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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Silvia Strufaldi e a série Os Ziskisitos, por Cida Simka e Sérgio Simka

Silvia Strufaldi - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Nasci em São Caetano do Sul, São Paulo. Comecei a escrever desde muito jovem, trabalhando na criação de textos e personagens. Meu primeiro livro foi o livro-jogo Puzzook, onde ler, jogar e participar da história é o objetivo principal.
Trabalhei na Editora Sidus na produção de histórias em quadrinhos. Pela Editora Melhoramentos publiquei a série Os Ziskisitos.
Sou autora das coleções infantis Pequenos Aventureiros, Flip e Flap e colaborarei na coleção Professor Elíbius. Na área técnica escrevi os livros: Redação pessoal e profissional, Cozinha sem vexame, Guia saudável chás e ervas e Guia saúde das crianças para pais, todos pela Editora 36Linhas.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre a série "Os Ziskisitos". O que a levou a criá-la? 

Li uma matéria no jornal sobre uma mãe, que tinha duas filhas, uma popular e a outra que sofria bullying e a matéria me fez pensar como seria escrever sobre crianças que não se adequam aos estereótipos da maioria, ou que se diferenciam por seus gostos ou aparência e quis mostrar como todos são legais, inteligentes, bem-humorados, criativos, simpáticos e têm muitos amigos.
Zisksitos significa os esquisitos e não aceitos, que nos livros viraram ziskisitos ou zisks.
Mas como acredito que os livros devem ser interessantes e uma experiência divertida e emocionante para as crianças, criei os zisks xeretas, curiosos e com manias de detetive, desvendando um novo mistério a cada livro.
O blog dos ziskisitos tem por objetivo discutir o bullying, a dificuldade de aceitação e como todos somos iguais e aparência não tem a mínima importância e que ninguém deve ser tachado por isto.
blog dos livros: http://ziskisitos.blogspot.com

Fale-nos sobre os outros livros da série.

Os Ziskisitos e o quadro roubado foi o primeiro livro lançado da coleção, onde os personagens Jaque, Kiko, Luís e Luiza se deparam com seu primeiro mistério, o desaparecimento de um quadro da sala do diretor da escola São Francisco de Assis, que todos frequentam. Quando passam por situações muito intrigantes, eles decidem investigar e se tornar detetives. Como são crianças se envolvem em muitas confusões e aventuras e obviamente ficam de castigo.
O segundo livro é a Casa mal-assombrada, onde os personagens vão investigar a pedido de um amigo deles uma casa suspeita e assustadora. Após muitos sustos, eles também descobrem um novo mistério e têm que enfrentar os valentões da escola.
O terceiro livro, Os Ziskisitos e os jogos estudantis, será lançado em 2020, pela Editora Melhoramentos. Todos os alunos da escola vão participar dos jogos estudantis, contra outras escolas e viajam para a cidade de Acácia, onde os jogos acontecem. Ficam no acampamento Toca do Macaco, fazem amigos na cidade e se envolvem no misterioso desaparecimento de várias pessoas da cidade. Como bons detetives eles não podem deixar de investigar e enfrentar muitas aventuras.
Antes do primeiro livro escrevi um conto e fiz uma ilustração de como os personagens eram na minha imaginação, o conto se chama os Ziskisitos e o Flecha Vermelha e pode ser encontrado no site da 36Linhas: www.36linhas.com

Fale-nos sobre seu primeiro livro. 

O Puzzook é um livro-jogo quebra-cabeça - pintura - escrita. A criança lê a história, pode pintar os desenhos, escrever os balões com as falas dos personagens e depois desmontá-los e brincar como um quebra-cabeça. Foi criado como um livro interativo em 1994 e vendido em bancas de jornais por todo o Brasil. Infelizmente hoje em dia não está mais disponível, mas tive muito prazer em criá-lo e foi minha primeira experiência em escrever para crianças. Desde aquela época acredito que é necessário envolver a criança nas histórias para que ela tome gosto pela leitura e queira continuar.

Ilustração elaborada pela autora
Como analisa a questão da leitura no país?

No Brasil infelizmente não existe o hábito da leitura diária, semanal, como entretenimento, diversão entre a família ou reunião de grupos. A maior parte da leitura está centrada nas escolas e para estudo. Perto dos outros países do mundo, lemos muito pouco e incentivamos a leitura menos ainda. Existem várias razões que geralmente são citadas em todas as pesquisas sobre o assunto: o preço do livro, falta de acesso, outros interesses etc. Porém a leitura é hábito, prazer e conhecimento. O incentivo deve começar em casa e não somente nas escolas. Também deveria ser política pública com bibliotecas espalhadas por todas as cidades e com eventos para incentivar a leitura. Hoje em dia os livros eletrônicos, os e-books, são de fácil acesso e com preços mais acessíveis. Existem várias bibliotecas de livros on-line gratuitos, o que precisamos é criar e incentivar o hábito de ler. 

Que dicas poderia fornecer a um aspirante a escritor?

Escreva e depois escreva de novo e quando achar que está bom, cheque novamente. Depois verifique quais editoras publicam livros com o perfil da sua obra, não adianta nada enviar para análise um original de um livro de mistério para uma editora que publica livros de direito. As editoras que se adequem ao estilo e gênero literário vão ser mais receptivas. Depois paciência e boa sorte!

O que tem lido atualmente?

Sou o tipo de leitora um pouco enlouquecida, leio 3 ou 4 livros ao mesmo tempo e de gêneros bem diferentes. Leio muito romance, mistério e aventura policial, principalmente Agatha Christie. Atualmente leio bastante Harlan Coben.
Do autor brasileiro Ricardo Garay, estou lendo As 3 relíquias, quarto livro da série Nick Nipigon, publicado pela 36Linhas.

Quais os seus próximos projetos?


Para o público infantil estou trabalhando no Meu amigo azul, livro voltado para crianças em pré-alfabetização e para o infantojuvenil, o quarto livro dos Ziskisitos, O segredo do pirata.


Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Mesa-Redonda: O Ofício de Escrever, por Cida Simka e Sérgio Simka


Atendendo a um pedido da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Santo André (SP), para comemorar o Dia Nacional do Escritor, o Núcleo de Escritores do Grande ABC propôs uma mesa-redonda intitulada “O ofício de escrever” e, para tanto, convidou alguns escritores e editores a fim de falarem sobre a experiência que cada um tem com relação à escrita.
Para compor a mesa foram convidados os seguintes escritores (os links se referem às entrevistas que eles concederam à nossa coluna na revista Conexão Literatura):

Amir Piedade
Paranaense de nascimento e paulista por adoção, é doutor em Educação: História, Política, Sociedade e mestre em Ciências da Religião, ambos pela PUC/SP; professor do magistério oficial do estado de São Paulo. Tem dez títulos de literatura infantil publicados, entre eles O grito do Rio Tietê – incluído no PNLD 2004 – (Editora Elementar), O aniversário do Seu Alfabeto – incluído no PNLD Literário 2018 –, São Paulo de colina a cidade (Cortez Editora). Atua como editor de Literatura Infantil, Juvenil e Educação, Cortez Editora.

Edmir Vieira Camargo
Nascido em Santo André, casado com Norma. Dois filhos: Alexandre (cineasta, roteirista) e Giuliana, psicóloga, que infelizmente partiu muito cedo; metalúrgico aposentado:  Willys, Ford, Mercedes e VW; membro do Núcleo de Escritores do Grande ABC; quatro livros publicados e participação em duas antologias.
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/03/edmir-camargo-e-o-livro-turbulencia-por.html

Egidio Trambaiolli Neto
Formado em Pedagogia/ Magistério/ Administração Escolar/ Ciências/ Matemática/ Química e pós-graduado em Bioquímica Aplicada. Atuou em escolas como professor, assessor pedagógico, coordenador e diretor. Em editoras como palestrante, leitor crítico, editor e diretor. É autor de mais de 655 obras em diferentes áreas e categorias: didáticos, paradidáticos, fascículos e literatura e de mais de 60 projetos educacionais. Na atualidade é o segundo autor que mais publica no mundo. É editor da Editora Uirapuru.
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/11/exclusivo-egidio-trambaiolli-neto-e-o.html

Evelyn Mello
Possui graduação em Letras - Espanhol pela Universidade Federal de São Carlos (2007), mestrado em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2011) e doutorado em Estudos Literários – UNESP – Araraquara (2018). Autora dos livros “Femi verso multi” e “O degrau”, ambos pela Editora Todas as Musas.
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2019/05/evelyn-mello-e-o-livro-o-degrau-por.html

Laura Figueiredo
Natural de Guará (SP), graduada em Língua Portuguesa, Inglesa e Literaturas; pós-graduada em Tradução Inglês/Português; contista e poetisa. Autora dos livros "A Semântica do Caos e outros poemas" (2016) e "O Mistério de D. Amélia e outros Contos" (2018), ambos pela Editora Todas as Musas.
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/09/laura-figueiredo-e-o-livro-o-misterio.html

Marcelo Smeets
Graduado em Letras, sua profissão é editar, revisar e redigir textos. Escrever é sua paixão. É natural de Santo André (SP), casado e tem três filhos. Autor do livro “Branca de Neve e a Redação”. Membro do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/04/marcelo-smeets-e-o-livro-branca-de-neve.html

Sandra Abrano
Escritora e editora. Trabalhou em grandes e pequenas editoras, exercendo diversas funções. Desse período, tem publicado em coautoria livros de apoio didático e HQs.
Em 2017 VESTÍGIOS Mortes Nem Um Pouco Naturais foi finalista no prêmio Sesc de Literatura – romance e, em 2018, finalista no prêmio da ABERST (Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror), categoria romance policial.
Publica nos blogs http://TrechoPrediletoLiteratura.blogspot.com.br (resenhas), https://rastrodehistorias.blogspot.com.br/ (textos literários).
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2019/05/sandra-abrano-o-livro-vestigios-e.html

A mediação será feita pela professora Cida Simka, organizadora dos livros “Uma noite no castelo” e “Contos para um mundo melhor” e autora, entre outros, do livro “O enigma da velha casa” e membro do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2019/07/cida-simka-e-antologia-uma-noite-no.html

Sobre o Núcleo de Escritores do Grande ABC:
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/03/nucleo-de-escritores-do-grande-abc-por.html

Como se vê, a expectativa é grande, não só pela experiência dos palestrantes, como também pela oportunidade de demonstrar a importância da escrita e da leitura para a formação de pessoas mais críticas e felizes, em uma sociedade em que os valores culturais – e, portanto, humanos – estão à míngua.

Depoimento de Cida Simka sobre o evento “O ofício de escrever”, a ser realizado no dia 27 de julho de 2019, na Biblioteca Cecília Meireles, a partir das 10 horas.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Sérgio Simka
é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Luís Roder, os livros dos alunos e a ABC Geek Shop, por Sérgio Simka e Cida Simka

Luís Roder - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.
 
Meu nome é Luís Antônio Roder, tenho 44 anos, casado, sou paulistano e moro em Mauá (SP) há 39 anos, formado em Letras pela Fundação Santo André e pós-graduado em Arte e Educação, sou professor de língua portuguesa e inglês na rede estadual de ensino há 25 anos, mas já trabalhei com educação especial e fiz parte da equipe de coordenação pedagógica da Secretaria de Educação de Mauá.
Amo arte em geral em todas as suas modalidades, música, pintura, escrita, escultura, cinema, quadrinhos, cada uma delas em todos os seus estilos, amo o belo e o grotesco e me fascino do popular ao mais hermético segmento de cada uma. Adoro pesquisar e me aprofundar em cada ramo das artes.

ENTREVISTA:

Você é professor. Como analisa a educação hoje e o ensino de português em particular?
 
Venho de uma família de professores, cerca de setenta por cento dos meus familiares o são, e lecionando desde 1993, sinto que,  em primeiro lugar, a desvalorização da classe como um todo já é alarmante e tem grande influência no papel  desmotivacional  de educadores e educandos, mas em especial o ensino de língua portuguesa apresenta aspectos mais complicados em função da recente Era Digital, onde tanto educadores,  pais e alunos estão se adaptando aos recursos, novos hábitos e paradigmas criados em função do domínio dessa tecnologia.
Porém ao invés de ficar na lamentação, resolvi partir para a ação, utilizo as minhas aulas para fazer uma reflexão de como a linguagem é importante no cotidiano das pessoas e o uso das redes sociais faz com que os alunos entendam a importância de uma leitura contextualizada e aprofundada, como sempre inicio as aulas nos últimos anos com a pergunta : “Qual seria a graça e a função do Facebook se não houvesse a linguagem?”, a graça de um meme ou uma crítica se faz presente justamente nesse aspecto, como seria possível desfrutar tudo isso sem um domínio de linguagem literal e figurada, relacionar a intertextualidade, uso de figuras de linguagem, etc.? Porém para que isso ocorra, o exercício prático que faço com os meus alunos de nonos anos do ensino fundamental acontece na prática intensa de leitura e escrita, sendo cada um com seu exercício próprio, ler ajuda a desenvolver a escrita, mas a escrita exige prática sistemática, com exercícios específicos de gêneros e temas diversos.
Como o Felipe da Pacobello disse em sua entrevista (http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/05/felipe-dallolio-pacobello-e-o-sebo-e.html), uma das motivações essenciais para o hábito da leitura é necessário os pais deixarem que os filhos escolham seus livros de interesse pessoal para depois partirem para uma leitura mais institucional como as obrigatórias do Enem e dos vestibulares, pois é preciso, primeiro lugar, pegar gosto e prazer pela leitura e com isso o processo de aprofundar as temáticas a serem lidas se desenvolverá naturalmente.
Uma prática das minhas aulas é que um dia da semana cada turma tem uma aula para ler o que quiser, desde que com o consentimento dos pais sobre o livro, onde nessa aula todos lerão durante cinquenta minutos o que quiserem, independentemente do estilo ou dificuldade da leitura. O resultado é que essa aula é a favorita de muitos deles e outros, cujo hábito de ler era praticamente inexistente, começa a se tornar uma realidade e a tomarem um apreço a essa nova prática.
Além disso, todos irão produzir dois livros durante o ano com todos os aspectos que envolvam o mesmo, como capa, produção artística, além da história em si, que, dependendo do momento da turma, terá algumas limitações em relação à personagem ou ponto de vista da narrativa ou um tema proposto por mim, este ano o primeiro livro tinha como premissa ser uma história fantástica. E aí surge um outro ponto interessante do processo, no qual muitos descobrem o encanto em escrever e criar os seus próprios universos, assim como poderem se expressar e darem voz aos seus medos, angústias e sonhos.

Você gerencia a ABC Geek. Fale-nos sobre a loja.
 
A ABC Geek Shop surgiu de uma necessidade e oportunidade do acaso e não foi previamente planejada. Eu sempre colecionei, quase como um acumulador, as mais diversas coisas, como quadrinhos, brinquedos, filmes, discos e livros e essa coleção ficava na casa dos meus pais com um espaço de cerca de oitenta metros quadrados e em 2015 eu me casei e mudei para um apartamento de sessenta metros quadrados e não tinha onde sequer guardar grande parte das minhas coleções, então vi que tinha que começar a me desfazer  de muitas delas e ao comentar com o Alex Ferreira , o meu sócio na ABC Geek Shop, que já possuía a prática de desenvolver eventos nessa área, ele é o organizador da Heromix, um tradicional evento de cosplay e cultura geek na cidade de Mauá , surgiu a ideia de vendermos os produtos em uma loja virtual no Facebook e Mercado Livre, além de fazermos eventos de feiras de quadrinho e vinil, pelo menos uma vez por mês, com alguns parceiros regulares, como os bares Parada 7 em Santo André (SP) e o Mossoró Rock Bar em Mauá .
Hoje além de vendermos gibis, discos, brinquedos, quadros e artesanatos, também fazemos trocas e aceitamos doações de materiais como o nosso para que o sejam colocados de novo ao apreço de quem curte esse tipo de cultura.
E o resultado tem sido muito interessante, pois nos eventos acabamos conhecendo novos aficionados na cultura geek e sempre aprendemos mais sobre o assunto nesse contato com o público e também eles não se destinam apenas às vendas, pois também temos outros participantes que dão palestras e expõem seus trabalhos, como o cartunista Lexy Soares, de Mauá, temos exposições de brinquedos antigos e passamos séries e filmes, isso acontece no Mossoró Rock Bar, que cede parte de seu espaço para esse tipo de evento e no Parada 7 sempre há shows de rock incentivando bandas locais com outros expositores no evento.


Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?

Ele pode visitar a nossa página no Facebook ABC GEEK SHOP https://www.facebook.com/abcgeek   ou participar dos eventos que são divulgados também no Facebook.
Além disso tenho um blog com os meus trabalhos de poesia, já estou no sexto livro, infelizmente os disponibilizo apenas no modo virtual no meu blog www.adialeticapoetica.blogspot.com  e pelo e-mail nimbusgoatburn@gmail.com .

Como analisa a questão da leitura no país?

Apesar da falta de incentivo ser um grande obstáculo, tanto para incentivo a ler e a produção de material novo, ainda sou otimista e prefiro ver o copo meio cheio, pois iniciativas como a do Núcleo de Escritores do Grande ABC (http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/03/nucleo-de-escritores-do-grande-abc-por.html) e a revista de vocês (Conexão Literatura) e outras iniciativas nessa seara são um alento para que os jovens comecem a se envolver com a leitura e a escrita e não apenas os jovens mas também uma geração que não tinha meios de se expressar e  hoje a tecnologia permite que isso aconteça, vejo muitos eventos envolvendo saraus e leituras criativas acontecendo simultaneamente e isso é muito bom, mas é preciso apoio sistemático e institucional também, o que infelizmente acontece em menor escala.

O que tem lido ultimamente?

Adoro ler, mas durante o ano letivo sou consumido pelas leituras dos meus alunos, pois dou quatro redações por bimestre o livro semestral deles que toma um grande tempo, pois é fundamental que o aluno saiba que o professor efetivamente lê as suas produções para que ele se dedique cada vez mais a esse trabalho.
Sempre tento encontrar um tempo para a Simone Beauvoir e o Jean-Paul Sartre, adoro a ideia do existencialismo e estudá-lo é um grande prazer para mim, porém como estava estudando para o concurso público do TRT estava imerso na Constituição Federal e na CLT, que se mostraram bem interessantes no que concerne ao nosso desconhecimento de direitos e também deveres.
E os dois livros que estou lendo no momento são O Analista de John Katzenbach e O Cemitério de Praga do Umberto Eco.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Iracema Mendes Régis e o livro Forrobodó, por Sérgio Simka e Cida Simka

Iracema Mendes Régis - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Nasci em Limoeiro do Norte-CE, vim para São Paulo em 1975 e estabeleci-me em Mauá, no grande abc paulista, onde resido até hoje. Aqui chegando, participo com êxito nos primeiros concursos de poesia e contos promovidos pela SMC de Mauá. Em contos, classifiquei-me entre os dez primeiros colocados e fomos publicados em antologia. Na poesia, ao declamar o meu poema, fui ovacionada pelos jovens integrantes do Colégio Brasileiro de Poetas, 1º grupo literário, de repercussão e vida longa, a surgir no grande abc paulista. Em seguida, cursando jornalismo no Instituto Metodista de Ensino Superior, de São Bernardo do Campo – SP, passo a escrever, em parceria com Aristides Theodoro (sócio fundador do CBP, do qual eu já fazia parte), para os jornais A Voz de Mauá, O Boêmio, de Matão – SP, Correio do Sul, Varginha – MG e Jornal da Manhã – SP.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seus livros, principalmente o Forrobodó.

Conto hoje com 27 títulos publicados em prosa e poesia, que abrangem diversos segmentos literários. Na prosa: contos e crônicas, ensaios e resenhas, diário, biografia, literatura infantil e o inusitado ‘Esta valsa é nossa’, composto de prefácios, posfácios e orelhas por mim produzidos sobre livros de outros escritores. Na poesia: composições em versos brancos, sonetos e Literatura de Cordel. Por meio desses dois gêneros literários e sua abrangência, tenho merecido muitas premiações e publicações. Este Forrobodó (contos & crônicas), que acaba de sair pela Editora Pumpkin, apresenta desde estórias com enfoque na condição humana, até as crônicas de viagem, memória e de cunho político. A coletânea é prefaciada pelo catarinense Enéas Athanázio, um dos maiores escritores brasileiros da atualidade. A ilustração da primeira capa e do miolo é da artista plástica, Neli Maria Vieira, que também assina o texto na contracapa. As orelhas são do professor de Literatura e Língua portuguesa, Valmir do Carmo Meira (integrante do extinto CBP). Fechando com o posfácio de Aristides Theodoro, um dos mais antigos e profícuos escritores da região do grande abc paulista.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e seu trabalho?


Entrar em contato com a autora através do endereço eletrônico: iracemamendes2011@bol.com.br, no Face, pelo fone: (11) 4578-5076 e o WhatsApp 9 7239-9288. Também, ao adquirir suas obras, o leitor será informado quanto à trajetória da escritora, lendo os seguintes tópicos no final de cada livro: Dados biográficos e bibliográficos, Livros publicados, Premiações, Fortuna crítica e Obras inéditas.

Como analisa a questão da leitura no país?

Sabemos que a média de leitura do brasileiro está longe de ser a ideal, mas vem melhorando nos últimos tempos. Há algo que muito me anima: o fato de termos ótimos escritores produzindo literatura infantil de boa qualidade e a existência de eventos e projetos em instituições culturais e de ensino, buscando atrair a atenção das crianças, com incentivos para a leitura.

O que tem lido ultimamente?


Os mais recentes foram dois livros de integrantes do Núcleo de Escritores do Grande ABC, do qual sou parte: A cegueira da visão, de Keli Braz Loro e Os olhos da fera, de Edmir Camargo. Pelo fato de escrever sobre a literatura produzida no grande abc paulista, tenho relido obras sobre o tema, a exemplo de Manifestações Literárias em Mauá – Colégio Brasileiro de Poetas, seus fundadores, associados e outros escritores da cidade, de Aristides Theodoro; “de Maria a José”, uma antologia de Histórias de Pessoas comuns, que fizeram São Caetano do Sul – SP ser hoje o que é. E iniciei a leitura de uma série de quatro volumes publicada pelo Núcleo de História e Memória, da SMC de Mauá.

Você faz parte do Núcleo de Escritores do Grande ABC. Fale-nos sobre sua atuação.


Faço questão de frisar que sempre integrei associações literárias. A primeira foi o Colégio Brasileiro de Poetas, em Mauá, que permaneceu por quase duas décadas (de 1960 a 1980). Em seguida, participei do Alpharrabio, em Santo André, depois, fundamos o Taba de Corumbê, em Mauá. Por fim, durante muito tempo integrei o Quatro Dedos de Prosa, em Santo André. Hoje, participo da Academia Popular de Letras de São Caetano do Sul – SP, em eventos culturais, que incluem lançamento de livros, palestras, oficinas etc. e atuo de forma presente e contínua junto ao Núcleo de Escritores do Grande ABC (paulista). A minha atuação no Núcleo, como em todos os outros grupos por que passei, é de seriedade, entendendo que se trata de um coletivo e cada um tem que fazer a sua parte, para crescimento do todo, mesmo porque se faz necessário exercer a prática do é dando que se recebe – a velha troca.

Quais seus próximos projetos?


É a publicação de mais duas coletâneas e um livro, para mim, inusitado: a primeira, que está montada, intitula-se ‘Meus mais belos cordéis’, para concorrer ao FAFC – Fundo de Assistência e Fomento à Cultura, de Mauá, do qual esperamos o Edital nesse segundo semestre. Os outros dois projetos têm conexão com o Núcleo: já reuni num só bloco todos os contos que produzi a partir de temas sugeridos pelo grupo na linha do terror, do suspense, do sobrenatural, lendas e mitos do nosso folclore e o conto hot. Somados a outros escritos anteriormente, mas que se encaixam pelo exótico. Intitulada A moça que gostava de cemitério (e outros contos). Motivada pelos textos autobiográficos por mim produzidos, conforme exercícios propostos na recente Oficina de Escrita Criativa ministrada pelo professor e escritor Sérgio Simka (que é, com Cida Simka, coordenador do Núcleo), vou transformar uma série de originais e criar outros nesse estilo, para finalmente realizar um sonho acalentado, que é publicar minha autobiografia, de modo não convencional, sob o título de Memórias do Sertão.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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sexta-feira, 23 de março de 2018

Milan Trsic e o livro Doze anos de solidão, por Sérgio Simka e Cida Simka


Sinopse: O período de doze anos que aqui relato corresponde aos anos transcorridos entre a minha separação de Maria Fernanda em 2002 até Bianca e eu mudarmos para a mesma casa, doze anos depois, em dezembro de 2014. O título que dei para estas lembranças foi de Doze anos de solidão. Bem que poderia ter denominado de As sinfonias inconclusas, como o leitor poderá verificar. Nesse período, tive plena liberdade para relacionamentos afetivos com várias mulheres. Todas interessantes, algumas muito diferentes, outras com certas características semelhantes. Quero falar delas e de meu relacionamento com elas. Preservar a memória. Amei todas. [...] 

Sobre o autor:
Fale-nos sobre você.
Identifico-me com o Brasil. Para o bem ou para o mal. E, de fato,  estamos muito mal. Mas são 40 anos, a metade da minha vida, dois filhos, duas esposas. E a Universidade de São Paulo, que tanto me deu como professor. Mas nasci para o Brasil já com 40 anos, então faltou a infância, adolescência, universidade como aluno. Logo, sotaque hispânico inquebrantável e cultura “chilena”. E curiosamente, lealdade à Sérvia, terra e povo de origem. Todas essas criaturas convivemos no mesmo corpo de nome Milan Trsic. Às vezes há um desentendimento, mas em geral uma súmula harmoniosa e feliz (nas casas em que a vida autoriza). Concluí a graduação no Chile em 1960, dediquei-me com sucesso e paixão à ciência por 50 anos e...cansei. Aposentei e hoje escrevo romances; casado com Alessandra.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seus livros e em especial o “Doze anos de solidão”. 

Meu primeiro livro foi sobre minha pesquisa científica, em inglês, publicado na Holanda em 2007. Depois, outro em inglês, publicado em Londres, divulgação científica. Seguiram-se vários textos científicos e ensaios em português, o última recentemente em 2014 pela Editora Manole de Barueri, SP. Ano da virada, foi também em 2014 que publiquei meu primeiro romance, “Vive, Maria”. Gosto de escrever sobre mulheres e foram vários romances; em algum momento se aplicou o adjetivo de erótico aos meus romances, mas realmente não precisam desse adjetivo. São ficção? Imaginação? Mesmo sendo ficção, há um alto grau de modelos da vida real. E então, em 2017 e em pouco tempo escrevi “Doze anos de solidão”. Foi publicado pela Editora Todas as Musas de São Paulo. Sobre mulheres reais e doze anos de minha vida. Primeira incursão autobiográfica.

Fale-nos sobre seu processo de criação.
Os romances: coisas que penso de dia e à noite acordado; ocasionalmente sonho, mistura de imaginação com lembranças. Em apenas poucas semanas a história está escrita na mente. Então sento em frente ao computador, digito, transcrevo da mente para a máquina. Com poucas mudanças. Uma vez concluído o romance, gosto de revisar, sim. Várias vezes. É a hora dos detalhes, nomes, lugares, datas, tento evitar erros. Os acontecimentos ocorrem em diversos lugares, quase sempre em lugares que conheci. Para “Doze anos de solidão” foi semelhante, mas os relatos de diferentes mulheres estavam na cabeça, sem acrescentar nem tirar, apenas lembrar.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e seu trabalho?

Há as várias formas de difusão da Editora Todas as Musas e a inclusão dos meus livros em diversos catálogos. Como esforço pessoal, mantenho uma página no Facebook Milan Trsic Autor com finalidade própria, não o mero contato com o possível leitor. Com o auxílio de uma pessoa especializada colocamos as seguintes inserções semanais: a) Sem querer querendo: comentário curto sobre temas em que tenho conhecimento, como clima, educação. b) Pinceladas eróticas: textos breves, incisivos, com ou sem conexão com meus livros. c) Textos de uma página explicitando a Pincelada dessa semana. d) Reação eventual: esta seção não é publicada todas as semanas, mas responde a eventos marcantes. Com o acúmulo de notícias (ruins), esta seção cresce em importância. O público alcançado pelas inserções é variável e constitui tema de estudo para nós.

Como analisa a questão de leitura no país?

Cinquenta e poucos anos atrás Darcy Ribeiro antecipou que se nada for feito para a educação brasileira, seremos um país de imbecis. Em muitos aspectos a profecia foi realizada. Some-se a crise econômica. Há um claro declínio nas vendas de livros. Pessoalmente percebo isso com meus quatro textos com a Editora Manole que são adotados em alguns cursos. As vendas semestrais caíram pela metade em 2017.

O que tem lido ultimamente?


Dei-me o prazer de reler “Tia Júlia e o escrevinhador” e “Pantaleão e as visitadoras” de Mario Vargas Llosa. Mas não foi apenas por prazer, também queria lembrar como se deu a sua influência sobre minha escrita. Menciono que também leio jornais.

Quais os seus próximos projetos?


Desejo incrementar e aperfeiçoar a página no Facebook; cabe até vislumbrar no futuro compilar textos da página para formar um livro. Igualmente, tenho pronto um texto de outro romance sobre uma mulher forte, manipuladora e dominadora. E acaricio a ideia de outro livro autobiográfico no estilo de “Doze anos de solidão”. Neste último contexto, tenho muitos fragmentos esparsos prontos; reflito sobre como gerar o elo entre eles.

Para adquirir o livro "Doze anos de solidão": clique aqui.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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Núcleo de Escritores do Grande ABC, por Sérgio Simka e Cida Simka

Reunião no castelo do músico Robson Miguel, para a escrita de contos de terror
Neste texto, relatamos a experiência com a criação de um Núcleo de Escritores e as ações desenvolvidas em prol da leitura.

Com o intuito de reunir aspirantes a escritores, escritores, estudantes, professores, pessoas que têm em comum o interesse pela escrita, leitura e o fazer literário, foi criado, em junho de 2016, na cidade de Santo André (SP), o Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Os encontros eram realizados na Biblioteca Nair Lacerda, em Santo André, até dezembro de 2016. Após março de 2017, estão sendo realizados na Caverna´s, em Santo André, local de propriedade dos escritores Edmir e Norma Camargo.

Desde então, o Núcleo tem desenvolvido uma série de ações e eventos, sintetizados a seguir.

1) Os membros têm estudado autores representativos das literaturas brasileira, latino-americana, portuguesa, africana e mundial, a fim de que tenham conhecimento e se possa sistematizar um conjunto de ideias que contribuam para o esclarecimento do processo de criação e do fazer literário.

2) Têm sido realizados encontros de capacitação literária, linguística e do mercado editorial, por meio de oficinas, workshops e palestras promovidas pelos membros e por convidados (escritores, jornalistas, professores, editores etc.). Como exemplo, temos no primeiro link um bate-papo realizado com o poeta Ricardo Escudeiro; e, no segundo, outro bate-papo com o escritor Manuel Filho, que mereceu destaque no prestigioso PublishNews, uma newsletter diária acerca do mercado editorial:
http://culturaz.santoandre.sp.gov.br/evento/418/
http://www.publishnews.com.br/agenda/12/32/26/9499/2016/12/1601

3) Têm sido realizados encontros de leitura nos quais são lidos os trabalhos produzidos pelos membros do Núcleo, em momentos de trocas de experiências, comentários e análises, de modo que a produção literária dos participantes seja conhecida e estudada, para futura divulgação.

4) Têm sido promovidos encontros de produção textual nos quais se cria uma ambiência específica para a escrita de gêneros textuais preestabelecidos em reunião, para futura publicação em antologias.

Um desses encontros, denominado Uma Noite no Castelo, aconteceu em abril de 2017 no castelo do músico Robson Miguel, localizado na cidade de Ribeirão Pires (SP), em que os membros passaram a madrugada se inspirando para escrever contos “mal-assombrados” para futura publicação. O evento mereceu destaque no caderno de cultura do influente jornal Diário do Grande ABC:
http://www.dgabc.com.br/Noticia/2616888/uma-noite-no-castelo

5) Os membros têm participado de lançamentos de livros, palestras etc. que são realizados pelos próprios escritores do Núcleo, como forma de prestigiá-los.

6) Igualmente, há a participação do Núcleo em eventos literários promovidos por outras agremiações literárias e secretarias de cultura da região do ABC.

Em junho de 2017, o Núcleo promoveu a 1ª. Turnê Literária, ao participar de dois eventos na cidade de Santo André: no primeiro, em uma livraria da cidade, integrou o debate sobre um escritor da região; no segundo, prestigiou o lançamento de novo livro de uma das integrantes do Núcleo.

7) Têm sido concorridas as oficinas de escrita/rodas de leitura, promovidas pelos membros do Núcleo, em escolas, faculdades, comunidades etc., de modo a desenvolver o hábito de leitura e a competência escritora de crianças, jovens e adolescentes.

Por exemplo, o Núcleo participou, em junho de 2017, da V Feira de Troca de Livros da EE Profa. Inah de Mello, em Santo André, realizando um bate-papo sobre o processo de escrita e o hábito de leitura.

8) O Núcleo tem desenvolvido ações sociais, como troca de livros, feira de livros, construção de bibliotecas comunitárias, doação de livros, arrecadação de mantimentos etc. a fim de ajudar instituições beneficentes e incentivar o hábito de leitura.

O Núcleo de Escritores do Grande ABC é formado por um grupo de pessoas que, muito além de escrever, estão preocupadas com a formação de leitores, essenciais, inclusive, para a leitura de seus próprios escritos.
A diversidade de pensamentos nunca foi problema para o convívio entre os integrantes, que conta com pessoas com as mais diversas formações e com duas adolescentes, cuja presença e exemplo podem incentivar muitos outros jovens a entrar para o mundo da leitura e escrita.
Os encontros quinzenais são sempre maravilhosos, pois há respeito, compreensão e incentivo entre os escritores, comportamento disseminado desde a primeira vez que os integrantes se reuniram.
Os escritores desejam executar trabalhos com crianças e adolescentes de comunidades para mostrar a importância da leitura como fator primordial para a formação de cidadãos críticos e seres humanos capazes de transformar a sua própria realidade. E, claro, criar mecanismos para que eles adquiram vontade de escrever a fim de expressar seus sentimentos e pensamentos.
O Núcleo é aberto à comunidade, o qual terá muito prazer em receber novos membros.
Todos os integrantes, sem exceção, gostam do que fazem e o fazem com dedicação e paixão irrestritas.

E-mail: nucleodeescritoresdograndeabc@gmail.com

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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sexta-feira, 16 de março de 2018

Seri e o livro Bichos, homens e deuses, por Sérgio Simka e Cida Simka

Seri - Foto divulgação
O Seri é uma figura. Vejam os leitores como principiou a entrevista por e-mail.
Perguntamos: Escrevemos para a revista literária on-line Conexão Literatura e gostaríamos de entrevistá-lo sobre seus livros e seu trabalho como ilustrador. Poderíamos lhe mandar algumas perguntas?
Resposta: não.......
                  hhahahhahahah claro que sim. sempre as suas ordens, meus amigos bons dias

Fale-nos sobre você.

Meu nome é Sergio Ribeiro Lemos (Seri), sou um cidadão santista, mas não me amarro muito nesse negócio de pertencer a um lugar. Desde 2001, trabalho no Diário do Grande ABC, jornal de uma região que aprendi a amar como profissional e me abraçou com seu respeito. Temos em comum o gosto pelo trabalho. Sou ilustrador desde os 16 anos, lá pelos idos de 1979/80. Já trabalhei no jornal A Tribuna de Santos, Folha de São Paulo e outras redações.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seus livros.

Escrevi dois livros infantis, Dado, O Gato Sem Rabo e Oto, o Menino que Abraçava Árvore, ambos de 2009. Em 2014, lancei minha coletânea de tiras em quadrinhos, Bichos, Homens e Deuses, premiada pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo). Confesso que fazer uma história infantil de vinte e poucas páginas dá muito mais trabalho que um livro de 100 páginas de tiras.

Fale-nos sobre seu processo de criação. De onde vem sua “inspiração”?

Não existe um processo único e contínuo de criação, eu acho. São pontos que estão interligados, vamos lá. Eu leio muito. Leio tudo, de rótulo a três jornais diários; ouço muito rádio. Eu durmo ouvindo noticiário, adoro. Evito TV e acompanho internet e Redes com ressalvas. Leio tiras diárias dos colegas todos os dias. Sigo principalmente os textos de Rui Castro e Veríssimo. Minha cabeça funciona de maneira sintética, talvez por isso faça mais tiras e charges que são linguagens rápidas. Para criar, eu me concentro nos noticiários e vou tentando sintetizar em piadas os assuntos que seriam mais bem assimilados pelos leitores. Fico imaginando como qualquer um reagiria a uma piada, ou seja, eu tento me colocar no lugar de quem lê uma piada. Na construção de uma tira, por exemplo, penso primeiro no clímax da anedota. Depois disso, mentalizo ela toda e parto para finalizar no computador. E pronto. Temos uma tira! Faço duas por dia. Também faço outras coisas. Uma charge, dia sim, dia não. Além de outras ilustrações e artes para diversos produtos do Diário, também escrevo uma coluna mensal de humor para a revista Dia-a-Dia.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?

A maior parte de minhas coisas está no https://blogdoseri.wordpress.com

Como analisa a questão da leitura no país?


Não tenho como mensurar com justiça se as pessoas leem mesmo. Eu convivo com gente que lê. São jornalistas como eu e discutimos leitura, noticiário. Somo obrigados a ler. Mas por aí percebo pouquíssimas pessoas lendo, embora diga-se que o mercado editorial tenha crescido. Eu realmente não sei. Talvez como tudo em crise estes últimos anos, com a leitura e a literatura não seja diferente.

O que tem lido ultimamente?

Tudo, como disse. Muito jornal, mas também estou lendo Monteiro Lobato, mas estou com saudades dos sebos, isso sim. Cavoucar coisas é delicioso.

Quais os seus próximos projetos?


Agora estou trabalhando num projeto bem autoral e trabalhoso na área de quadrinhos. Uma compilação de alguns textos. Mas assim que receber ok dos editores, mando um alô. É só isso???

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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quinta-feira, 15 de março de 2018

Edmir Camargo e o livro Turbulência, por Sérgio Simka e Cida Simka

Edmir Camargo - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Sou Edmir Camargo (Edmir Vieira Camargo), nasci em Santo André (SP) no dia 17 de agosto de 1945. A despeito de ter viajado profissionalmente com muita frequência por todo o Brasil, sempre morei por aqui. Sou formado em Comunicação Social pela Metodista.
Sou casado com a Norma e tivemos dois filhos: Alexandre e Giuliana. A Giu, infelizmente, faleceu precocemente há cerca de quatro anos; o Alexandre trabalha com cinema de animação e é casado com a artista plástica e ilustradora Camila. Temos uma netinha, a Luna, de dois anos, o foco de nossa vida atualmente.
Eu e a Norma já tivemos o enorme prazer e o privilégio de viajarmos pelo Brasil e para o exterior algumas vezes. 

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seus livros.

Tenho atualmente cinco trabalhos publicados:
- Pequenas Histórias, Grandes Lembranças – livro de crônicas e contos que escrevi com o amigo Álvaro Ferreira;
- “E” de Elefante! – livro sobre a importância do bom e correto atendimento a clientes, um tema sempre importante;
- Os olhos da fera – romance;
- Turbulência – romance;
clique aqui.
- Crônicas e Contos de gaveta – página do Facebook na qual publico semanalmente textos que vou produzindo. Já são aproximadamente duzentos trabalhos.

Qual o motivo que o levou a escrevê-los?


Bem, são motivos diferentes para cada trabalho:
- Pequenas Histórias... surgiu de um material que eu e o amigo Álvaro publicávamos em um jornal semanal que dirigíamos em um clube de serviço. Associamos a vontade de publicarmos algo a um material que já estava disponível. Foi um agradável trabalho de compilação e parceria;

-“E” de Elefante! foi uma necessidade profissional que o gerou. Eu estava ministrando muitas palestras sobre atendimento a clientes e senti que deveria oferecer um material impresso aos participantes. O livro supriu e supre bem essa carência;

- Os olhos da fera foi o meu primeiro exercício mais longo de escrita com a construção de personagens. Foi muito agradável ver a história tomando forma. É uma sensação deliciosa o resultado deste tipo de trabalho;

- Turbulência foi de certa forma espelhado no enredo e no resultado do livro anterior. Como no Os olhos... o atual cenário político de nosso país deu a matéria-prima necessária para criar e desenvolver a trama central. O resultado está agradando aos leitores.

- Crônicas e Contos... é uma aventura diferente. O uso da rede social para divulgar o que se escreve funciona como uma missão sem data para terminar e cria uma obrigatoriedade saudável. O compromisso assumido comigo mesmo exige que eu produza constantemente. E o fato de o material a ser publicado não ser predeterminado dá a liberdade criativa que julgo necessária.

Como analisa a questão da leitura no país?

Esta questão é extremamente grave e motivo de muita preocupação e tristeza. Atualmente, quando encontramos alguém, jovem ou não, que demonstra apreciar a literatura nos sentimos como em contato com um ET. Infelizmente nossas escolas e nossas famílias, na sua maioria, não conseguiram demonstrar a importância da leitura e o resultado é o que temos: gerações inteiras de não leitores. Quem não lê não escreve. E quem não lê e não escreve fica à mercê dos que o fazem. O resultado desta triste equação são as notas baixíssimas nas provas de redação do ENEM, que impedem aos jovens o acesso a boas escolas.

O que tem lido ultimamente?

Sou um leitor voraz de romances. Alguns leio e releio. Minhas últimas leituras: Noite sobre as águas (Ken Follett); Origem (Dan Brown) e os três primeiros volumes (no total são cinco) do Ramsés (Christian Jacq).

Quais os seus próximos projetos?

Fora o trabalho da página semanal de crônicas e contos, tenho um projeto de ficção que ainda está em fase embrionária. Estou pesquisando o assunto e trabalhando...

Você faz parte do Núcleo de Escritores do Grande ABC. Fale-nos um pouco sobre ele.

O Núcleo é uma das boas coisas que me aconteceram nos últimos tempos. Além do contato com um pessoal agradável e com objetivos semelhantes aos meus, tenho a oportunidade de ser útil com a comunidade. Um dos principais objetivos do Núcleo é formar leitores proporcionando aos jovens oportunidades de envolvimento com literatura, seja através do contato com livros, realização de oficinas sobre escrita nas escolas e concursos de redação. É claro que estamos numa fase inicial, mas é importante entender que estamos construindo algo nesse sentido. Os resultados serão, com certeza, bons.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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