João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111
Querido(a) leitor(a)! Nossa nova edição está novamente megaespecial e destaca João Barone, baterista da banda Os Paralamas do Sucesso. Bar...
quinta-feira, 11 de abril de 2024
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
100 anos de José Saramago: relembre as obras que marcaram a carreira do escritor
José Saramago - Foto divulgação
Selecionamos, em parceria com a BIbliON, quatro prestigiadas obras de um dos mais importantes escritores do século XX
José Saramago, escritor português, nasceu no dia 16 de novembro de 1922. Ainda jovem se mudou com a família para Lisboa, onde trabalhou como serralheiro mecânico e tradutor. Após alguns anos iniciou a carreira de escritor, lançando seu primeiro romance intitulado Terra do Pecado, em 1947. Uma de suas obras mais polêmicas é O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de 1991, que gerou grande repercussão na época da sua publicação. Mas o seu romance mais conhecido é Ensaio Sobre a Cegueira (1995), de Fernando Meirelles, devido à sua adaptação de grande sucesso para o cinema.
As obras literárias de Saramago são realistas e trazem uma abordagem social, com críticas políticas e religiosas, mostrando a luta do escritor pelos direitos humanos. Foi vencedor do Prêmio Camões, a mais tradicional premiação da literatura em língua portuguesa, e do Prêmio Nobel de Literatura, a mais famosa premiação literária internacional.
Que tal conhecer um pouco mais ou relembrar as obras de José Saramago? Separamos abaixo quatro livros do escritor português e todos fazem parte do acervo da BibliON, a biblioteca gratuita do Estado de São Paulo. Confira:
Ensaio sobre a cegueira - José Saramago
Uma terrível "treva branca" vai deixando cegos, um a um, os habitantes de uma cidade. Com essa fantasia aterradora, Saramago nos obriga fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu. Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas. O Ensaio sobre a cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: "uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".
O ano da morte de Ricardo Reis - José Saramago
Depois de uma temporada de autoexílio no Brasil, o heterônimo de Fernando Pessoa está de volta a Lisboa. O ano é 1936, e ele tem de pôr de lado sua índole contemplativa para poder se situar em meio aos acontecimentos políticos de uma Europa em ebulição. A notícia da morte de Fernando Pessoa, telegrafada de Lisboa pelo companheiro de heteronímia Álvaro de Campos, faz Ricardo Reis decidir-se a retornar imediatamente a Portugal. Como logo percebem os funcionários do hotel onde ele se hospeda na noite tempestuosa da chegada a Lisboa, Reis possui um temperamento formal e comedido. Gosta de fechar-se em seu quarto, aparecendo quase somente nos horários das refeições ou nas saídas e chegadas de suas perambulações solitárias pela cidade. Enquanto espera tranquilamente a hora de ir juntar-se ao seu criador, assiste pelos jornais ao espetáculo do mundo e às vezes compõe versos dedicados à camareira do hotel ou a uma jovem hóspede com a mão esquerda paralisada. As fronteiras habituais entre realidade e literatura dissolvem-se de modo impactante nesta amostra emblemática da ficção de José Saramago. O ano da morte de Ricardo Reis é considerado por muitos críticos seu melhor romance e o livro-chave que o projeta entre os maiores prosadores da língua portuguesa. Aproveitando habilmente o fato de Fernando Pessoa não ter fixado em seus escritos a data da morte de Reis, o autor encena os últimos meses do poeta das musas abstratas com sua habitual maestria narrativa. A caligrafia da capa é de autoria da cineasta Daniela Thomas.
Viagem a Portugal- José Saramago
Roteiro poético-fotográfico de Portugal que tem por guia um mestre da literatura contemporânea. Em Viagem a Portugal, o pacto de Saramago com a língua se materializa com tanta clareza que chega a parecer um destino — é como se as coisas e as pessoas estivessem estado à espera de seu escritor. Um milhão de viajantes viram os rios, as encostas e as florestas que Saramago viu. Entraram nos mesmos castelos e igrejas. Pediram informação àquele pastor, à fiandeira e ao velho da encruzilhada. Todos deram pasto à vista e à imaginação. Nenhum deles, entretanto, teve como levar a viagem para casa, refazê-la por escrito e escolher que iria partilhá-la infinitamente. Conhecemos, neste livro, que nome se dá às coisas em Portugal, qual é a comida que vai para a mesa, quem pintou o teto daquela capelinha, quando é que chove, de que cor são os olhinhos de Nossa Senhora da Cabeça, o que aconteceu com as flores das amendoeiras que o rei mouro mandou plantar para a sua princesa nórdica, quanto custa passar o tempo nas ruas de Serpa, até que ponto são rápidas as águas do Pulo do Lobo, de que modo se conserva a seriedade perante o são Sebastião sorridente e orelhudo de Cidadelhe, por que morreu Inês, a amante de Pedro, o Cruel, o Cru, o Filho-Inimigo, o Tartamudo, o Dançarino, o Vingativo, o Até-Ao-Fim-do-Mundo-
Cadernos de Lanzarote- José Saramago
Os bastidores dos prêmios literários internacionais, a cumplicidade com amigos escritores como Jorge Amado, a luta contra o obscurantismo político e religioso que condena suas obras como subversivas e blasfemas, os impasses íntimos do escritor diante de seu trabalho: tudo isso está nas páginas destes diários de José Saramago, o maior autor português da atualidade, escritos entre 1993 e 1995 na pacata aldeia onde vive, em Lanzarote, uma das ilhas Canárias, ou em suas inúmeras viagens pelo mundo. Alternando a serenidade de quem já viveu muito com a indignação de quem não se cansa de lutar contra o que julga estar errado, Saramago dá neste livro um testemunho único de entrega à literatura e à vida.
Para utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro. O usuário pode fazer empréstimos de até duas obras simultâneas, por 15 dias. Caso o livro desejado esteja indisponível no momento é possível entrar em uma fila de espera e ser notificado assim que ele retornar ao acervo.
A BibliON permite, ainda, ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios. E o sistema de busca permite que o usuário utilize diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título. É possível ler em dispositivos móveis, sem a necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou, ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada, para saída em áudio do texto.
sexta-feira, 4 de março de 2022
Em comemoração da semana de Arte Moderna, a autora Katia Canton lança livro infantil "ANA E A SEMANA" sobre os vieses do movimento
Em centenário da Semana de 1922, a premiada autora Katia Canton lança pela VR Editora livro infantil sobre os vieses do movimento
O centenário da Semana de Arte Moderna, um dos principais eventos da arte brasileira, ganha um novo sentido para o público infantil com o lançamento de Ana e a Semana: Pequena história do modernismo de 1922. PhD em artes interdisciplinares pela New York University, a escritora premiada pelo Jabuti Katia Canton apresenta ao leitor o João, um menino entediado que vive em 2022, e Ana, uma garota que conferiu cada detalhe do evento em 1922.
No lançamento da VR Editora, os 100 anos que separam os dois não impossibilitam o encontro por meio de uma foto. Enquanto passeiam pelo Theatro Municipal de São Paulo do início do século XX, a menina apresenta ao novo amigo a exposição de artes plásticas, com obras de Anita Malfatti, pinturas de Di Cavalcanti e Zita Aita. Os nomes de Oswaldo de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Heitor Villa-Lobos e Tarsila do Amaral também são perfilados durante a aventura das crianças.
A informação de que, apesar de ser chamada de Semana de Arte Moderna, na verdade, foram três dias de evento, é um dos detalhes revelados por Ana durante a narrativa. A menina também apresenta ao leitor Paulo Prado, grande investidor do encontro, que nutria o desejo de tornar São Paulo o centro da modernidade brasileira.
Ele quer que a cidade concorra com o Rio de Janeiro, a capital do país. No Rio, a cultura sempre esteve atrelada aos desejos da família real, que se instalou ali em 1808 e ficou até a Proclamação da República, em 1889. Já São Paulo quer a novidade. A cidade até pouco tempo era quase totalmente rural e não tinha expressão cultural. Então, inspirados nas semanas de artes francesas, o Sr. Prado e a esposa, Marinette ajudaram a promover o evento. (Ana e a Semana, p.7)
Professora de estética e história da arte da Universidade de São Paulo, Katia trabalhou no departamento de arte-educação do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. Publicou mais de 60 livros e recebeu por três vezes o prêmio Jabuti. Ana e a Semana é ilustrado pela artista plástica Mariana Zanetti, que já expôs em feiras internacionais.
Ficha técnica:
Título: Ana e a Semana: Pequena história do modernismo de 1922
Autora: Katia Canton
Ilustradora: Mariana Zanetti
Número de páginas: 40
ISBN: 978-65-86070-72-9
Editora: VR Editora
Formato: 23 x 23 cm
Preço: R$ 59,90
Link de venda: VR Editora
Sinopse: João encontra uma caixa no escritório de sua mãe com fotos antigas. De uma delas, não consegue tirar os olhos. É a imagem de uma menina e um homem em frente à escadaria de um grande teatro. De repente, ela diz: “Olá, muito prazer, sou a Ana”.
Acompanhe Ana e João numa viagem no tempo até fevereiro de 1922, quando foi realizado um dos mais importantes eventos das artes brasileiras, a Semana de Arte Moderna. Conheça a cidade de São Paulo do início do século XX, percorra os corredores do Theatro Municipal e maravilhe-se com a vida e a obra revolucionária dos grandes modernistas brasileiros.
Sobre a autora: Katia Canton nasceu em São Paulo e viveu em Paris, Nova York e Lisboa. É professora de estética e história da arte na pós-graduação da Universidade de São Paulo. É PhD em artes interdisciplinares pela New York University, com pós-doutorado em artes e contos de fadas. Trabalhou no departamento de arte-educação do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. Desde 1987, suas pesquisas relacionam as artes e as narrativas dos contos de fadas e dos contos maravilhosos. Atualmente, como psicanalista em formação, investiga seus usos na educação e na saúde. Publicou mais de 60 livros em português, inglês, espanhol e francês, e recebeu inúmeros prêmios, entre eles, por três vezes, o Jabuti.
Sobre a ilustradora: Mariana Zanetti é ilustradora e artista plástica formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo. Foi finalista em 2017 do prêmio Jabuti e suas obras foram exibidas em feiras internacionais de livro e quadrinhos e em exposições coletivas. Além de seu trabalho artístico, tem lecionado e dado workshops, no Brasil e na Europa.
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
The Witcher: livros que inspiraram série têm versão em audiobook
Escrito por Andrzej Sapkowski, volume 1 e 2 da saga que contam a vida do bruxo Geralt de Rivia estão disponíveis no Skeelo
O bruxo Geralt de Rivia é provavelmente um dos protagonistas mais conhecidos da ficção nos últimos anos e não só pela série ou jogo, mas também pelos livros que inspiraram todas as produções de The Witcher. Frases como ‘aguenta carpeado’, ‘não toque na plotka’ e ‘a verdade é um fragmento de gelo’ são algumas das marcas desse personagem famoso criado há cerca de 30 anos.
A trama, que se passa na era medieval e mostra os conflitos vividos pelo mutante que caça monstros, é baseada na coleção de obras que têm o mesmo nome e foi escrita pelo polonês Andrzej Sapkowski no final dos anos 80 e publicada no início dos anos 90.
Os livros ‘A espada do destino’ e o ‘Último Desejo’, ambos publicados aqui no Brasil pela WMF Martins Fontes, mostram o início da aventura do bruxo que percorre diferentes povoados oferecendo seus serviços de caça. A história tem claramente influências mitológicas e umas das narrativas mais envolventes do gênero. O que muita gente não sabe é que ambas publicações também existem em formato de audiolivro.Narrado por Mauro Ramos e disponível na plataforma Skeelo Audiobooks (https://audiobooks.skeelo.app/), as duas obras contadas despertam a imaginação diante de cada acontecimento na trama. Além da caça aos monstros, Geralt enfrenta a rejeição das pessoas e precisa lutar de todas as formas para viver. O enredo também tem espaço para romance. Yennefer é o grande amor do bruxo, mas a relação dos dois é desafiadora e envolve traições, medos e angústias.
Vale lembrar que volume 1 e 2 da saga formaram a base que inspirou todas as outras produções de sucesso já conhecidas até agora. E para quem ainda não conhece a história, vale conferir o enredo e voltar no tempo com o bruxo Geralt de Rivia.