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quinta-feira, 9 de abril de 2020

Exclusivo: Cláudia Lemes, o livro “A segunda morte de Suellen Rocha” e sua carreira literária, por Cida Simka e Sérgio Simka

Cláudia Lemes - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Sou natural de Santos, mas morei em diversos lugares antes de voltar para cá em 2013. Eu só comecei minha carreira no mercado literário há seis anos, embora escreva desde adolescente. Tenho cinco romances policiais publicados, dezenas de contos, prefácios e traduções. Em março lancei o novo thriller, A Segunda Morte de Suellen Rocha, pela editora AVEC. Além de escritora, sou tradutora e intérprete, editora e leitora crítica. Em 2017 fundei a ABERST (Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror), que presidi por dois anos.

ENTREVISTA:

Você tem uma extensa obra publicada, entre romances e participação em antologias. Fale-nos sobre seu processo de criação.

Estou tentando adaptar meu processo de criação à vida caótica de mãe, estudante e profissional. Eu infelizmente não consigo tempo para escrever todos os dias, já que preciso priorizar as edições, mentorias, leituras críticas e traduções, assim como meus cursos, casa, filhos e grupo de estudos. Quando consigo me programar para escrever uma obra nova, eu faço um planejamento bem básico de personagem, esqueleto da trama em oito pontos básicos e levanto o que vou precisar pesquisar antes de começar a escrever. Eu também planejo bancos de palavras para me ajudar a criar o clima que quero para cada cena. Mas não demoro muito para escrever – há coisas que você só descobre sobre o livro ao colocar a mão na massa. Durante o processo de escrita eu edito e reescrevo muitas vezes, até ter um first draft em mãos. Aí ele vai para a gaveta por cerca de 3 semanas ou até dois meses. Eu então faço uma checagem de datas, fatos históricos, referências e uma última edição, antes de encaminhá-lo para seu destino. Quando escrevo, tenho a tendência a ficar muito envolvida com aquele mundo, mergulhar fundo na pesquisa e escrever rápido – não levo mais de 3 meses para escrever um romance e dois dias para escrever um conto.

Fale-nos sobre seu livro "Santa adrenalina: um guia para quem quer escrever thrillers". Como tem sido a receptividade do livro?

A primeira edição do livro é de 2017 e ele foi muito bem recebido e bem avaliado pelos escritores, o que levou o Mário Bentes, publisher da Lendari, a encomendar uma segunda edição, com 2 capítulos extras. O livro tem saído bem e é frequentemente recomendado por escritores e editores. No final do ano passado eu montei um curso dinâmico que funciona como um grupo de estudos para passar conteúdos que não entraram no Santa, e tem sido muito recompensador.

Você é editora do selo Morgue, da Editora Lendari. Fale-nos sobre seu trabalho.

Em 2018 o Mário, da Lendari, conversou comigo sobre a vontade de ter um selo voltado para literatura policial, com uma proposta sustentável e amigável ao autor, que permitia a publicação tradicional, sem custos para o autor e uma seleção baseada inteiramente na qualidade da obra, ignorando a “fama” do autor ou seu tempo de mercado. Todos os originais enviados estavam bem acima da média, e escolhemos três. Dois deles, um policial noir ambientado nos Rio de janeiro dos anos 50, “Se Eu Morresse Amanhã”, da Fabiana Ferraz e o thriller de espionagem da Vivianne Geber, “Missão Terra Firme”, serão publicados ainda no primeiro semestre deste ano. A terceira obra ainda não tem data de publicação definida. Eu amei o trabalho de edição de ambos os livros e dei muita atenção às peculiaridades de cada subgênero. Não houve grandes desafios porque ambas as obras estavam bem prontas, mas com a Fabi eu trabalhei em deixar o texto um pouco mais ágil e com a Vivianne mais fácil de compreender para quem não é da área militar. Além dos cuidados com as obras, meu trabalho no selo é garantir, com o publisher, que cada obra ganhe a “cara” adequada por meio da campanha de divulgação e do projeto gráfico, e de planejar as ações de marketing de cada uma. Acredito que o trabalho minucioso e apaixonado que estamos fazendo com o selo ajudará a fazer com que o trabalho excepcional dessas autoras seja difundido e reconhecido.

Como analisa o mercado editorial voltado a livros de terror?

O nicho está bem forte no momento, e ele tem um leitor dedicado e exigente, o que coloca bastante responsabilidade nas editoras de oferecer obras mais transgressoras e bem trabalhadas, com traduções caprichadas. Acho que o maior desafio é transformar consumidores de filmes e séries de horror em leitores do gênero. 

Você lançou "A segunda morte de Suellen Rocha". Fale-nos sobre o livro.

Este romance policial se encaixa no subgênero do domestic noir, erroneamente chamado no Brasil de thriller doméstico ou thriller psicológico (que é outra coisa). No entanto, também tem tudo para agradar amantes da literatura policial convencional. Foi escrito em 2017 e circulou por algumas editoras, que mostraram interesse, mas não contrataram a obra devido à crise que havia acabado de se anunciar entre as livrarias. Engavetei a obra por um tempo, por estar envolvida com o resgate do clássico O Crime da Quinta Avenida, seu financiamento e tradução, além de projetos como a coletânea Mulheres vs. Monstros e a publicação do Eu Vejo Kate vol. 2. Como essas publicações acabaram me esgotando, achei que o Suellen ficaria melhor se publicado por uma editora. Eu já flertava com a AVEC há um tempo e na hora eles toparam publicar. É um livro diferente dos meus thrillers anteriores, com uma pegada mais pessimista e abordagem de temas controversos que sempre geram dor de cabeça, mas que precisam ser discutidos. A história se passa numa cidade pequena no interior de São Paulo – fictícia, mas facilmente reconhecida por qualquer brasileiro – e fala sobre a amizade entre mulheres, a natureza violenta do ser humano, a corrupção na política, religião e no setor privado como forças predatórias, a maternidade, a violência doméstica e o aborto. Sem moralismos, sem bandeiras.

O que tem lido atualmente?

Este ano estou me dedicando a policiais escritos por mulheres e livros de true crime. Entre uma e outra leitura, encaixo livros técnicos sobre escrita e um pouco de horror, além das leituras críticas e traduções literárias semanais. 

O que podemos esperar de você em 2020?

Este ano vou desacelerar um pouco nas viagens – tenho a impressão que passei 2019 inteiro viajando para feiras, organizando eventos e participando de bate-papos. É uma experiência gostosa e necessária, mas foi desgastante demais para alguém com uma família grande que precisa levar nessas viagens. Por mais que tenha saído do conselho da ABERST, continuo trabalhando para o conselho de forma voluntária, auxiliando o Tito Prates com essa parte de organização de eventos. 

Pretendo lançar uma novela de horror até o meio do ano e engatar a escrita do próximo thriller (há duas obras iniciadas, e ainda preciso decidir em qual das duas vou focar). Há leituras críticas, edições, traduções e cursos alinhados até o fim do ano, portanto o trabalho com textos continua sendo não apenas meu ganha-pão, mas minha atividade principal em 2020. Este ano também termino meu curso de necropsia e em abril farei um sobre ghost writing. Também darei cursos na Sala do Escritor e participarei ativamente das campanhas de lançamento e divulgação dos romances que editei para a Morgue – Se Eu Morresse Amanhã e Missão Terra Filme.

Link para o livro:

Link para o site da Cláudia Lemes:

LEIA TAMBÉM:

Entrevista com Mário Bentes e a Editora Lendari:

Entrevista com Tito Prates, que é o embaixador oficial da Agatha Christie no Brasil:


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin, integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

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