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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Instituto Tomie Ohtake apresenta: Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak

 

Hiromi Nagakura
Corrida de Tora de Buriti. Participantes Buriti Bull Race. Participants Adrelino A Oiwê, João de Deus Wairire'u, Tito Abdzu


Lideranças indígenas visitadas pelo fotógrafo e pelo curador estarão presentes na abertura da exposição - dia 24 de outubro, às 19h

Como escreve Ailton Krenak, curador da mostra, no início de seu texto: “Nagakura-san é um samurai. Sua espada é uma câmera que ele maneja com a segurança de quem já passou por campos de refugiados e esteve no centro das praças de guerra, por lugares como África do Sul, Palestina, El Salvador e Afeganistão. Depois desse mergulho no inferno global, quando sentiu de perto a loucura dos seres humanos, o samurai da câmera descobriu a floresta amazônica e seus povos nativos”.

Algumas obras dos territórios em conflito fazem parte da exposição, contudo, os trabalhos do fotógrafo em Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak concentram-se nos registros permitidos realizados nas viagens da dupla, principalmente pelo território amazônico. Os percursos abarcaram quase cinco anos, de 1993 a 1998, dezenas de horas, duas vezes por ano, sempre na companhia da produtora e intérprete Eliza Otsuka. A exposição, acompanhada de encontros e lançamento de livro, é o resultado de uma “união de esforços para fazer uma celebração em torno dessa amizade alimentada pelo sonho e beleza da obra do fotógrafo Hiromi Nagakura”. 

A mostra, segundo Krenak, traz algumas das belas imagens das viagens às aldeias e comunidades na Amazônia brasileira. “Momentos de intimidade e contentamento entre ‘amigos para sempre’ inspiraram esta mostra fotográfica mediada por encontros com algumas das pessoas queridas que nos receberam em suas cozinhas e canoas, suas praias de rios e nas aldeias: Ashaninka, Xavante, Krikati, Gavião, Yawanawá, Huni Kuin, o povo Guarani de São Paulo e comunidades ribeirinhas no Rio Juruá e região do lavrado em Roraima”, destaca o curador. As viagens alcançaram os estados do Acre, Roraima, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo e Amazonas. Muitos indígenas, que foram visitados pelas lentes do fotógrafo na companhia de Krenak, estarão presentes na abertura da exposição.

A aproximação entre Krenak e Nagakura começou numa conversa, sentados em esteiras, na sede da Aliança dos Povos da Floresta, no bairro do Butantã, em São Paulo, onde se conheceram, quando Eliza Otsuka apresentou o plano de viagens de Nagakura.  “Ela [Eliza] resumiu com estas palavras o conceito todo do projeto para alguns anos dali para frente: ele vai ser a sua sombra por onde você for, quando estiver dormindo e quando estiver acordado”, recorda-se Krenak. Esta história toda está reunida em um dos livros escrito em nihongo, publicado pela editora Tokuma (Tóquio, 1998), intitulado Um rio, um pássaro assumido por Krenak como a sua biografia feita por Hiromi Nagakura. O livro agora será lançado no Brasil pela Dantes Editora, como um dos eventos que integram a programação da mostra. O lançamento de Um rio, um pássaro acontece dia 27 de outubro, das 18h às 21h, no Instituto Tomie Ohtake, com mesa e autógrafos.

As viagens de Krenak e Nagakura já foram registradas anteriormente no Japão em livros, exposições e documentários para a NHK. O livro Seres Humanos – Amazônia, lançado em 1998 em Tóquio, teve enorme repercussão e foi seguido de duas exposições e exibição em programas na TV com muita mídia voluntária, um espaço raro para o reconhecimento do Brasil, Amazônia e povos indígenas. “Acompanhei, como convidado especial, Hiromi Nagakura em programas ao vivo na TV em horário nobre, antecedido por fala de fim de ano do imperador. Não foi pouca coisa o impacto dessas exposições e livros-reportagens para a formação de uma opinião pública esclarecida sobre a realidade dos Yanomami e Xavante, e da Amazônia mesma. Afinal, nós andamos por dezenas de aldeias nas cabeceiras dos rios Juruá, Negro e Demi     ni, Tarauacá e rio Gregório, além de cortar estradas pelo cerrado e regiões de florestas onde a vida continua vibrante como nos primórdios da criação”, completa Krenak.

Uma publicação, editada pelo Instituto Tomie Ohtake, marca a exposição, ao reunir um conjunto de obras de Nagakura e ensaios assinados por: Angela Pappiani; Claudia Andujar; Laymert Garcia dos Santos; Lilia Moritz Schwarcz; e Priscyla Gomes. A exposição é patrocinada por Bradesco, Meta Brasil e Boston Consulting Group (BCG).

Exposição: Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak
Abertura: 24 de outubro, às 19h
Visitação: de 25 de outubro de 2023 a 04 de fevereiro de 2024
De terça a domingo das 11h às 19h - Entrada gratuita

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Fone: 11 2245 1900

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quinta-feira, 25 de maio de 2023

Programa Rede da ONG Vaga Lume impacta mais de 4.700 jovens e fortalece o diálogo intercultural entre comunidades da Amazônia e de São Paulo

Imersão no quilombo Damásio, com visita a casa de farinha, rio, mediação de leitura, conversa com um contador de cultura local sobre o boi de Guimarães e conversa com os moradores do Quilombo.

A Associação Vaga Lume anuncia um marco importante alcançado pelo Programa Rede, que já impactou mais de 4.700 jovens desde o seu lançamento. O programa promove o diálogo intercultural entre jovens e educadores de bibliotecas comunitárias apoiadas pela Vaga Lume na Amazônia e de escolas e organizações sociais de São Paulo.

 

Por meio de oficinas semanais e produção de trabalhos criativos, como cartas, vídeos, desenhos e apresentações, os participantes têm a oportunidade de expressar suas vivências e conectar-se com jovens de realidades diferentes ao longo de um ano.

 

O primeiro evento presencial do programa este ano, que reuniu participantes das escolas e instituições de São Paulo, aconteceu dia 15/04. Os jovens realizaram a atividade do Mapa Afetivo, conduzida pelas educadoras Sanara Santos e Mel Oyá, em parceria com 10 voluntários do Escritório Mattos Filho. O Mapa Afetivo permitiu que os adolescentes refletissem sobre desigualdade social, racismo, racismo ambiental e violência, compartilhando suas percepções e ampliando sua consciência de mundo. O ponto alto do encontro foi o Sarau, que contou com 20 apresentações ensaiadas, repletas de criatividade e vida. "Por mais que todos os participantes fossem de São Paulo, a realidade de muitos deles é tão distinta que a troca cultural não deixa de ser muito rica", diz Priscila Fonseca, atual coordenadora do programa Rede.


Ela explica que o Programa inclui uma viagem para educadores das instituições: "Eles vão conhecer de perto a vida na outra comunidade com quem estão trocando e trazem, a partir do seu olhar, os relatos daquilo que viveram".

 

Em junho, educadores da Camino School e da Escola Santi, em São Paulo, irão até a comunidade indígena Atodi e a comunidade quilombola Murumuru, respectivamente - ambas no município de Santarém (PA). Ao longo do ano, os demais pares de troca também tiveram ou terão encontros: Fundação Tide Setubal - Comunidade Boa Vista (Castanhal, PA); Pró Saber-SP - Comunidade Atins (Barreirinhas, MA); ASA - Primavera - Comunidade Manoelzinho (Barreirinhas, MA); Escola Vera Cruz - Comunidade Menino Deus (Portel, PA); ASA-Pássaros - Comunidade Tracajatuba 1 (Macapá, AP); Associação Acorde - Comunidade Damásio (Guimarães, MA).

 

Um dos encontros que aconteceram em 2022 foi o da educadora Verônica Lima, da comunidade de Santa Rosa, no Acre, com Lucy Carvalho, coordenadora da biblioteca Pró Saber, em Paraisópolis/SP. Lucy esteve em Santa Rosa e depois recebeu Verônica em São Paulo.


"Após a viagem de intercâmbio cultural para o Acre, sinto a comunidade de Santa Rosa mais pertinho do nosso grupo de Paraisópolis - hoje tenho mais repertório para falar dos adolescentes e suas histórias", diz Lucy. "Durante todo o processo de trocas e conversas com nosso par, o adolescente adquire uma mudança de consciência, com um olhar mais crítico aos acontecimentos da Amazônia, se aproximando desse lugar que até então parecia desconectado da nossa realidade", completa.

 

Para a acreana Verônica, esse momento em São Paulo foi importante para a troca de saberes sobre culturas e costumes: "através das oficinas fazemos com que os jovens se conscientizem e levem isso para as suas famílias também".


Ao longo de sua trajetória, o Programa Rede tem alcançado resultados significativos. Somente em 2022, foram 264 adolescentes participantes, sendo 134 de São Paulo e 130 da Amazônia. O programa tem se mostrado uma iniciativa de grande impacto, valorizando a força e a riqueza da diversidade para convivência em um mundo plural.


Lucy Carvalho, coordenadora da biblioteca Pró Saber recebendo o certificado de participação do programa pelas mãos de Priscila Fonseca em 2022.

Transformação, força e novos olhares

 

Os adolescentes são recepcionados no projeto com uma dinâmica de apresentação que marca a visão deles sobre a vida, o autoconhecimento e os complexos que trazem na bagagem. A coordenadora da biblioteca Pró Saber, Lucy Carvalho, que há três anos é participante do Programa Rede, explica que é visível o antes e depois de cada participante: "Eles entram de um jeito e saem transformados. Mais fortes, conscientes, com senso crítico do mundo. Se reconhecendo e se valorizando dentro do seu território e da sua própria história", conta.

 

Nas primeiras atividades, alguns travam nas temáticas consideradas até então, delicadas. "Muitos não conseguem falar", explica Lucy. A partir da integração e ao longo dos meses nas oficinas semanais com os educadores, os adolescentes começam a reconhecer seu lugar na sociedade e seu valor. "Acredito muito nesse trabalho e no impacto que ele causa em vários pontos no desenvolvimento deles".

 

As atividades programadas discutem temáticas integrativas e participativas, possibilitando diferentes trocas de experiências. Segundo a educadora, os intercâmbios têm despertado o interesse por novas culturas e promovido a quebra de padrões. "Eles conheciam a Amazônia só pela TV: como se ela fosse só floresta, natureza e bichos. Existe uma desconstrução desse estereótipo, eles passam a conhecer pessoas que vivem nesse lugar", ressalta. Durante a iniciativa que oportuniza imersões, eles conhecem histórias reais de outros adolescentes, que assim como a deles, têm aspectos em comum.


"Os adolescentes passam a valorizar e reconhecer a diversidade que existe no seu próprio território, passam a reconhecer os problemas que existem, em que lugar estão e como podem mudar essa história. Essa mudança de olhar é nítida no grupo. A gente fica muito orgulhosa dessa trajetória", ressalta Lucy que avalia positivamente o respeito que o grupo adquire entre os pares.

 

Sobre a Vaga Lume

Criada há 21 anos, a Vaga Lume está presente em 22 municípios da Amazônia Legal, com 163 mil livros doados, 89 bibliotecas comunitárias e 5 mil mediadores de leitura formados. O seu propósito é empoderar crianças de comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias, promovendo intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.


 

Alguns números da Vaga Lume

+163 mil livros doados

+109 mil crianças, jovens e adultos impactados

+5 mil mediadores de leitura formados

+880 voluntários ativos na Amazônia


 

Conheça o minidocumentário Vaga Lume no YouTube.

Fotos ilustrativas do trabalho da Vaga Lume: Link

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