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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Renan Alves Melo e o livro Ver de novo o mar, por Cida Simka e Sérgio Simka


Fale-nos sobre você.

Meu nome é Renan Alves Melo, nasci na cidade em Inhumas, um município que fica no interior de Goiás, no ano de 1987. 

Cresci em um lar de educadoras. Inclusive, com minha tia sendo minha professora. E talvez essa convivência com livros e letras em casa tenha despertado meu interesse para a escrita. Minha mãe e minha avó sempre foram ligadas à educação também, o que fazia do ambiente escolar, em especial a biblioteca, meu lugar preferido. 

Foi no ensino fundamental que escrevi meus primeiros contos, em razão de um concurso literário do colégio. E desde então, cultivei esse hábito, passando para a poesia e investindo em um longo projeto de romance também. 

Nesse caminho, conquistei alguns prêmios, dentre eles: Prêmio Kelps de Poesia, Prêmio Sesi Arte e Criatividade, Concurso Literário Mário Quintana, Medalha Castro Alves, Concurso de Contos de Niterói, Prêmio Internacional Castelo de Duino e Coleção Belamor da UFG. 

Não vivo da escrita, mas vivo para escrever. Profissionalmente, atuo na área de propaganda como diretor de criação da Agência Espaço, há mais de 10 anos. 

“Ver de Novo o Mar” é minha terceira obra publicada. 

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre o livro “Ver de Novo o Mar”. 

“Ver de Novo o Mar” é um livro sobre redenções. O título da obra ilustra e sugere meu compromisso: um olhar para a imensidão do próprio ser humano, com todas as suas ondas e inquietudes. 

É a segunda chance, é a nova remada, é o percurso que se abre. Ou seja, um mergulho profundo no mais íntimo de personagens machucadas, solitárias e incompletas. Tudo a partir de uma voz, no mínimo questionável, que ressignifica o assombro da vida com a poesia e suas cicatrizes. 

“Ver de Novo o Mar” foi escrito durante os dois anos de pandemia. E agora, com um olhar distanciado do projeto, vejo que o livro também fala de uma liberdade comprometida. É como se coubesse à escrita preencher o vazio que nos foi imposto. Não que a obra trate diretamente da covid. Na verdade, é uma obra que trata da morte, do tempo e, como já mencionado, dos nossos próprios vazios. 

Acredito na literatura que incomoda. Gosto de escrever um texto que me deixa desconfortável. É saindo da zona de conforto que a gente encontra a nossa verdade. E “Ver de Novo o Mar” é sobre isso. 

Outro ponto importante é como a Editora Mondru enxergou o meu livro e o traduziu em seu projeto gráfico. Tudo, absolutamente tudo, dialoga com o propósito da obra. Cada cor, elemento e passagem existe por um motivo. E torço para que cada leitor mergulhe nesse texto potencializado pelo trabalho de tantos outros. 

Parafraseando Valter Hugo Mãe, para mim todo livro é um filho de mil homens. 

Fale-nos sobre seus outros livros. O que motivou a escrevê-los? 

Antes de “Ver de Novo o Mar” publiquei dois livros, ambos pela Editora R&F. O primeiro, em 2012, intitulado “Mar Escrito”, foi fruto de uma lei de incentivo. Trata-se de uma obra que reúne os meus primeiros 30 contos. São narrativas sobre desejos e relações intempestivas, onde me propus a uma linguagem mais poética. Gosto de dizer não dizendo. Gosto de mostrar não mostrando. E sinto que nesse meu primeiro livro, os traços dessa minha marca já estavam presentes. 

No ano seguinte, publiquei “Caminhárias - da névoa ao sangue”. Também fruto de uma lei de incentivo, o livro reuniu minhas primeiras poesias. A obra se inspira na figura de duas mulheres que marcaram minha adolescência: Virginia Woolf e Frida Kahlo. Fiz de cada uma delas um caminho, onde os versos se transformaram em passos. E os passos me trouxeram imagens interessantes. 

Acredito que o texto em prosa nasça de uma imagem enquanto a poesia é a busca por essa imagem. E agora, respondendo a essa entrevista e encarando meus dois primeiros livros, acredito que essa forma de ver a literatura já vivia dentro de mim, sem que eu tivesse a mínima noção. 

Como analisa a questão da literatura no país? 

Com preocupação. Infelizmente a literatura é uma das tantas bolhas que vagam pelo nosso país. Se por um lado notamos um trabalho hercúleo de iniciativas literárias, como essa própria revista e também a Editora Mondru, por outro temos uma sociedade mais preocupada em investir na sua autoafirmação. Agora, como propor um diálogo, utilizando da literatura, se tão poucos querem ouvir? 

E eu adiciono a esse cenário um dado assustador: o brasileiro lê em média 4 livros por ano. Um país com tamanha riqueza cultural se contentar com essa realidade é muito triste. Ou melhor, é constrangedor. Os pais não incentivam seus filhos à leitura. Até porque o maior incentivo seria fazer desse pai um leitor também. 

Sinto que esse peso cai muito nas costas das escolas. E aqui registro o quanto vejo injustiça nisso. Não cabe a um professor mudar comportamentos. Cabe a esse professor inspirar a criança que já deve vir com sede de livros. E essa sede só vai ser possível quando a família presentear crianças com mais livros e menos carrinhos ou bonecas. Não só presentear, mas fazer da leitura um momento de conexão daquele ser humano em formação com um mundo que ele pode colaborar para ser melhor. 

O que tem lido ultimamente? 

Gosto de alternar gêneros e períodos literários. De obras contemporâneas a obras clássicas, tem de tudo na minha estante. Fala-se muito que a literatura é um recorte do tempo. E nada melhor que o tempo para nos contar sobre o homem. 

Nesse viés, tenho lido muito João Gilberto Noll, (“Lorde”), Valter Hugo Mãe (“O Filho de Mil Homens”), Virginia Woolf (“Rumo ao Farol”) e Hilda Hilst (“Cantares”). 

Faço questão também de citar alguns contemporâneos e colegas de casa: Humberto Conzo Jr. com o romance “As Sete Mortes do meu Pai”; Gabriela Queiroz, com o livro de poesia “Na Consciência da Natureza que me Compõe”; Jeferson Barbosa, com o livro também de poesia “Os Móveis Continuam Prisioneiros”; e Carlos Freitas, com sua coletânea de contos “Domingo Passado”. 

 Link para o livro: https://mondru.com/produto/ver-de-novo-o-mar/ 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Somos a diferença neste mundo indiferente (Editora Uirapuru, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.  

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Somos a diferença neste mundo indiferente (Editora Uirapuru, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023).

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