João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Gerações, de John Byrne

 


Entre os vários trabalhos de John Byrne para a DC, um dos mais interessantes foi Gerações, publicado em 1999.

Gerações mostrava a evolução dos personagens Batman e Superman, os dois primeiros da DC com uma novidade: Byrne fazia os personagens envelhecerem (um ano para cada ano do mundo real). Além disso, ele mostrava os personagens como eles eram retratados naquele período – o que levou a críticas de aficionados por cronologias, mas é justamente um dos aspectos mais divertidos dessa minissérie.

Na primeira história, em 1939, o Superman é desenhado ao estilo de Joe Shuster, seu emblema é triangular e ele não voa, apenas pula. E Batman era chamado de Bat-man, tinha orelhas muito pontudas e uma capa que simulava as asas de um morcego. A razão disso é que era assim que esses personagens eram retratados nesse período.

Quando a história pula para 1959, Byrne simula o estilo amalucado da era de prata. Batman usa uma máscara praticamente sem orelhas de morcego, usa um girocóptero e enfrenta um galpão que ganhou vida, pés, mãos e rosto – e o vence cavalgando-o. Enquanto isso, Superman se transforma num monstro gigante e é salvo por Jimmy Olsen com um capacete mental. O capítulo é uma divertida homenagem à era de prata e aos enredos surreais do período.

Aliás, divertido é um ótimo adjetivo para essa mini. Mesmo depois, quando a história pula para 1999, uma época em que os quadrinhos se tornaram sombrios, o que vemos são sempre heróis sorridentes, sem muitos dramas de consciência ou dilemas. São heróis e ponto – algo que talvez falte ao gênero nos últimos tempos.

O sucesso foi tão grande que estimulou Byrne a fazer uma segunda série, Gerações 2, cobrindo alguns vácuos na história e introduzindo outros heróis da DC. A história de abertura, com Gavião Negro, Falcões Negros e outros heróis enfrentando nazistas é eletrizante. Além disso, é empolgante ver John Byrne desenhando diversos heróis da DC – embora aqui ele faça lápis e arte-final, o que deixa seu desenho menos detalhado.

Novamente o sucesso fez com que ele pensasse em uma continuação. Geração 3, no entanto, não foi uma boa ideia. Byrne já tinha usado todos os seus truques e preenchido todas as lacunas. Ele então resolveu fazer uma história grande – ao contrário das histórias curtas das séries anteriores – de invasão alienígena. Essa última não tinha o charme das outras e o roteiro era confuso.

Essa série sofreu nas edições brasileiras. Gerações 1 e 2 foram publicados pela Opera Graphica. Embora a impressão fosse boa, havia problemas de balonamento (em alguns momentos parecia que uma criança estava escrevendo o texto dos balões). Já Gerações 3 foi publicado pela Mythos, que botou um papel de qualidade ruim, uma impressão que deixava tudo muito escuro (o texto introdutório de Byrne é um bom exemplo desses problemas de impressão, sendo praticamente impossível de ler).

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sexta-feira, 7 de maio de 2021

Capitão América de John Byrne

 

No início da década de 1980, a Marvel resolveu trocar a equipe do título do Capitão América. Para desenhar chamaram uma estrela em ascensão na editora, John Byrne. Para escrever, colocaram o próprio editor do título Roger Stern, um estreante nos roteiros.

Essas histórias marcaram época e foram reunidas no volume sete da coleção Os heróis mais poderosos da Marvel.

A dupla começa desfazendo uma cagada de roteiristas anteriores, segundo os quais, na verdade o personagem era descendente de aristocratas, e não um garoto pobre de Nova York na época da recessão.

A primeira história é justamente o Capitão achando seu diário na Shield e descobrindo que a história da família aristocrata eram memórias falsas implantadas pelo governo norte-americano para proteger sua verdadeira identidade caso ele fosse aprisionado. Enquanto isso, Barão Strucker foge da prisão e invade a Shield com o objetivo de matar o sentinela da liberdade.

Posteriormente o Capitão enfrenta o Homem-dragão e Mecanus e depois impede que Mister Hyde destrua Nova York. Nesse meio tempo ainda encontra tempo para abdicar de ser candidato à presidência.

John Byrne parecia à vontade desenhando o Capitão, um personagem criado pelo seu ídolo, Jack Kirby (eu me pergunto porque a Marvel não deu o personagem para o Byrne quando ele já estava famoso). Roger Stern, no entanto, nem sempre se saía bem. Ele exagerava no texto, muitas vezes deixando pouco espaço para os desenhos. Sua caracterização do personagem, no entanto, era perfeita: justo, honrado, democrata, um verdadeiro exemplo a ser seguido. Stern também introduz uma personagem nova, Bernie Rosenthal, uma das primeiras personagens dos quadrinhos declaradamente judias – e que viria a ser melhor desenvolvida por JM DeMatteis na fase seguinte.

Mas a história realmente engrena quando começa a saga hoje conhecida como “Seu ódio se chama sangue”. Não por acaso, essas histórias são co-roteirizadas por John Byrne, que aqui ganha espaço para mostrar o ótimo narrador gráfico que iria se revelar.

Na trama, o Capitão viaja para a Inglaterra a pedido de Union Jack, um velho amigo dos tempos do grupo Os invasores. Ali estão acontecendo vários assassinatos e o velho herói acha que são obra de seu irmão, o vampiro nazista Barão Sangue. A história é cheia de ação e reviravoltas. E tem John Byrne em ótima forma. A capa que ele faz para o número 254 da revista, com o vampiro pulando sobre o Capitão enquanto o envelhecido Union Jack tenta se levantar da cadeira de rodas é simplesmente memorável e resumia muito bem todas as maiores qualidade da série.

Infelizmente, Roger Stern brigou com o chefão da Marvel, Jim Shooter, e saiu da série. A razão é que Stern queria desenvolver tramas mais complexas para o Capitão e Shotter queria que as sagas não se alongassem muito. E, Byrne se concentrou nos X-men, que o tornariam a grande estrela do mercado americano. 

Entretanto, essa série é até hoje apontada como um dos melhores momentos do personagem.

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