural da cidade do Rio de Janeiro reúne personagens como a escritora Nélida Piñon, o poeta Paulo Sabino e o cartunista André Dahmer, entre outros, em torno de um tema em comum: a paixão pelos livros. O lançamento da série da MultiRio acontece nesta sexta-feira (24), às 14h, na Academia Brasileira de Letras (ABL), com a presença de participantes da produção e convidados. Os programas mostram bate-papos entre pessoas apaixonadas pela literatura e que trazem à tona as diversas maneiras de entrar nesse mundo e vivenciar a leitura, promovendo o prazer desse hábito e evidenciando sua relação com outras atividades. De forma descontraída e envolvente, Próxima página destaca a importância dos livros na vida de dez pessoas e convida os espectadores a compartilhar as histórias e afetos desses personagens.

Os dez episódios, com dois personagens e cerca de 15 minutos cada, têm a participação de Nestor Capoeira, capoeirista e autor; Patricia Mellodi, cantora e compositora; Evando dos Santos, fundador de uma biblioteca comunitária; Nélida Piñon, escritora; Paulo Sabino, poeta; Eliane Pimenta, professora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e autora; André Dahmer, cartunista; Marcio Libar, ator, diretor teatral e palhaço; Ernandes Fernandes, arquiteto; e Tainá Almeida, do coletivo Meninas Black Power.

No primeiro episódio, a câmera acompanha Nestor Capoeira em um encontro especial: a ida até o local em que entrevistará Patricia Mellodi. A casa do entrevistado, uma biblioteca e a Academia Brasileira de Letras são alguns dos cenários das conversas da série, livres e informais. Obras de iniciação, autores, livros preferidos, escrita literária e leitura estão entre os temas dos bate-papos. No episódio seguinte, Mellodi assume o papel de entrevistadora de Evando dos Santos. Dessa forma, os personagens se revezam nos papeis da entrevista até que a corrente literária se “fecha” no último programa, quando Nestor Capoeira é o entrevistado – um final que, na verdade, sinaliza o começo de novas possibilidades de se olhar a leitura.

Nélida Piñon - Foto de Alberto Jacob Filho
 Próxima página traz o prazer da leitura como seu grande tema e é voltado a um público amplo, que inclui professores e alunos da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro e todos que reconhecem, ou desejam conhecer, a importância dos livros. A estreia da série é no dia 24 de novembro (sexta-feira), quando o público pode conferir a maratona com todos os episódios no canal MultiRio (26 da NET), a partir das 20h, ou acessá-los no Portal MultiRio (www.multirio.rj.gov.br). 

Sobre a MultiRio

A MultiRio é a empresa de mídia educativa e cultural do município do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria Municipal de Educação (SME). Com 24 anos de existência e uma atuação diferenciada, a MultiRio desenvolve e veicula (canal 26 da NET e Portal MultiRio) produtos e conteúdos para uma ampla rede pública de ensino, com 654.949 alunos e 41.216 professores. O acervo da Empresa conta com mais de sete mil títulos, incluindo séries de TV e Web, podcasts, matérias jornalísticas, publicações, cursos de capacitação, animações, livros infantis com realidade aumentada, jogos digitais interativos e conteúdos para redes sociais. São recursos que contribuem para ampliar a formação cultural de crianças e jovens e da população em geral.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Antiga foto raríssima de Machado de Assis é encontrada

O pesquisador Felipe Rissato encontrou uma foto raríssima de Machado de Assis presidindo uma sessão da Acadêmia Brasileira de Letras datada de 31 de outubro de 1905. Segundo o pesquisador a foto foi publicada na edição da revista "Leitura para Todos" em dezembro de 1905.
De acordo com o Rissato a foto mais antiga de uma sessão pública é de 17 de maio de 1909 na qual foi presidida pelo Rui Barbosa. A partir de agora a foto encontrada pelo Felipe Rissato torna-se o registro mais antigo de uma sessão da Academia Brasileira de Letras.
A foto registra uma sessão da ABL na qual o Machado de Assis estava entre Alberto de Oliveira e Silva Ramos. Ambos estavam auxiliando Machado de Assis naquela sessão que elegeu Mário de Alencar para ocupar a cadeira número 21.
A foto tem alguns detalhes que ratificam a sua veracidade, por exemplo, há uma legenda com a data correta da sessão, bem como a face inconfundível do autor de Dom Casmurro entre os rostos dos acadêmicos Alberto de Oliveira e Silva Ramos.
A foto fará parte de uma publicação da edição número 89 da "Revista Brasileira" que ao todo publicará 38 fotos de uma extensa pesquisa do Felipe Rissato. Fique de olho é uma ótima oportunidade cultural.

Fonte: Via G1

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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Academia Brasileira de Letras lança novo Prêmio Machado de Assis

A Academia Brasileira de Letras (ABL) apresentou no dia 9/06/16 o novo formato do Prêmio Machado de Assis que, a partir deste ano, vai homenagear grandes nomes da literatura brasileira e de outras áreas das ciências humanas, alternadamente. O modelo foi divulgado pelo presidente da casa, Domício Proença Filho, e pela secretária-geral da ABL, Nélida Piñon.

Segundo Proença, o formato unificou os prêmios antes dados por estilos literários e privilegia o reconhecimento do conjunto da obra de um escritor brasileiro vivo. A ideia é dar representatividade e seriedade ao prêmio, acrescentou.

A mudança na estrutura ganha uma significação maior, no seu entendimento. "A intenção dos prêmios da Academia sempre foi de reconhecimento, nunca de estímulo a novos escritores. Antes não era pelo conjunto, era para uma obra em cada estilo literário, mas incidia sobre o autor de uma obra já reconhecida”, ressaltou.

No modelo anterior, eram premiados os segmentos de poesia, ficção, ensaio e literatura infanto-juvenil, com o valor de R$ 50 mil cada, além do Grande Prêmio Machado de Assis, no valor de R$ 100 mil, para o conjunto da obra. O prêmio agora passa a ser único, no valor de R$ 300 mil – o maior para o setor literário no pais.

Nélida ressalta que, com o modelo de prêmios segmentados ou com colocações, dificilmente os escritores contemplados recebem o devido reconhecimento da sociedade. Mas com a concentração em um grande prêmio, o autor vai receber todos os “holofotes” que merece.

“Retomamos a consagração do conjunto da obra. Um autor é um patrimônio nacional e, no Brasil, nós estamos muito abandonados", disse Nélida. Ela acredita que o grande prêmio vai chamar a atenção para o ganhador, que pode estar escondido nos grotões do país, e vai ganhar R$ 300 mil e a atenção da imprensa. "Prêmios com primeiro, segundo e terceiro [lugares] ninguém guardava todos os nomes, e os segmentados também não. Agora é um grande vencedor, que vai ganhar todos os holofotes”, enfatiza.

Para ela, com essa ação, a ABL assume um papel que seria do governo brasileiro, de atuar como Instituto Machado de Assis, nos moldes do português Instituto Camões e do espanhol Instituto Cervantes, de difundir a língua e a cultura do país. “Nós não tínhamos isso, éramos muito órfãos, agora é a academia atuando como Instituto Machado de Assis, é muito bonito”.

Os 40 acadêmicos farão suas indicações no dia 19 de junho, até três por imortal, sendo vedada a indicação dos próprios acadêmicos ou seus parentes. Em seguida, a diretoria da casa analisará as indicações e os três nomes mais citados serão levados ao plenário da casa para votação.  A cerimônia de premiação será no dia 20 de julho, na comemoração  dos 119 anos de fundação da academia.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

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