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quarta-feira, 14 de julho de 2021

PRÍNCIPE NERSO: incunábulo do mito do nascimento do herói - Caetano Lagrasta


Tenho a honra de apresentar o PRÍNCIPE NERSO: incunábulo do mito do nascimento do herói, de Caetano Lagrasta, iluminado por Adriana Aneli, lançamento da Editora Desconcertos.

Neste Projeto, longamente acalentado, Caetano Lagrasta reinventa em contos um Brasil mergulhado na escuridão e na repressão da década de 70.

E se passamos pela Inquisição e seus carroções, massacres de indígenas, perseguição sócio-político-religiosa-ideológica-racial, crimes passionais redentores, é porque a violência se replica, DNA forjado a cassetete e óleo de rícino, em novos genocídios.

Com elementos decorativos dos manuscritos produzidos em conventos e abadias da Idade Média, o livro é um alerta ao obscurantismo, este que avança sobre o Século XXI com suas palavras de ordem. A volta à Idade das Trevas, ao Terraplanismo, ao começo.                         

Caetano Lagrasta – Neto de italianos, paulistano do Brás; ocupa a Cadeira Graciliano Ramos da Academia de Letras das Arcadas; recebe menção no Prêmio Governador do Estado, 1967, com o livro de contos Abecedário; corroteirista, ator e autor de comentário musical, em longa e curtas metragens; fotógrafo. Escreveu O Fazedor, 2001; Livro de Horas, 2004, Ópera Bufa, 2007, Diário do Fim do Mundo (Scenarium, 2019), A Poemática da Terra (Org, Ed. Desconcertos, 2020) – poemas; 1968 e outras estórias (Le Calmon, 2013); Abecedário (Scenarium, 2016) – contos; e Fábricas Mortas, romance (Ed. Desconcertos, 2018). Arriscou-se, sempre, a ideias jurídicas e sobre a Família (a dele e a dos outros). Prepara edição de Cadernos, para publicação póstuma diante do hospício que nos governa.

O livro está à venda no link: https://desconcertoseditora.com.br/produto/principe-nerso-caetano-lagrasta/

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terça-feira, 13 de julho de 2021

Entrevista com Caetano Lagrasta, autor do livro PRÍNCIPE NERSO: incunábulo do mito do nascimento do herói

Caetano Lagrasta - Foto divulgação

Caetano Lagrasta
– Neto de italianos, paulistano do Brás; ocupa a Cadeira Graciliano Ramos da Academia de Letras das Arcadas; menção no Prêmio Governador do Estado, 1967; corroteirista, ator e autor de comentário musical, em longa e curtas metragens; fotógrafo; Desembargador. Livros: O Fazedor, 2001; Livro de Horas, 2004, Ópera Bufa, 2007, Diário do Fim do Mundo (Scenarium, 2019), A Poemática da Terra (Org, Desconcertos, 2020) – poemas; 1968 e outras estórias (Le Calmon, 2013); Abecedário (Scenarium, 2016); Príncipe Nerso: incunábulo do mito do nascimento do herói (Desconcertos, 2021) – contos; e Fábricas Mortas, romance (Desconcertos, 2018). 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Caetano Lagrasta: Atrevo-me a conselhos (dos quais o Inferno tá cheio): sempre permaneci afastado do meio literário e de suas panelas, ao obedecer ao Poeta Mário Faustino: “Envaidece-nos o que afirma o próprio poeta: que esta página lhe abriu novos caminhos, fazendo-o evitar outros, sempre tentadores a qualquer de nossos jovens escritores: facilidade diluidora, a autocomplacência, o café-society subliterário dos mútuos elogios, da publicação amistosa, das glórias logo fabricadas e tão logo esquecidas”. E que venha o leitor de epígrafes, apresentação, documentos e notas explicativas, ufa!

Escrevo, desde os anos 50, início tortuoso com poemas para o jornal do Colégio Paes Leme (SP), depois, finalmente cansado das rimas medíocres e pobres, investi em contos, até que, ao início de 1962, arrisquei enviar o conto, “Oração para um lixeiro”, para a Revista LEITURA, do Rio de Janeiro e, pasmem, foi publicado no exemplar dos meses outubro e novembro daquele ano. Insisti escrevendo e consegui juntar contos durante os anos 60 para montar “O Príncipe Nerso” e que me perseguiu até outro dia, quando publicado. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "PRÍNCIPE NERSO: incunábulo do mito do nascimento do herói". Poderia comentar? 

Caetano Lagrasta: O Príncipe é um ser pantagruelesco, rabelesiano, macunaimense, um mito, que sobrevive num tempo tão boçal e agressivo como este em que vivemos, às vezes com um esgar de desprezo nos beiços. O nó sem ponto deste livro é um texto repleto de armadilhas conceituais, palavras, estilos e imagens sempre renovadas para que tudo permaneça igual. Se àquele tempo éramos engolidos por imprensa, cinema ou revistas de fotonovelas mentirosas e medíocres, hoje nos contentamos com nuvens e fakes virtuais repletos de estrume político, visual e cultural, por primeiro, digitados pelo ignorante maluco e genocida que nos governa (?).

O livro tem que ser lido observando notas, linguagem, as palavras porque elas constroem a personalidade do Príncipe, e que se desenvolve desde os anos 60. É um livro, à primeira vista, antigo, mas que se modernizou pela vontade do tempo; nele, tento mostrar o que acontece quando a gente lê demais e acredita que pode mudar o mundo. 

Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Caetano Lagrasta: Esse livro me persegue desde os anos 60 em suas pesquisas e modificações embuçadas em epígrafes, até que Adriana Aneli praticamente me obriga a arrancá-lo ao baú de minha tia louca, ilustra-o e assim vem a lume e se vão pra lá de cinquenta anos. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Caetano Lagrasta: (Todo homem traz em si o germe do Odisseu – disse-me – alguns de imponente, outros de triste figura; uns cobertos de glória, outros, isolados e cobertos de excremento... Oh, perdão, encerrou ele).

(...)

Querer mentir sobre entrevista de possível emprego, que ficou prometida para amanhã, mas que não existe. Engolir o café que nunca é tão gostoso quanto a gente imagina ao dizer que o café do bar está uma merda e o que lá de casa é muito melhor. Sentar na poltrona ensebada da sala, sentindo o empuxo das molas querendo furar nossas calças. Relancear os olhos pelo jornal sem notícias, que junta letras grandes e pequenas para não dizer o que realmente acontece, mas que nos envolve em comentários calhordas. Correr os olhos pelos anúncios de sapatos onde se destacam as pernas lisas e bem torneadas e a gente deseja comprar daquela marca pois acha que nossas pernas vão ficar iguais; anúncios de televisores incrivelmente maiores do que o daqui de casa, geladeiras suntuosas que só depois da entrega a gente descobre que não tem com que a encher. Dobramos o jornal, após correr a lista de cinemas, o convite para uma exposição de “boca livre” e nos despedimos com um timbre de voz, arrastado e ridículo. Passo sob a janela da casa da mulher que mora em frente ao cinema, não uma, mas diversas vezes, com passos apressados ou vagarosos, sonhando que ela irá abrir e aceitará o convite para nos acompanhar no cinema. Nada.

(...)

Oh! Como é bela a Democracia! Dela qualquer energúmeno pode ter o sábio ao seu alcance (seja na sala para saboreá-lo, seja na latrina para função menos nobre); lembrem-se: o que a cultura faz, ninguém faz, ainda que virtualmente

(...)

Nessa altura do jogo, o país já tinha sido descoberto por tudo que era imperialismo, fantasiado de democracia e protecionismo pras nossas riquezas, e os políticos começaram a gritar que o “petróleo ERA nosso” e nunca entendi: se era não precisa gritar, vai gritar no ouvido da avó, vê se recupera pra nóis e encerrei essa questão, dando o nome de Petrolina Minâncora para uma excelente loção anti calo, ruga, espinhas e cravos. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Caetano Lagrasta: o livro está à venda no site da Desconcertos Editora: https://desconcertoseditora.com.br/produto/principe-nerso-caetano-lagrasta/; um pouco mais sobre o trabalho literário está aqui: https://comoeuescrevo.com/caetano-lagrasta/ 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Caetano Lagrasta: Hoje, dos baixios de meus 77 anos, depois de ter escrito livros jurídicos; de poemas, contos e um romance, berro que é chegada a hora de me arriscar nas memórias (vastíssimas), em Cadernos manuscritos, que conservei, apesar de conselhos excelentes para que os queimasse, junto com a foto do atual governante e seus ministros. Modestamente, insisto em arrumar dinheiro para publicação tão vasta e cuja inutilidade será – quem sabe – percebida por meus filhos, enteadas, netos, genros e noras. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: Dois: Diários do Cárcere, de Antonio Gramsci e Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos 

Um (a) autor (a): Dois, os citados acima 

Um ator ou atriz: Paulo José e Anna Magnani (Roma, cidade aberta)

Um filme: O Leopardo (baseado no romance de Lampedusa)

Um dia especial: O do lançamento do livro em que colaborei: “As Arcadas no tempo da ditadura” quando conheci Adriana Aneli. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Caetano Lagrasta: Apenas que, diante de notas, citações e epígrafes amontoadas sem descanso, penso sempre na de Heráclito quando afirma: “Por que quereis levar-me a toda parte, ó, iletrados? Não escrevi para vós, mas para quem me pode compreender. Um, para mim, vale cem mil, e a multidão nada” e em Gramsci, na citação de Hellewell, ao encarar o capitalismo global: “quem domina a língua, domina o poder”.   

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