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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Festa Literária Internacional de São Sebastião será online, de 27 a 30 de agosto

Adriana Saldanha, diretora geral da FLISS e presidente do Instututo MPUMALANGA - Divulgação
Mais de 40 escritores, contadores de histórias, especialistas em literatura, artistas da música e poetas slammers passarão pelos canais digitais da Festa Literária Internacional de São Sebastião-FLISS 2020, que o Instituto MPUMALANGA realizará em formato online, entre os dias 27 e 30 de agosto, em parceria com o UNICEF

A Festa Literária Internacional de São Sebastião - FLISS, realizada pelo Instituto MPUMALANGA em parceria com o UNICEF, será virtual  nesta edição de 2020 e, assim, ganha abrangência nacional e internacional. Partindo da Casa Brasileira, sede do Instituto na cidade do litoral paulista, para o mundo, começa na quinta-feira, 27 de agosto, às 10h10, com uma discussão importante: A leitura e a escrita para realização dos direitos de crianças e adolescentes, em um diálogo conduzido pela diretora geral da FLISS, Adriana Saldanha, com Ítalo Dutra, Chefe da Área de Educação do UNICEF Brasil.

São quase 80 horas de programação online, com debates literários, lançamentos de livros, diálogos online, entrevistas e mini workshops ­parte gratuita e acessada ao vivo pelo Facebook e Youtube do Instituto MPUMALANGA, e outra com inscrições a preços simbólicos, com toda a renda revertida  para  famílias de São Sebastião, impactadas pela Covid-19. A FLISS 2020-online abarca desde a literatura infantil e a produção contemporânea nacional e internacional, passando pela poesia de rua e a literatura indígena, à música e gastronomia, com nomes como Ignácio Loyola Brandão, Kiusam de Oliveira, Milton Hatoum, Mia Couto, Patrícia Portela, José Eduardo Agualusa, Zuza Homem de Mello, Ilan Brenman, Fernanda Takai, Roberta Estrela D’Alva, o Poeta arrudA e muitos outros.

Na programação da Sala FLISS, em 27/8, a premiada ilustradora Lúcia Hiratsuka fala sobre Ilustração: a escrita das imagens (15h). Adriana Saldanha, da Casa Brasileira, Ângela Castelo Branco, d’A Casa Tombada, e Noemi Jaffe, da Escrevedeira, dialogam sobre os desafios dos espaços de cultura e de produção de conhecimento no atual momento e no pós-pandemia (16h). Diretamente de Moçambique, o premiado escritor Lucílio Manjate conversa sobre Literaturas Africanas (17h) com Janaina Figueiredo. Eu na Sala FLISS recebe Ignácio Loyola Brandão numa conversa direta com o público inscrito mediação do historiador Vitor Ortiz e (18h). A Entrevista na FLISS do dia é com o moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa (19h30). A tarde mesmo horário da mesa Pela janela do quarto, que literatura vejo?, com Milton Hatoum, Patrícia Portela e Noemi Jaffe (20h).

No dia, 28/8, 15h Cordel e Xilogravura: Tesouros da Cultura Brasileira é tema da conversa entre o folclorista Marco Haurélio, a xilogravurista Lucélia Borges e a professora de dança e pesquisadora da cultura brincante Tereza Oliveira.  Em Diálogos #Defenda o Livro, Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, José Ângelo Xavier, presidente da Associação Brasileira de Livros Escolares - Abrelivros, e  Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros-SNEL, debatem o impacto da reforma tributária no segmento da produção de livros do país (15h30). Logo após, Leonardo Sakamoto vai mediar a mesa Infância e violação de direitos na pandemia, com Rosana Vega, Chefe de Proteção da Criança do UNICEF, a escritora Andrea Viviana Taubman, a jornalista Cristiane Rogério e Elisiane dos Santos, Procuradora do Ministério Público do Trabalho - SP (16h). O escritor e crítico musical Zuza Homem de Mello conversa com a jornalista Patrícia Palumbo, que intermedia a participação do público inscrito (18h). Em seguida, Fernanda Takai, Penélope Martins e Roberta Estrela D’Alva na mesa Onde mora minha literatura, também com mediação de Patrícia Palumbo, falando de prosa, poesia, teatro e música nos dias atuais (20h). José Eduardo Agualusa, jornalista e escritor angolano de ascendência portuguesa e brasileira, é o convidado da Entrevista na FLISS (19h30).

No sábado, 29/8, a tarde começa com HQ: Pablo Miyazawa, editor do site IGN Brasil, o quadrinista Franco de Rosa e Sabrina Paixão, orientadora do Laboratório Experimental de Arte-educação & Cultura da Faculdade de Educação da USP, falam sobre a linguagem dos quadrinhos, com Roberto Sadovski.  Eu na FLISS traz o escritor e pensador moçambicano Mia Couto, um dos maiores nomes da literatura africana, em uma conversa com a jornalista Adriana Saldanha e a plateia online inscrita, ao vivo, cara a cara (17h). Os escritores indígenas Cristino Wapichana e Auritha Tabajara, com a cantora e pesquisadora Kitty Canário, trazem a literatura indígena e a cultura ancestral para a discussão (18h30).  Na mesa Onde fincam meus pés?, os convidados Ondjaki e Sérgio Vaz abrem uma reflexão sobre como as escritas se projetam e se encontram no espaço cibernético.

O domingo 30/8 tem aula-espetáculo, com inscrições limitadas, sobre o livro das Mil Fábulas, ou As Mil e Uma Noites, obra bastante representativa na cultura árabe, com Mamede Mustafá Jarouche e Daniele Ramalho (15h). Uma discussão sobre as Tendências para os espaços públicos de leitura com Josélia Aguiar, diretora da Biblioteca Mário de Andrade, e Pierre André Ruprecht, diretor executivo   da SP Leituras, dá sequência ao evento (15h30).    Yaguarê Yamã, Kiusam de Oliveira, Claudio Fragata e Tiago de Melo Andrade formam a mesa que discute a Função educadora da literatura infantil e juvenil (17h). O escritor Ilan Brenman recebe o público online para um bate-papo com o público sobre a importância das histórias no século XXI, com Alexandra Pericão, curadora literária da FLISS 2020-online.  A gastronomia também está na FLISS 2020-online (20h), na mesa que vai tratar de  “Comida como Cultura”, com o  antropólogo, escritor e pensador da comida e da alimentação Raul Lody e os chefs Adriana Saldanha, Eudes Assis e Tereza Paim, que  trazem referências de territórios e de trocas afetivas em torno da mesa e da culinária através dos livros.

De quinta a domingo, as manhãs trazem uma programação  de histórias para crianças, com contadores brasileiros e de outros países,  e oficinas para educadores e pais, como Narração de Histórias na Prática Pedagógica, com Ana Luiza Lacombe (10h30), e Olhar Contemporâneo sobre o livro infantil para professores, com Janaina de Figueiredo (11h30). Já às tardes, o jornalista e tradutor José Américo Câmera comenta Biografias (14h), e a pesquisadora Caroline Pfeifer faz análises sobre a obra de Clarice Lispector, sempre às 14h10.

A poesia da cena contemporânea e as batalhas de rimas são apresentadas em oficinas com os slammers Luiza Romão (28/8, 14h30) e Brenalta (29, 14h30, e 30/8, 10h30).

A Festa Literária Internacional de São Sebastião - FLISS tem ainda lançamento de livros, oficinas, bate-papos, workshops, contação de histórias e outras atividades, todas online. A programação gratuita pode ser acessada no Facebook e Youtube do Instituto MPUMALANGA. Já as com inscrição paga, com renda revertida para cestas básicas destinadas a famílias vulneráveis à COVID-19 em São Sebastião, acontecem via Sympla Streaming (Beta).

A FLISS 2020-online é uma realização do Instituto MPUMALANGA, organização que atua em projetos nas  áreas de cultura, educação,  arte e fomento à leitura, em parceria com o UNICEF e com apoio da Fundass-Fundação Educacional e Cultural de São Sebastião Deodato Sant’Anna e das Editoras Melhoramentos, Dublinense, Aletria, Editora do Brasil, Editora de Cultura e da Livraria Cultura. Início em 27/8/2020, às 10h: www.facebook.com/institutompumalanga.
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ramon Rodrigues e o trabalho de Xilogravura

Ramon Rodrigues - Foto divulgação
O artista gráfico Ramon Rodrigues nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 1982. É Graduado e Mestre em Design Industrial. Paralelo à sua formação acadêmica estudou gravura, desenho, ilustração, anatomia. Em 2008 teve seu primeiro contato com um atelier de gravura, fazendo Litogravuras (gravura feita sobre uma matriz de pedra calcária) orientado pelo mestre Bebeto. Em 2010 foi morar em Buenos Aires, onde estudou desenho, pintura e fez residência artística no atelier de xilogravura de um grande mestre argentino, Leonardo Gotleyb. Desde lá nunca mais deixou de fazer xilogravuras e desde 2011 trabalha exclusivamente como artista gráfico e ilustrador.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início nas artes?


Ramon Rodrigues: Nunca passei um período da minha vida, que eu lembre, em que não estivesse desenhando ou pintando alguma coisa. Meu pai sempre pintou nas horas vagas, assim como minha avó materna. Sempre que podia eu desenhava. Com 11 anos de idade meu pai me convidou para fazer um curso profissionalizante de desenho e pintura no Senac. Éramos eu e cerca 15 adultos fazendo aulas noturnas todos os dias. Ali eu vi que eu realmente faria isso o resto da vida. 

Matriz - Por Ramon Rodrigues
Conexão Literatura: Você criou várias xilogravuras, que são gravuras em relevo sobre madeira, sendo algumas de escritores, como a de Edgar Allan Poe. Qual é o processo e quanto tempo você leva para criar uma xilogravura?

Ramon Rodrigues: A xilogravura é uma técnica primitiva de impressão que utiliza a madeira como matriz. Basicamente são criados carimbos de madeira que depois são entintados com tinta gráfica e prensados contra o papel. A gravação de uma matriz de xilogravura é realizada com goivas (pequenos formões, específicos para esse fim) e a impressão pode ser feita de diferentes maneiras. Eu costumo utilizar uma prensa horizontal e geralmente faço minhas matrizes em mdf, compensado ou linóleo. São materiais que me permitem ter um controle maior do resultado e conseguir uma cor chapada onde a matriz não foi gravada. Cada gravador possui um método de execução de uma gravura. Eu desenho a lápis na matriz diretamente, ocasionalmente usando um espelho para ver como ficará a composição na impressão. Depois uso as goivas para fazer incisões na matriz. A próxima etapa é a impressão com tinta gráfica em um papel de algodão umedecido.
    O tempo total para uma gravura varia muito. Algumas eu esbocei, gravei e imprimi em um único dia. Outras levaram semanas. A criação e o esboço sempre me consomem mais tempo. Acho que o que mais me atrai na gravura são essas distintas etapas do processo. Não é tão cansativo. Quando acabo de esboçar tenho que começar a gravar a matriz, quando acabo de gravar tenho que imprimir. Quando acabo de imprimir já estou pronto para voltar a esboçar uma nova. Não sei se conseguiria fazer a mesma coisa todos os dias, como um pintor, por exemplo.

Conexão Literatura: Quanto custa uma estampa? Elas são numeradas e limitadas?

Ramon Rodrigues: Em meu site e em algumas galerias tenho gravuras pequenas de R$ 60 até gravuras maiores que chegam a R$ 900. Tenho também um projeto paralelo, com o Samuel Casal que é outro artista gráfico, chamado Gráfica Clandestina. É basicamente uma gráfica/atelier de xilogravura ambulante com o intuito de permitir um maior acesso à técnica e ao nosso trabalho. Na Gráfica Clandestina vendemos por um preço próximo do custo ou distribuímos gratuitamente (dependendo da opção de quem nos contratou)  pequenas gravuras e que são impressas na hora. As gravuras que estão nas galerias ou vendidas por mim em meu site são sempre seriadas e numeradas. 

Conexão Literatura: Entre as várias xilogravuras que você criou, tem alguma em especial que lhe marcou? Caso sim, por quê?

Ramon Rodrigues: Recentemente fiz algumas xilogravuras para meu filho de 2 anos, acho que ver a sua reação quando eu imprimo com ele é sempre muito legal. 

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para adquirir uma xilogravura sua e saber mais sobre o seu trabalho?

Ramon Rodrigues: Tenho um site/loja onde vendo meu trabalho (ramon-rodrigues.com) além de duas galerias que hoje me representam: A Plus (em Goiânia) e a Casa Açoriana (em Florianópolis). No meu instagram (@ramonrodriguesm) e Facebook posto sempre meu trabalho e alguns vídeos do processo.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Ramon Rodrigues: Recentemente montei um atelier novo e minha prioridade ultimamente é aproveitá-lo ao máximo, seja fazendo uma gravura nova ou trabalhos comissionados.

Perguntas rápidas:

Um livro: Cem Anos de Solidão
Um (a) autor (a): Fiódor Dostoiévski
Um ator ou atriz: Jack Nicholson
Um filme: O Gabinete do Dr. Caligari
Um dia especial: O dia em que trouxemos nosso filho para casa. Intimidador, mas especial.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Ramon Rodrigues: Sim. Se eu puder dar um conselho para os leitores, seria: Sempre que possível, consumam ou contratem artistas independentes, artistas underground. Sejam eles atores, músicos, escritores, artistas visuais, fotógrafos etc.
Por mais romântico e divertido que seja, é difícil viver de arte.
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