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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Entrevista com Daniela S. Terehoff Merino, autora do livro Brilha Brilha Adelina, ilustrado por Cláudia Andréia Terehoff Merino


Daniela S. Terehoff Merino (@daniterehoff) é doutora em Letras pela USP, tendo sido bolsista FAPESP orientada por Elena Vássina tanto no mestrado quanto no doutorado. Desde 2011 suas dramaturgias são encenadas em mostras teatrais da cidade de Ribeirão Píres. Ganhou 3 menções honrosas em concursos e publica seus contos, crônicas e poemas no próprio blog, no instagram e antologias de diversas editoras. Tem vários trabalhos em parceria com a ilustradora Cláudia (@caucauilustra). É autora de "Sulerjítski: mestre de teatro, mestre de vida" (Perspectiva, 2019), de "O sabiá carnívoro" (Dialética, 2022) e agora também de "Brilha brilha Adelina", que está para ser lançada na 1ª FLIRP este mês.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como e quando surgiu essa sua grande paixão pela escrita?

Daniela Simone Terehoff Merino: Em abril deste ano, ao falar nesta mesma revista sobre a obra “O sabiá carnívoro” — que havia sido lançada há pouco, em fevereiro —, tive a felicidade de poder contar aos nossos leitores um pouco sobre a minha infância e a forma como a paixão pela escrita foi tomando conta de mim. Como eu disse na ocasião, desde que me entendo por gente, repetia: “Quero ser escritora” cada vez que me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse. Influenciada por meus pais, lia contos de fadas e fábulas, escrevia muito em caderninhos (principalmente poemas com rimas) e adorava brincar de criar e contar histórias para a minha irmã mais nova, Cláudia (hoje ilustradora), sobretudo com bichinhos de pelúcia e outros bonecos. Nós brincávamos de criar histórias todas as noites, sem falta! Bem, uma vez que essa história de como nasceu a paixão pela escrita já ficou mais detalhadamente registrada na revista de abril, gostaria de pedir licença para contar, em poucas palavras, a narrativa de como renasceu essa paixão depois de sua quase extinção, pois pode não parecer, mas em determinado momento da vida o gosto pela escrita foi perdendo muito espaço para outras atividades menos prazerosas ou mais urgentes e eu precisei buscar meios, aos poucos, de reacender a paixão que vinha desaparecendo. Para ficar mais compreensível do que estou falando, é preciso mencionar o fato de que entrei na faculdade de Letras em 2008 por ver nisso uma forma de estar próxima da literatura e da escrita e, consequentemente, de realizar um sonho antigo. Mas, com o passar dos anos, algo inexplicável foi acontecendo e eu já não escrevia mais por prazer — todo o contato com a escrita era destinado apenas à escrita de trabalhos acadêmicos, análises de textos de escritores consagrados, etc. Não está muito claro para mim o que acontece nesse momento, mas uma coisa é fato: muitas pessoas entram em uma faculdade de Letras dizendo “Quero ser escritor/a” e ,com o tempo, vão deixando esse sonho para trás. Por quê? Talvez a gente não veja muitos meios de ser um autor publicado depois que entra na faculdade; talvez seja apenas medo de arriscar, ou, quem sabe, seja falta de conhecimento para compreendermos como chegar lá; quem sabe tenha a ver também com a falta de uma grade com matérias destinadas à prática exclusiva da escrita criativa, ou, talvez, seja apenas consequência da vida mesmo, que vai levando a gente por caminhos tortuosos e que nos desconectam da nossa própria essência. Seja lá como for, na faculdade eu não praticava a minha criatividade literária, e o reencontro com a escrita criativa, para a minha surpresa, deu-se apenas através do teatro. Foi escrevendo peças — a convite de amigos, atores e diretores — para serem apresentadas por alunos das oficinas de Ribeirão Píres que eu realmente comecei a me sentir um pouco escritora. Mas as peças eram apresentadas e desapareciam: além das fotos da lembrança e, vez por outra de uma gravação, não restava nada. E então, a sensação era de ser impossível virar uma autora publicada. Não que isso fosse o mais importante! De maneira alguma. Mas o fato é que eu continuava a sonhar (cada vez menos) em, algum dia, quem sabe, ter livros circulando por aí e poder imaginar que alguém, em algum lugar do vasto mundo, está se conectando comigo através de um livro. Eu não tinha amigos com textos publicados, não sabia como proceder e, verdade seja dita, nem ia atrás de saber como publicar um livro literário — infelizmente, às vezes apenas sonhamos, mas não nos movemos muito do lugar para realizar nosso sonho. Voltando ao teatro, entre 2011 e 2019 escrevi 11 dramaturgias, quase todas encenadas por alunos da cidade. E isso me deixava imensamente feliz e grata, pois era praticamente o único contato que eu tinha com a escrita criativa. Mas eis que em 2020 veio a pandemia e a pequena chama foi se extinguindo de vez. Além de eu ficar afastada das matérias que seriam presenciais no doutorado, ainda me encontrei sem o teatro e a chance de escrever algo para ser encenado no fim do ano. Ou seja, eu não tinha mais nenhuma meta com a escrita, nada em que me agarrar. Passei então a escrever apenas por distração ou necessidade. Era algo intenso e eu escrevia principalmente com base em notícias que via na TV. No entanto, todas as poucas vezes que tinha acesso a saber sobre concursos literários e inscrevia algum texto, não ganhava nada. E quando mostrava minhas narrativas a conhecidos, não surtiam muito efeito – na maior parte das vezes, havia apenas críticas vagas.  Estava realmente começando a pensar: “Será que eu não devia desistir de tudo isso e mudar de vida? Será que eu tenho mesmo jeito para isso ou era tudo ilusão? Com que fim eu escrevo, afinal?” quando três acontecimentos principais mudaram o rumo da história: 1) comecei a fazer cursos online, entre os quais o de bioescritas, no qual tive contato com gente que realmente amava escrever e voltei a me empolgar; 2) a minha amiga Irene Godoy leu textos que eu havia inscrito em concursos e com os quais eu não ganhara nada e finalmente me deu dicas certeiras sobre o ritmo e a forma de construir as frases – isso me ajudou a entender como eu podia melhorar; e, 3) para terminar, conheci através da amiga Priscila Marques um site chamado Seleções literárias. Ali eu encontrei milhares de editais e entendi que não era tão impossível assim publicar. Mandei um texto para a editora Ao Vento Editorial em janeiro de 2021, fui aceita com um “Nossa equipe amou o seu texto!” e de lá para cá, resolvi investir de vez nesse sonho e vim publicando em diversas antologias de diferentes editoras. Também foi aí que eu conheci a revista Conexão Literatura, na qual publiquei contos e crônicas mais de uma vez.

Conexão Literatura: Você é autora do novo livro "Brilha Brilha Adelina”. Poderia comentar? 

Daniela Simone Terehoff Merino: O livro “Brilha Brilha Adelina” surgiu especificamente durante a pandemia e foi totalmente influenciado por tudo o que eu via e ouvia durante o ano de 2020, sobretudo nos noticiários. Eu andava ouvindo muito sobre o sofrimento das crianças e pré-adolescentes e também sobre como seria difícil para eles reaverem uma vida normal após tanta tristeza e tensão. Ao mesmo tempo, havia, volta e meia, reportagens falando sobre a necessidade de fazermos algo para mantermos a esperança dentro das crianças apesar de tudo o que se passava.  No próprio ano de 2020, com tudo isso na cabeça e a vontade de participar do concurso Giostrinho (a proposta era falar sobre o tema da pandemia em um livro infantil), comecei a ter ideias. Comecei a imaginar como o mundo estaria sendo visto pelas estrelas naquele momento e acordei certa manhã com uma frase na cabeça: “Brilhava no céu, pequenina, uma estrela chamada Adelina.” Pronto! Eu tinha um ponto de partida que, aliás, virou mesmo a primeira frase do livro. Consegui terminar o texto a tempo, mas não ganhei o concurso Giostrinho. Quando a minha amiga Irene leu o texto pela primeira vez e deu algumas dicas de ouro, resolvi mexer nele e tentar a participação em outro concurso. Arrumei o texto, adaptei-o, e inscrevi-o, desta vez com algumas ilustrações feitas por minha irmã. Também não ganhamos nada. Porém, eu gostava da minha história e não queria desistir dela. Tanto é que voltei a mexer no texto, trabalhando nele tanto quanto pude. Em 2021, ao saber sobre o Primeiro Prêmio Travassos de literatura por um grande acaso — afinal, eu soube no último dia das inscrições! — acabei enviando o livro. Por que não enviaria, se já estava praticamente pronto? E, desta vez, deu certo! Ganhamos o segundo lugar e, com isso, a publicação, feita pela Editora Travassos com muito capricho. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Daniela Simone Terehoff Merino: Levei menos de um ano escrevendo e, como comentei acima, minhas principais fontes de pesquisa foram, sem dúvida, os noticiários. No entanto, é preciso mencionar outros detalhes. Primeiro: fiz pesquisas e cursos mais focados no universo infantil e descobri alguns pontos importantes como, por exemplo, colocar situações bem próprias da vida de uma criança dentro da vida do protagonista a fim de criar identificação. Foi aí que me vieram ideias como a de fazer a estrelinha estar em uma sala de aula. Foi o mesmo quando comecei a pensar: o que será que as crianças estão sentindo em suas casas, presas o dia todo? E aquelas que passam por dificuldades, por exemplo, no caso de os pais terem perdido o emprego durante a pandemia? E as que gostam de desenhar ou estudar, e não conseguem fazer isso em casa por falta de materiais? E as que estão passando fome? Se uma estrela visse tudo isso, se importaria? Outro ponto importante: decidi que em momento algum do livro eu mencionaria a palavra “pandemia”. Eu não queria que o livro ficasse restrito a isso; gostaria que ele trabalhasse outros aspectos, e não que fosse algo feito para as crianças se lembrarem do período com todas as letras. Também foi importante eu ter procurado estabelecer relações diretas com a música “Brilha Brilha estrelinha”. Assim como foi fundamental ouvir o escritor Pedro Bandeira no evento online Conaler, em 2020, dizendo que um escritor ama o seu leitor e precisa dar esperança a ele. Precisa mostrar que apesar dos erros cometidos e dificuldades da vida, ele ainda tem chance de ser feliz.  E por fim, não poderia deixar de dizer que, como sempre, minha irmã e eu trabalhamos em conjunto. Ela ia fazendo desenhos que influenciavam o meu trabalho diretamente, tal como em “O sabiá carnívoro”. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Daniela Simone Terehoff Merino: Foi então que o sinal bateu e todas as trinta estrelinhas ali presentes voaram felizes para a saída. Como era bom ir embora! Iupi! Viva! 

Apenas Adelina seguiu seu caminho para casa de outro jeito, cabisbaixa e pensativa. Afinal, ela também tinha, como todas as outras estrelas, o sonho de ganhar o Concurso anual e virar uma estrela cadente. Ah! Que maravilha! Um sonho para lá de estelar! Mesmo assim, não conseguia concordar com tudo o que a professora havia dito. Seriam todos tão maus assim lá na Terra? Impossível acreditar! Se ela ao menos pudesse ter certeza... “Ah! Já sei!”, pensou Adelina, tendo subitamente uma grande ideia: “Eu vou lá dar uma olhadinha por mim mesma e se eles forem mesmo muito ruins, fujo num piscar de olhos, mais rápido do que um cometa! Agora, se forem bons, eu vou consolar todos eles, abraçar e ainda por cima ter a prova de que a professora estava errada enquanto a minha mãe estava certa.”   

Mal teve essa ideia, olhou para os lados, tomou fôlego e... Zás! Voou para a Terra. E seu voo foi tão rápido, mas tão rápido, que Adelina nem conseguiu escolher onde cairia e acabou parando perto de uma casa minúscula onde um menino chorava no parapeito da janela. 

A princípio Adelina quis se esconder desse menino e foi para trás de uma grande árvore, pois teve medo de a professora ter razão e o menino querer fazer-lhe algum mal. Acontece que o brilho de Adelina era muito forte e o menino logo a enxergou apesar de toda a escuridão. Em seguida, parou de chorar e, percebendo tratar-se de um rosto amigo, sorriu para a estrelinha. 

Conexão Literatura: Você é irmã da Daniela e também trabalha em seus livros com suas lindas ilustrações. Conte como isso funciona; você lê o texto da Daniela para criar as ilustrações ou vocês debatem sobre isso para entrarem num acordo?

Cláudia Andréia Terehoff Merino: Primeiro leio as histórias dela. Vejo as cenas que são mais importantes e então conversamos para ver o que ela gostaria que fosse desenhado.

Conexão Literatura: Fale mais sobre as ilustrações que você desenvolveu para esse novo livro da Daniela.

Cláudia Andréia Terehoff Merino: As ilustrações para o “Brilha Brilha Adelina” foram feitas para agradar o público infantil. Então as fiz com formas mais arredondadas, que mostram um pouco mais de suavidade, e cores mais alegres. 

Conexão Literatura: Como os leitores poderão saber mais sobre você e suas ilustrações? É possível contratá-la para o trabalho de ilustração? 

Cláudia Andréia Terehoff Merino: Os leitores poderão me acompanhar por meu instagram @caucauilustra. E sim: basta entrar em contato comigo que eu posso passar um orçamento. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o novo livro? 

Daniela Simone Terehoff Merino: O lançamento do livro será realizado no dia 24 de setembro, às 15h, durante a 1ª FLIRP (Feira Literária de Ribeirão Píres). Esta feira será um marco na história de nossa cidade e contará com uma belíssima programação em seus dois dias de evento (dias 24 e 25), na qual estarão presentes vários escritores e artistas do ramo, inclusive os de nossa cidade. Ali, terei exemplares para vender. Mas, caso prefira, basta entrar em contato comigo pelas redes sociais (@daniterehoff), que eu envio pelo correio para qualquer lugar do Brasil, ou, ainda, é possível adquirir o livro através do site da editora Travassos e de seus outros canais de venda.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Daniela Simone Terehoff Merino: Certamente! E são tantos que eu não conseguiria mencioná-los todos. Então vou mencionar apenas o próximo, que já está sendo preparado, no forno: um livro infantil com uma história de natal em formato poético. 

Cláudia Andréia Terehoff Merino: Sim, tenho alguns projetos com a Dani. Pretendemos fazer o livro de natal até o fim deste ano. Também tenho projetos individuais de ilustração, e de criação de ilustração.

Perguntas rápidas para Daniela:

Um livro: Momo e o senhor do tempo

Um (a) autor (a): Anton Tchékhov

Um ator ou atriz: Audrey Tautou

Um filme: A invenção de Hugo Cabret

Um dia especial: O dia em que apresentaram a minha primeira dramaturgia, “Conto de amor e morte”, com direção de Romário Oliveira e Dida Genofre. 

Perguntas rápidas para Cláudia:

Um livro: História sem fim

Um (a) autor (a):  Edgar Allan Poe

Um ator ou atriz: Keanu Reeves

Um filme: O castelo animado

Um dia especial: Difícil escolher um só, então escolho os dias que passo com a minha família.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Daniela Simone Terehoff Merino: A criação literária é um processo intenso, de muito trabalho, esforço, dedicação, leitura, releitura, mudança até encontrar a melhor frase, tentativa e erro, enfim, um processo infinito! Mas se você, por acaso, sentiu o chamado artístico, não deixe que ele escape ou desapareça e siga em frente, apesar das dificuldades. Eu tive duas negativas antes de ganhar o segundo lugar no Primeiro Prêmio Travassos e poder realizar o sonho de ver “Brilha Brilha Adelina” enfim publicada. É assim a vida. “O fracasso”, já dizia Henry Ford, “é apenas uma oportunidade para começar de novo de maneira mais inteligente”. 

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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Ligia Camolesi e seu trabalho como ilustradora e designer, por Cida Simka e Sérgio Simka

Ligia Camolesi - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Meu nome é Ligia Camolesi, tenho 23 anos e moro em São Paulo. Me formei em Design pela ESPM em 2020, e atualmente trabalho como ilustradora free-lancer, além de designer em uma startup de saúde. O desenho e as histórias sempre foram uma parte especial da minha vida, pois quando era criança já adorava escrever e ilustrar meus próprios livrinhos à mão. Os anos se passaram e continuo fazendo a mesma coisa... :)

ENTREVISTA: 

Fale-nos acerca dos livros que ilustrou e sobre o seu livro. O que a motivou a escrevê-lo? 

O livro mais recente que ilustrei, "Me chamem de Daniel, porque Daniel é o meu nome", foi escrito pela autora Elizângela Teixeira e publicado pela editora Bambolê. O livro conta a história de Daniel, um menino autista de 14 anos, que nos traz diversas reflexões sobre as coisas que nos definem, e aquelas que não nos deveriam definir. Sobre as pequenas coisas da vida, que muitas vezes nos parecem simples, mas que têm um grande significado para Daniel. O livro "O menino pescador e o dragão", lançado pela editora Polo, também conta com minhas ilustrações. 

Além destes, tenho um livro ilustrado de minha autoria, mas não publicado, chamado Vovó. Inspirado na minha própria infância, ele conta a história do laço de amizade entre uma menina e sua avó, que vivem muitos momentos especiais juntas, mas que em um momento têm que se despedir. O livro pode ser conhecido aqui: https://www.ligiacamolesi.com/livro-vovo

Você é ilustradora e designer. Fale-nos sobre seu trabalho.

Como ilustradora, minha especialidade são as técnicas tradicionais: aquarela, lápis de cor, pastel, colagem, paper cutting, entre outras. A área que eu mais gosto de ilustrar é a de literatura infantojuvenil. Adoro histórias que envolvem fantasia, imaginação, aventuras, amor e natureza. Já ilustrei dois livros que foram publicados, e atualmente estou trabalhando no terceiro, que será publicado pela Saíra Editorial. Desenvolvi também outros livros, que ainda não foram publicados: o "Meu Livro de Poesias", o "Vovó”, o "Qual animal você mais gosta" e o "Willodhy e o Cristal Encantado"

Criei também capas de livros clássicos em paper cutting, que podem ser vistas aqui: https://www.ligiacamolesi.com/capas-de-livros-papercut.  

E uma série de capas de livros para a coleção "O Mundo de Jane Austen", que será publicada pela editora Novo Século este ano. 

Como designer, eu crio projetos gráficos para livros (entre eles, posso citar o livro "Me chamem de Daniel, porque Daniel é o meu nome"), faço diagramações, crio artes para redes sociais, embalagens, identidades visuais, cartazes, materiais corporativos, entre outros. Você pode conhecer meu trabalho de design aqui: https://www.ligiacamolesi.com/design

O que tem lido ultimamente?

Atualmente estou lendo o livro "O Caminho do Artista" de Julia Cameron, que é um guia para estimular a criatividade.  Recentemente, li também a bela graphic novel "A Chegada" do autor e ilustrador Shaun Tan, que narra com lindas imagens a história de vários imigrantes que se veem obrigados a fugir para um país desconhecido. Li também recentemente "O Príncipe Feliz", um belo conto infantil de Oscar Wilde, ilustrado por Maisie Paradise Shearring. 

Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho? 

O livro "Me Chamem de Daniel, porque Daniel é o meu nome" pode ser adquirido neste link:

https://linktr.ee/editorabambole

Para saber mais sobre mim e sobre o meu trabalho, você pode acessar meu site: https://www.ligiacamolesi.com/, ou visitar meu instagram: https://www.instagram.com/ligiacamolesi/


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020) e O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). 

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Emoção guardada em pote

Lançamento de Bilica Chorona reúne autora e ilustradora em sessão de autógrafos dia 22/9, às 16h, na Travessa do Leblon

Mães choram. Choram de preocupação, choram por medo, choram por cansaço e choram até por coisa nenhuma. Mas pode ser um susto quando a criança descobre que elas têm isso, pelo menos isso, em comum com o restante da humanidade. Foi dessa memória, o dia que descobriu que havia lágrimas no rosto da sua mãe, que nasceu a inspiração para o primeiro livro da educadora e observadora de mundo Isabelle Borges, vencedora no ano passado da I Seleção de Originais da Editora Lago de Histórias, com Bilica Chorona.

O lançamento com sessão de autógrafos será realizado no próximo dia 22/9, na Livraria da Travessa do Leblon, a partir das 16h, e contará com a presença da ilustradora Taline Schubach, que vem da Espanha para dividir com os leitores a alegria (ou seria o choro?) deste momento.

O nome da personagem é uma homenagem ao avô de Isabelle, que a apelidou de Bilica na infância. “Senti que esse deveria ser o nome dela”. Mas Bilica bem poderia ser Maria, Alice, Joana ou qualquer outra, afinal a menina chorava para se fazer entender. O problema é que não a compreendiam totalmente.

- Ela ainda não tinha aprendido que a palavra também podia dar jeito em dor ralada, em medos do mundo e em vontades do peito.

A autora se remete às suas lembranças e de como também abria o berreiro quando ainda não sabia dizer o que queria. “Este livro não é exatamente sobre minha vida, mas as histórias sempre levam um pedaço do escritor amarrado nas palavras”, conta a autora.

Com quarta capa da escritora Edna Bueno, para quem escrever é um jeito de estar no mundo, invadir e tocar, uma das grandes perguntas que o livro faz é como engolir se as lágrimas teimam e transbordam. Será que choro acaba um dia? Adultos não choram? Onde guardam o choro? A vida se encarrega, contudo, de contar seus segredos e, devagarzinho, quando menos se espera, a menina acaba fazendo uma descoberta surpreendente.

Para Isabelle Borges, a percepção do pranto, que se inicia na infância, e o modo como ele percorre nosso corpo até chegar a vida adulta é uma temática para todas as idades. “Trabalhei e estudei muitos anos com a infância e estrear na literatura infantil com essa história, que me traz tanta verdade e afeto, é um grande presente e conquista. Toda vez que olho o livro me emociono... isso me preenche de amor”, diz.

SERVIÇO
Bilica Chorona
Editora: Lago de Histórias
Formato: 25x25
Páginas: 32p
Preço: R$ 39,90

Sessão de autógrafos
22 de setembro - sábado
16h
Livraria Travessa Leblon (Avenida Travessa de Melo Franco, 290)

SOBRE A AUTORA
Isabelle Borges é educadora, mestre em psicologia do desenvolvimento, pós graduada em Amadurecimento Lúdico, escritora, observadora de mundo e caçadora de poesia. Autora na antologia “No fundo de doze histórias corre um rio”, pela Editora Casa da Palavra, acumula certo estudo em subir em árvore, sentir o vento no rosto e dançar palavra. Coloca como um dos seus maiores objetivo ajudar o outro a alcançar sua criatividade pelo pé e existir-se em si mesmo. Gosta de ver as pessoas de corpo inteiro, sendo toda a poesia que cabe em si.

Editora e Casa Cultural Lago de Histórias
A Casa Cultural Lago de Histórias é um desdobramento da editora homônima, fundada em novembro de 2016 no Rio de Janeiro, na mesma noite de lançamento dos livros Mais felizes do que sempre, Bia sem pressa, Os medos de Bel, e Soldado. Em 2017, o catálogo ganhou reforço de Olga e Grande ou pequena? Ainda em 2017, reforçaram o catálogo: A Moça Artista do Topo do Morro e Vicky, todos de autoria da escritora e pedagoga Helena Lima. Em agosto de 2018 chegou ao mercado editorial pela Lago de Histórias o bilíngue Todos os pais do mundo / All the dads in the world, do professor e músico André Tavares.

Com uma proposta rara no Rio de Janeiro, de oferecer oficinas de criação literária e de artes regulares para crianças, em horário complementar à escola e de segunda a sexta-feira, a Casa Cultural Lago de Histórias abriu suas portas em abril de 2017.

É voltada também para pais, professores e todos que desejam despertar ou aperfeiçoar sua escrita e leitura.
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sábado, 11 de agosto de 2018

 O trabalho como ilustradora de Camila Carrossine, por Sérgio Simka e Cida Simka


Fale-nos sobre você.

Me chamo Camila Carrossine e moro em São Paulo.
Sou diretora de Arte e ilustradora.
Desenho desde pequena e, depois de muita dúvida, escolhi estudar Artes. Me formei em bacharelado em Artes Plásticas e fiz pós-graduação em Direção de Arte.
Divido meu tempo entre projetos de animação e ilustração.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre os livros que ilustra.

Os livros que ilustro são minhas histórias. Mesmo quando o texto não é meu, eu assimilo aquilo como meu, me aproprio… e na narrativa visual que crio sempre tento colocar a minha interpretação daquela história.
Assim, a ilustração não serve como muleta para o texto e sim soma-se a ele e se transforma em algo novo, único.

Fale-nos sobre seu processo de criação.

Quando recebo um texto pra ilustrar, primeiro leio bastante. Acredito que devo ser leitora antes de ser ilustradora. Leio muitas vezes o texto e começo a fazer pequenas anotações das ideias visuais que vão surgindo no decorrer dessa leitura.
O passo seguinte é fazer os esboços do livro todo e montar um boneco. Depois desenho tudo de novo, corrijo proporções, melhoro a composição da imagem, acrescento detalhes.
Passo para as cores e texturas. Escolho uma paleta de cores, essa escolha é muito importante, pois as cores transmitem sensações e ditam o tom do livro – mais nostálgico, melancólico, frenético ou engraçado…
Uso diversos materiais, lápis de cor, aquarela, tinta acrílica, mas geralmente meu processo se inicia com lápis grafite e papel, depois vou para o computador para colorir.
Finalizadas as ilustrações o livro vai para a gráfica e todos ficam ansiosos para ver o livro pronto e pelo dia do lançamento.

Fale-nos sobre seu trabalho como ilustradora. Quantos livros já ilustrou? Quem quiser conhecer seu trabalho como deve proceder?


O trabalho como ilustradora é muito prazeroso, amo o que faço. Quando desenho, entro em um mundo só meu onde tudo é possível.
Já ilustrei mais de 30 livros publicados e quem quiser conhecer mais sobre o meu trabalho pode visitar meu site: www.camilacarrossine.com.

Como analisa a questão da leitura no país?

Nossos livros (especialmente os infantis, que é a área com a qual estou mais familiarizada) são conhecidos no mundo inteiro, traduzidos para muitos países e fazem bonito quando comparados aos livros de países tradicionais como Inglaterra ou França. Esse crescimento se deu graças aos escritores e artistas talentosos que temos e também devido aos investimentos do governo nas últimas duas décadas.
Mas faz uns três anos que estamos vivendo uma fase complicada do mercado editorial no país. Com editoras e livrarias fechando e editais de literatura reduzidos ou cancelados,  a quantidade de livros publicados vem diminuindo bastante. Isso certamente influenciará negativamente na quantidade de leitores do Brasil. Especialmente dos leitores que não estão nas grandes cidades.

O que tem lido ultimamente?

Sou bastante eclética e gosto de ler mais de um livro por vez, dependendo de como estou me sentindo naquele dia escolho um livro ou outro. Acabei de ler “Sono" do Murakami e no momento estou lendo dois – “Minha vida na França” de Julia Child e “Cem anos de solidão” de Gabriel García Márquez.

Quais os seus próximos projetos?

Em animação estamos para começar a pré-produção do nosso primeiro longa-metragem “Mundo Proibido” e em ilustração, estou finalizando um livro sobre paternidade que será lançado nesse ano próximo ao Dia dos Pais.


*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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