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segunda-feira, 6 de junho de 2022

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

As 10 melhores citações de Frida Kahlo

Frida Kahlo - Foto divulgação

1 - Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?
Frida Kahlo 

2 - Bebia para afogar as mágoas, mas as malditas aprenderam a nadar.
Frida Kahlo 

3 - Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade.
Frida Kahlo 

4 - Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.
Frida Kahlo  

5 - Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece.
Frida Kahlo

6 - A beleza e a feiura são uma miragem, pois os outros sempre acabam vendo nosso interior.
Frida Kahlo

7 - Cada tic-tac é mais um segundo da vida que passou. Fugiu e não voltará. E já que a vida é intensa e com tantos interesses, o problema é descobrir como vivê-la.
Frida Kahlo

8 - Não creio que as margens de um rio sofram por deixá-lo correr.
Frida Kahlo

9 - Escolha uma pessoa que olhe você com magia.
Frida Kahlo

10 - No dia a dia suporto muito mais do que imagino.
Frida Kahlo
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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Artes animadas em exposição no coração da Av. Paulista

Três artes inovadoras estão em exposição atualmente no centro do principal ponto da maior cidade da América Latina

Conhecida por acolher e valorizar todo o tipo de cultura, a Av. Paulista conquista diariamente o coração de milhares de pessoas que a frequentam, seja a trabalho ou a passeio. Para que essa experiência se torne cada vez mais única e inovadora, o Shopping Cidade São Paulo, localizado no coração da famosa avenida, convidou a agência especializada em artes, a Dionisio.Ag, para fazer a curadoria e todo o processo de produção de 3 artes animadas.

Com a finalidade de levar mais arte e cultura para a cidade, a agência contou com o talento e individualidade dos artistas Pomb, Pardal e Lanó para apresentarem suas artes autorais neste novo formato. Ao todo, cada artista produziu uma arte que, posteriormente, foi animada para ser exibida no painel principal do shopping. É a primeira vez que as artes plásticas e a street art ganham este tipo de destaque na Paulista.

“Ficamos muito contentes com o convite para a produção desse painel de arte animada, em um dos principais locais não só da cidade, mas sim de todo o mundo. A Avenida Paulista é um lugar único, rico em diversidade e cultura, e é uma honra contribuir para essa variedade cultural”, comenta Victor Barros, sócio-diretor da Dionisio.Ag.

Sobre a Dionisio.Ag

A Dionisio.Ag é uma agência especializada em arte que nasceu para unir empresas, pessoas e artistas. Ela oferece um trabalho full service, no qual é responsável pela curadoria, produção artística, produção cultural, execução e entrega dos projetos. Atualmente, conta com um time de artistas de estilos diversos, todos extremamente qualificados, com reconhecimento nacional e internacional.

Site: www.dionisioag.com.br

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terça-feira, 16 de junho de 2020

Festival on-line movimenta a cultura de Nova Lima

Artes da Terra incentiva novos talentos no Reverbera Festival será on-line e vai movimentar a cultura de Nova Lima 

Até o próximo dia 30, acontece a 2ª edição do Reverbera - Festival de Inverno da Escola Casa Aristides, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Por causa da pandemia, a edição será on-line e toda a programação pode ser conferida pelas plataformas digitais da prefeitura da cidade. Serão oferecidas cursos on-line e videoaulas de artes visuais e plásticas, música, literatura e gastronomia. A idade mínima para participar das atividades é 12 anos. 

A Associação de Artesãos de Nova Lima - Artes da Terra irá participar do evento apresentando o vídeo – Qual é o seu dom. A produção tem como objetivo despertar o interesse nos moradores de Nova Lima pela arte e suas diversas vertentes, além de descobrir novos talentos na cidade que podem se juntar aos artistas que já integram a Associação.  

O vídeo produzido pela Associação tem ainda como proposta incentivar as pessoas a colocarem em prática seus talentos, tais como bordado, pintura, costura, tricô, canto. A iniciativa incentiva as pessoas a mostrarem seus dons e fazer com que isso se torne rentável.

Serviço
Reverbera - Festival de Inverno da Escola Casa Aristides
Data: 15 a 30 de junho
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Mauricio de Sousa é um dos vencedores do Prêmio Estado de São Paulo para as Artes 2019


Desenhista foi premiado na categoria "Iniciativas culturais para crianças e adolescentes"

No dia 29 de janeiro, foram homenageados, no Palácio dos Bandeirantes, profissionais da cultura que se destacaram no decorrer de 2019, no Prêmio Estado de São Paulo para as Artes 2019. Mauricio de Sousa foi um dos vencedores pelo trabalho à frente da Mauricio de Sousa Produções (MSP), na categoria “Iniciativas culturais para crianças e adolescentes”. O desenhista foi representado pelo diretor da MSP, Rodrigo Paiva.

“É uma honra receber esse troféu de grande importância nacional na área cultural. Principalmente pela qualidade dos indicados e do júri. Agradeço! E a nossa responsabilidade para com as crianças e os jovens aumenta e nos traz novos desafios aí pela frente”, diz Mauricio de Sousa.

O prêmio, criado em 1950 e hoje reformulado – é a principal premiação cultural do Estado e a maior em nível estadual no Brasil - tem a organização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Os vencedores receberam um troféu e o valor de R$ 30 mil. As indicações foram feitas pelos membros do Conselho Estadual de Cultura e Economia Criativa, do Condephaat, da Comissão de Análise de Projetos do ProAC Expresso ICMS e pelos secretários de Cultura dos 645 municípios de São Paulo.

Mauricio de Sousa - Uma história de amor e sucesso

Mauricio de Sousa é o autor de maior sucesso das histórias em quadrinhos no Brasil. Começou nos anos 50 em uma pequena cidade do interior de São Paulo (Mogi das Cruzes), sem dinheiro, mas com muita vontade de trabalhar. Assim, conquistou milhões de leitores por passar mensagens de amizade, solidariedade e muito humor com suas criações da "Turma da Mônica". São mais de 400 personagens criados nesses anos.

Hoje, após 60 anos de seu início na área dos quadrinhos, é reconhecido em todo o mundo com várias premiações e publicações de sua obra em diversos países. No Brasil, mantém mais de 10 milhões de leitores por mês apenas com suas revistas em quadrinhos. Representa 85% de todo o mercado infanto/juvenil de quadrinhos no país. 

No YouTube, com sua série de animações "Monica Toy", chegou a mais de 7 bilhões de visualizações pelo planeta em apenas quatro anos. Depois do Brasil, quem mais assiste o programa on-line é a Rússia, México, EUA, Japão e entre outros.

Os shows ao vivo em teatro, com seus personagens, são montados em todo o Brasil e agora estão sendo apresentados em outros países, como EUA e Japão. Além disso, seu parque de diversões indoor em São Paulo é o maior da América Latina.

Sua importância para os brasileiros vai muito além do sucesso comercial. É o primeiro desenhista de quadrinhos no mundo que entrou para uma Academia de Letras junto aos escritores mais famosos (Academia Paulista de Letras - APL).

Suas revistas, comprovadamente, servem de estímulo à leitura e à alfabetização de crianças a partir dos cinco anos de idade. Por isso, passou por cinco gerações de leitores sempre renovando seu público. Na área comercial tem sua marca em mais de 3 mil itens em contratos com cerca de 150 empresas. Já produziu mais de 12 filmes de animação para o cinema e centenas de animações para a TV. É o maior produtor de animação do Brasil. Tem o maior estúdio da área na América Latina com mais de 300 funcionários. 

2020 é um ano cheio de novos projetos e uma nova dimensão para sua empreitada internacional. Uma conquista baseada na criação de um mundo de sonhos que conquistou milhões de pessoas.
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Almas Gêmeas: Edgar Allan Poe e Vincent van Gogh

Vincent van Gogh
Sempre que vejo uma arte ou leio um novo livro, procuro saber sobre a história do seu criador.  A arte e a escrita possuem marcas e vestígios da vida pessoal e visão de mundo de cada autor ou artista. Das biografias das quais já li e pesquisei, certamente quem me conhece sabe que sou fã e grande admirador das obras de Edgar Allan Poe e Vincent van Gogh. Ambos possuem histórias muito semelhantes, diferenciando apenas que um foi para o lado da escrita e o outro da pintura.


Edgar Allan Poe teve uma vida conturbada desde a infância. Sofreu muito por amores. Passou dificuldades financeiras. Não fez o sucesso que merecia em vida e morreu praticamente na sarjeta. Vincent van Gogh também sofreu por amores, e muito. Viveu na miséria, até mais que Edgar Allan Poe, e tinha ajuda financeira de apenas um irmão e isso não o fazia morrer de fome. Em vida vendeu apenas 1 dos seus quadros, e não foi um valor tão elevado. Ambos eram dedicados e completamente viciados no que faziam. Edgar Allan Poe morreu  de causas desconhecidas, mas tenho suspeitas de que a causa do seu delírio e degradação seguidos de morte prematura, foram causados por um amor não correspondido, além da falta de dinheiro para se manter. Já Vincent van Gogh se suicidou com um tiro de espingarda devido ao impedimento de um pai em deixá-lo namorar a sua filha, na qual ele era perdidamente apaixonado. Ambos, escritor e pintor deixaram marcas profundas em suas artes, sendo que só foram realmente reconhecidas muitos anos depois. Hoje, Edgar Allan Poe é um dos principais escritores mundiais e suas obras influenciaram outros escritores que também se tornaram conhecidos. Não preciso dizer muito sobre Vincent van Gogh, pois hoje a venda de apenas 1 dos seus quadros o manteria vivo e com as contas pagas pelo resto da sua vida. Edgar Allan Poe faleceu com 40 anos de idade, Vincent van Gogh com apenas 37 anos.

Uma biografia muito interessante do Vincent van Gogh, completa e com informações que não encontramos por aí e que sempre recomendo para os amigos, é encontrada no livro "As mulheres de Van Gogh - Seus Amores e sua loucura" (Verus Editora), do autor Derek Fell (Saiba mais: clique aqui). Já sobre Edgar Allan Poe, não encontramos tantas biografias, a não ser aquelas páginas extras das reedições dos seus livros que possuem uma biografia ou minibiografia do autor, muitas vezes bem incompletas. Faz uns dois anos que a Saraiva Conteúdo fez uma matéria comigo, da qual comento um pouco sobre a Vida do Poe. Quem quiser assistir ao vídeo, é só acessar (nesse vídeo eu ainda tinha os cabelos grandes): http://poesclub.blogspot.com.br/p/video.html. Também fiz uma página dedicada ao Poe: http://www.edgarallanpoe.com.br, além de escrever um romance: clique aqui.

Hoje, deixo um vídeo super bacana que me emocionou bastante. Penso: será que a maioria dos escritores e pintores só são realmente reconhecidos depois da morte? Será possível um dia viajarmos para o futuro e vermos as marcas das quais deixamos? E se Edgar Allan Poe pudesse estar hoje conosco e ver quantos leitores possui no mundo e a sua importância na literatura? E se Vincent van Gogh pudesse fazer o mesmo, viajar para o futuro e ver várias pessoas observando com entusiasmo a arte que não lhe rendia frutos, nem um prato de comida ou roupas novas para se vestir? E foi justamente isso o que aconteceu em um episódio da série do Doctor Who.

ASSISTA UM TRECHO:
Vincent van Gogh contemplando emocionado a sua própria exposição, num dos episódios da série do Doctor Who.

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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Alex Ribeiro do Prado e o seu trabalho sobre um dos grandes gênios das artes plásticas do século XX: Modigliani

MODIGLIANI – Mistérios a um toque de Amor, uma obra escrita através de fatos reais e amplamente documentada.
Contando com orientações mediúnicas, o Autor trilha um árduo e doloroso caminho, mesmo sem saber quais seriam os seus reais objetivos. Simplesmente mergulha na imensidade imensa do mar imenso...
Com este livro, então, o leitor terá a oportunidade de mergulhar também nesta história, conhecer fatos que  transitam livremente entre sentimentos de grande euforia,  profundos desânimos, de implacáveis decepções e de momentos de extrema satisfação.
Conhecerá, sobretudo, relações pessoais apresentadas através de laços afetivos e compromissos assumidos durante séculos e que prevalecem, ainda hoje.
Este projeto, iniciado em abril de 2007, tinha como objetivo a certificação de uma obra inédita, porém, Alex Ribeiro do Prado acaba trilhando um complexo projeto de investigação científico-forense, que, aos poucos, foi se mesclando com novos fatos históricos extremamente relevantes para que o leitor possa entender, sob outra ótica, a vida e a obra de vários pintores, poetas e escritores.
Tendo como pano de fundo a obra “Velieri a Livorno”, atribuída a Amedeo Modigliani, que ainda na infância e num momento mítico, previa tornar-se um dos gênios da pintura do século XX e que, hoje, nos trás, à luz do conhecimento, sólidos e intrigantes laços de amizade, amor e compromissos assumidos em séculos, exemplificados na mensagem escrita em aramaico, assim como em sua assinatura, símbolos e códigos ocultos, propositadamente inseridos na pintura.
Esses mistérios foram desvendados quando da realização dos mais avançados exames científicos nucleares, moleculares e por imagens em 3D e Raios X, detalhados em seus respectivos laudos.
Entende-se que Modigliani e as personagens desta história estiveram com suas vidas entrelaçadas, perdurando através dos séculos, em um ciclo de amor entre almas afins que percorrem seus caminhos com a certeza das eternidades, pois assim é a vida!

José Reis Chaves
Escritor, Jornalista, Tradutor, Professor, Teólogo, Teósofo, Ex-seminarista e Palestrante.

SOBRE O AUTOR:
Alex Ribeiro do Prado, Graduado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e Academia Paulista de Música, da faculdade Paulista de Artes, Professor, Pesquisador e Investigador de Artes com Monografia apresentada na pós-graduação da ECA-USP e IQ-USP, em parceria com o MAE-USP, Ator, Cantor, Radialista, Repórter, Roteirista, Poeta e Diretor.
Com mais de 40 anos dedicados ao teatro, música, rádio, televisão e artes plásticas, tornou-se também uma referência como Apresentador e Mestre de Cerimônias nos mais importantes eventos governamentais, coorporativos e sociais.
Paralelamente a outros importantes projetos, neste momento publica este intrigante livro, além de dedicar-se à conservação e divulgação de importantes documentos que registram a história do Teatro Brasileiro e do internacional grupo de repertório poético Jograis de São Paulo, por ser detentor legal do Acervo Ruy Affonso, que também é composto  por diversas obras de artes nacionais e internacionais.

Para saber mais sobre a obra, acesse: https://modigliani.art.br
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ramon Rodrigues e o trabalho de Xilogravura

Ramon Rodrigues - Foto divulgação
O artista gráfico Ramon Rodrigues nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 1982. É Graduado e Mestre em Design Industrial. Paralelo à sua formação acadêmica estudou gravura, desenho, ilustração, anatomia. Em 2008 teve seu primeiro contato com um atelier de gravura, fazendo Litogravuras (gravura feita sobre uma matriz de pedra calcária) orientado pelo mestre Bebeto. Em 2010 foi morar em Buenos Aires, onde estudou desenho, pintura e fez residência artística no atelier de xilogravura de um grande mestre argentino, Leonardo Gotleyb. Desde lá nunca mais deixou de fazer xilogravuras e desde 2011 trabalha exclusivamente como artista gráfico e ilustrador.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início nas artes?


Ramon Rodrigues: Nunca passei um período da minha vida, que eu lembre, em que não estivesse desenhando ou pintando alguma coisa. Meu pai sempre pintou nas horas vagas, assim como minha avó materna. Sempre que podia eu desenhava. Com 11 anos de idade meu pai me convidou para fazer um curso profissionalizante de desenho e pintura no Senac. Éramos eu e cerca 15 adultos fazendo aulas noturnas todos os dias. Ali eu vi que eu realmente faria isso o resto da vida. 

Matriz - Por Ramon Rodrigues
Conexão Literatura: Você criou várias xilogravuras, que são gravuras em relevo sobre madeira, sendo algumas de escritores, como a de Edgar Allan Poe. Qual é o processo e quanto tempo você leva para criar uma xilogravura?

Ramon Rodrigues: A xilogravura é uma técnica primitiva de impressão que utiliza a madeira como matriz. Basicamente são criados carimbos de madeira que depois são entintados com tinta gráfica e prensados contra o papel. A gravação de uma matriz de xilogravura é realizada com goivas (pequenos formões, específicos para esse fim) e a impressão pode ser feita de diferentes maneiras. Eu costumo utilizar uma prensa horizontal e geralmente faço minhas matrizes em mdf, compensado ou linóleo. São materiais que me permitem ter um controle maior do resultado e conseguir uma cor chapada onde a matriz não foi gravada. Cada gravador possui um método de execução de uma gravura. Eu desenho a lápis na matriz diretamente, ocasionalmente usando um espelho para ver como ficará a composição na impressão. Depois uso as goivas para fazer incisões na matriz. A próxima etapa é a impressão com tinta gráfica em um papel de algodão umedecido.
    O tempo total para uma gravura varia muito. Algumas eu esbocei, gravei e imprimi em um único dia. Outras levaram semanas. A criação e o esboço sempre me consomem mais tempo. Acho que o que mais me atrai na gravura são essas distintas etapas do processo. Não é tão cansativo. Quando acabo de esboçar tenho que começar a gravar a matriz, quando acabo de gravar tenho que imprimir. Quando acabo de imprimir já estou pronto para voltar a esboçar uma nova. Não sei se conseguiria fazer a mesma coisa todos os dias, como um pintor, por exemplo.

Conexão Literatura: Quanto custa uma estampa? Elas são numeradas e limitadas?

Ramon Rodrigues: Em meu site e em algumas galerias tenho gravuras pequenas de R$ 60 até gravuras maiores que chegam a R$ 900. Tenho também um projeto paralelo, com o Samuel Casal que é outro artista gráfico, chamado Gráfica Clandestina. É basicamente uma gráfica/atelier de xilogravura ambulante com o intuito de permitir um maior acesso à técnica e ao nosso trabalho. Na Gráfica Clandestina vendemos por um preço próximo do custo ou distribuímos gratuitamente (dependendo da opção de quem nos contratou)  pequenas gravuras e que são impressas na hora. As gravuras que estão nas galerias ou vendidas por mim em meu site são sempre seriadas e numeradas. 

Conexão Literatura: Entre as várias xilogravuras que você criou, tem alguma em especial que lhe marcou? Caso sim, por quê?

Ramon Rodrigues: Recentemente fiz algumas xilogravuras para meu filho de 2 anos, acho que ver a sua reação quando eu imprimo com ele é sempre muito legal. 

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para adquirir uma xilogravura sua e saber mais sobre o seu trabalho?

Ramon Rodrigues: Tenho um site/loja onde vendo meu trabalho (ramon-rodrigues.com) além de duas galerias que hoje me representam: A Plus (em Goiânia) e a Casa Açoriana (em Florianópolis). No meu instagram (@ramonrodriguesm) e Facebook posto sempre meu trabalho e alguns vídeos do processo.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Ramon Rodrigues: Recentemente montei um atelier novo e minha prioridade ultimamente é aproveitá-lo ao máximo, seja fazendo uma gravura nova ou trabalhos comissionados.

Perguntas rápidas:

Um livro: Cem Anos de Solidão
Um (a) autor (a): Fiódor Dostoiévski
Um ator ou atriz: Jack Nicholson
Um filme: O Gabinete do Dr. Caligari
Um dia especial: O dia em que trouxemos nosso filho para casa. Intimidador, mas especial.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Ramon Rodrigues: Sim. Se eu puder dar um conselho para os leitores, seria: Sempre que possível, consumam ou contratem artistas independentes, artistas underground. Sejam eles atores, músicos, escritores, artistas visuais, fotógrafos etc.
Por mais romântico e divertido que seja, é difícil viver de arte.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Confira 10 imagens incríveis de leitoras retratadas em pinturas

Selecionamos 10 imagens incríveis de leitoras retratadas em pinturas de vários artistas e em períodos diferentes. Confira:

Bistrô Café Arie Azene (Israel, 1934)
Catherine Potocka - Jan Matejko  
Emil Bainhardt, Maiden Aunt Reading the Bible
women reading by Miles Williams Mathis
Raymond Leech 1949 | British impressionist painter
The Bed Time Story by Seymour Joseph Guy
THE SECRET PLACE BY ALBERTO MANCONE
Woman Reading with Mother-in-Law's Tongue (1935). Albert Reuss (Budapest-born, Austrian, English, 1889-1976). Oil on canvas. Newlyn Art Gallery
Leitura de verão, 1958 Donald Moodie (Escócia, 1892-1963) Óleo sobre tela
Leitura ao crepúsculo, 2008 Emanuel Garant (Canadá, 1953) óleo sobre tela
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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Bangu Shopping inaugura a primeira galeria de artes do bairro

Léo Shun - Foto: Lorena Crist
A ARTE ABALOU BANGU

Por Lorena Crist

A primeira galeria de artes do bairro Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, já tem nome e endereço, chama-se Galeria Bangu by Shun uma novidade localizada na Rua Fonseca, numero 240, dentro do Bangu Shopping. A galeria fica aberta todos os dias e a visitação é gratuita.  A Galeria Bangu by Shun é um projeto do Bangu Shopping junto ao muralista e artista plástico Léo Shun, que é morador local e um artista que vem se destacando por seus feitos. Inaugurada no inicio de outubro, a Galeria Bangu by Shun apresenta ao público uma exposição com obras desenvolvidas pelo próprio artista, uma coleção intitulada DIFUSÃO DO IMAGINÁRIO, que consiste em mostrar o mundo do graffiti a partir dos olhos de Léo Shun, que além de convidar o público a entrar no seu universo, se propõe a desmistificar a arte urbana, explicando em traços, formas e cores o quão imenso é o seu mundo.

A Galeria Bangu by Shun se dispõe a oferecer ao bairro e aos visitantes novidades em forma de arte, tais como: exposições, palestras, oficinas, workshops, live paints, vendas de obras e produtos decorativos, entre outras atividades artísticas envolvendo e expondo pinturas, telas, fotos, esculturas, objetos decorativos, etc.

Os moradores da região e de bairros vizinhos já podem desfrutar e ter acesso às artes plásticas e ao graffiti de perto, uma galeria era o que faltava para completar esse bairro festivo e quente. Bangu é um lugar rico em histórias e cultura, seguindo uma crescente no seu desenvolvimento que se iniciou através da fábrica de tecidos onde hoje funciona um dos shoppings de grande destaque na cidade. Com isso a Galeria Bangu by Shun veio para complementar culturalmente e entrar no rol turístico da nossa cidade e do bairro.

"Bangu é um bairro fascinante, é uma pena que muita gente não conhece toda a riqueza histórica do bairro e sua importância para a cidade. Abrir, juntamente com o Bangu Shopping, a primeira galeria de arte do bairro é pra mim motivo de muito orgulho e alegria". Declara Shun

Em pouco mais de uma semana a Galeria Bangu by Shun já recebeu mais de três mil pessoas, e todas se mostram muito sensibilizadas com a exposição. Durante as visitações os frequentadores tiveram as mais variadas reações possíveis, desde muitos sorrisos à emoção com lágrimas nos olhos. O público ficou surpreso com a novidade e parabenizou Léo Shun e o shopping pela iniciativa. A satisfação pela proximidade e pelo acesso a mais um programa cultural voltado para toda a família é facilmente encontrada nas redes sociais como uma forma de expressão e carinho, a conexão do público com a galeria pode ser vista através dos registros em forma de fotos, vídeos e depoimentos.

"As pessoas têm se envolvido com as obras não só apreciando, mas se relacionando com elas e se permitindo serem tocadas. Só nessa primeira semana já recebemos muitas fotos e vídeos pelas redes sociais e nos momentos em que estive presente na galeria recebi um carinho muito grande do público e depoimentos fantásticos que me emocionaram." Declara Shun

Léo Shun se comove ao ver a reação das pessoas, por ter nascido e crescido em Bangu possui um carinho especial pela região. No mês de outubro Shun tem dupla comemoração, pois além de abrir sua galeria ele também completa quinze anos de carreira. O jovem que hoje vive momentos de ascensão na arte relembra que já foi pichador e que por conta disso passou por muitos contratempos. Devido a pichação ser considerada um ato ilegal, ele era constantemente ameaçado e exposto em situações que colocava sua vida em risco. Após pichar por seis anos Shun teve uma experiência espiritual que mudou todo o seu ponto de vista sobre a vida, e isso o fez abdicar da pichação e migrar para o graffiti.

Inauguração da Galeria Bangu by Shun - Foto: Lorena Crist
Com isso ele começou a se interessar pela arte urbana ainda adolescente, o graffiti apareceu na sua vida como um grande achado. O artista prodígio estudou por conta própria, aperfeiçoou toda a sua inclinação para arte adquirindo estilo e identidade, sempre se reinventando Shun desenvolveu um estilo denominado Persona onde criou um personagem, o cachorrinho chamado Half, que virou sua marca na arte urbana e estimulou outros jovens a aderirem esse novo estilo. O objetivo de quem adere ao persona é criar um personagem e torná-lo sua marca. O sucesso foi tanto que conseguiu atrair a atenção de muitos jovens e também a migração deles da pichação para o graffiti. O jovem acredita que a arte pode contribuir para a transformação das pessoas e seu trabalho é uma prova de que isso é possível.

"É interessante ver que a arte urbana vem atraindo o olhar de pessoas de diferentes classes sociais, é importante ver uma arte que veio da periferia ganhar o mundo, me sinto parte do graffiti e sinto que ele faz parte de mim". Diz Shun

Para conhecer mais sobre o artista e grafiteiro Léo Shun é só visitar a Galeria Bangu by Shun e apreciar as diversas artes apresentadas, entre elas obras interativas. É possível acompanhá-lo também através das redes sociais Léo Shun e Shun Graf (suas páginas no Facebook) @galeriabangubyshun @shungraf e @leoshun_rj (Instagram), e no site da sua empresa www.shungraf.com.
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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Sessão de prática de desenho com modelo vivo, por Sérgio Simka e Cida Simka


Voltada a estudantes, artistas visuais, desenhistas autodidatas, pessoas das áreas de arquitetura, história  em quadrinhos, praticarem o desenho da figura humana. Haverá uma pessoa posando entre 14h e 16h, variando entre poses de 1 min a 15 min. Não será uma aula, será um encontro no qual os participantes desenharão o corpo humano com a presença do modelo a partir de sua proposta de sequência de poses, que ao final poderão conversar entre si sobre seus desenhos, suas técnicas e trajetórias.
Dia 23/06, das 14h às 16h30, no Gambalaia Espaço de Artes e Convivência.
Rua das Monções, 1018, Jardim - Santo André-SP.

Inscrição (não haverá seleção): enviar para arte.encontro@hotmail.com
Nome completo, idade e qual é sua experiência com desenho e pagar taxa de R$20 no dia.
Cada participante deve levar seu material de desenho, incluindo prancheta se preferir.
https://www.facebook.com/events/982579741918399

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Confira a exposição inspirada em Stephen King!


Que Stephen King é um ícone do horror, isso é inegável. Suas obras já tiveram diversas adaptações para o cinema e a TV e seus personagens são referências no mundo do terror, desde o palhaço Pennywise de IT, a jovem Carrie, Jack Torrance de O Iluminado, o cachorro Cujo, o gato zumbi de Pet Sematery (cujo filme ganhou trilha sonora exclusiva gravada pelos Ramones!). O mundo de King é extenso e bem detalhado, o que torna as narrativas mais realistas e, por consequência, aumenta o impacto do horror, do drama e também do suspense em suas histórias. Sua escrita é muito visual, motivo esse que facilita para que seja frequentemente adaptada para o cinema. Por isso mesmo também rende belas artes visuais inspiradas em seus livros. Fãs de todo o mundo com bastante freqüência criam as chamadas fanarts (artes de fãs) sobre os personagens e cenários de King (basta jogar no Google fanarts Stephen king e você encontrará muita coisa!). Agora imagine artes assim, inspiradas no sombrio mundo de King, expostas em uma galeria? Pois é exatamente isto o que está acontecendo no Gallery 1988, em Los Angeles. Veja abaixo algumas das belas artes que integram a exposição!
                
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Conexão Nerd: Leonardo da Vinci - Espião ou Viajante do Tempo?

Leonardo da Vinci foi um dos maiores pintores e gênios que já existiu. Ele desenhava objetos engenhosos que só seriam criados séculos depois, como o esboço de uma bicileta, isso no século XV, algo quase impossível. Daí vem uma das teorias que ele seria um viajante do tempo. SERÁ?
 
Assista o vídeo no Canal Conexão Nerd, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=bL3XIlBKiDo




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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Legado de Poe: conheça 5 escritores e artistas inspirados em Edgar Allan Poe

Podemos dizer que, de alguma forma, Poe tornou-se imortal. A obra de Poe ecoa pelos séculos desde sua publicação e suas palavras e ideias são perpetuadas e discutidas por muitos, o que garantiu a ele um lugar de destaque na literatura. Na verdade, sabemos que, infelizmente, o escritor ganhou mais reconhecimento postumamente, apesar de ter publicado boa parte de sua obra em vida, principalmente seus mais famosos contos, poemas e ensaios. Logo já influenciou um grande nome da literatura francesa e mundial, pois Baudelaire foi um dos primeiros grandes autores a admirar a obra de Poe, o que o conduziu a traduzir os textos para levar a obra do mestre para a França, tornando-o mais conhecido na europa. Anos depois, Poe continuaria a influenciar muitos escritores e artistas pelo mundo. Lovecraft, Stephen King, Tim Burton, Vincent Price e muitos outros.
Como já disse, pelo mundo todo há escritores e artistas influenciados por Edgar Allan Poe. E no Brasil não podia ser diferente, como você deve ter notado pelo avatar deste site, no qual temos uma ilustração de Poe. O objetivo desta matéria é mostrar como Poe continua influenciando muitos escritores e artistas e a importância dessa influência aqui no Brasil. Portanto, leia abaixo breves entrevistas com 5 escritores e artistas (2 escritores e 3 artistas plásticos) cujos trabalhos são influenciados por Edgar Allan Poe. Um deles, inclusive, é o criador aqui do blog da Revista Conexão Literatura. E a imagem de capa é a obra de um dos grandes artistas plásticos entrevistados para a matéria.
Veja abaixo uma breve biografia explicando mais sobre o trabalho de cada um e entenda como Poe os influencia em seus respectivos trabalhos, desde escrever contos inspirados em Poe, organizar antologias e sites inteiros dedicados ao autor, criar um site de literatura a fazer belas esculturas ou ilustrações. As entrevistas foram organizadas em ordem alfabética, começando pelos escritores, pela proximidade com o trabalho de Poe, seguidos dos artistas plásticos, também em ordem alfabética (a entrevista final é com o criador da obra escolhida para a imagem capa!).
Editor e idealizador da Revista Conexão Literatura e deste blog. Paulista, escritor e ativista cultural. Membro Efetivo da Academia de Letras José de Alencar (Curitiba/PR). Participou em mais de 40 livros, sendo um dos mais recentes “Nouvelles du Brésil”, publicado na França pela editora Reflets d’Ailleurs. Publicou pela Editora Draco “O desejo de Lilith” e o seu mais recente romance “Caçadores de Demônios”. Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, criou e publicou as antologias “Poe 200 Anos” e “Nevermore”. Adora pizza, séries televisivas e HQs. E-mail: pascale@cranik.com
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe? 
O interesse por Poe surgiu na faculdade. A minha professora de literatura estrangeira era fã de Poe e ela ministrava as aulas com tanto gosto, que logo veio o meu interesse em saber mais sobre as obras dele. Hoje me considero mais fã dele do que ela…(rs)

2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como escritor? 
E como surgiu a ideia do blog e das antologias inspiradas no autor? 
90% do meu trabalho hoje na literatura veio da inspiração em Poe, não somente sobre as suas obras literárias, mas também sobre a sua história de vida. Fiz livros inspirados nele, quadrinhos e fanzines.
A ideia do blog “Poe’s Club” (www.poesclub.blogspot.com), veio justamente pela falta de informação que encontrei ao procurar por informações sobre Poe em sites ou blogs brasileiros. Poe morreu precocemente e se vivesse mais, certamente teria nos deixado muitas outras obras. Essa carência por mais obras dele me inspirou a criar antologias inspiradas em seus contos, surgindo os livros “Poe 200 Anos”, que fiz em parceria com o escritor Maurício Montenegro, e “Nevermore – Contos Inspirados em Edgar Allan Poe”. Recentemente fiz uma homenagem ao Poe na 2ª edição da Revista Conexão Literatura. Ela ainda pode ser baixada acessando o link:http://www.fabricadeebooks.com.br/conexao_literatura2.pdf
Duda Falcão em 2010 fundou com Cesar Alcázar a Argonautas Editora, especializada nos gêneros fantásticos. Seu primeiro romance de aventura e horror, intitulado Protetores, foi lançado em 2012. No ano seguinte, publicou o livro de contos Mausoléu – uma coletânea com textos inéditos e outros publicados desde 2009. Em 2013 e 2014 foi curador do Tu, Frankenstein na 59ª e 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Também é um dos idealizadores da Odisseia de Literatura Fantástica que ocorre na capital gaúcha.
Pessoalmente, indico muito para fãs de Poe e de literatura fantástica mais sombria em geral os contos de Duda Falcão “Relíquia”, “A Pena do Corvo”, “Museu do terror”, todos presentes no livro “Mausoléu”. Nos dois primeiros vemos referências a Edgar Allan Poe, um contando sobre o gato preto e outro sobre um narrador mais do que obcecado com Poe – um conto que vale a pena do corvo ler e reler. Em “Museu do Terror” vemos um cenário fantástico onde há peças retiradas de diversas obras da ficção, o que torna esta narrativa uma incrível obra de meta-ficção; Veja abaixo uma breve entrevista com o autor:
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
O meu interesse em Edgar Allan Poe foi despertado pela capa de um livro. Na minha casa, há mais de duas décadas, recebíamos visitas de vendedores do Círculo do Livro. Um sistema de assinatura em que todos os meses devíamos fazer uma encomenda. Naquela época as livrarias eram mais escassas e as condições econômicas para comprar um livro bem menos favoráveis do que hoje. Adquiri a obra Histórias extraordinárias por ver um gato sentado sobre uma teia de aranha e um sujeito de aspecto doentio vestindo um manto. As duas figuras estavam posicionadas abaixo de um portal e as linhas que os desenhavam pareciam feitas de ouro. Não sei explicar a sensação que passou pela minha cabeça. Mas fui atraído pela imagem. Quem foi que disse que não deve se comprar o livro pela capa¿ Naquela oportunidade foi por isso que eu o comprei. Nem imaginava quem era Poe. Acertei na mosca. Acabei conhecendo um dos meus autores preferidos. Até hoje os contos que mais me impressionam naquele volume são A queda da casa de Usher, O barril de Amontillado, O gato preto, William Wilson e Os crimes da rua Morgue.
2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como escritor?
Sem dúvida, Poe é importante, em primeiro lugar, na minha formação como leitor. Prefiro contos a romances. Isso não significa que eu não goste de ler romances, mas gosto mais de ler contos. Talvez esse fato tenha me proporcionado maior familiaridade com a escrita de prosas curtas. Percebo no conto uma preocupação muito mais forte com o enredo e a atmosfera do que com a construção do personagem. Isso não significa que quem escreva contos não se preocupe com os personagens, basta conhecer o doentio e cadavérico Usher. Porém, acredito que o foco não está no protagonista ou nos personagens secundários, mas sim na trama, na sensação final que o escritor pretende causar ao contar o seu relato. No meu livro Mausoléu, você pode encontrar diversos contos influenciados de forma direta por Poe. Vou citar dois deles. Em Relíquia, publicado pela primeira vez no livro 200 anos de Edgar Allan Poe, o protagonista, conhecido pela alcunha de Proprietário do Museu do Terror, invade o conto O gato preto para capturar o felino. No conto A pena do corvo, o personagem principal é um colecionador que se depara com um objeto mágico capaz de consumir sua sanidade e a sua própria identidade – foi escrito em primeira pessoa para aproximar o leitor da história e a sua principal referência é o conto Nunca aposte sua cabeça com o diabo. Em breve ocorrerá o lançamento de O corvo: um livro colaborativo, que será publicado pela Editora Empíreo, para a qual submeti um conto intitulado O resgate de Lenora – fantasia heroica em homenagem ao poema O corvo e que também, de certa forma, faz referência a outro autor que admiro muito: Robert E. Howard.
Publicitária, mora em Porto Velho, Rondônia. Cria fotografias e artes visuais repletas de atmosfera sombria, inicialmente como forma de escapar da depressão e distimia. Começou a ilustrar em 2014, de forma complementar a fotografia, e faz obras inspiradas na literatura e na música, utilizando principalmente técnicas como pontilhismo e aquarela.
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
Eu fui criada com 4 irmãos mais velhos me contando histórias de terror antes de dormir, pra me assustar. Quando fiquei maiorzinha, assistíamos filmes do gênero juntos nas sextas-feiras a noite, e como eu estava com eles, me sentia confiante para ver até as cenas mais fortes. 
Devo ter lido Poe a primeira vez naqueles livros de gramática e literatura do colégio, que falavam dos gêneros literários de forma cronológica e colocava trechos e até obras inteiras pra gente conhecer o trabalho dos autores. Ali, me encantei não somente com Poe, mas com outros expoentes do mórbido, como Augusto dos Anjos, Baudelaire, Alphonsus de Guimaraens. Não era algo que a gente encontrava em qualquer biblioteca, então quando vi a primeira vez um exemplar de Histórias Extraordinárias num sebo local, muitos anos depois, fiz questão de comprar e hoje tenho uma coleção muito bonita de livros dele, nacionais, estrangeiros e alguns bem raros. 
2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como ilustradora?
Eu sempre fui muito visual, então sou dessas que compra arte, busca conhecer artistas e suas técnicas. Por estar ainda engatinhando quando se trata de arte, procuro ver e conhecer de tudo pra não me limitar, mas o obscuro e macabro vão sempre ganhar destaque na minha influência. O Poe tem essa capacidade incrível de nos colocar no lugar do protagonista, então somos os insanos, aqueles que têm visões, os ameaçados de morte, os assassinos. Acho que quando crio, seja através das ilustrações ou da fotografia, muito vem disso, tentar reproduzir um pouco da miséria e da angústia, já que a arte pra mim é uma válvula de escape da realidade e da vida.
Começou a estudar arte como autodidata aos treze anos, com quinze, já se especializara em artes plásticas, um campo onde, segundo o artista, existe a possibilidade de trabalhar com qualquer tipo de material sem depender apenas de tintas e pincéis. Conheceu o surrealismo e uniu sua paixão por cultura pop ao assunto. Os maiores debates em sua arte são relacionados sexo e religião. Hoje trabalha também como designer de roupas, pinta quadros e estuda teatro, dança e cinematografia e fez algumas ilustrações bem originais inspiradas no mestre Poe.
  1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
Conheci Poe quando estudava história da arte e como desde muito novo (em torno dos 15 anos) eu já me familiarizava com o surrealismo e o mundo fantástico, Poe sem dúvida me chamou atenção por tais motivos e ligações com tais movimentos artísticos. Sua persona estética caricata e como viveu sua vida, aguçou meu interesse por ele e sempre tentei usar sua imagem dentro de ilustrações inspiradas em suas obras.
  1. Qual a importância e influência dele no seu trabalho como ilustrador?
Todo escritor, artista por si, tem um pouco de si mesmo em suas obras, o terror da obra de Poe era vivo dentro de si, no seu rastejo de vida e isso sempre me chamou atenção. A forma que Poe viveu e a forma que via sua obra e como deixou em póstumas é de um lirismo similar ao de sua obra e isso sempre me interessou. Uma das grandes questões que percorria minha mente no inicio de minha vida como artista era o significado da morte, e com Poe fui aprendendo a decifrar esses mistérios e medos que percorrem o tema.
Poe, assim como Frida e Clarice Lispector –dentre outros – faz parte da minha formação eterna como pessoa e alma artística, por isso, os conheço e bebo de seus trabalhos aos poucos, como se fosse um amadurecimento de uma amizade, até mesmo póstumos. Creio que todo artista tem um pouco de suas dores, de suas influencias e de seus antigos, atuais e novos trabalhos misturados em cada novo projeto que se inicia. Poe me influencia de forma temporal, sagrada e na luta eterna de entender e acalmar meus (seus) próprios fantasmas.
Escultor e ilustrador inspirado em clássicos do terror, o artista conta que o horror é a casa dele. Começou muito cedo a desenhar e modelar devido ao estimulo familiar a explorar as possibilidades de manifestação artística.
Seu trabalho explora basicamente o macabro, os monstros, criaturas, mutantes, aberrações e os ambientes que elas habitam.
Já explorou a obra de Poe em ilustrações e mais recentemente modelou um busto do autor, replicado em resina. O próprio gato preto e o cadáver do conto também viraram esculturas e aguardam que uma brecha de agenda permita que ele termine um Shadow Box retratando uma cena do autor escrevendo, visto através de uma janela, enquanto citações de seus contos o cercam.
Veja abaixo uma breve entrevista com o artista explicando a influência de Poe em seu trabalho, acompanhada de imagens de belas esculturas em que ele retrata Poe (inclusive a imagem de capa é um trabalho dele!).
1. Como surgiu o interesse na obra de Poe?
Como um apreciador da cultura de horror durante minha vida inteira provavelmente traços da obra dele já estavam impregnados em mim muito antes de eu ter consciência que aqueles elementos eram provenientes de um autor específico.
Depois é claro que eu conheci de forma mais direta, ou quase isso, já que meu primeiro contato foi por adaptações para o cinema, e não pela leitura.
Meu primeiro conto dele foi bem óbvio, O Corvo, e dali pra frente ele sempre fez parte do meu cardápio.
2. Qual a importância e a influência dele no seu trabalho como escultor?
Inicialmente eu procurava temas mais orgânicos, deformidade e a decadência da carne.Mas a verdade é que isso cansa, depois de um tempo eu comecei a buscar temas mais abrangentes e voltei a me interessar pelo primeiro tipo de horror com que tive contato, o gótico.
A obra do Poe é rica em imagens que dão vontade de materializar em esculturas, o próprio autor é extremamente característico e tem traços interessantes de trabalhar.
Ele também inspira trabalhos relacionados a design de objetos, acredito que sua obra funcione melhor quando retratada no período em que foi escrita, portanto rende objetos de cena e decorativos em ambientes, o que ajuda a criar a atmosfera certa.
Seus personagens se retratados fielmente aos contos rendem a possibilidade de explorar trajes e penteados de época, não apenas é divertido de esculpir, da resultados agradáveis ao olhar.
Suas criaturas são majestosas e sombrias, Edgar Allan Poe é elegante em atmosfera na leitura e como inspiração para imagens.
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