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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Cris Torres e o livro Uma ideia de prosa para Clarice Lispector, por Cida Simka e Sérgio Simka

Cris Torres - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Sou Cris Torres, paulistana, professora, mãe de Nina, Che, Frida, Lory e Mel, meus amores peludos. Pesquiso a obra de Clarice Lispector há alguns anos, fiz mestrado, doutorado e pós-doutorado tendo sempre como inspiração a obra da Clarice. Toda a vida estive em contato com a literatura e a leitura – desde as primeiras histórias orais contadas por minhas avós e minha mãe, até o contato com a leitura de clássicos, ainda menina. Eu acho que soube, desde sempre que de alguma forma o universo da palavra e, por extensão, da criação ficcional, estava ligado a mim como uma espécie de força orgânica, vital. É isso que me move, me salva, me ajuda a viver.

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo? 

Este livro Uma ideia de prosa para Clarice Lispector: Ensaio. Bordas. Testemunho. é fruto de minha pesquisa de doutorado em Literatura Brasileira que fiz na USP, a respeito da obra de Clarice Lispector. Eu defendi o doutorado em 2014 e segui a vida dando aula e fazendo pesquisa, sem pensar sobre uma publicação. Mas em 2020, quando veio a pandemia, resolvi me dedicar à releitura do texto e arriscar uma versão para o formato livro, propus para a Benjamin Editorial e deu supercerto – publicamos no ano passado – o livro teve uma edição muito bonita e bem cuidada.  A leitura que proponho tem como texto central de análise A hora da estrela, mas, antes de chegar a ele – que é investigado no terceiro capítulo – eu proponho uma espécie de passeio crítico por meio  do método ensaístico que defendo estar presente na poética de Clarice – daí que no primeiro capítulo trago o diálogo entre a poética de Clarice e o registro do ensaísmo de linhagem montaigneana, no segundo capítulo trago o que nomeio de escritas de borda – que são os paratextos, como dedicatórias, epígrafes, notas, subtítulos, enfim,  textos que antecedem o texto nomeado como central e que acabam sublinhando também a presença do registro meditativo e crítico da linhagem ensaística. Toda a investigação deságua então no terceiro capítulo que verticaliza a leitura sobre A hora da estrela. Por meio do jogo de projeção autoral Clarice/Rodrigo, condutor do gesto meditativo, crítico e ensaístico temos uma narrativa em tom testemunhal e  Macabéa, dobra dessa projeção autoral, emerge entoando um canto quase anafórico, mas que tece, com sua voz marginal, o tom mais agudo e central do texto clariciano. Esta é, de fato, uma obra que nos move e comove muitíssimo. 

Você tem outro livro, certo? Fale-nos sobre ele. 

Sim, publiquei também em 2021. Chama-se Posso tocar seus olhos? Saiu primeiro pela editora Urutau, mas estou negociando agora o relançamento com outra editora. É um livro que precisei escrever para não morrer. Foi meu modo de sobreviver a uma profunda depressão somada a várias e largas crises de pânico. Um dia, notei que não estava aguentando mais aquele modo de vida – que se resumia a viver dentro de minha casa, sobretudo de meu quarto, sem conseguir olhar o mundo lá fora e experimentando um sofrimento psíquico que trazia sintomas físicos avassaladores como crises de paralisia nas pernas, incapacidade de comunicação, apatia, muitas tonturas, e outras coisas. Eu, que sempre escrevi - desde menina tive muitos cadernos de escrita- em uma tarde percebi que a escrita estava ali, à minha espera e talvez pudesse ser meu caminho de cura, pois terapias, remédios, médicos, nada mais estava adiantando. Então eu comecei a escrever. Em dois ou três meses o texto estava todo derramado e esse processo acabou dando forma, nome e estrutura a tudo o que em mim havia se dissolvido e desorganizado. E, curiosamente, a narrativa se dá a partir da arquitetônica familiar. Assim fui me organizando de novo e me salvando. A escrita me salvou. A literatura me trouxe de volta à vida. 

Como analisa a questão da leitura no país?

O Brasil tem um sério problema de letramento – literário e de mundo. O jovem chega ao ensino médio com inúmeras dificuldades de interpretação, leitura e compreensão textual. Sem falar na assimilação de conceitos e sua elaboração para um processo de escrita e argumentação. Mas penso que não podemos desistir, temos que seguir com a certeza de que é possível mudar este cenário terrível. Fazer projetos sociais, trazer os livros para perto dos jovens, continuar organizando saraus, clubes de leitura, formando professores e mediadores de leitura, abrindo as universidades para todos, capacitar cada vez mais os professores. Além, claro, e talvez em primeiro lugar, jamais esquecer que o jovem está disponível para aprender - é só o professor acreditar, acolher e fazer a diferença. Eu sinceramente acredito nisso. 

O que tem lido ultimamente?

Como acabei de finalizar meu pós-doutorado pelo Instituto de Psicologia da USP, fiquei dois anos mergulhada nas leituras mais próximas às áreas da psicanálise e da filosofia da linguagem, além da releitura de boa parte da obra de Clarice. Mas estou retomando aos poucos as leituras de autores que amo, como Drummond, Guimarães, Hilda Hilst e outros autores mais contemporâneos, que tenho descoberto por meio de novas temáticas de pesquisa, inclusive. Olha aí como a pesquisa sempre vai abrindo campos de relação! Tenho lido alguns textos da escritora portuguesa Grada Kilomba e do nosso indispensável antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. Além daquilo que for aparecendo pelo afeto e pela curiosidade. 

Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.

Vou te devolver com outra pergunta – talvez seja mais uma sugestão para quem nos estiver lendo. Que tal fazer um café, um chá, convidar os amigos e compartilhar leituras? É um exercício de troca maravilhoso! Obrigada pela entrevista. Abraços pra todos.

Link para o livro: http://benjamineditorial.com.br/umaideia.html 


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). 

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domingo, 28 de agosto de 2022

Confira a lista dos autores selecionados da antologia O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR


Confira a lista dos autores selecionados da antologia O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR:

01 - Mauro Kwitko - "De calção e chinelo"; "Viver pra dentro" e "Os cavernosos"
02 - Rosa Prasser - O menino é a matemática
03 - Sellma Luanny - "Clarice"; "Dentro do meu pensamento" e "Eu, Tu, Ela" 

PARABÉNS aos autores selecionados.

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OBS.: para conhecer e participar de outras de nossas antologias: clique aqui.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Participe da antologia (e-book) O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR


PARTICIPE DA ANTOLOGIA (E-BOOK): O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR

POR FAVOR, LEIA TODO O EDITAL

REGRAS PARA PARTICIPAÇÃO NA ANTOLOGIA DIGITAL 
O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR:

1 - Escreva um poema inspirado na autora Clarice Lispector ou inspirado em seus poemas (tema livre). Aceitaremos até 3 poemas por autor. Caso sejam aprovados, os 3 textos serão publicados.

2 - SOBRE O POEMA: até 4 páginas cada poema, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título. Espaçamento 1,5.
     
3 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).

4 - O poema não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.

5 - Idade mínima do autor para participação na antologia: 18 anos completos.

6 - Envie o poema pré-revisado. Leia e releia antes de enviá-lo.

7 - Data para envio do poema: do dia 21/07/22 até 24/08/22.

8 - Veja ficha de inscrição no final desse texto. Leia, copie as informações e preencha. Envie as informações da ficha + poema(s) para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR

CUSTO PARA O AUTOR:

R$ 60,00 para 01 texto aprovado. Caso o autor envie 2 poemas e tenha os dois (02) selecionados, o valor será R$ 100,00 (terá R$ 20,00 de desconto). Caso o autor envie 3 poemas e tenha os três (03) selecionados, o valor será R$ 150,00 (terá R$ 30,00 de desconto). As informações para depósito serão informadas ao autor no e-mail que enviaremos caso o poema seja aprovado.
O valor servirá para cobrir os custos de leitura crítica, diagramação e divulgação da obra.

A antologia será digital (e-book) e gratuita para os leitores baixarem através de download, ela não será vendida. A antologia será amplamente divulgada nas redes sociais da Revista Conexão Literatura: Fanpage, Instagram e Grupos do Facebook, que somam mais de 260 mil seguidores.

O resultado será divulgado no site www.revistaconexaoliteratura.com.br e na fanpage www.facebook.com/conexaoliteratura, até o dia 25/08/22.

OBS: Enviaremos certificado digital de participação para os autores selecionados.


NOSSOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:

A) - Criatividade;

B) - Textos preconceituosos, homofóbicos, pornográficos, racistas ou que usem palavras de baixo calão, serão desconsiderados;

C) - Seguir todas as regras para participação.

OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: CLIQUE AQUI.


FICHA DE INSCRIÇÃO DO AUTOR(A)

Nome completo do autor(a). Não escreva em letra maiúscula:

Seu Pseudônimo (caso use), para publicação na antologia:

Idade:

Nacionalidade:

Título do poema (Não escreva em letra maiúscula):

E-mail 1:
E-mail 2 (caso tenha):

Biografia em terceira pessoa (escreva sobre você num máximo de 7 linhas. Não escreva em letra maiúscula):


IMPORTANTE: Envie todas essas informações da ficha de inscrição para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR

O envio da ficha de inscrição + poema(s) para o e-mail indicado significa que o autor(a) leu todas as informações e regras dessa página para participação na antologia.

Não fique fora dessa. O concurso cultural será amplamente divulgado nas redes sociais.

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OBS.: para conhecer e participar de outras de nossas antologias: clique aqui.



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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Participe da antologia (e-book) O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR

 


Participe da antologia (e-book) O UNIVERSO DE CLARICE LISPECTOR. Leia o editalCLIQUE AQUI.

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Escritora Arleandra Ricardo recebe Troféu Literatura Clarice Lispector 2021


A professora universitária, historiadora e escritora pernambucana Arleandra de Lima Ricardo recebe pela segunda vez o Troféu Literatura Clarice Lispector em 2021 como coautora na modalidade melhor Coletânea, "Pernambuco na Mira do Golpe "As cassações dos direitos trabalhistas em Pernambuco em 1964: estudo de caso de pessoas comuns atingidas pelo 1o Ato Institucional na região de Jaboatão dos Guararapes", publicado pela Editora Fi em 2021. A premiação será entregue em evento no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. O trabalho multidisciplinar, tem coordenação de Marcília Gama e Thiago Nunes, sendo uma grande contribuição historiográfica para compreensão do impacto causado pela Ditadura Militar em Pernambuco. Interessados podem conhecer o trabalho através do site https://www.editorafi.org/059golpe

Sua primeira premiação foi no ano de 2018, quando Arleandra ganhou o Troféu Literatura Clarice Lispector de melhor livro de pesquisa "O cotidiano repressor dos agentes da DOPS de Pernambuco (1931-1956)" publicado pela CRV, baseado em sua tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A profissional, que ainda participa do Centro de Estudos Históricos da América Latina (CEHAL) desde 2007, busca trazer para o público fatos históricos que buscam abranger o conhecimento sobre a América Latina, Brasil e Caribe. Suas pesquisas são fundamentadas através do acervo da Polícia Política de Pernambuco, disponíveis no Arquivo Público Jordão Emerenciano, disponível em https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/33058-crv,

O Troféu Literatura Clarice Lispector, criado no ano de 2016, pela jornalista e também escritora Jô Ramos, busca promover e valorizar o autor nacional, além de dar visibilidade aos escritores, pesquisadores, jornalistas, entre outros profissionais que desejam ingressar como autores em suas carreiras. O prêmio é dividido por categorias, e uma comissão composta por especialistas julgam os melhores trabalhos inscritos. Esse prêmio traz grandes perspectivas para lançar novos autores no mercado fechado de grandes corporações.

Jô Ramos também realiza salões internacionais de livros, proporcionando a oportunidade para que autores possam publicar em diversos países como Portugal, França e EUA. Foi em um Salão do Livro que Arleandra conheceu o trabalho de Jô Ramos e lançou seu livro em 2018 em Lisboa - Portugal e em NY- EUA junto com autores brasileiros, portugueses e americanos, essa iniciativa apresenta ao mercado internacional as publicações brasileiras e atualiza o segmento publicitário de livros com lançamento de novos autores, destaca Jô Ramos.

Arleandra foi Coordenadora da Câmara Jovem de Timóteo em 2012, tendo trabalhado o conceito de política com jovens do 6 ano ao 3 terceiro do colegial, em 9 escolas, incentivando os futuros eleitores a participarem como candidatos e eleitores, uma experiência que envolveu cerca de 4 mil alunos. A profissional coleciona um extenso currículo, tendo participado de mesas redondas na Pontifícia Universidade de São Paulo PUC/SP, na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, onde divulgou suas pesquisas nos encontros da Associação Nacional dos Professores de História, além de participar de workshop em Harvard. Arleandra conta que essas atividades de divulgação do espaço acadêmico se fazem necessárias, por serem ótimas oportunidades para o público em geral ter contato com o que se produz nas universidades.

Segundo Arleandra, é importante que a população tenha contato com o que se produz nas universidades, e incentiva também que professores, pesquisadores e pessoas das mais diversas áreas dos saberes possam transmitir seu conhecimento divulgando ou lançando livros. Ela acredita na importância do incentivo à leitura, como transformação da sociedade, e se sente honrada com a premiação do troféu. 

"Amei participar desta premiação e espero poder contribuir ainda mais para o universo literário", comenta. 

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Brasileiro radicado na Inglaterra lança livro no interior de São Paulo


Rodrigo Pietro Valentim Moreira, natural da cidade de Garça,  no estado de São Paulo,  mora há  anos na Inglaterra,  e está no Brasil para lançar seu primeiro livro de contos intitulado "Peripécias Peripatéticas".  

O autor teve a maior parte dos insights para os contos durante as viagens de trem que faz cotidianamente na Inglaterra.  E fez questão de manter os textos o mais próximos possíveis da ideia original de cada um deles, respeitando inclusive a língua que pensou cada história.  O resultado é um livro com a maioria dos contos em português e outros em inglês.  

 

Pré-lançamento com parte da renda arrecadada doada para creche  

O autor realiza o pré-lançamento do livro no domingo, 16 de janeiro,  das 20h30 às 22 horas, na cidade de Álvaro de Carvalho,  no Salão Pastoral Eugênio Ceroni. E parte da renda será doada para Creche Nazaré.  O evento contará também com apresentação do Coral Santa Cecília.   

Pietro Valentim declara: "Acredito que cada um de nós pode contribuir para a diminuição dos problemas sociais, cada ação conta, por isso, parte da venda dos livros que vender - dos que estão para comercialização direta comigo - será doada para a creche Nazaré,  que conheço o bom trabalho de assistência que realiza". 

 

Lançamento em Garça  

E no dia 27 de janeiro o autor lança o livro "Peripécias Peripatéticas", em Garça,  sua cidade natal. O evento acontece na Biblioteca Municipal de Garça Dr. Rafael Paes de Barros,  das 18h30 às 20h30.   

Pietro Valentim destaca:"Estou feliz em poder lançar meu primeiro livro na cidade em que nasci, na Biblioteca Municipal,  com meu livro no espaço reservado para autores de Garça" e completa: "podemos morar em qualquer lugar do mundo,  mas a cidade que nascemos faz parte de nossas memórias afetivas e poder retornar a cidade - em um momento de pandemia - para lançar meu livro é muito importante para mim". 

 

Peripécias Peripatéticas  

O tempo, o relógio,  o movimento,  o trem, as frases curtas, os pequenos detalhes,  o tempo verbal passado, a memória e a mistura de narradores estão presentes e muitas vezes interligados entre um conto e outro.   

A presença da mãe,  de memórias da infância, a crise existencial, a relação entre Deus e o diabo, o pecado e o sagrado, o amor e o ódio, enfim alguns dos temas universais estão presentes e levam o leitor a se identificar com os fatos narrados.  

"Os textos são escritos e deixados, na maioria das vezes, em sua forma orgânica,  para permanecerem o mais fiéis possível à primeira ideia. Como autor, creio que esse processo tende a dar mais autenticidade à obra. Assim, parafraseando Clarice Lispector, 'toca ou não toca'."

 

Sobre Rodrigo Pietro Valentim Moreira  

Nascido em Garça,  SP, é formado em Tradução pela Universidade do Sagrado Coração em Bauru, pós-graduado em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero,  em São Paulo.   

Cursou o último ano da High School nos EUA,  morou na Itália e atualmente mora na Inglaterra e  trabalha em uma multinacional francesa. Já são 16 anos morando fora do Brasil.   

As artes plásticas são uma de suas paixões - inclusive a capa e o projeto gráfico do livro foram inspirados em uma de suas obras.  

Escrever, para ele, é não deixar a conexão com seu país e a sua língua morrerem, mesmo que no momento ela se funda e se confunda com outra dentro do cérebro.   

"Deixar a língua portuguesa acesa dentro de mim é crucial para a preservação da minha identidade como brasileiro", finaliza Pietro.   


Peripécias Peripatéticas 

Rodrigo Pietro Valentim Moreira 

ISBN 978-65-86952-11-7

1ª edição 

São Paulo/Salvador

Editora Kazuá Estúdio 

Páginas: 228 

Preço: R$ 62,00

 

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sábado, 20 de março de 2021

7 citações impactantes de Clarice Lispector

Clarice Lispector - Foto divulgação
Clarice Lispector (1920 — 1977), foi uma jornalista e escritora ucraniana naturalizada brasileira. Considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas.

1 - "Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Clarice Lispector

2 - "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."
Clarice Lispector

3 - "Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
Clarice Lispector

4 - "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."
Clarice Lispector

5 - "A palavra é meu domínio sobre o mundo."
Clarice Lispector

6 - "Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."
Clarice Lispector

7 - "Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."
Clarice Lispector
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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

ENTREVISTA: Thiago Cavalcante Jeronimo e o livro Clarice Lispector apesar de: romance de formação e recursos discursivos, por Cida Simka e Sérgio Simka

Thiago Cavalcante Jeronimo - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Sou bacharel e licenciado em Letras pela Centro Universitário Sant’Anna. Mestre e doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Meu doutorado foi realizado no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior, com bolsa CAPES, como parte da investigação realizada na Universidade do Minho, Portugal. Pesquiso a obra de Clarice Lispector desde 2008, quando iniciei minha graduação, sendo que minha tese de doutorado ampliou-se com análises direcionadas à produção de Elisa Lispector, ficcionista talentosa, mas, infelizmente, posta à sombra diante da potência revolucionária da ficção de sua irmã Clarice.

Fale-nos sobre o seu livro, que é fruto de sua dissertação de mestrado defendida na Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

Minha dissertação, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 2016, foi nomeada Figurações do romance de formação e recursos discursivos em Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Escolhi estudar o sexto romance de Clarice Lispector, lançado em 1969, porque senti a necessidade de evidenciar as qualidades desse texto dentro do conjunto ficcional de sua autora. Enxergo nO livro dos prazeres um diálogo pulsante entre as produções anteriores de Clarice, bem como uma antecipação do que a autora trataria nos seus últimos escritos. Nesse veio, minha leitura de Uma aprendizagem vai de encontro, se choca, a posicionamentos críticos que consideram este livro como “malogrado” e “falhado”. Minha investigação, contemplada com distinção e louvor, foi eleita pela UPM como a melhor dissertação do Programa no período de 2016 a 2018. Participei, em 2018, do prêmio ANPOLL de Teses e Dissertações (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística), tendo ficado entre os finalistas desse importante prêmio nacional. Diante desses reconhecimentos, a publicação do livro Clarice Lispector apesar de, fruto desse trabalho, se efetivou em maio de 2020, e o lançamento foi concretizado em novembro passado.

Qual a sua pesquisa de doutorado?

Pesquisei no meu doutoramento as obras de Elisa Lispector e de Clarice Lispector. O título da tese, no meu entender, sintetiza bem a investigação: Judaísmo e Cristianismo em Elisa Lispector e em Clarice Lispector: testemunho e vestígio. Percebo na obra de Elisa uma inclinação favorável ao judaísmo. A primeira Lispector cultua e celebra a crença de seus antepassdos em sua vida pessoal e em sua escrituração. A obra de Elisa – sete romances, três livros de contos, e um livro de memórias – é testemunho vivo da tradição, religião e cultura judaica, além de ser registro histórico-ficcional do deslocamento dos judeus da Europa antissemita para o continente americano (1917-1920). Ainda hoje, muitos críticos consideram Samuel Rawet como o primeiro a confiar ficcionalidade aos problemas enfrentados pelos imigrantes judeus em direção ao Brasil (e no Brasil), mas, o seu livro, Contos do imigrante, é de 1956. Elisa o antecipa porque seu romance autobiográfico, No exílio, foi lançado oito anos antes, em 1948. Contudo, o primeiro escritor que tratou desses temas foi Marcos Iolovitch, em 1940, no livro Numa clara manhã de abril. Em via oposta ao de sua irmã, Clarice Lispector não se filia ao judaísmo em sua vida pessoal e em suas produções ficcionais. Enquanto Elisa hasteia a bandeira judaica, Clarice silencia essa temática. Benjamin Moser, na sua problemática biografia (Clarice, Cosac Naify, 2010), enxerga na vida e na obra de Clarice um impulso essencialmente espiritual – filiado ao judaísmo –  que anima a produção da autora. Minha investigação rebate esse posicionamento do biógrafo norte-americano. O que sustenta a obra de Clarice, a meu ver, é a própria linguagem: selvagem/indomesticada a normas textuais e religiosas. Na expressão alcunhada por Benedito Nunes (1995), a obra clariciana marca-se e diferencia-se por sua “desescritura”. Clarice “desleu” as tradições de gêneros literários, inclusive a tradição judaica de seus antepassados. 

Por que ler Clarice Lispector?

Clarice Lispector é considerada a escritora maior da nossa literatura. Sua vasta e impactante produção a colocou como uma das maiores escritoras do século XX. Seu livro A paixão segundo G. H. (1964) é destacado por muitos especialistas – nacionais e internacionais –  como um dos textos maiores da literatura do século passado. Tamanha é a pujança  que a obra de Clarice desperta e sucista. Creio que o reconhecimento de sua obra, ampliado nas últimas décadas, deve-se, dentre outras considerações, pelo fato de que as personagens claricianas, a exemplo de G. H.,  anseiam enfrentar as adversidades a elas impostas, visando a uma liberdade para além do que foi determinado e limitado. No atual momento de pandemia que atravessamos, a ficção de Clarice é passaporte para refletirmos acerca de ser e estar no mundo.

Quais os seus próximos projetos?

O ano de 2020, embora conturbado, considerando a intensa problemática da Covid-19, foi frutífero para mim. Lancei o livro Clarice Lispector apesar de: romance de formação e recusrsos discursivos (ed. Todas as musas), no dia 5 de novembro de 2020. No mesmo mês, dia 23, defendi a tese de doutorado acerca das obras de Elisa e de Clarice (fui orientado pela profa. Dra. Aurora Gedra Ruiz Alvarez e coorientado pelo prof. Dr. Carlos Mendes de Sousa). No dia 23, um dia antes do início das festas natalinas, falei acerca do judaísmo na obra das duas ficcionistas no Centro Cultural do Brasil, em Tel Aviv (Israel). No âmbito do centenário de nascimento de Clarice, comemorado no dia 10 de dezembro, tive dois ensaios publicados: o primeiro, na revista Cerrados, da UnB, no qual assinei um artigo com Luciana Luciani acerca das novas edições das capas e obras de Clarice – ladeadas com sua  produção pictórica (Clarice pintou 22 telas!); pela Universidade de São Paulo, assino um  capítulo no livro Clarice Lispector: os mistérios da estrela, no qual discorro acerca da conturbada produção de Benjamin Moser. Há alguns projetos para o ano de 2021: analisar as biografias de Clarice Lispector e o diálogo que a autora nutriu com a cultura portuguesa.

Link para o livro: https://www.todasasmusas.com.br/livro_clarice.html


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020) e Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Membro do conselho editorial da Editora Pumpkin e colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro infantojuvenil se intitula Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021). 

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Com lançamento de Clarice Lispector - Formas da Alegria, de Luiz Lopes, a Quixote+DO, de Belo Horizonte, celebra o centenário da autora com uma visão original de sua obra


No dia 17 de dezembro, tem lançamento virtual com live do autor e convidadas no canal do YouTube Quixote Do Editoras Associadas, a partir das 19 horas

A Quixote+DO celebra o centenário de Clarice Lispector neste 2020 com uma nova abordagem sobre a escritora - conhecida por uma obra profunda e de personalidade um tanto enigmática. Agora, o professor e pesquisador Luiz Lopes rompe com a tradição de leituras da obra de Clarice, centrada no seu lado mais sombrio, e lança Clarice Lispector - Formas da Alegria. “Sim, alegria. Eis um dado que marca a originalidade dessa leitura”, atesta a escritora Nádia Battella Gotlib, uma das maiores especialistas na obra de Clarice Lispector. O lançamento acontece no dia 17 de dezembro, em encontro virtual com autor no canal do Youtube da editora: Quixote Do Editoras Associadas. A live será a partir das 19 horas.


O autor Luiz Lopes alinhava um perfil singular da autora, um fenômeno da literatura, neste livro que é o resultado da tese de doutorado defendida em 2013, na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG , na área de Literatura Comparada. Ele é Doutor em Letras/Literatura Comparada pela UFMG, professor de Língua Portuguesa, Literatura e Cultura do Departamento de Linguagem e Tecnologia do CEFET-MG, do curso de Letras e do programa de Pós-graduação em Linguagens da mesma instituição. 


“A crítica literária ressaltou o lado sombrio e melancólico da escrita de Clarice Lispector e a escolha que fiz foi discorrer sobre a alegria difícil que existe também em seus textos. Essa leitura permitia ler a obra de Clarice não por meio de pares binários, mas mostrando como há na escritora um lado solar que convive com o lado sombrio”, diz o autor. De acordo com Luiz Lopes, também existe uma tradição de leituras que comparam Clarice com vários filósofos, mas faltava um estudo mais abrangente que relacionasse Clarice Lispector e Nietzsche, ressaltando o lado imanente da escritora ou uma fidelidade ao terreno. 


Feminista, filosófica, política, ética e poética: Clarice é tudo isso numa só. “Clarice Lispector é uma daquelas escritoras que permite muitas entradas de leitura”, ressalta Lopes. O mais importante é não querer definir sua obra, mas entrar nesse labirinto que talvez não tenha saída. 



Luiz Lopes se debruçou por quatro anos em pesquisas, dos quais dois foram dedicados à escrita do texto que revisitado se transforma em livro. Esta espécie de “exploração” pela obra de Lispector foi feita a partir de leituras centradas na filosofia trágica de Nietzsche e, claro, na literatura de Clarice.  Um processo que demandou muitas leituras que transitavam entre os campos da Literatura e da Filosofia.


Clarice e novos leitores


Sobre a popularidade de Clarice Lispector, que ganhou arroubo até mesmo nas redes sociais, como todo grande artista, escritor, filósofo, a escritora possui algo de muito popular, algo direto que pode tocar as pessoas. “E há nela também algo selvagem, mais difícil de ser atingido. Ainda que haja muitas deturpações, acho interessante essa popularização que acontece nas redes”, reflete o autor. Essa popularização mostra como Clarice era múltipla e como seria difícil dizer que há apenas um lado em Clarice: “ela era popular, sem perder seu lado selvagem”.


Clarice Lispector será, sem dúvida, um dos nomes da Literatura do século 20 que atravessará o século 21 com interesse renovado, avalia Lopes. Por isso, seus textos vão conquistar novos e jovens leitores. O autor conta, inclusive, que iniciou suas leituras dos textos de Lispector quando ainda era uma adolescente de 15 anos. “Foi nessa fase que me identifiquei com aquele universo ficcional e nesse sentido sei a importância que Clarice terá para os jovens que estão agora precisando da palavra que pode salvar uma vida”, conta.  “Clarice me salvou da tristeza de não pertencer. Todo jovem passa por esse desafio de se sentir fora de casa, sem pertencer, e a literatura de Clarice é um elogio ao não-pertencimento, ou, dito de outro modo, ao pertencimento tênue, à experiência muito abrangente do exílio”, afirma.


Luiz Lopes ressalta que a escritora poderá continuar a ensinar que não há nenhum problema em pertencemos de forma frágil aos nossos corpos, países e línguas. “O mundo nos pertence de modo tênue, e isso, essa noção de que tudo é movente, pode ser como quer a filosofia de Nietzsche e a literatura de Clarice, uma forma de alegria”, conclui.


Serviço:

Lançamento:  Clarice Lispector - Formas da Alegria, de Luiz Lopes. 

Live: 17 de dezembro, no canal do YouTube Quixote Do Editoras Associadas

Hora: 19 horas

Disponível no site da editora www. quixote-do.com.br.

Preço: 59,90

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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Ficção e autobiografia na obra de Clarice Lispector

Nadia Batella - Foto divulgação

Temas como este serão abordados na primeira live do II Circuito Cultural Digital de Pernambuco, realização Cepe

Para abrir a primeira live da segunda etapa do Circuito Cultural Digital de Pernambuco, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) convidou a ensaísta e livre docente da Universidade de São Paulo Nádia Battella Gotlib. Clarice Lispector: nos bastidores da pesquisa é tema do bate-papo que será nesta quarta-feira, dia 7, às 17h. Este ano comemora-se o centenário de nascimento de Clarice, cujo nome é considerado um dos mais importantes da literatura brasileira. A mediação será da jornalista Gianni Paula de Melo.

O Circuito Cultural de Pernambuco é uma iniciativa da Cepe com curadoria da Fundação Gilberto Freyre, e este ano acontece no ambiente digital. Toda a programação será ancorada no portal (www.circuitoculturalpernambuco.com.br) e nas redes sociais do circuito. Esta segunda etapa acontecerá no período de 7 a 11 de outubro.

Nádia Battella publicou 11 livros, dos quais dois foram sobre a obra da jornalista e escritora nascida na Ucrânia, mas naturalizada brasileira: Clarice, uma vida que se conta e Clarice Fotobiografia. Durante a live, a ensaísta falará sobre as relações entre ficção e autobiografia. A estudiosa também destacará a importância da variedade dos gêneros narrativos a que Clarice se dedicou.

A pesquisadora conta que lê a escritora desde a adolescência. Entretanto, iniciou profissionalmente os estudos sobre sua obra no início dos anos 1980,  quando começou a dar cursos de pós-graduação em literatura brasileira na USP, especificamente sobre a obra de Lispector.   

Como tantos outros escritores, a escritora brasileira encontrou dificuldades para publicar seus livros, mas de acordo com Nádia venceu todas essas dificuldades, inclusive para publicar no exterior. "A divulgação de Clarice no exterior não é coisa de agora, como a imprensa costuma divulgar. Vem de longe. O número de traduções e edições foi aumentando gradativamente desde a década de 1950, quando foram publicados dois contos em revistas dos Estados Unidos e um romance, Perto do coração selvagem, em francês. Até 2010 foram traduzidos e editados 180 livros  de Clarice no exterior e em 20 países. Não é pouco!", salienta.

O Circuito Cultural Digital de Pernambuco conta com o apoio das secretarias estaduais de Educação, Cultura e Fundarpe. As próximas etapas acontecerão em novembro (12 a 15) e dezembro (09 a 13) com novas programações e participantes.

Veja abaixo a programação desta segunda etapa:

Dia 07.10, quarta-feira 

16h30 – Abertura Oficial do Circuito.

17h – Live: Clarice Lispector: nos bastidores da pesquisa. Participação da escritora Nádia Battella Gotlib e mediação da jornalista Gianni Paula de Melo.

Dia 08.10, quinta-feira

8h30 – Ler, muito prazer!
Exibição de vídeos de experiências de leitura de crianças na primeira e segunda infância.

9h – Senta, que lá vem história!
Contação da história do livro A menina que engoliu um céu estrelado (Cepe), de Gael Rodrigues, com o Tapete Voador.

9h40 – Dinâmica das letras
Recriação de histórias infantis com o Tapete Voador.

10h – Oficina
Os Bichos, à Moda de Clarice. Oficina de estampa com Emerson Pontes.

11h – Bate-papo
Aspectos positivos de uma educação bilíngue. Participação das pesquisadoras Selma Moura e Rita Ladeia e mediação da pedagoga Roseanne Rego Barros.

12h - Prazer de Ler
Exibição de vídeos de experiências de leitura de jovens e adultos.

13h – Videocast
Memória em cena: Balé Popular do Recife (Direção de Christianne Galdino, 2017)

14h – Oficina Teatro para Crianças
Produção de Teatro de bonecos com Dani Travassos.

15h – Bate-papo
Em torno das releituras da obra O Pequeno Príncipe. Participação de Josué Limeira, autor do livro O pequeno príncipe em cordel, e de Rodrigo França, autor do livro O pequeno príncipe preto.

16h – Por dentro do livro
À francesa: a belle époque do comer e do beber no Recife, com o autor Frederico de Oliveira Toscano e medicação do jornalista Edi Souza.

17h – Live: Percursos e percalços de uma trajetória literária. Participação de Julián Fuks e mediação do jornalista Fellipe Torres.

18h – Contação de história
Contação da história do livro A menina que engoliu um céu estrelado (Cepe), de Gael Rodrigues, com o Tapete Voador.

18h45 – Dinâmica das letras
Recriação de histórias com o Tapete Voador.

19h – Lançamento
Cruz de carne (Cepe), autoria de Valença Leal. Participação da filha do autor, Gerusa Leal, do organizador na nova edição, Homero Fonseca, com mediação do editor Diogo Guedes.

20h – Sarau
Sarau musical Sobrado 47 com Juliano Holanda e Lucas Torres.

Dia 09.10, sexta-feira

8h30 – Ler, muito prazer!
Exibição de vídeos de experiências de leitura de crianças na primeira e segunda infância.

9h – Senta, que lá vem história!
Contação da história do livro A coisa brutamontes (Cepe), de Renata Penzani, com Érica Montenegro.

9h45 – Dinâmica das letras
Uma conversa sobre poesia com Érica Montenegro.

10h – Oficina
Oficina de Literatura de Cordel para Crianças com Mari Bigio.

11h – Bate-papo
Panorama do mercado livreiro no Brasil. Participação de Vitor Tavares (presidente da Câmara Brasileira do Livro) e de Ednilson Xavier (consultor literário e ex-presidente da Associação Nacional de Livrarias).

12h – Prazer de Ler
Exibição de vídeos de experiências de leitura de jovens e adultos.

13h – Videocast Cultural
D-20 Vermelha (Direção de Djaelton Quirino, 2019).

14h – Oficina Teatro para Crianças
Produção de Teatro de sombras com Dani Travassos.

15h – Bate-papo
Livro testemunho: história de refugiados no Brasil. Participação das jornalistas e escritoras Aryane Cararo e Duda Porto de Souza (autoras do livro Valentes: histórias de pessoas refugiadas no Brasil) com mediação da jornalista Valentine Harold.

16h – Por dentro do livro
Osman e Hermilo: correspondências, com Anco Márcio Tenório Vieira e Wellington de Melo.

17h – Palestra
Jovens e a Leitura: crush ou relacionamento sério? Participação de Thalita Rebouças e apresentação de Luiza Maia.

18h – Contação de história
Contação da história do livro A coisa brutamontes (Cepe), de Renata Penzani, com Érica Montenegro.

18h45 – Dinâmica das letras
Criação de poesias com Érica Montenegro.

19h – Lançamento
Um espião silenciado (Cepe), de Raphael Alberti. Conversa entre o autor e o jornalista Vandeck Santiago.

20h – Sarau
Sarau musical Vozes da Mata Sul, com Anaíra Mahin, Rildo de Deus e Dennis Anderson.

10.10, sábado

8h – Oficina
Os Bichos, à Moda de Clarice. Oficina de estampa com Emerson Pontes.

9h – Senta, que lá vem história!
Leitura da história do livro Curupira (Além da Lenda) com Joanah Flor.

10h – Apresentação cultural
GranD Circo das Maravilhas com a Cia Maravilhas.

11h – Bate-papo
Por um Brasil de leitores. Participação de Ana Albuquerque (Empreender Ler) e  mediação de Hélio Monteiro.

12h – Lançamentos
Cruz de carne (Cepe), de Valença Leal. Conversa com a filha do autor, Gerusa Leal,  o organizador na nova edição, Homero Fonseca, e mediação do editor Diogo Guedes.

14h - Por dentro do livro
À francesa: a belle époque do comer e do beber no Recife, com o autor Frederico de Oliveira Toscano e o jornalista Edi Souza.

15h – Bate-papo
Jogos como veículos narrativos: do role-playing de mesa aos games. Participação de Jacques Barcia e mediação de Renato Mota.

16h – Show
Tio Bruninho

17h – Contação de história
Leitura da história do livro Curupira (Além da Lenda) com Joanah Flor.

18h – Cineminha
Pedrinho e a chuteira da sorte (Alisson Ricardo e Marcos França, 2018).

19h – Sarau
Sarau musical Sobrado 47 com Juliano Holanda e Lucas Torres.
 
11.10, domingo

8h – Oficina
Oficina de literatura de cordel com Mariane Bigio.

9h – Senta, que lá vem história!
Leitura da história do livro Mula-sem-cabeça (Além da Lenda) com Joanah Flor.

10h – Apresentação cultural
O Matuto, com Rapha Santacruz

11h – Bate-papo
A representatividade da mulher na literatura de cordel. Participação de Jarid Arraes e Paola Tôrres e mediação de Érica Montenegro.

12h – Lançamento
Um espião silenciado (Cepe), de Raphael Alberti. Conversa entre o autor e o jornalista Vandeck Santiago

14h - Por dentro do livro
Osman e Hermilo: correspondências, com Anco Márcio Tenório de Oliveira e Wellington de Melo.

15h – Bate-papo
O crescimento do podcast enquanto plataforma e possibilidades de negócios. Com a participação de Cecília Almeida e Guilherme Gatis e mediação de Renato Mota.

16h – Show Infantil
De conto a canto com Luciano Pontes e Samuel Lira, da Cia Meias Palavras.

17h – Contação de história
Leitura da história do livro Mula-sem-cabeça (Além da Lenda) com Joanah Flor.

18h – Cineminha
Vivi Lobo e o quarto mágico (Isabelle Santos e Edu MZ Camargo/2019)

19h – Sarau
Sarau musical Vozes da Mata Sul, com Anaíra Mahin, Rildo de Deus e Dennis Anderson.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Rocco lança “Todas as cartas”, de Clarice Lispector

 


Dos lançamentos mais aguardados de 2020, o livro traz quase 300 correspondências escritas por Clarice que ajudam a compreender o itinerário literário da escritora e o seu universo  

Em setembro, a Editora Rocco lança o livro “Todas as cartas”, que reúne correspondências escritas por Clarice Lispector ao longo de sua vida. A seleção de cartas, das quais cerca de meia centena é inédita para o público, configura um acervo fundamental para compreender a trajetória literária da escritora.

 

                Ponto alto de “Todas as cartas”, o conjunto de correspondências inéditas endereçadas aos amigos escritores tem entre os destinatários João Cabral de Melo Neto, Rubem Braga, Lêdo Ivo, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Nélida Piñon, Lygia Fagundes Telles, Natércia Freire e Mário de Andrade.  As correspondências foram organizadas por décadas – dos anos 1940 a 1970 – e contam com 510 notas da biógrafa Teresa Montero, que contextualizam o material no tempo, no espaço e nas inúmeras citações a personalidades e referências culturais.

 

“Temos a oportunidade de acompanhar quatro décadas do itinerário da escritora cuja rara sensibilidade fala aos seus destinatários sobre diversos ângulos da vida. As angústias que acompanharam a penosa formação de uma jovem que abraça o destino de ser uma escritora. A de ser mulher em um tempo no qual os caminhos do universo feminino eram extremamente áridos: a Academia Brasileira de Letras, por exemplo, ainda não ousava mudar seus estatutos para permitir o ingresso das mulheres. Clarice mostra-se sempre sensível e aberta para respeitar aquilo que nos é mais caro: a nossa essência”, escreve Teresa no prefácio da publicação. E questiona: “Todas as cartas é um caminho para renovar nosso afeto com o mundo através de Clarice Lispector. O que Clarice diria sobre o que estamos vivendo em 2020?”.

 

                O editor da obra de Clarice Lispector na Rocco e autor do posfácio de “Todas as cartas”, Pedro Karp Vasquez, explica que tudo foi mantido tal como ela escreveu. “Clarice tinha um estilo único e peculiar, que não se curvava aos ditames gramaticais e obedecia ao que ela designava de sua ‘respiração’, que ela sempre solicitava que fosse respeitada pelos revisores dos jornais ou pelos editores de seus livros”, conta. “Se a correspondência de Clarice é avara em termos de confidências e confissões, é riquíssima no que diz respeito ao processo de escrita e sobre as reais motivações que nortearam a produção de sua obra literária. Nesse sentido é uma fonte preciosa e incontornável para os estudiosos assim como um manancial de boas surpresas para os leitores em geral, já que suas cartas fornecem múltiplas chaves para a compreensão de seus escritos”, conclui.

 

                Com grande material inédito, o volume resultou de longa pesquisa realizada pela jornalista Larissa Vaz, sob orientação de biógrafos e da família, para trazer uma visão integral de Clarice. A publicação da correspondência de grandes escritores constitui-se um importante acontecimento literário, pois o autor não perde a inspiração, o lirismo e o humor ao escrever cartas, que chegam a ser tão fascinantes e criativas quanto seus próprios livros. 

 

Clarice viveu quase duas décadas no exterior e escreveu sempre neste período, para cultivar o afeto da família e dos amigos e para tratar da publicação dos seus livros. Apesar de afirmar que “não sabia escrever cartas”, suas correspondências são tão interessantes quanto seus romances, contos e crônicas.


                Em uma das cartas, enviada ao jovem escritor Augusto Ferraz – a quem Clarice ajudava-, ela fala sobre como se descobriu artista. “’Perto do coração (o 1º) selvagem’ foi escrito quando eu era por assim dizer uma adolescente. Tinha já passado a adolescência e eu estava espantada. Com o mundo mesmo e comigo mesma. A chamada ‘angústia existencial’ despertou em mim muito cedo. E muito cedo descobri a morte. Mas não se preocupe: estou muito mais apaziguada e, agora, habituada com o meu sempre inesperado modo de ser. E eu rezo muito. Nem peço favores: é mais um louvor a Deus. Acontece, que eu não sabia que era artista e sofria com a diferença entre mim e os outros”, escreveu.

                                

Para o livro, foram selecionadas cartas relevantes, com interesse literário ou biográfico, sendo excluídos missivas comerciais, bilhetes e recados de caráter efêmero. A editora manterá as futuras edições abertas à inclusão de textos que possam surgir a partir da publicação desta obra.


O lançamento de “Todas as cartas” faz parte da comemoração do centenário de Clarice Lispector em 10 de dezembro de 2020.

  

TODAS AS CARTAS – CLARICE LISPECTOR

 

Prefácio e notas: Teresa Montero

Posfácio: Pedro Karp Vasquez

Pesquisa textual e transcrição das cartas: Larissa Vaz

Gênero: literatura nacional; correspondência

Selo: Rocco

Formato: 14 x 21,5 cm

Nº de páginas: 864       

Preço: R$ 119,90 

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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Estação das Letras completa 25 anos com evento literário gratuito e reúne importantes escritores e profissionais nacionais do livro


O evento, com programação gratuita e transmissão virtual, acontece no sábado 26/9, das 10h às 19h, e inclui palestra de abertura de José Miguel Wisnik sobre “A trilogia de Clarice Lispector" e workshops dos escritores Luiz Antônio de Assis Brasil, Ítalo Moriconi, Valéria Martins, Raphael Montes, Marina Colasanti e Nuno Rau, além de Laura Grossmann e Ricardo Perez, ambos da Amazon.

Serão diversas salas on-line transmitindo sete encontros com até uma hora de duração pela plataforma Zoom; os temas, romance, conto, poesia, agenciamento literário, literatura infantojuvenil, autopublicação, varejo digital de livros e plataformas de lançamento de novos autores.

Haverá também lançamento da antologia “Viver de Escrever : Estação 25 anos”, com textos de alunos que passaram pela Casa na sua primeira década de vida. Eucanaã Ferraz e Antônio Cícero serão responsáveis por fechar a programação com um Concerto de Poesia. O encontro tem o apoio da Kindle Direct Publishing e as inscrições estão abertas pelo estacaodasletras.com.br/viverdeescrever.

CONTANDO A HISTÓRIA

A Estação das Letras foi criada em 1996 por Suzana Vargas, escritora, professora de literatura e uma das pioneiras em oficinas literárias, ao trabalhar na OLAC no início dos anos 80 com o professor Afrânio Coutinho. Após o lançamento do projeto Rodas de Leitura, que lotou plateias em centros culturais cariocas entre a década de 90 e 2005, Suzana teve o apoio de amigos/escritores para fundar a Estação, considerada polo irradiador do fazer literário em diversas dimensões - seja com programação de cursos e oficinas ou como produtora de muitos e importantes projetos culturais nacionais e internacionais.

Em 2017, a Estação, que sempre viveu exclusivamente de seus cursos e da vitória da resistência, transformou-se em Instituto Estação das Letras, uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos com o objetivo de continuar e para ampliar ainda suas ações em favor do livro e da leitura.

Mais de 30 mil alunos passaram pela Estação: 600 publicaram livros e 10% colecionam prêmios. Quatro mil professores foram capacitados por mentores como Ruy Castro, Marina Colasanti, Cleonice Berardinelli, Ferreira Gullar, Ana Maria Machado, Antônio Carlos Secchin, Frei Betto, Antônio Cícero, Gonçalo M. Tavares, entre outros e 40 mil pessoas participaram de sete mil eventos promovidos pela Estação das Letras e sua equipe nesses anos. Entre eles: as arenas jovens e os espaços da leitura FNDE, pelo Snel e MEC, respectivamente, em bienais do Rio de Janeiro e São Paulo; Mostra Sul da Poesia Latinoamericana do CCBB, no Rio, em São Paulo e Brasília, assim como as vanguardas literárias da mesma instituição; Leitura em Ação, pela Oi Futuro; Estação Pensamento & Arte, da Secretaria Muncipal de Cultura do Rio de Janeiro e Caravana de Escritores (Minc/CBL).

- Em sua trajetória, a Estação das Letras inaugurou a profissionalização dos escritores e profissionais da literatura com eventos remunerados numa época em que os escritores apenas recebiam flores por sua participação nos escassos eventos públicos de literatura a os quais eram chamados. No rol de eventos próprios (sem apoio) a Estação lançou desde 1996 as primeiras trocas de livros no país com o Livros na Mesa, programa de trocas de livros que permaneceu em cartaz até 2014, além dos cursos também pioneiros na área de mercado editorial com programas de formação para livreiros, gerenciamento de livrarias , cursos de editoração, copidesque e revisão. Foram muitos e inovadores os serviços prestados pelo espaço ao longo de décadas, comemora Suzana.

ESTAÇÃO HOJE

Com sedes nas ruas do Rosário, do Catete, e pela Almirante Tamandaré, nos  bairros Centro, Catete e Flamengo, a Estação fica hoje na Marquês de Abrantes, na Zona Sul. Após ¼ de século, a instituição abriu seus horizontes para as oficinas on-line, em virtude do distanciamento social. As aulas de gêneros e criação, leitura e mercado editorial estão ultrapassando as barreiras físicas.

- O IEL entrou era on-line. Perdemos oportunidade de estar mais próximos, mas esse momento facilitou o contato com o país e o mundo. Ao longo dos 25 anos fomos procurados por lugares do Brasil inteiro pedindo que “abríssemos” em diversas cidades. Mas como não sou exatamente uma empresária, ficava difícil. Hoje percebemos ampliação do público para além das fronteiras municipais e estaduais, inclusive internacional. Aumentamos a oferta de eventos de leitura e reforçamos serviços e propostas que ultrapassam os limites geográficos, diz.

 A Estação das Letras mantém ainda oficinas de formação em escrita e leitura, rodas de leitura para jovens de 7 a 24 anos de comunidades, além de disponibilizar serviços de avaliação de originais, mentoria, consultoria, curadoria e produção literária e uma grade de eventos mensais fixos: Sextas com Letras, Concertos de Poesia, Janelas Literárias e Recordar Infâncias.

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