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segunda-feira, 8 de abril de 2024

O novo livro de Cida Simka e Sérgio Simka: MARIANO


O mais novo livro dos professores, escritores e colunistas da revista Conexão Literatura, Cida e Sérgio Simka, encontra-se em pré-venda no site da Opera editorial.

Segundo livro publicado pela editora (o primeiro foi HORRORES DA ESCURIDÃO, em 2023), MARIANO promete trazer uma ambiência de terror, com uma “pegada” na esfera do Bem.

Abaixo vai a descrição da trama.

Prestigie os autores nacionais! Adquira o livro na pré-venda com desconto!       

 

Sofia, diretora de um renomado hospital, encontra um livro na biblioteca cujo teor a deixa perturbada, e leva-o para casa a fim de conversar com seu pai a respeito.

Em uma manhã, seus pais lhe fazem uma visita e o pai de Sofia avista um jardineiro, que lhe dá um sorriso de dentes podres, semelhante ao conteúdo de que trata o sinistro livro.

Ao pedirem uma pizza na hora do almoço, uma moça de sorriso de dentes podres entrega um envelope destinado à Sofia. Nele, um aviso de que ganhara um cachorro, que se torna uma sentinela em sua vida.

O pai de Sofia resolve conversar com o jardineiro sobre o teor da obra, que o põe a par do seu terrível conteúdo, que mudará para sempre a vida de todos. 

Link para o livro MARIANO:

https://operaeditorial.com.br/produto/mariano/

 

Link para o livro HORRORES DA ESCURIDÃO:

https://operaeditorial.com.br/produto/horrores-da-escuridao/ 

 

 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023).
@sergiosimka

CIDA SIMKA


É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.  

@cidasimka

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terça-feira, 2 de abril de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Bruna Lalleska e seus livros, por Cida Simka e Sérgio Simka

Bruna Lalleska - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Meu nome é Bruna Lalleska, sou psicóloga e arteterapeuta. Tenho 27 anos e, como todo escritor que se preze, sou, antes de tudo, uma leitora apaixonada. Escrevo "romantasia" - um estilo que até pouco tempo não sabia que existia, mas que, em resumo, refere-se a histórias que mesclam romance e mundos fantásticos.  

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre seus livros. O que motivou a escrevê-los? 

Essa vibe mágica sempre me fascinou e é claro que Inesquecível - Uma aventura no Olimpo, meu primeiro livro publicado em 2023, é, sem sombra de dúvidas, uma romantasia. Nesse livro eu conto a história de Manuela, uma adolescente que em uma noite de tempestade, acaba sendo levada para a terra dos antigos deuses gregos. Por lá ela descobre ter mais em comum com esse mundo do que ela jamais imaginou. Com o Olimpo em guerra contra um feiticeiro, nossa heroína inicia uma jornada de autodescobertas que poderá não só custar a sua vida, mas exclusivamente o seu coração.   

Eu comecei a escrever Inesquecível na faculdade, depois de uma aula sobre arquétipos – ou, pelo menos, é o que eu me lembro agora –, mas a verdade é que levou um bom tempo para que a história se tornasse realmente madura e viesse a público. Como autora independente todo o processo de publicação foi financiado por mim, que custeei capista, revisor, leitura crítica e toda a gama de profissionais necessários para tornar um livro "publicável". Hoje eu mesma cuido de toda a logística de envio e me orgulho muito do resultado que Inesquecível tem alcançado. Uma continuação já está a caminho, com previsão de publicação em setembro de 2024, na Bienal do livro de São Paulo.    

Penso que o mercado editorial é um desafio para os autores independentes iniciantes que precisam, assim como eu, se dividir entre dois ou mais ofícios. Livros muitas vezes necessitam da nossa atenção integral para alcançarem visibilidade e, nos tempos atuais, o escritor é convidado a sair da sua zona de conforto e aprender não apenas sobre escrita, mas sobre todo o marketing que envolve o crescimento de um livro que, bem sabemos, não acontece do dia pra noite.  

A venda dos livros ainda não custeia todas as minhas contas ou todo o investimento que fiz até agora, mas os feedbacks dos meus leitores não têm preço. Eu sei que pode parecer clichê dizer isso, mas nada se compara à sensação de encontrar alguém que leu o seu trabalho e foi tocado por ele. Meus leitores são, com toda certeza, meus melhores vendedores rsrs.  

Você é Wicca desde 2011. Fale-nos sobre isso. 

Além dos livros de fantasia eu sempre me pego envolvida em um novo projeto. Sou Wicca desde 2011 e como uma bruxinha de carreira criei há alguns anos meu baralho autoral. Ele se chama A Bruxa do Café e é o resultado dos meus atendimentos como cafeomante. A cafeomancia ainda não é uma prática tão conhecida no mundo esotérico e refere-se à leitura/interpretação dos símbolos que se formam na borra de café no fundo de uma xícara. Esse é um dos muitos trabalhos que realizo no meu tempo livre e que também tem muito a ver com quem eu sou.  

Quais os próximos projetos? 

Ah, eu tenho muitos projetos em mente, o próximo é a criação de um jogo de tabuleiro inspirado em Inesquecível. O desenho já está quase pronto e é provável que eu lance com auxílio de um financiamento coletivo no Catarse, mas, por ora, é apenas uma ideia. Claro que tenho muitos livros para escrever ainda. Inesquecível é uma série de 5 livros e, além dele, tenho outros romances e um ensaio de psicologia sexual engavetado que precisa urgentemente da minha atenção. Me desejem sorte! Rsrs 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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sexta-feira, 15 de março de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Aldo Bizzocchi e o livro Uma breve história das palavras, por Cida Simka e Sérgio Simka

Aldo Bizzocchi - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Eu sou bacharel e doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo e tenho dois pós-doutorados, um em linguística comparada pela UERJ e outro em etimologia pela USP. Mas eu também cursei até o terceiro ano de física na USP, o que explica o meu amor pelas ciências em geral e porque eu defendo tanto que a linguística seja praticada de maneira científica e não como ideologia política, como fazem certos colegas.

Atualmente, eu sou pesquisador do NEHiLP, Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, mas eu fui de 2006 a 2015 colunista da extinta revista “Língua Portuguesa”. Depois que a revista acabou, criei o meu próprio blog (www.diariodeumlinguista.com) e o meu canal do YouTube (www.youtube.com/c/PlanetaLíngua) para fazer divulgação científica da linguística ao público em geral. 

ENTREVISTA: 

Você está lançando o livro “Uma breve história das palavras”. O que motivou a escrevê-lo? 

Eu sempre gostei muito de divulgação científica e sou leitor assíduo desse tipo de literatura. Eu acho importantíssimo que a ciência, cujas pesquisas são financiadas sobretudo pelo dinheiro dos contribuintes, chegue até quem paga a conta, e não só na forma de tecnologias que nós usamos no dia a dia, mas também de conhecimento, de cultura.

Ao mesmo tempo, eu notei que quase não há divulgação científica na área de humanas, e muita gente até confunde ciências humanas com humanidades, achando que em humanas não há pesquisa verdadeiramente científica.

Então, desde que eu comecei a escrever na revista “Língua”, que era uma revista dirigida ao público leigo, eu me interessei pela divulgação científica da minha especialidade, que é a linguística.

O primeiro livro nessa linha que eu escrevi foi “O universo da linguagem”, lançado em 2021 pela Editora Contexto e que é uma coletânea dos meus artigos de divulgação, a maioria publicados na revista. Agora, como o meu principal objeto de estudo é a etimologia, decidi escrever um livro falando sobre isso numa linguagem simples e acessível ao leitor médio com o objetivo de popularizar essa ciência, derrubar alguns mitos que circulam por aí sobre a origem de certas palavras e apresentar alguns resultados das minhas próprias pesquisas. 

Fale-nos sobre seu outro livro: “O universo da linguagem”. 

Como eu disse, ele é uma coletânea de artigos de divulgação que eu vim escrevendo ao longo dos anos, sendo que a maioria deles foi publicada na revista “Língua Portuguesa”, mas também há artigos publicados em outras revistas, como a “Ciência Hoje”, a “Scientific American Brasil” e mesmo no meu próprio blog.

O livro é dividido em quatro partes. Na primeira parte, eu trato da linguística como ciência, a sua história, o seu objeto de estudo, a evolução histórica das línguas, a diferença entre língua e dialeto e a própria definição de língua.

Na segunda parte, eu falo sobre a mecânica da língua, isto é, a estrutura e o funcionamento da linguagem, discuto as categorias gramaticais de um ponto de vista muitas vezes inovador e diferente da gramática tradicional, e também falo sobre as palavras, a sua conceituação, a sua estrutura e formação, a sua decomposição, evolução e tradução em outras línguas.

Na terceira parte, eu discuto as relações entre a língua, a cultura e a sociedade que a fala, de que modo cada uma delas influencia as demais.

Finalmente, na quarta parte eu mostro as conexões entre a linguagem e a mente humana, desde como o cérebro processa a linguagem até o modo como nós representamos mentalmente a realidade a partir da língua que falamos.

Enfim, é uma obra que procura cobrir todos os principais aspectos da pesquisa em linguística. 

Fale-nos sobre seu blogue. 

Em 2012, quando eu ainda escrevia na revista “Língua”, a editora decidiu criar um portal na internet em que os colaboradores da revista teriam os seus blogs. Assim, eu passei a ter um espaço semanal no portal da revista e passei a publicar lá artigos mais curtos do que os publicados mensalmente na edição impressa e também a responder às perguntas dos leitores. Em 2015, com o fim da revista, eu decidi continuar esse trabalho de blogueiro por conta própria e criei o meu próprio blog, o “Diário de um linguista”, no qual eu não só falo sobre línguas e linguística, mas também sobre outros assuntos que eu ache pertinentes. Como eu digo na página de apresentação do blog, não é um blog sobre linguística, embora esse seja o assunto predominante, mas um blog sobre tudo escrito por um linguista, portanto onde todos os assuntos são analisados sob o enfoque da linguagem. 

Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder. 

Bom, eu gostaria de falar um pouco sobre o meu canal do YouTube, o “Planeta Língua”. Eu iniciei esse canal em 2018 também com a proposta de divulgar a linguística e lá eu abordo questões que sejam do interesse das pessoas comuns, mas que têm curiosidade sobre o tema. Eu tenho procurado lançar um vídeo novo a cada mês porque é o máximo que eu consigo produzir com os recursos que eu tenho, mas, mesmo assim, eu tenho tido uma boa audiência, o que significa que de fato há muitas pessoas interessadas.

De resto, eu gostaria de agradecer muito aos amigos Sérgio e Cida Simka por mais essa oportunidade de divulgar o meu trabalho e gostaria de dizer que os meus livros estão à venda em todas as boas livrarias físicas e virtuais. Um abraço a todos! 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Jefferson Sarmento e a sua obra, por Cida Simka e Sérgio Simka

Jefferson Sarmento - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Sou formado em Publicidade e Propaganda, mas desde muito cedo queria criar/escrever histórias. Meu primeiro livro foi publicado em 2007: “Velhos Segredos de Morte e Pecados sem Perdão”, que me iniciou num mercado bastante restrito a novos escritores, principalmente aqueles que não estão em grandes centros. De lá até aqui foram (até agora) sete livros, viajando entre o suspense, o terror, a fantasia, o policial... gêneros que me são caros e queridos. 

ENTREVISTA: 

Sobre seus livros, o que motiva a escrevê-los? 

Costumo dizer que é uma necessidade quase fisiológica! Em geral a motivação para uma determinada história vem de uma cena do cotidiano, de uma informação interessante que passa por mim, de um tema que eu gostaria de abordar ou do qual descubro uma nova abordagem. A partir desse ponto, a motivação está em criar maneiras de tornar essa ideia interessante e divertida para mim e para outras pessoas. Para isso, é muito necessário que o escritor saiba o que está fazendo: outra premissa que sigo é a de que é preciso “respeitar” a ideia; é preciso tratá-la como você trataria um filho, dando-lhe não apenas o melhor de si, mas fazendo para ele as melhores escolhas, entendo quais são elas e onde buscá-las — e por isso sou defensor de que escrever não é só uma consequência de uma vontade surgida de uma ideia que emociona o escritor, mas uma responsabilidade, um ofício, e para cumprir com esse ofício, o profissional precisa estudar, entender os mecanismos que transformam uma ideia em uma boa história, dedicar seu tempo não apenas à escrita, mas ao estudo da escrita. E quanto mais o escritor se dedica a isso, melhor para sua história. Aí mora a minha motivação: fazer a ideia se tornar a melhor história que jamais poderia ser sem minha intervenção (pode parecer um pouco prepotente, mas esse “melhor” é uma “busca” e não uma certeza, porque sempre achamos que poderia ser melhor). 

Como analisa a literatura de terror/horror escrita por autores brasileiros? 

Preciso primeiro contextualizar: as histórias de terror, o sobrenatural, a fantasia... estão no nosso cotidiano desde sempre. Estão na formação do menino de interior que fui, sentado à mesa da cozinha dos meus avós e ouvindo histórias de assombração, de mula sem cabeça, de casas assombradas no final daquela rua mais escura do bairro. Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Aluísio de Azevedo, Guimarães Rosa e vários outros escritores clássicos já escreveram histórias de terror, já abordaram o sobrenatural. A maioria das pessoas têm interesse por coisas inexplicáveis e que assombram, e uma boa história não passa incólume a seus olhos — seja por qual plataforma vier: livros, podcasts, séries e filmes, novelas!

Mas o que é bem perceptível hoje é o crescimento do número de escritores e histórias de terror sendo publicadas. Isso se dá muito pela facilidade de publicação que experimentamos nos últimos anos. A possibilidade da impressão sob demanda ou em pequenas tiragens, e mesmo as plataformas de publicação de livros digitais (especialmente o Kindle), movimentaram o mercado livreiro de uma forma que as grandes editoras não conseguiram ainda compreender totalmente. Todo um novo mercado, dentro do mercado editorial, foi criado. Algumas editoras médias e pequenas começaram a buscar esses escritores autopublicados para apostar nesse ou naquele livro. Ainda é um movimento em ascensão e tem muito para crescer, apoiado em perfis literários de redes sociais como o Instagram e o Tiktok, que já têm e terão cada vez mais uma responsabilidade enorme de fazer o mercado de livros de gênero (não só os de terror) crescer cada vez mais.

Nesse ponto entra a necessidade de profissionalização do escritor, de encarar a escrita não apenas como uma expressão artística bruta, mas que precisa ser lapidada, estudada, melhorada com técnicas e o desenvolvimento das habilidades necessárias para se contar uma história. Existem muitos excelentes escritores de terror sendo publicados por médias e pequenas editoras hoje, e também por autopublicação. Escritores que visivelmente entendem o que estão fazendo, sabem como dar forma a uma ideia. Mas infelizmente também temos os que precisam se preocupar um pouco mais com a técnica, com as melhores formas de estruturar uma narrativa, com a fluidez do contar... 

Você é o editor da editora Tramatura. Por que resolveu abrir uma editora? 

Na verdade, não sei exatamente quando a ideia de abrir uma editora me veio — faz bastante tempo. Acredito que isso tenha surgido bem cedo por ser um apaixonado por livros. Contudo, esse era um mercado que eu não conhecia até alguns anos, que estava distante de mim. Mesmo publicando desde 2007, só em 2017 é que a ideia começou a tomar forma, quando meu livro “Relicário da Maldade” foi publicado pela Transversal — que é um selo da editora Oito e Meio.

Quando esse livro foi publicado, tive a oportunidade de acompanhar muito de perto o processo editorial que transforma um original em um livro de fato. Também foi o período em que me dediquei mais ao estudo e especialização de escrita criativa e me dediquei à pós-graduação nessa área — o que me deu a oportunidade de estar muito perto de grandes profissionais do mercado.

Em 2018, embora estivesse começando a tratar da publicação de “A Casa das 100 Janelas” com a editora de “Relicário da Maldade”, decidi fazer uma experiência: e se eu mesmo editasse o livro, do começo ao fim? E assim começou a jornada para não apenas “ver e entender” o processo editorial, mas colocar a mão na massa. Passo a passo, o projeto foi ganhando forma, fui entendendo a necessidade de contatar e contratar profissionais para revisão, diagramação, gráficas, registros, distribuição... Posso dizer que “A Casa das 100 Janelas” foi uma escola. E, a partir daí, sempre com o pé no chão, vieram outras publicações — como os livros da coleção Biblioteca Clássica de Espantos e Assombros (edições de histórias de escritores clássicos com viés sobrenatural, especulativo, de ficção científica), as edições pulp Científica Ficção e a recente Gritos de Horror...

E para este ano teremos pelo menos mais 2 escritores nacionais contemporâneos sendo publicados pela Tramatura. 

Como é seu processo criativo? 

Em geral a ideia surge de alguma fonte externa que pode ser uma música, uma cena do cotidiano, um filme ou livro, um vídeo que aborda certo tema. Aquela ideia fica me acompanhando por um tempo, feito um fantasma me assombrando. E então, se ela ainda está ali depois de alguns dias, é hora de prestar atenção nela e usar o que eu costumo chamar de “chave da imaginação” — é o mecanismo que transforma a realidade em algo completamente novo e vem na forma de uma pergunta: “e se...?”

Nesse ponto eu começo a moldar a história, ainda sem me preocupar com a escrita, com a forma. Esse é aquele momento mágico em o escritor se vê espantado e seriamente interessado pela chama criativa que nos ilumina vez em sempre.

O passo seguinte é saber se a ideia sobrevive a alguns parágrafos?

Então eu me sento e escrevo algumas páginas. Não necessariamente aquilo será um começo de história (na maioria das vezes é), mas uma proposta para mim mesmo. E, quando termino essas primeiras páginas, preciso ainda estar com aquela necessidade de continuar — mas aqui está a importância de recuar e entender que o processo de escrita é mais do que simplesmente colocar palavras no editor de texto. Esse é o momento em que paro tudo e começo a estruturar a história — começo, meio e fim, eventos catalizadores, forma de narrativa, qual o melhor protagonista para aquela ideia, que tipo de personagens serão necessários para levar a história adiante. Isso não significa que saberei exatamente como será o fim (às vezes acontece de o escritor saber como será o ponto-final da história, como eu sabia em “Alice em Silêncio” e em “Terra de Almas Perdidas”, mas não é necessário). O que é preciso é saber qual caminho será trilhado, em que ponto da história esse ou aquele tipo de evento vai acontecer, porque isso dá coesão ao texto, à narrativa, dá fluidez à história. 

Qual o seu próximo projeto? 

“A menina que fotografava estranhos” está programado para agosto — o mês do folclore! E isso tem tudo a ver com a história. “Terra de Almas Perdidas” foi um flerte com o folclore nacional, porque o objeto central da história é uma garrafa com um cramulhão que realiza os desejos de quem a toca. Mas em “A Menina que Fotografava Estranhos” eu queria mais do que um flerte, então busquei o máximo de referências da nossa cultura em pesquisadores como Câmara Cascudo, Januária Cristina Alves, cultura Tupi... para criar uma história que não deixasse nada a desejar aos grandes nomes da fantasia europeia e estadunidense. Se eles têm bruxos, magos, vampiros, lobisomens... nós temos centenas de criaturas mágicas no nosso imaginário. E que tal uma aventura cheia de fantasia e terror usando o que temos de melhor no nosso folclore? 

Link da editora: 

https://www.tramatura.com.br/ 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Edson Agnello e o livro 2013: o ano que não terminou, por Cida Simka e Sérgio Simka

Edson Agnello - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Edson Agnello, arquiteto, jornalista e empreendedor é um estudioso da agenda das cidades. Na imprensa do Grande ABCD paulista dirigiu jornais locais, no mundo dos negócios coordenou diversos projetos na área imobiliária, logística, entre outros e faz da arquitetura e do urbanismo a oportunidade de construir uma regionalidade mais cidadã. O livro “2013: o ano que não terminou” é uma oportunidade de revisitar os complexos movimentos sociais que tomaram as ruas do país e 10 anos depois ele sabe que é preciso encontrar um caminho. 

ENTREVISTA:  

Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?

Quando decidi escrever este livro jamais imaginei produzir uma biografia, queria de alguma maneira apresentar os elementos centrais da perspectiva que tenho em relação aos caminhos que nossa região e o país têm percorrido ao longo dos últimos anos, especialmente depois de passada uma década das grandes manifestações de 2013. Não tenho a pretensão de instalar uma verdade universal sobre os acontecimentos pretéritos e muito menos de revelar as verdades sobre o futuro de um tempo de contradições e conflitos. 

Como analisa a questão da leitura no país?

A dimensão continental do nosso país trouxe ao longo das décadas uma diversidade cultural criando diversas identidades e formas de expressão. Tenho a impressão que o hábito da leitura já passou por momentos piores, até como forma de revolta, mas atualmente a consciência coletiva da necessidade de conquistarmos essa nação tem levado o crescimento dos adeptos à leitura; mesmo tendo o mundo virtual como concorrente ao livro físico, a leitura tem aumentado significativamente por conta a muitos textos de virtuais. 

Quais seus próximos planos? 

Continuar pesquisando e procurando a oportunidade de publicar novos textos, sempre colocando um ponto para se refletir sobre o passado, como está nosso presente e o que podemos implementar ao nosso futuro, a partir da leitura desses outros dois tempos.

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Lara Dezan e Lucas de Camillo e o livro Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha, por Cida Simka e Sérgio Simka

Lara Dezan e Lucas de Camillo - Autores

Uma minibio sobre vocês. 

Lara Dezan e Lucas de Camillo são estreantes no meio literário, mas com vasta experiência com audiovisual. Lara é cineasta de formação e trabalha com filmes, publicidade e vídeos para TV e web, enquanto Lucas é diretor de arte e trabalha com jogos eletrônicos, design gráfico e digital. 

A autora Lara Dezan tem em seu currículo o curta documental premiado “Roupa de Baixo” e finaliza sua primeira ficção, o infantojuvenil “A Menina e o Flautista”. O autor Lucas de Camillo, por sua vez, finaliza seu primeiro jogo de grande escala, o 2D Platformer “Tuned Turtle” com previsão de lançamento para PC e consoles em 2024. 

A dupla, sócios da produtora 8 Dígitos, traz para seus projetos um olhar híbrido, que mescla linguagens de diferentes segmentos artísticos. “Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha”, lançamento da editora Devora em parceria com a 8 Dígitos, é uma obra interativa que convida o leitor a participar ativamente da narrativa. 

ENTREVISTA: 

Sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo? 

“Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha” nasceu da vontade de que nossas histórias chegassem ao seu público. Trabalhando no cinema e nos jogos eletrônicos, com extensos cronogramas e por vezes uma equipe volumosa, a ideia de compartilhar nossos universos e personagens através da literatura pareceu mais palpável e acessível. Escrito durante a pandemia e com projeto contemplado por edital estadual, o livro foi uma maneira encantadora e deliciosa de criar. 

Repleta de aventura e fantasia, a obra traz uma leitura dinâmica, que se assemelha a um argumento de filme, ao mesmo tempo que propõe que o leitor influencie nas decisões da protagonista e rumos da história, como em um jogo. 

Nesta primeira investigação da jornalista Sofia Santos, especializada em casos sobrenaturais, acompanhamos a repórter que busca descobrir se o recente desaparecimento de pescadores tem alguma relação com a antiga lenda da Sereia Vermelha. 

Em momentos-chave da narrativa, duas perguntas são feitas ao leitor, que terá que decidir por qual caminho deseja seguir. São quatro finais diferentes, mas todos estão ligados entre si, e apenas quem lê todos os desfechos consegue compreender a dimensão da história por outros ângulos. 

Outro fator decisivo para seguirmos em frente e escrever foi a vontade de lançar e consumir mais conteúdos com protagonismo feminino e temática ambiental, sobretudo permeados por uma atmosfera de mistério. Trazendo um olhar inovador para a mitológica sereia, o livro debate temas contemporâneos e urgentes, a importância de um jornalismo baseado em fatos e os riscos da pesca de arrasto em escala industrial. 

Nosso livro está à venda em sua versão física em livrarias na cidade de São Paulo ou então pelo site da livraria Nove Sete:

https://livrarianovesete.com.br/catalogo/produto/54521/Sofia-Santos-e-o-Mistrio-da-Sereia-Vermelha 

Para quem prefere a versão online, também estamos na Amazon:

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Como analisam a questão da leitura no país? 

Em uma escala global, durante a pandemia ficou nítido para muitos o quanto precisamos de obras culturais em nossas vidas e cotidianos. Hoje, mais do que nunca, vivemos em uma rotina com demandas constantes e excesso de exposição às telas. Em uma realidade onde cresce o número de pessoas diagnosticadas com ansiedade, síndrome de burnout e depressão, o livro traz uma pausa e um alento que nada mais substitui. Somado a isso, nós que trabalhamos com conteúdos juvenis, temos a certeza de que a literatura tem papel fundamental na educação e na construção de uma sociedade melhor. 

É claro que o mercado literário está em transformação, mas se por um lado temos a forte presença do consumo de conteúdos digitais e livrarias fechando em todo o país, por outro temos comunidades se formando em torno de algumas obras e do ato de escrever. 

O livro sempre terá seu espaço, mas sentimos que é importante se reinventar e se adaptar aos novos tempos. Para isso, estamos pensando em novos formatos nos livros - como a interatividade em “Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha” - realizamos também o lançamento do livro de forma digital, temos planos de adaptar a obra para o audiovisual e de lançar novas obras literárias que trazem aspectos transmídias em sua essência. 

Por fim, sentimos que as obras juvenis no Brasil precisam muito de um diálogo com escolas e educadores, que possam fazer essa curadoria e ponte entre o autor e o aluno. Paralelamente, as redes sociais hoje desempenham um papel importante na divulgação da obra e estamos tentando nos adaptar a elas. 

O que têm lido ultimamente? 

Lara - O livro que me acompanha para cima e para baixo recentemente é o “Sede de me beber inteira”, da Liana Ferraz. Como é uma leitura mais reflexiva, de poemas com temáticas contemporâneas, tenho lido pausadamente, mas estou adorando. Ela tem um jeito muito criativo de expor suas ideias - tanto nas palavras quanto no formato do livro. 

Lucas - Ganhei de uma amiga querida o “Máquinas como Eu”, de Ian McEwan. A obra propõe um passado alternativo em que a Inglaterra perdeu a Guerra das Malvinas e a humanidade teve grandes avanços tecnológicos. As relações entre humanos e androides são o foco desta ficção científica, levantando questões filosóficas do quanto as máquinas poderão se assemelhar a nós. O avanço da inteligência artificial nos aproxima cada vez mais dos cenários descritos no livro, tornando o livro ainda mais atual. 

Uma pergunta que não fizemos e que gostariam de responder. 

Consideramos sempre importante dizer que o desenvolvimento e lançamento do livro foi produzido com recursos do ProAC 2021 de Literatura Infantojuvenil, do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Iniciativas como essas são essenciais para fomentar a cultura e viabilizar projetos artísticos. 

Vale compartilhar também que recentemente (dezembro de 2023) vencemos o Prêmio Aberst de Literatura com essa obra, na categoria juvenil. Foi uma cerimônia muito bonita e reconhecimentos como este nos dão força para seguirmos em frente criando e nos dedicando aos nossos projetos. 

Atualmente estamos trabalhando na segunda aventura da Sofia Santos, também interativa, e planejando lançar uma edição especial que retrata a infância desta personagem.

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Tiago Germano e o livro A índole dos cactos, por Cida Simka e Sérgio Simka

Tiago Germano - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.
 

Meu nome é Tiago Germano, sou escritor, autor de cinco livros, entre eles "O que pesa no Norte" (Moinhos, 2023), indicado ao Jabuti e ao Oceanos, e "Demônios Domésticos" (Le Chien, 2017), indicado também ao Jabuti. Atualmente estou lançando o "A índole dos cactos", que sai em campanha de lançamento no site Catarse (http://www.catarse.me/cactos) pela editora Caos & Letras, junto com a reedição do "Demônios Domésticos".  

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre seus livros. O que motivou a escrevê-los? 

O que me motiva a escrever é provavelmente o fato de ser um leitor, e não ter os livros que tento escrever já na minha prateleira. Se alguém pudesse escrevê-los em vez de mim eu preferia permanecer apenas lendo. 

Você foi indicado aos prêmios Jabuti e Oceanos em 2023. Fale-nos sobre isso. 

Foi algo inesperado e que achei que ia lançar uma luz diferente sobre a minha carreira. Evidentemente estava enganado. Continuo lançando livros como da primeira vez: plantando um cacto por dia, na esperança de que vinguem. Talvez esteja fazendo algo errado, mas é a forma mais sincera. Isso basta. 

Você também é cofundador (e editor) da Matria Editora. Fale-nos sobre seu trabalho à frente da editora. 

A Matria foi criada com o intuito de facilitar o caminho dos escritores no mercado. Senti falta disso no início. Ainda sinto em muitos níveis. Aprendi que alguns espaços são interditos nesse lugar que ocupo. Há algum mistério que não desvendei. A editora é uma tentativa diferente de trilhar o caminho, mais às claras. 

Fale-nos sobre seu doutorado em escrita criativa pela PUC do Rio Grande do Sul. 

O doutorado me ajudou a compreender um pouco melhor o meu processo criativo e me trouxe um repertório que talvez eu não conquistasse se trilhasse o meu caminho sozinho (o que é perfeitamente possível e legítimo). Quero crer que sou um escritor melhor depois dele, e que ele me abriu algumas perspectivas profissionais nessa área: para além da escrita (que é um ofício turbulento e muito mal remunerado). 

Como analisa a questão da leitura no país? 

Ela não avança talvez porque a analisamos sempre sob a ótica do autor, das editoras (em suma: do mercado), em vez de analisar sob a ótica do verdadeiro protagonista: o leitor. É preciso falar menos em mercado e falar mais em educação. Perdemos muito de vista a sala de aula, uma das trincheiras onde conquistamos nossos leitores. E também a família. É fácil falar ao seu filho que ler é saudável, difícil é dar o exemplo. Passear também por livrarias, por bibliotecas. Criar esse hábito dentro de casa. Conheço escritores que não leem, por mais esquizofrênico que isso possa parecer. Não podemos pregar algo em que não acreditamos. É mais uma das hipocrisias de nossa época, mas não sei como resolver isso além de pensar sobre isso ficcionalmente: é pouco, mas já é alguma coisa. E tentar estar sempre presente nas escolas, o trânsito por elas é muito mais simples, afinal de contas. E muito mais satisfatório. Sempre digo que nossos melhores leitores ainda nem sabem ler. São eles que vão decidir se nossos livros vão permanecer ou não. Ou mesmo se vão existir livros no futuro. 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 

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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Curso de Tecnólogo em Escrita Criativa, por Cida Simka e Sérgio Simka

Profa. Dra. Eliana Vileide Guardabassio - Foto divulgação

Tivemos a honra de entrevistar a Profa. Dra. Eliana Vileide Guardabassio, diretora da rede de Polos Guardabassio Educacional, que fala com exclusividade aos leitores da revista Conexão Literatura sobre o curso de Tecnólogo em Escrita Criativa

Você está à frente de nove Polos da UNIASSELVI e de dois Polos da UniCesumar. Como é o seu trabalho à frente dessas instituições? 

Exatamente. Sou diretora da rede de Polos Guardabassio Educacional, na UNIASSELVI desde 2020 e recentemente na rede de Polos UniGuardabassio, na UniCesumar. Ambas controladas pela Vitru Educação. 

Como diretora, meu papel é garantir que todos os Polos de apoio presencial estejam aptos para receber da melhor maneira todos os estudantes, desde a parte administrativa até a do ciclo de aprendizagem. Por exemplo, na UNIASSELVI nós temos o Polo Hub em Santo André (SP), que é um espaço físico voltado para os cursos da área de Saúde. Nele, os graduandos têm acesso a todas as atividades práticas necessárias para os estudos. É um espaço onde o aluno realiza com o apoio de tutor as tarefas que ele vai lidar no dia a dia depois de formado. 

A UNIASSELVI está oferecendo o curso de Tecnólogo em Escrita Criativa. O que levou a instituição a pensar esse curso? 

Entre as diversas áreas que estão em constante crescimento na Vitru Educação está a de Inovação. E isso acontece tanto para colaboradores como para alunos. Foi justamente acompanhando a necessidade de qualificação refinada em tempos de IA, por exemplo, somada a necessidade do mercado de trabalho e da sociedade por profissionais adequadamente habilitados e dotados de sentimentos, que a UNIASSELVI lança a Graduação em Escrita Criativa. 

O curso está entre os 17 novos que estão com matrículas abertas para 2024/1. Para se inscrever basta entrar no portal uniasselvi.com.br, baixar o Leo App, ou ir a um Polo mais próximo. O Tecnólogo em Escrita Criativa é direcionado para pessoas que gostam ou trabalham com a escrita e desejam desenvolver suas habilidades a partir de uma proposta estruturada especialmente para aprimorar esse talento. Os profissionais são habilitados com amplo conhecimento para elaborar textos criativos em uma variedade de gêneros literários e não literários, gerando conteúdo memorável para diferentes plataformas, canais e editoras. 

O curso de Escrita Criativa da UNIASSELVI permite que os estudantes se tornem escritores e criadores de conteúdo altamente competentes e diferenciados. Com uma abordagem diversa de gêneros literários e um enfoque especial em conteúdo multimídia, a Graduação proporciona que o Escritor Criativo aborde questões éticas na escrita, como autenticidade, representação e responsabilidade social.

Além disso, a escrita criativa não é apenas para escritores ou poetas; é uma habilidade versátil que pode ser aplicada em diversas carreiras. Jornalismo, publicidade, roteirismo, marketing e empreendedorismo são alguns campos onde a habilidade de contar histórias de forma envolvente é altamente valorizada.

Como você analisa o Ensino Superior após a pandemia? 

A pandemia colaborou para reforçar que o Ensino Superior oferecido por meio da metodologia do ensino a distância (EAD) não tem nenhuma desvantagem em relação ao presencial. Pelo contrário, o EAD pode trazer muito mais benefícios como o fato de dispor de flexibilidade e em muitos casos economia financeira. 

Todo o material e apoio necessários para os alunos são disponibilizados pelas Instituições de Ensino Superior (IES). O aplicativo da UNIASSELVI, por exemplo, tem a navegação patrocinada e não consome o pacote de dados do usuário. É possível realizar serviços administrativos e estudar sem gastar com internet para isso. 

Então, se o aluno é interessado e dedicado, ele com certeza estará cursando um nível superior de qualidade e depois de formado será um profissional devidamente capacitado para atuar. 

Link do curso:

https://portal.uniasselvi.com.br/graduacao/tecnologo/escrita-criativa/ead


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Somos a diferença neste mundo indiferente (Editora Uirapuru, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.  

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Somos a diferença neste mundo indiferente (Editora Uirapuru, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). 


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