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terça-feira, 2 de maio de 2023

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Faz da tua casa uma festa!

 

Faz da tua casa uma festa!

Ouve música, canta, dança...

Faz da tua casa um templo!

Reza, ora, medita, pede, agradece...

Faz da tua casa uma escola!

Lê, escreve, desenha, pinta, estuda, aprende, ensina...

Faz da tua casa uma loja!

Limpa, arruma, organiza, decora, muda de lugar, separa para doar...

Faz da tua casa um restaurante!

Cozinha, prova, cria, cultiva, planta...

Enfim...

Faz da tua casa

Um local criativo de amor.


Cora Coralina 

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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

[Mês das Crianças] 10 Dicas de atividades que ensinam os pequenos sobre organização

 

Nalini é uma das 4 profissionais brasileiras certificadas pelo método KonMari™
Arquivo Pessoal

Especialista em organização e desapego ensina pais a trazerem os filhos para dentro de atividades consideradas 'chatas' pelas crianças

Quem já disse a famosa frase para seus filhos: “Terminou de brincar? Agora é hora de arrumar.” Ela quase sempre vem seguida de um sonoro “Ahhhh...” ou um “Que chato”. A verdade é que ainda existe um grande peso quando se trata do tema ‘arrumar’. No entanto, além de muito importante na formação das crianças, pode ser divertido, inclusivo e positivo para os pequenos. Essa ‘mágica’ pode – e deve – começar desde muito cedo na vida dos nossos filhos e só requer um pouco de persistência para ser colocada em prática.

personal organizer especialista em desapego e bem-estar Nalini Grinkraut listou algumas técnicas e práticas de fácil acesso que vão ajudar os pais a estabelecerem uma relação mais próxima dos filhos com a arrumação que irão trazer benefícios para o convívio e na energia da casa: 

1 - Chame as crianças para ajudar em tarefas simples e coisas que elas gostam de fazer. Não comece lhes pedindo coisas que elas já não gostam muito, pois isto poderá gerar uma resistência maior. 

2 - Valorize a ajuda delas! Crianças costumam ficar muito felizes quando se sentem encorajadas, úteis e valorizadas. 

3 - Aumente gradativamente as tarefas das crianças de acordo com a sua idade. No decorrer do desenvolvimento ela se tornará mais independente e irá adquirir uma maior autonomia, o que poderá levá-la a assumir mais responsabilidades dentro de sua casa. 

4 - Seja o exemplo. É muito importante que seu filho também o veja fazendo as atividades. As crianças aprendem muito mais com a forma que nos comportamos e agimos, do que com o que falamos. 

5 - Procure fazer dessas atividades algo natural. Muita gente trata “arrumar a cama” como se fosse um evento extraordinário. Devolver um objeto para o lugar, lavar louça, jogar a roupa suja no cesto não podem ser encarados como grandes eventos. Se você tratá-las como parte da sua rotina, assim como você escova os dentes, tudo passa a ser muito mais simples. 

6 - Crie rotinas de organização quando seu filho finalizar as atividades. Desde pequenos eles já conseguem ajudar a recolher os brinquedos que foram usados enquanto estavam brincando. Antes de passar para a próxima atividade com as crianças, guarde o que estava em uso. 

7 - Use a brincadeira como uma forma leve de ensinar a guardar. Sugira uma música para cantar durante a tarefa, proponha uma gincana com as crianças, para ver quem guarda mais rápido e ouça idéias delas de como deixar esse momento mais divertido. 

8 - Faça rodízio de brinquedos. Quando as crianças têm todas as opções a vista ao mesmo tempo, acabam cansando e sentindo que seus brinquedos podem perder a graça. Além disso, o excesso de brinquedos, gera ansiedade nas crianças e ainda atrapalha na hora de guardar e manter a ordem. 

9 - Ensine seus filhos a desapegar. Se eles costumam ganhar muitos brinquedos ou quando você percebe que o armário está ficando cheio, incentive seus filhos a doarem brinquedos. Aproveite essa época do dia das crianças para levar os brinquedos para outras crianças e praticar a caridade. 

10 - Deixe os filhos bagunçarem! Bagunçar faz parte da natureza deles. Não devemos reprimi-los somente porque não queremos nossas casas bagunçadas. O aprendizado para a vida inclui o brincar e o bagunçar, assim como faz parte o ensinar a cuidar e a guardar! 

Incluir os filhos nas atividades de casa desde cedo, poupará os pais de esforços excessivos no futuro, além de garantir a tão buscada autonomia na vida dos pequenos.

Autora do livro “Casa Arrumada, Vida Leve” (Harper Collins), Nalini Grinkraut quer que as pessoas passem a ter uma relação mais saudável não só com a arrumação, mas também com a existência da bagunça. Seu desejo é desmistificar a organização e mostrar um caminho para se ter paz e harmonia dentro de casa de um maneira leve e realista. Seu livro também aborda temas como consumo consciente, mudança de hábitos e comportamentos, autoconhecimento e relacionamentos familiares.

Nalini é uma das quatro profissionais brasileiras especializadas e certificadas pelo método KonMari™, de Marie Kondo, especialista em organização mais conhecida e seguida do planeta. 

“A sua casa é a extensão do seu corpo. É o seu porto seguro, seu abrigo. É onde você repousa, sua mente relaxa e muitas experiências são construídas. Assim como devemos cuidar do nosso corpo como nosso templo, devemos cuidar da nossa casa como parte de nós. “ – Nalini Grinkraut 

Sobre seu livro:

Você já teve a sensação de que não importa o quanto organize a sua casa, parece só estar mudando a bagunça de lugar?

Era assim que a autora de “Casa Arrumada, Vida Leve” se sentia. Após o casamento, a mudança de apartamento e a chegada dos filhos, Nalini Grinkraut, que até então se considerava uma pessoa organizada, percebeu que havia perdido o controle da própria bagunça.

Então, Nalini decidiu desvendar os mistérios da arrumação e aprender a organizar de fato. Foi aí que conheceu Marie Kondo, que a fez mudar sua percepção da organização, e a inspirou a seguir carreira como personal organizer e criar o próprio método de arrumação.

A autora traz reflexões sobre como nossas emoções, personalidade e rotina influenciam o ambiente em que vivemos e vice-versa. Além disso, nos mostra que é possível desenvolver uma relação mais consciente e saudável não só com a organização, mas também com a bagunça e nossos hábitos de consumo. 

Sobre a profissional e autora:

Nalini Grinkraut é Formada em propaganda e marketing pelo Mackenzie e pós-graduada em administração de empresas pelo Insper. Construiu uma sólida carreira na área de Marketing e, depois, se formou como personal organizer. Atualmente, por meio de suas palestras, consultorias, cursos online e redes sociais, ela se dedica a ajudar as pessoas a arrumarem as suas casas, obtendo mais bem-estar e qualidade de vida a partir da organização. 

Serviço:

Livro:  Casa Arrumada, Vida Leve

Autora: Nalini Grinkraut (@nalinigrinkraut)

Editora: Harper Collins

Páginas: 224

Preço: R$ 49,90

Adquira o livro em: https://amz.run/5w4P

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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Entrevista com Fábio Mariano, autor do livro "Ruído Branco" (Editoras Patuá e Ofícios Terrestres)


Nasci em São Paulo, capital, mas vivo em Campinas, a 100km da capital, desde o primeiro ano de vida. Estudei aqui, na Unicamp – graduação e mestrado na área da literatura, e agora uma especialização em Relações Internacionais – e sou professor do Ensino Médio na rede particular de Campinas. Antes do Ruído Branco, já havia lançado dois livros, ambos pela editora Patuá: O Gelo dos Destróieres, em 2018, um livro de contos; e Habsburgo, em 2019, uma novela.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Fábio Mariano: Se a gente for olhar o início, início mesmo, vamos lá para o Ensino fundamental, quando um poema meu foi publicado numa antologia feita pela escola. Mas no meio literário mesmo, para valer, acho que vale citar que O Gelo dos Destróieres foi, numa primeira versão, enviado para o prêmio SESC de 2012. Eu tinha 23 anos. Não saí nem finalista, e fiquei super chateado, mas continuei escrevendo mais e mais contos, deixando o livro parado. Até que o Gabriel Morais Medeiros, que é mais que um amigo, um irmão, publicou pela Patuá e foi me mostrando a editora. Ele me dizia que eu deveria mostrar O Gelo ao editor, o Eduardo Lacerda. Aí eu trabalhei um pouco mais no rascunho, e fomos um dia pra São Paulo, eu com o arquivo original em Word impresso e encadernado na primeira gráfica que achamos por ali. Entreguei para o Eduardo, mas ficamos conversando sobre outras coisas, e o papo chegou em videogame. Ele me disse que publicava o livro se eu mudasse o título para Age of Empires, e eu falei “eu topo!”. Rimos, e aí eu fui embora, sem ter certeza de nada. Até que, num outro dia em que fomos à Patuá, o Edu falou que queria me publicar. E eu ganhei um editor e um grande amigo.

Conexão Literatura: Seu novo livro é Ruído Branco. Poderia comentar sobre ele? 

Fabio Mariano: Ruído Branco é um livro de dez contos dividido em três partes: Glaciar, Distância e Permanência. Eu fiz uma tentativa de inscrever o Habsburgo no ProAC de 2018, mas ele acabou não passando. Em 2019, tentei com o Ruído e deu certo, o que me deu mais estrutura para fazer o livro: estamos com uma divulgação por Instagram linda – é só acompanhar no @ofabiomariano – e fizemos uma tiragem grande, e projetos de contrapartida muito legais. Os contos se passam todos no meu universo ficcional – a cidade de Cartago, que abriga também os outros dois livros. Mas esses contos são todos permeados por duas forças, que eu chamo de vetores, que agem sobre os personagens: a ameaça e a ausência. É isso o que unifica os contos, e são formas diferentes de compreender essas forças que determinam a divisão em três partes. Em Território, por exemplo, o primeiro conto do livro: existe uma ex namorada ausente, e existe um clima de ameaça constante construído pela tensão entre os dois protagonistas de um lado, Germano e Toro, e o motorista e o cobrador do ônibus do outro. A briga vai acontecer a qualquer momento, mas o que isso tem a ver com a ausência da ex namorada, aí eu não posso entregar.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Fábio Mariano: Acredito que o primeiro conto do Ruído Branco veio em 2018 mesmo, quando O Gelo dos Destróieres já estava pronto, e o último foi escrito em Julho de 2019, durante uma viagem para a Argentina. Mas foram sete revisões do livro, que só posso dizer que ficou pronto, pronto mesmo em Julho de 2020. Eu tenho uma visão um pouco peculiar da pesquisa: com os contos, não mexo muito com pesquisa histórica, por exemplo, e mesmo em Habsburgo, a minha novela, existiu uma pesquisa muito literária, sobre as relações entre professor e aluno na literatura e sobre o Império Austro-Húngaro, mas a história não se passa nem nesse Império e nem no tempo em que ele existiu. Então a pesquisa serve mais como uma motivação. O que eu anoto incessantemente são paisagens quando estou nos trajetos de carro e ônibus para os lugares, ou gestos das pessoas, ou inflexões da voz, ou combinações entre cheiro e imagem. Essas coisas viram projetos. Outro dia, por exemplo, antes da pandemia, claro, eu comia um pastel antes de dar aula no cursinho noturno aqui perto de caso, enquanto o rádio tocava uma música sertaneja no último volume em que uma moça gritava incessantemente a frase “eu tou falando é de beijo de alma”.  Não me interessei por saber de quem era a música, mas aquela combinação, esperar o pastel e ouvir aquela música, a antecipação por chegar na aula, a pressa de que o pastel saísse logo, aquilo para mim imediatamente virou o cenário de um conto futuro. E, claro, anotei.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu novo livro?

Fábio Mariano: Acho que os trechos mais especiais são aqueles que tocam em alguma memória – porque o ficcionista faz isso, ele usa as memórias dele, transformadas, distorcidas, aumentadas, mas ele faz isso. E às vezes esbarra em uma memória involuntária que estava guardada com muito carinho, mas que não era revisitada há muito tempo. E há um trecho no qual eu tentei falar um pouco sobre o papel da memória:

“Descendo do carro, um pequeno tropeço me lembrou de que eu não tinha mais quinze anos. Eu vestia sapatos – e roupas – bem melhores, me sentia melhor com meu corpo, tinha prioridade de embarque nos aeroportos pelo número de viagens que fazia, e fazia tanto tempo que não ouvia a sério o Sinto-me Letal....”

De alguma maneira, eu tentei condensar nesse trecho a sensação de retornar da memória de quando você era muito mais jovem, disparada por alguma coisa, à realidade que se vive agora. Como se esse retorno não fosse direto, mas fosse uma constatação do caminho todo, muito rápida. E eu sempre achei que a coisa mais bonita na nostalgia não era o momento dela, mas a passagem de volta para a realidade, e um pequeno momento de confusão entre as diversas etapas do passado e as diversas pequenas coisas do presente. Foi isso o que eu tentei expressar. 

Conexão Literatura: Qual a dica que você pode dar a um escritor iniciante?

Fábio Mariano: Acho que eu gostaria de das duas dicas bem breves. A primeira, uma que me deram algumas vezes: continue escrevendo. E a segunda é uma que vi uma vez o Paulo Scott dar para alguém pelo facebook, e achei simples e linda: não leve em conta as críticas de quem não gostar do seu trabalho.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Fábio Mariano: Os dois primeiros livros estão a venda no site da Editora Patuá, é só procurar por Fábio Mariano lá. O terceiro pode ser comprado pelo site da Patuá, pelo da Ofícios Terrestres e também pelo link pag.ae/7W2z-5c7G. Para conhecer mais um pouco do trabalho, os leitores podem seguir o Instagram @ofabiomariano e procurar pelos contos nas revistas online Mallarmargens, Gueto, Literatura&Fechadura e Ruído Manifesto. E quem sabe logo vêm mais publicações online por aí.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Fábio Mariano: Foram três livros em três anos, mas três trabalhos que, de uma certa maneira, já estavam alinhados. Há mais contos guardados, mas quero esperar e trabalhar por esses livros, divulgá-los e, se possível, usar o que eles puderem oferecer às pessoas para estimular a literatura – a leitura e a escrita. E quero me dedicar à escrita de um romance – mas isso, com certeza, vai demorar mais algum tempo para acontecer.

Perguntas rápidas:

Um livro: Perifobia, da Lília Guerra.

Um (a) autor (a): Roberto Bolaño.

Um ator ou atriz: Juliette Binoche em A Liberdade é Azul.

Um filme: A Liberdade É Azul, do Kieslowski.

Conexão Literatura: Vivemos um momento difícil para a nossa literatura, com pouca valorização dos livros, escritores, livrarias? Considera um ato de resistência o lançamento do seu livro?

Fábio Mariano: O momento é difícil do ponto de vista institucional – o apoio minguando e um governo que despreza a cultura, a inteligência e os livros e celebra a violência e a barbárie. Mas vejo um movimento muito forte e bonito por parte das editoras independentes, dos escritores, dos agitadores culturais. Vejo pelos meus alunos, há ali adolescentes que estão salivando por literatura, e por uma literatura que os ajude a enfrentar os dilemas do seu tempo, do seu agora; e há editoras oferecendo isso, e grandes escritores. Meu livro é um ato de resistência, e não poderia deixar de ser – mas de resistência a essa combinação de violência e burrice que se apossou do poder no nosso país.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Entrevista com Juliana Feliz, autora do livro As cinzas de Altivez


Juliana Feliz nasceu em São Paulo/SP e atualmente mora na cidade do Porto, em Portugal. É doutoranda em Ciências da Informação - Jornalismo e Estudos Mediáticos na Universidade Fernando Pessoa, mestre em Estudos de Linguagens - Linguística e Semiótica (UFMS), especialista em Imagem e Som (UFMS), Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (UFMS) e licenciada em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas (UNESA). Ao longo de sua carreira atuou como jornalista e professora universitária. É autora do romance "As cinzas de Altivez", lançado em 2018, sua primeira obra de ficção que inaugura uma saga de fantasia, aventura e mistério, com primeira edição esgotada e que ganhará uma segunda edição ainda em 2020; além de uma continuação em 2021, ambos pelo selo NOVACASA Editora Madrepérola.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Juliana Feliz: Narrar histórias inventadas foi um desejo que nutri por toda a vida, mas que somente nos últimos anos consegui colocar em prática. Ele brotou na infância com versos e contos escolares, adormeceu durante o período que atuei no jornalismo e despertou quando atingi a maturidade profissional como professora universitária. Precisava me reinventar, desenvolver novas habilidades, e escrever ficção foi a chave que encontrei nos escaninhos dos sonhos. Em 2015 comecei a estudar Teoria Literária, conhecer as técnicas da escrita ficcional, rascunhar conflitos, desenhar personagens e o universo que pretendia criar. Foi um período de leitura, estudo e pesquisa que deram origem ao meu primeiro romance. Lançar um livro independente, com a pretensão de ser o primeiro volume de uma série, foi a celebração do meu nascimento como escritora de fantasia.

Conexão Literatura: Você é a autora do livro “As cinzas de Altivez”. Poderia comentar sobre a história? 

Juliana Feliz: A história se passa em Ordália, universo ficcional onde a "Ordem de Verus" tem poder absoluto e as pessoas vivem sob o domínio de regras bastante rígidas, transmitidas desde cedo pela família e reforçadas na escola, que fundamenta os ensinamentos no Ordalium, o "Livro Intocável". Em uma sociedade campestre, militarizada e autoritária, todo jovem que completa 19 anos tem seu futuro definido como manda o gênero, a linhagem e principalmente os interesses do sistema. Ariadne Ventura é uma garota desafiadora e que, perto da época de se casar, começa uma investigação sobre o desaparecimento de uma antiga aluna do Educandário Lucidez. O mistério envolvendo Corina Sanchez a conduz para um encontro com o professor Richard Expósito, que mudará o seu destino por completo. A narrativa apresenta elementos sobrenaturais, aventura, romance, segredos e reviravoltas tendo como pano de fundo reflexões sociais e culturais.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Juliana Feliz: Foram dois anos desde a primeira ideia até o lançamento do livro. A fase de pesquisa foi a mais longa, pois a atmosfera é bem marcante ao longo da história e queria que os elementos dialogassem entre si, que houvesse harmonia e unidade entre o mundo e os seus habitantes. Como referência para os cenários me inspirei em paisagens, construções e monumentos de Portugal, como a Quinta da Regaleira, em Sintra, os castelos de Guimarães e de Santa Maria da Feira, a praia de Miramar e as cidades do Porto e de Nazaré. Na primeira etapa fiz a pesquisa à distância, quando ainda morava no Brasil, e depois os visitei antes de finalizar o livro. A intenção era aprimorar as descrições e tornar a atmosfera ainda mais refinada para o leitor. Para criar as características do povo de Ordália busquei referências nas comunidades Amish e Menonita, além de características medievais, em que Estado e a religião caminhavam juntas, e sociedades que vivem sob regimes autoritários e ditatoriais.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

Juliana Feliz: Um dos trechos mais marcantes durante o processo da escrita foi o da cena em que Eduardo Marinho participa de uma prova de resistência na Milícia do Mar. Ele está na areia de uma praia de água gelada e precisa cumprir um percurso com os concorrentes. Escolhi esse trecho não pela importância na história, mas pelo momento em que a escrevi, pela magia que é assistir o desenrolar da cena na mente, captar o que o personagem poderia estar sentindo e colocar no papel, de uma só vez, as impressões daquele instante. Na passagem, Eduardo mistura imaginação e realidade, tem visões e revela lembranças e desejos. A ânsia de cumprir a prova e a motivação de encontrar Ariadne são como uma miragem que hora é sonho, hora é angústia.

"Um tremor percorreu o corpo magro de Eduardo, tontura. O apito lhe chicoteou as pernas e ele correu, correu, correu como nunca! Um colega tropeçou logo adiante, levantou-se, caiu de novo. Tudo parecia lento, as vozes distantes, contornos mareados. Ariadne surgiu como névoa correndo diante dele, as tranças lhe tocavam os braços brancos e macios. Sua paixão virava o pescoço e sorria, ouvia sua risada graciosa, atrevida.

Eduardo costumava ganhar as corridas que apostavam na Praia dos Segredos, o vestido era bem mais pesado que as calças. Era injusto, ela dizia. Tudo era confuso e Eduardo já estava ofegante, mas não parou, continuou a perseguir seu desejo, tê-la consigo. Mais uma bandeirola, mais meio quilômetro. “Corre, Dudu! Venha me pegar!”

Pernas ardendo, coração pulsando na garganta. A última bandeirola apontava atrás das pedras, rubra, trêmula como quem espera um beijo. Eduardo buscava forças, não parou, olhou para a frente, ela o chamava, estava perto, cada vez mais perto. Esticou o braço e se lançou para tocar a conquista. Caído na areia, cumpria sua vontade, ela era sua. Ali permaneceu por alguns segundos, agarrado àquele pedaço de pano. Antes de relaxar, ouviu o apito agudo, era Hernández: – Levante-se, seu frouxo! Rápido!"

Conexão Literatura: Qual a dica que pode dar a um escritor iniciante?

Juliana Feliz: Leia muito, dos clássicos aos contemporâneos. Liberte-se dos preconceitos literários. Estude técnicas, mas não se prenda tanto a elas. Escreva todos os dias, nem que seja um parágrafo. Revise quantas vezes forem necessárias, e depois de uma semana, revise de novo. Escreva com sinceridade, a imaginação é a sua amiga e o leitor um confidente que você quer cativar.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Juliana Feliz: A primeira edição de "As cinzas de Altivez" esgotou, mas o e-book e a segunda edição impressa, prevista para 2020,  poderão ser adquiridos pelo site da Casa Projetos Literários: www.casaprojetosliterarios.com.br

Para acompanhar as novidades, basta seguir o perfil do Instagram @julianafelizescritora ou visitar o site: www.ascinzasdealtivez.com.br.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Juliana Feliz: Sim. O segundo volume da série, "A Biblioteca dos Mortos", já foi escrito e está na etapa de edição para ser lançado em 2021. O terceiro livro está na fase de pesquisa.

Perguntas rápidas:

Um livro: "Infiel: a história da mulher que desafiou o Islã" - Ayaan Hirsi Ali.

Um (a) autor (a): Margaret Atwood.

Um ator ou atriz: Fernanda Montenegro.

Um filme: O Nome da Rosa.

Um dia especial: O dia de hoje, pois o passado é lembrança e o futuro ansiedade.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Juliana Feliz: Convido os leitores a ficarem ligados nas novidades sobre a jornada da protagonista Ariadne Ventura, a lerem o primeiro livro “As cinzas de Altivez”, e a conferirem a sua continuação “A Biblioteca dos Mortos” que também está cheio de surpresas e emoções!

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Tifanny Valente e o livro Kim Becher – a utopia

Tifanny Valente - Foto divulgação
Natural de Recife/PE, Tifanny Valente Brasileiro é Jornalista, pós-graduada em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais e Mestre em Indústrias Criativas. Estudou em Bournemouth na Inglaterra. Atua também como fotógrafa, web designer, escritora, empresária na Flash Comunicação e Mídias Digitais e é professora na FOCCA – Faculdade de Olinda/PE. Autora da fantasia “Kim Becher – a utopia” que sairá em breve pelo selo NOVACASA Editora Madrepérola.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Tifanny Valente: Acho que tudo começa com quem nos influencia nesse universo literário. No meu caso foi o meu pai, que lia gibis para mim e inventava histórias de aventuras para eu dormir, isso tudo antes de eu saber ler e escrever. Quando aprendi a ler, ele me dava livros e me estimulava a contar a história do livro para ele. Além dos gibis, a saga Harry Potter de J. K. Rowling e O Diário da Princesa, de Meg Cabot, foram os responsáveis por me deixar fascinada pela leitura e pela escrita, isso já durante meus 10 anos de idade. A partir daí, comecei um caderninho de escrita (que eu chamava de diário, mas não servia para esse propósito), onde eu criava poemas, poesias, contos e peças teatrais que eu gostava de escrever para depois brincar de teatro com meus amigos. 

Conexão Literatura: Você é a autora do livro “Kim Becher – a utopia”. Poderia comentar sobre a história? 

Tifanny Valente: Essa minha primeira obra faz parte de um projeto de literatura fantástica que a princípio será uma duologia, onde eu trago um universo totalmente novo e mágico chamado Damek. A personagem principal, Kim Becher, passa por descobertas, e inicia sua jornada em duas realidades diferentes, uma em Damek, e outra na cidade de Olinda, em Pernambuco. O livro tem tudo o que eu gosto nas leituras que faço: romance, aventura, muita magia, lições, amizades, família, mistérios, amadurecimento, criaturas mágicas, dicas, e etc. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Tifanny Valente: Como é o meu primeiro livro e sempre desejei seguir uma carreira de escritora, durou bastante tempo para concluir, um pouco mais de 10 anos. Entre pesquisas virtuais sobre praticamente tudo que eu criava para o livro, muitos cursos e oficinas de literatura fantástica, uma rotina ativa de leituras de livros de várias áreas, tanto sobre a escrita em si, como livros de ficção, diversos eventos literários (incluindo aqueles especiais que possibilitava um bate papo com outros autores), investimento financeiro também em revisões, correções, leitura crítica, além de todo planejamento para a produção da escrita... o caminho foi longo e com muita dedicação para entregar um resultado final da melhor forma que eu poderia conseguir. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

Tifanny Valente: Sem dar spoilers, trago a abertura de um dos capítulos onde a saga da protagonista começa a ser revelada para ela: 

 “Sentei-me junto ao Mr. Jared em um sofá branco e grande que havia no meio de todos aqueles livros. Atrás do sofá havia uma grande janela que iluminava a sala inteira com a claridade do Sol. Encostei a minha cabeça na parede e fechei os olhos. 
– Pode começar a contar, estou pronta. 
Não fazia ideia de qual tipo de história ia ouvir. E não conseguia imaginar nada mais perfeito do que aquilo tudo que estava sentindo naquele momento. ”

Conexão Literatura: Qual a dica que pode dar a um escritor iniciante?

Tifanny Valente: Estudar muito e nunca parar de escrever. A prática, junto com os estudos, vai levar ao resultado que você deseja obter. Criar uma rotina de escrita também é fundamental. Às vezes acontece um bloqueio criativo, mas isso não pode ser algo que faça você deixar o projeto morrer. E nunca, nunca mesmo desistir do seu sonho. Uma hora ele se realiza. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Tifanny Valente: Através do site da agência literária a qual eu faço parte, que é o www.casaprojetosliterarios.com.br. Também é possível entrar em contato comigo pelas redes sociais, como o meu Instagram: @tifannyvalente. O livro físico será lançado ainda neste ano de 2020 e teremos ele também em e-book pela Amazon. É só ficar ligado nas nossas postagens!

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Tifanny Valente: Estou escrevendo no momento o segundo livro da série, para poder tê-lo pronto também em breve. Ao mesmo tempo, estou escrevendo um livro de contos que ainda não posso falar muito sobre, é surpresa. 

Perguntas rápidas:

Um livro: A Mediadora (a série literária toda, na verdade).
Um (a) autor (a): Meg Cabot
Um ator ou atriz: Audrey Hepburn (que infelizmente já se foi) / Anne Hathaway (ainda viva).
Um filme: Bonequinha de Luxo
Um dia especial: Aquele dia de tranquilidade ao lado das pessoas que amo, de pernas para o ar, sem preocupação, não importa o lugar.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Tifanny Valente: Para os fãs de literatura fantástica como Harry Potter, Narnia, Percy Jackson e etc., como eu, acredito que meu livro possa agradá-los. Só que dessa vez, trago para vocês uma protagonista feminina, que espero que conquiste também o coração dos leitores!
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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Márcia Feitosa e o livro As viagens de Zequinha – no terreno dos chorões

Márcia Feitosa - Foto divulgação
Nascida em São Paulo/SP, Márcia Feitosa iniciou seus estudos musicais ainda quando criança, com o violão e canto coral. Já em Recife/PE, fez parte do Teatro de Ópera de Pernambuco, sob a regência do maestro Juarez Salles. Em 2004, junto a Tony Borba de Melo, formou o projeto MUSICANDARTE, para promover o acesso à cronologia da MPB nos últimos 150 anos. Atualmente, é professora de técnica vocal em Pernambuco. Autora do livro: As viagens de Zequinha - no terreno dos chorões, publicado em 2020 pela Editora Inverso em uma parceria com a CASA Projetos Literários.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Márcia Feitosa: Na escola onde eu estudava em São Paulo, as professoras de português estimulavam muito a leitura, promovendo clubinhos do livro nas salas de aula, recitais de poesia, concursos de redação e também traziam para a sala alguns autores dos livros paradidáticos que a gente usava. Isso tudo me encantava! E como eu era uma criança muito tímida mas com uma imaginação muito fértil,  eu preferia me expressar na escrita do que na fala. Tanto que nessa época eu fui inscrita pela minha professora no primeiro concurso de redação da escola e ganhei o primeiro lugar concorrendo com a escola inteira! Uma surpresa pra mim.

Conexão Literatura: Você é a autora do livro “As viagens de Zequinha – no terreno dos chorões”. Poderia comentar sobre a história?

Márcia Feitosa: O Zequinha é um menino de 11 anos, que ama jogar futebol, ouvir música e tomar milk shake com seus amigos na melhor sorveteria do bairro.  Num certo domingo de sol, indo para um jogo de futebol ele acaba encontrando um misterioso portal do tempo que o leva até 1909! Lá ele conhece Pixinguinha criança, que vai levá-lo a conhecer os chorões e sua música incrível, além de grandes personagens do Choro, como Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?


Márcia Feitosa: Bom, as pesquisas para o livro vieram do acervo do meu projeto Musicandarte, que faz esse trabalho há 16 anos. Ao longo desses anos juntamos livros raros, CDs e material digital que deram todo o respaldo para a construção do livro. A ideia em si de fazer o livro surgiu há quase 10 anos atrás mas entre começar a escrever e concluir o mesmo levou por volta de 3 anos. 


Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

Márcia Feitosa: É difícil destacar um único trecho porque pra mim ele é todo especial! (risos) Mas, um dos momentos em que me emocionei ao escrever foi quando D. Feliciana, viúva de Joaquim Callado, conta para Zequinha, ao lado de Chiquinha Gonzaga,  a história de seu saudoso marido como Pai dos Chorões.

Conexão Literatura: Qual a dica que pode dar a um escritor iniciante?

Márcia Feitosa: Primeiro, acreditar naquilo que você escreve. Não escrever apenas por um modismo passageiro ou para impressionar uns e outros. E segundo, e essencial, é procurar um bom agente literário para lhe orientar. Eu tenho um ótimo para recomendar (risos). 


Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Márcia Feitosa: É só entrar no site da Casa Projetos Literários www.casaprojetosliterarios.com.br. Lá o leitor vai ter todas as informações bem detalhadas!

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Márcia Feitosa: Sim. Com certeza! Esse livro é o primeiro de uma série de 7 livros que vão levar o Zequinha a novas viagens no tempo para conhecer outros estilos da nossa MPB! Inclusive o segundo, que será sobre o Samba, já está escrito e estou começando a escrever o terceiro.

Perguntas rápidas:

Um livro: A Ladeira da Saudade, de Ganymédes José
Um (a) autor (a): Maria Clara Machado
Um ator ou atriz: Keanu Reeves
Um filme: O Som do Coração
Um dia especial: O dia em que levei meus pais para assistir o Cirque du Soleil, em Recife.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Márcia Feitosa: Não deixem de conhecer o Zequinha. Ele representa o nosso amor pela cultura e pela música brasileira e nos traz à memória nossa ancestralidade enquanto povo. Viva a MPB! 


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terça-feira, 3 de abril de 2018

Fernando Costa e o livro “Quem educa o meu filho?”

Fernando Costa - Foto divulgação
Fernando Costa é Pernambucano, 49 anos, casado, pai de três filhas, Psicólogo Clínico, Mestre em Hipnose Clássica e Ericksoniana e Doutor em Hipnose Clínica, pela Academia Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental, na Espanha; Practitioner in Hypnosis pelo Atlantic Institute, Alemanha; Pioneiro em Recife pela implantação do Acompanhamento Gestacional Psicológico e do Curso para Gestantes; Responsável pela implantação do Projeto Antibullying em escolas particulares, como, também, a criação da cartilha Aantibullying; Fundador e Diretor do IACHC – Instituto Antônio Costa de Hipnose Clínica, em Recife; Palestrante e escritor.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?


Fernando Costa: Meu planejamento para iniciar no meio literário, navegavam por outras áreas da literatura. Ansiava em começar com romances ou dramas administrados por pontuações psicológicas. Mas, a demanda clínica redirecionou todo planejamento.

Como psicoterapeuta, passei um período acompanhando crianças e, quando chegava o momento de migrar da fase investigativa para a fase de tratamento, a psicoterapia era redirecionada aos pais. Se os pais não mudam suas condutas, não haverá transformação na criança. O bom é que a mudança das crianças foi rápida e, a partir de então, recebi muitos convites de escolas para ministrar palestras aos pais sobre “educar psicologicamente”. Em todas elas, sem exceção, as dúvidas e as inseguranças dos pais eram as mesmas o que concerne ao ato de educar. Muitos deles até brincavam dizendo: “Nossos filhos podiam vir com manual para educar”. Foi com base nestas demandas que resolvi ajudar aos pais aflitos, escrevendo QUE EDUCA O MEU FILHO?

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Quem educa o meu filho?”. Poderia comentar?

Fernando Costa: Em “Quem Educa O Meu Filho?”, chamo a atenção sobre a real responsabilidade dos educadores (a família) no curso do desenvolvimento infantil. Por um prisma prático, descrevo as principais diretrizes psicológicas que favorecerão os pais a compreenderem como funciona a mente e o comportamento infantil, disponibilizando dicas para trabalhar o vínculo afetivo entre pais e filhos, a compreensão das fases até chegar à autonomia da criança, o controle das emoções, a hora de falar sobre sexo, introduzir a crença religiosa na vida da criança, o amor como forma de educar, proteger seu filho do bullying, a relação com a internet e os estudos, entre outras.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Fernando Costa: Na verdade esta pesquisa foi empírica, no próprio setting terapêutico. As demandas foram levantadas em cada palestra e encontros com os pais, e trabalhadas na psicoterapia. O livro levou, entre o surgimento da ideia até a busca pela edição, quase 2 anos. Iniciei os trabalhos com os pais em 2013. Hoje, não atendo mais crianças, e sim, os pais.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Fernando Costa: “O amor é o mais eficiente método psicoterapêutico ao alcance de todos. Amar a si mesmo primeiramente, porque fortalece o Eu interior evitando o desequilíbrio emocional que gera os transtornos psicológicos. Depois, amar o próximo para conjugar sentimentos, sonhos e metas, jamais dependência ou domínio. Por fim e mais importante, amar a Deus. Por que a criança só aprenderá a amar a Deus se aprender a si amar – como companheiro íntimo e inseparável –, aprender a amar ao próximo incondicionalmente, para entender e capacitar-se a amar a Deus, Nosso Pai Maior.”.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Fernando Costa: O livro está disponível na Livraria Jaqueira, mas podem, também, adquirir através do meu site www.iachc.net

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Fernando Costa: Sim. Tenho livro engatilhado para lançar ainda em 2018 que ajudará ao leitor a se melhorar diante das “doenças” psicológicas que nos cercam. E para 2019, “Quem Educa o meu Filho? – Adolescência".

Perguntas rápidas:

Um livro: Nosso Lar
Um (a) autor (a): Ariano Suassuna
Um ator ou atriz: Paulo Autran
Um filme: “Depois da Chuva”, de Akira Kurosawa
Um dia especial: 8 de março, dia das mulheres

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?


Fernando Costa: Que os pais deem mais atenção aos seus filhos e favoreçam o vínculo afetivo, disponibilizando mais tempo com intensidade e qualidade. O amanhã deles, depende diretamente desse tempo.
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terça-feira, 30 de maio de 2017

12 ideias criativas para guardar seus livros e decorar sua casa

Muitas vezes o pouco espaço que temos para guardar nossos livros atrapalha, além de deixar aquela tremenda bagunça em casa. Muito espaço idem, parece que tem sempre algo sobrando. Pensando nisso, selecionamos 12 ideias criativas para guardar seus livros num espaço bacana e ainda decorar sua casa :)

Confira:
Ideia 1
Ideia 2
Ideia 3
Ideia 4
Ideia 5
Ideia 6
Ideia 7
Ideia 8
Ideia 9
Ideia 10
Ideia 11
Ideia 12
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sábado, 20 de maio de 2017

Conheça Mariane Alves, poetiza, artesã e idealizadora do projeto "Poetizando a Rotina"

Mariane Alves é poetisa, artesã, natural de Triunfo - Pernambuco, nascida a 25 de Março de 1993, idealizadora do projeto "Poetizando a Rotina", que divulga a poesia brasileira contemporânea pelo Facebook e em saraus e eventos literários e culturais pelo nordeste do país.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Mariane Alves: Meu início no meio literário foi bem no início mesmo da minha vida, desde de muito pequena que eu gosto de ler/ouvir poesias e músicas que acho que acrescenta de alguma forma no pensar. Mas claro que para tudo tem que ter um ponta-pé inicial, o meu pai foi esse ponta-pé. Ele sempre escutava cantoria de viola, escutava músicas que de alguma forma me influenciou a ter um gosto refinado para tais coisas, como estilo musical, por exemplo. Depois, quando entrei na escola foi que eu tive um contato direto com a Literatura, lembro-me bem que sempre quando chegava a hora do recreio todos os meus amigos saiam loucos para ir brincar, e eu saia loucaaaa para ir pra Biblioteca ler livros de poesias. Os livros didáticos eu nunca tive muito interesse quando dentro de sala de aula... A biblioteca da minha escola, na época o Monsenhor Luiz Sampaio, era o meu mundo. Foi quando conheci Mário Quintana, Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Carlos Drummond e Cecília Meireles. Esses foram as minhas primeiras referências literárias, depois disso sai pesquisando mais poetas, e lendo mais poesias... quando fui ver, meu corpo/mente/coração era todo poesia. As palavras se impregnaram nas minhas entranhas. Quando me vi, eu já era amante da palavra, do verso, da rima, da sensibilidade...

Passou-se o tempo, e conheci a Literatura de Cordel, aí pronto: meu mundo caiu. rs. Foi da vez que eu senti a real magia do que de fato é a poesia. A métrica, a rima, o improviso... Tudo me encanta! Passei a ir para eventos por aqui pelo pajeú mesmo que tem muita cantoria de viola, declamações, mesas de glosas... E estou até hoje nessa, de brincar de ser poeta, de saltitar nesse universo de versos que se unem.


Conexão Literatura: Você acabou de assinar contrato com a Editora Madrepérola para a publicação do primeiro volume da coletânea de poesias do seu projeto literário "Poetizando a Rotina", que divulga gratuitamente a poesia de autores brasileiros contemporâneos. Poderia comentar?

Mariane Alves: A coletânea do Poetizando a rotina será uma extensão impressa do que já é o Poetizando. A diferença é que o Poetizando vai ser palpável, folheável, sentido... vai ser um livro!

Conexão Literatura: Como estão os preparativos para o lançamento do livro?

Mariane Alves: Está sendo árduo. rs. Confesso que estou trabalhando muito para que saia uma coisa bonita. A seleção dos Poetas está sendo pensada com muito carinho para os leitores.

O intuito dessa coletânea é reunir todos os poetas que estiveram de alguma forma durante esses quatros anos comigo. Poetas/amigos. São pessoas que foram para os saraus, pessoas que me mandavam poesias para serem publicadas no Poetizando, pessoas que tem outras páginas sobre Literatura também, e que ajudavam nas divulgações... Esse livro vai ser mesmo uma lembrança de gratidão à todos que me ajudaram de alguma forma para que isso tudo acontecesse...

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para saber mais notícias sobre a coletânea “Poetizando a Rotina” e sobre seus trabalhos literários?

Mariane Alves: É só acompanhar a página Poetizando a rotina, estarei publicando tudo.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Mariane Alves: Existem vários projetos...

Estou participando de um coletivo, que adotamos com o nome de "Coletivo Pantim", são de jovens artistas daqui da cidade de Triunfo, e estamos trabalhando várias vertentes da arte, para levar arte para o povo.

Sempre estou participando de intervenções, contações de histórias, oficinas, declamações... A arte é rio, e eu sou correnteza...

Perguntas rápidas:
Um livro: O Diário de Anne Frank
Um (a) autor (a): João Guimarães Rosa
Um ator ou atriz: Mussum
Um filme: O Mágico de Oroz
Um dia especial: Primeiro Sarau do Poetizando a Rotina.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Mariane Alves: Gratidão pela atenção.

Visite Poetizando a rotina: https://www.facebook.com/poetizandoarotina

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quarta-feira, 22 de março de 2017

Julia Lemos comenta sobre a publicação do seu novo projeto editorial

Julia Lemos
Julia Lemos é poeta e ensaísta, nascida em Caruaru e radicada no Recife. Graduada  em Comunicação Social e Jornalismo, pela UFPE é  mestra em Estudos Brasileiros pela Universidade de Lisboa, Portugal.  Estreou em literatura com o livro de poemas “ Carmem Antônia Migliacchio Enlouqueceu, em seguida publicou “ A Casa Estrelada”. Atriz, integrou  o elenco do Teatro Hermilo Borba Filho, bem como atuou junto à Companhia Práxis Dramática. O seu atual projeto editorial inclui “A Exposição dos Sóis” – poesia,  e os ensaios, “Patativa do Assaré, um trovador nordestino”, e o estudo sobre a poética de Manuel de Barros intitulado “ Sobre uma poesia de larvas incendiadas” .

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Julia Lemos: Considero que meu início na literatura foi na minha infância, numa casa com muitos  livros e onde não faltavam os pequenos recitais domésticos depois do jantar. Meu pai era poeta e contista e mesmo ocupado com o trabalho da promotoria de justiça escrevia muito, além de recitar-nos os seus poetas preferidos, os parnasianos e os românticos.  Mas também  o ouvíamos recitar épicos de Camões a Gonçalves Dias. Cresci assim ouvindo a música do poema. Certo dia, ele lançou o desafio de um concurso de poesia para incentivar os cinco filhos. Eu tirei o primeiro lugar com um poeminha que versava sobre liberdade e  borboletas.
Continuei a escrever na adolescência mas sem o compromisso de me tornar poeta. Já  Desde  muito jovem trabalhava e estudava e, certo dia, já na Universidade cheia de tédio por ter me matriculado em um curso com o qual não me identificava, escrevia nos intervalos das aulas. Foi nesse período que produzi a maior parte dos poemas que integraria o meu primeiro livro. Na Biblioteca li em um livro de Stendhal a seguinte frase: “Vocação é a felicidade de ter como ofício a paixão”. Compreendi que escrever era a minha paixão, o meu ofício. Daí por diante começaria a publicar nos principais jornais da cidade: Diário de Pernambuco e Jornal do Commércio e a recitar poemas meus e de outros autores onde encontrasse uma oportunidade.

Conexão Literatura: Você está preparando a publicação do seu novo projeto editorial. Poderia comentar?

Julia Lemos: Este novo livro “A Exposição dos Sóis” apresenta-se mais denso e também mais extenso pois contempla o longo intervalo sem publicar. Contempla também uma gama maior de temas e de motivos, incluindo os poemas inspirados na cidade, Recife e aqueles co um acento mais romântico, para além dos poemas que se constituem como “falas” de personagens e que são recorrentes na minha poética assim como os de natureza místico-religiosa..No mestrado em Estudos Brasileiros, em Lisboa, o Professor João David Pinto Correia, de Literaturas Orais sugeriu como tema de minha pesquisa na disciplina a nossa  literatura  de Cordel - o Repente e a Cantoria. Identificamos o nome de Patativa do Assaré como aquele que mais nos representava no âmbito da poesia popular .
A pesquisa deu ensejo ao tema da minha dissertação que, por sua vez, foi adaptada para se tornar o livro “Patativa do Assaré, um trovador nordestino” e no qual faço uma abordagem biográfica do poeta enfatizando seu percurso de artista engajado nas lutas sociais. A análise de sua poesia engloba um estudo das soluções formais por ele adotadas para compor uma obra que mesmo sendo de cariz popular em sua essência, utiliza também os recursos próprios da poesia erudita.        
Meu primeiro contato com a poesia de Manoel de Barros, autor que tem suas raízes no pantanal mato-grossense foi através do livro Arranjos para assobio, que me causou uma grande surpresa, não só por sua escrita original mas pela ousadia em explorar temas inusitados e estranhos ao universo poético. Impressionou-me a liberdade do autor na utilização que faz das palavras, apresentando-nos um livro que parecia extrapolar os limites do gênero poesia. Assim é que lendo a obra de Manoel de Barros cheguei ao livro Memórias Inventadas, as infâncias de Manoel de Barros e foi sobre este trabalho do poeta voltado mais especificamente para o público infantil que escrevi o livro “Sobre uma poesia de larvas incendiadas”. O livro é escrito numa proposta didática mas que se mistura as opiniões e considerações de natureza poética próprias do ensaio, analiso as questões em torno da utilização de uma dicção infantil como forte característica dessa poética, aparecendo também como um símbolo de permanente inventividade em sua obra.

Conexão Literatura: Você é coautora do livro de receitas A Cozinha Estrangeira na Terra do Caju, com prefácio de Gilberto Freyre, 1985. Publicou os livros de poesia Carmem Antonio Migliacchio Enlouqueceu, (Edições Pirata- Fundação Gilberto Freyre) e A Casa Estrelada, pela Fundação de Cultura de Pernambuco, através da CEPE, além de ter participado em antologias. Algum desses livros lhe marcou de alguma forma ou é especial para você? Caso sim, por quê?

Julia Lemos: O livro de poemas “Carmem Antonia Migliacchio Enlouqueceu”, pelo fato de ser esta a minha primeira publicação. Lembro-me da emoção ao ver a capa: um rosto de uma mulher em traços que imitam o bico de pena e de, folheando o conteúdo, ver os poemas que escrevi numa solidão plantada em meio ao vozerio das pessoas de casa. Havia me inspirado nas reflexões sobre a loucura, o que representava um olhar mais para dentro, pelas  indagações existenciais cujas respostas não se achavam facilmente. Indagações que eram como se fossem fantasmas surgidos das leituras dos textos de Hermann Hesse, Clarice Lispector, Albert Camus, os mais frequentes. Isto numa idade em que se requer uma vivência mais para fora.
As experiências representadas naqueles poemas do primeiro livro são as que se extraíram das visões turbadas numa experiência de vida que mais demonstra recolhimento e perplexidade.  Relembro ainda nessa estreia a alegria de integrar, à partida,  um movimento como o dos “piratas” no Recife, capitaneado pelos poetas Jaci Bezerra e Alberto da Cunha Melo, e cujo projeto editorial se impunha, já naquela época, tão importante, congregando muitos dos poetas e escritores que permanecem até os dias de hoje no ofício. Desfrutávamos de uma espécie de comunidade, trocando livremente ideias sobre literatura, partilhando alumbramentos e apreensões.
Encontrávamos quase sempre na “Livro 7” nossa livraria mais midiática entre os anos 80 e 90.  Aos poetas do Movimento Pirata juntavam-se os de outras tendências, reunidos  quase numa mesma visão identitária nos temas referentes à Poesia, às artes e a ampliação de políticas culturais. Meu livro de estreia é, naturalmente, resultado de uma composição solitária, mas surge em meio a uma atmosfera de congraçamento contagiante entre os autores  de várias estilos e suas produções poéticas.   

Conexão Literatura: Você também é atriz, já participou de várias encenações, entre elas "A estória de Romeu e Julieta", pela qual recebeu o prêmio Samuel Campelo de atriz revelação na categoria comédia. Em televisão atuou no especial Morte e Vida Severina, com direção de Walter Avancini, Rede Globo, 1981 e O Boi Misterioso e o Vaqueiro Menino, Rede Bandeirantes de Televisão, direção de Maurice Capovilla, 1981. Você acha que existe uma ligação entre atuar, escrever e criar histórias? As atuações influenciaram sua carreira como escritora?

Julia Lemos: Sim e a ligação acontece em um nível não só de influência mas de interação. Para mim estas atividades situam-se todas na ordem da poesia, pois  se encontram no âmbito da inventividade- da recriação da palavra - e  toda linguagem artística possui sua poeticidade. A ênfase maior, contudo, é na palavra que, sendo recriada na Poesia, torna-se voz também. As emoções nessas comunicações, atuar, escrever e criar histórias se diferenciam: o público leitor não é flagrantemente visível, já no teatro a troca se dá instantaneamente, e é algo sublime. Sempre atuei muito no sentido de “dramatizar”, os poemas, “colocá-los de pé”, ou seja, trazê-los para o palco, tantas vezes improvisado. Representávamos tendo antes identificado um fio narrativo condutor, em que buscávamos os personagens apenas esboçados no poema, explorando o lado mais ficcional da Poesia.
O teatro, a televisão e a poesia interligam-se pelo veio comum de que estas linguagens são artes.  Lembremos Roman Jakobson, o pensador e linguista russo que em sua análise estrutural da linguagem, poesia e arte definiu suas funções. Uma dessas funções é a poética, mas esta não está confinada à Poesia. A função poética da linguagem extrapola, portanto, o âmbito da Poesia subsistindo nas várias linguagens artísticas.

Conexão Literatura: Quanto tempo você leva em média para concluir um livro?

Julia Lemos: O tempo de criação de um poema é relativamente curto. Sou meio  como um poeta repentista na captação do que “vem para ser escrito”. Percebo isto a influência da poesia popular própria do meio em que nasci e vivi parte da minha infância, Caruaru . O poema, em muitos casos, passará por outra instância, a do aperfeiçoamento, sendo esse processo inerente ao trabalho de criação artística.  O livro, então, se completará sem pressa. No meu entender ele estará pronto quando conseguir imprimir uma visão de conjunto, representando a sua própria tessitura tornando tensa e uma a sua mensagem.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir os seus livros e saber um pouco mais sobre você?

Julia Lemos: Os livros estão esgotados, mas mantenho no Facebook uma página que tem meu nome como título e na qual coloco um breve resumo biográfico, publico poemas antigos e estou sempre atualizando com alguns poemas que produzo atualmente.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Julia Lemos: Sim. O projeto que desejo realizar são os livros de poesia em prosa voltados para o público infantil. 

Perguntas rápidas:
Um livro: Grande Sertão Veredas- Guimarães Rosa
Um (a) autor (a): Gabriel Garcia Marques/ Cecília Meireles
Um ator ou atriz: Destaco os brasileiros, país de grandes atores e considero Renata Sorrah uma excelente atriz dentre os nomes que são, entre nós, unanimidade.
Um filme: Cartas para Julieta-( Letters for Juliet, 2010)
Um dia especial: o de minha estreia no teatro com o musical infantil “ Um pedacinho de lua”, pelo Grupo Piolim, 1976.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Julia Lemos:  O eminente poeta, crítico e teórico da Literatura, Carlos Felipe Moisés,
 disse ao ser indagado sobre o que há de mais atual e inovador na poesia brasileira, hoje:
“De um lado, uma ebulição extraordinária, auspiciosa; o país nunca teve tantos poetas em atividade; nunca houve entre nós tanto interesse por poesia. A cena poética brasileira jamais conheceu tal diversidade, tal heterogeneidade, tal mistura de timbres, formas e estilos. Vivemos um período áureo em matéria de poesia e não me preocupa nem um pouco saber que quantidade e variedade nem sempre correspondem a qualidade.De outro lado, indo direto à pergunta, o que vejo de mais atual, inovador e pujante na atual poesia brasileira é o Bandeira de Estrela da manhã, o Murilo de A poesia em pânico, o Drummond de Claro enigma ou o João Cabral de Uma faca só lâmina. São esses poetas que, antes dos demais, ajudam a enfrentar "o tempo presente, os homens presentes, a vida presente", hoje.

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terça-feira, 21 de março de 2017

A CASA e a Digitaliza Brasil iniciam parceria inovadora na distribuição de livros digitais

No mês em que comemora o seu terceiro aniversário, a CASA Agenciamento Literário e Consultoria em Projetos Culturais na Área de Literatura inicia uma parceria junto à Digitaliza Brasil, uma das maiores distribuidoras de livros digitais da América Latina com mais de 15 anos de experiência, que proporcionará para os seus autores agenciados exclusivamente, a conversão e a distribuição de seus livros em formato digital nas principais plataformas de venda de e-books: Amazon, Kobbo, Apple, Google, Nook/Barnes&Noble, Saraiva, 24 Symbols, Árvore de Livros, Bem Te Li.
Em execução inovadora, a parceria prevê aos autores da CASA visibilidade para o seu trabalho e um maior alcance de público, possibilidade de venda do e-book para outros países, valores diferenciados de comissão de vendagem, relatórios informatizados e o recebimento efetivo dos valores das vendas.
"Estamos otimistas em oferecer mais este serviço aos nossos autores agenciados, principalmente neste momento em que o leitor brasileiro se interessa cada vez mais pelo livro digital", diz o agente literário fundador e CEO da CASA, Lívio Meireles Capeleto. "Para nós é uma alegria celebrar esta conquista junto ao nosso aniversário de 03 anos. Estamos sempre em busca de inovações para entregar aos nossos autores", conclui.

Acompanhe as notícias dos lançamentos dos e-books seguindo a agência pelas redes sociais ou através do site:

Facebook: Clique aqui.

Instagram: @casaagenciamentoliterario

Site: http://www.casaagenciamento.com.br
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Conheça Sinestesia, novo livro do autor Caio Viana

Caio Viana
Caio Viana nascido em 1986 é graduando no curso de Letras com ênfase em literatura, ator e escritor. Iniciou na música aos sete anos de idade e no teatro aos nove se profissionalizando aos 16. Hoje sua dedicação é voltada para estudos e elaborações de conteúdos literários, como professor e escritor.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Caio Viana: Tudo começou nos jogos de tabuleiro e de RPG onde se trabalha muito a imaginação a criação de personagens. Posteriormente quando me dediquei ao teatro, a dramaturgia me apresentou o grande mundo da leitura e principalmente a dinâmica de enxergar cenas, situações e expor emoções. Nunca fui o melhor aluno de sala de aula, eu me distraia muito com minha imaginação. Desde criança começava a rabiscar o meu caderno, escrevendo cenas fantásticas do que eu imaginava estar acontecendo do lado de fora da janela da sala de aula. Nas provas de redação, a professora sempre demonstrou gostar bastante do desenvolvimento, mas eu sempre tinha um problema: Faltava papel para escrever mais!

Conexão Literatura: Você é autor do livro "Sinestesia” (Editora Bagaço). Poderia comentar?
 
Caio Viana: Sou o autor de Sinestesia. Título, histórias, idealizador, montagem sequencial dos contos. A editora Bagaço trouxe a vida e pôs um rosto belíssimo, criado pela excelente designer Alexandra de Moraes, que tão cuidadosamente diagramou e fez a capa.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo demorou para escrever o seu livro?

Caio Viana: O livro Sinestesia, foi um processo até rápido para saber que ele iria existir, porém, como um livro de contos, suas histórias não foram escritas diretamente para compor Sinestesia. O processo foi contrário. As histórias em sua sequência e proposta, me apresentaram que ali havia Sinestesia. As histórias que estão em Sinestesia são de datas diferentes, mas o período em torno que estão situados é de 2008 à 2014.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Caio Viana: O livro possui propostas diferentes em suas histórias. Trata de relacionamento entre pessoas. Logo, não seria algo simples de citar um único trecho. Posso dizer três títulos que para mim, tem um significado muito importante. Que são: Jaaneman, Flores da Rodoviária  e Vida Noturna.

Conexão Literatura: Se você fosse escolher uma trilha sonora para o seu livro, qual seria?

Caio Viana: Cada história de Sinestesia possui uma trilha em específico. Algumas coloquei o nome da própria canção que assim me inspiraram a criar o ambiente. Por exemplo: Vida Noturna(título do conto) de João Bosco, Tenha Calma(título de um conto) de Djavan, Queria Ser Como Nossos Pais(título do conto) - Como Nossos Pais de Belchior, Destino Cigano(título do conto) de Fagner. Essas são as mais explícitas.

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Caio Viana: O meu site é o melhor lugar para todos os interessados acompanharem meu trabalho. Lá eles podem comprar a versão digital, receber atualizações sobre meus trabalhos, se inscrevendo na lista de e-mails, baixar uma amostra do meu livro e me acompanhar pelas redes sociais que lá estão disponíveis, como: Twitter, Facebook, Instagram e Youtube. O site é: http://www.CaioViana.com

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Caio Viana: Sim. Não só pretendo lançar o segundo volume de Sinestesia, como já há um romance pronto, dando os últimos retoques para ser posto do no mundo.

Perguntas rápidas:

Um livro: O Conde de Monte Cristo
Um (a) autor (a): Homero
Um ator ou atriz: Marion Coutillard
Um filme: Blade Runner
Um dia especial: 26 de outubro. Um dia depois do meu aniversário.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Caio Viana: O ser humano evoluiu até hoje em tecnologia, saúde, educação, porque outros seres humanos escreveram suas histórias, vivências e aprendizados. Essa conclusão me leva a crer que somos a história que temos para contar, passando pelos erros e acertos que forma quem somos hoje. Então eu compartilho e apelo para meus amigos humanos também: Escrevam suas histórias! Passem seus conhecimentos! Vamos evoluir juntos cada vez mais!

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Entrevista com Daniella Pontes, autora do livro BELLA - Romance Musical Pernambucano

Daniella Pontes
Daniella Pontes é natural de Pernambuco. Nasceu e cresceu na região metropolitana do Recife. Casada, tem uma filha de 5 anos. Formada em Engenharia Elétrica - modalidade eletrônica, pela UFPE, com pós-graduação em Telecomunicações, também pela UFPE.
Trabalhou por 10 anos na Califórnia, em empresas de tecnologia do Vale do Silício. Morou dois anos e meio em Tóquio, e cinco anos na Alemanha. Mora atualmente na Califórnia, enquanto desenvolve a trilogia da qual faz parte "Bella - romance musical pernambucano". Mesmo sendo uma cidadã do mundo, Daniella não esquece do seu Recife e todos os anos retorna a Pernambuco para matar as saudades!

ENTREVISTA:


Conexão Literatura: Você é autora do livro "BELLA - Romance Musical Pernambucano” (Editora Coqueiro). Poderia comentar?

Daniella Pontes: Adoro falar do livro Bella porque é resultado de um olhar crítico sobre as vantagens e desvantagens das novas gerações de “cidadãos do mundo” da qual faço parte e praticamente muitos de meus amigos que vieram para o Vale do Silício em busca de oportunidades profissionais. Minha filha, mais ainda, terá esse sentimento de pertencer a muitos lugares, pois, é fruto de múltiplas nacionalidades e muitas andanças pelo mundo; está destinada ao eterno sentimento de saudade de alguma coisa. Porém, o que me levou a escrever esse romance foi uma semente de preocupação com o risco de não se fincar raízes profundas e permanecer raso e diluído. Por isso escrevi um livro com sotaque pernambucano, para nutrir as minhas raízes e também transferir, por meio da literatura, essa parte tão importante de mim para a minha filha e sua geração.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo demorou para escrever o seu livro?

Daniella Pontes: O período de pesquisa foi mais um período de introspecção. Tentei resgatar momentos cruciais, encruzilhadas, em que decisões te levam mais distante em um sentido ou outro. Busquei também trazer um pouco de atualidade, em metáforas e “arranjos” circunstanciais, para dentro da história. Esse livro é, na verdade, apenas a primeira parte de uma trilogia, o segundo livro que dá continuidade a história está vindo em breve.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Daniella Pontes: Acho que um trecho importante é da constatação que nem tudo está perdido, porém, entre constatar e aceitar há um abismo cavado pela soma de nossas decepções. "...Porém, quando ele segurou sua mão, sentiu algo mais. Não sabia explicar. Era como se ela tivesse encontrado, ainda sob escombros, um inesperado sobrevivente de um desabamento. Ao sentir o calor da mão de Ricardo, de repente, um sentimento débil, empoeirado, machucado, mas ainda vivo, a tomou. Bella sentiu saudade de algo bom que um dia lhe aconteceu, porém, mais uma vez, não iria admitir nada.”

Conexão Literatura: Se você fosse escolher uma trilha sonora para o seu livro, qual seria?

Daniella Pontes: Esse é um ponto fundamental dessa obra. Cada capítulo começa com um trecho de uma música de um compositor pernambucano. Esses pedaços de poesia musical têm a função de preparar o espírito do leitor para entrar no sentimento fonte de inspiração para o tema do respectivo capítulo. A trilogia terá vários capítulos nos livros seguintes, portanto, se algum leitor ficar decepcionado de não ver sua canção predileta na trama, calma!, ainda tem muito mais. Porém se fosse escolher uma canção para representar o fator central do romance nesse primeiro livro, eu diria que seria “Mel e aveloz” (Nando Cordel)

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Daniella Pontes: No Recife, o livro está disponível na livraria Jaqueira e na Rede Imperatriz, mas também pode ser solicitado online via Pagseguro.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Daniella Pontes: Sim, os próximos livros da trilogia.

Perguntas rápidas:

Um livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Um (a) autor (a): Machado de Assis, simplesmente, magnífico.
Um ator ou atriz: gosto muito da dupla Marieta Severo e Marco Nanini.
Um filme: Cinema Paradiso
Um dia especial: o nascimento de minha filha.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Daniella Pontes: Gostaria de convidar as pessoas a “degustar" a leitura de Bella – Um Romance Musical Pernambucano; lê-lo sem pressa, como se não houvesse um fim previsto, porque esse livro é uma jornada por uma “terra de miudezas”, quanto mais você reconhece, percebe, os pequenos pontos do caminho mais nítida se torna a imagem e o contorno do romance.

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