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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Conto “A Promessa”, por Roberto Fiori


Stormgrund sentia-se impotente, sentada em sua cela, algemada a correntes e grilhões, na masmorra da torre do castelo. Sabia que algo estava sendo preparado para ela.  

“Mas que diabos, apenas roubei um naco de pão!” — lastimava-se a jovem, suja de carvão e poeira, vinda da chaminé da casa dos nobres, que limpava uma vez por semana. — “E a justiça, se for feita, deverá ser proporcional ao crime!”.

Porém, como em todas as Eras, em todos os lugares daquele mundo amaldiçoado por Chalk, o Mago, as coisas se passavam de modo diferente do normal. A vontade a ser seguida era a dele, e isso continuava da mesma forma, desde há quinhentos anos.

“Porém, um dia”, refletia o carcereiro, no outro lado da porta da cela, “um dia isso mudaria”. E parecia que esse era o pensamento de muitos, no Reino de Washbarg.

Um tilintar mostrou ao guarda que Stormgrund se levantara. As correntes eram compridas, os elos espessos e inquebráveis, para quem os olhasse sem atenção. Mas estavam amarelados de ferrugem, e isso poderia vir a ser uma vantagem para a jovem. A porta foi aberta e o carcereiro, Cadson, vasculhou o ambiente. Em seguida, fechou a porta em silêncio.

A prisioneira olhou para as grades da janela. Analisou as correntes e escolheu uma parte enferrujada até o ponto em que o ferro de que era feita quase podia ser esfarelado com as mãos. A mulher fitou o ferro sem piscar, por quase três minutos, e fechou os olhos. Colocou os elos entre as mãos suaves e cantou em silêncio. Um barulhinho e Cadson entraria... mas a mulher impediu que isso acontecesse. Do metal corroído saltaram faíscas e ele amoleceu, dissolvendo-se no ponto em que Stormgrund o havia fitado.

O mesmo sucedeu com as algemas nos pulsos e os grilhões dos tornozelos, que prendiam a mulher ao chão. Ela colocou as ferragens sobre seu catre de madeira, com todo cuidado, o silêncio era importante. Tirou as botas, pousou-as no chão e, pé ante pé, aproximou-se da janela gradeada. As barras seriam o de menos, mas a masmorra encontrava-se a duzentos metros de altura, no mínimo. Stormgrund apertou duas barras, murmurou um feitiço em voz baixa e o metal esfarelou-se, sendo lançado ao vento, no exterior. Ela fez o mesmo com outras cinco barras. 

A tarefa fora, de certo modo, simples. Complexidade seria exigida para o próximo passo. A mulher recuou três passos e ajoelhou-se. Agarrou um punhado de feno, que servia para aquecer a cela no Inverno, e seus olhos arregalaram-se. Por um momento, as paredes se abriram, a feiticeira conseguindo ver todos os cômodos ao mesmo tempo, do imenso castelo. Uma ilusão útil. O que aconteceu foi que a parede em frente se desagregou, os tijolos ficando aparentes e, a seguir, derretendo-se como se imersos em ácido sulfúrico.

A porta foi aberta e Cadson olhou espantado quando Stormgrund virou a cabeça, sorrindo para ele. O guarda deixou transparecer felicidade extrema, sorrindo e abanando a cabeça, quando a mulher saiu da cela voando, alçando-se na imensidão da liberdade.

Havia um bosque, perto do castelo. Era um lugar vazio, ermo, tomado por sombras que tanto podiam esconder, como ameaçar quem se atrevesse a cruzar a trilha que o percorria, junto a um regato. Peixes nadavam, dourados e prateados, de gosto ruim e amargo. Portanto, estavam à salvo de predadores, em particular de seres humanos.

Mas Stormgrund sabia como atraí-los e prepará-los, bastando um pequeno forno de tijolos e encantamentos empregados de forma correta. Ela se aproximou, vindo do céu, das margens do riacho, as roupas brancas esvoaçando, e viu como estavam crescidos os peixes, desde quando os descobrira, dias atrás. Uma hora depois, fora feita prisioneira de Chalk. 

Sentou-se e mergulhou as mãos na água fria. Duas tilápias grandes e robustas se aproximaram dos dedos da jovem bruxa e foram colhidos pelas mãos delicadas de Stormgrund. Ela passou os dedos por suas cabeças, fazendo-as adormecerem. Pensou que um forno de tijolos seria desnecessário. Tirou de suas roupas um pano largo, que lavou no riacho. Estendeu-o no chão e colocou as tilápias desacordadas sobre ele.

Cantou baixinho. Cantou por dez minutos, tempo que levou para que os peixes se transformassem em porções generosas de grelhados suculentos. A feiticeira os comeu com parcimônia, apesar dos dias na masmorra, em que lhe serviam água, não alimentos. Era questão de tempo para que a tirassem da cela e a torturassem e queimassem, pois, com água, seus algozes poderiam conservá-la viva por pouco mais do que uma semana. Era o tempo que precisavam para que seus poderes desaparecessem e ela deixasse de reagir.

“A magia é algo que deve ser utilizado. Do contrário, perde seu efeito, Stormgrund. E lembre-se, sem comida, a magia cessa!”, recordava-se a mulher, nos anos em que passara aprendendo a usar a Mágica Universal, ao lado de sua mentora e mais querida amiga, Gottsbruck. Isso fora quatrocentos anos após os dias em que Chalk subira ao poder, em um golpe sangrento e violento, tramado contra o marido da mentora, o rei Sersus.

Stormgrund se levantou, ao ouvir uma passada, entre os arbustos das margens do riozinho. Com a mente, viu quem era, abrigado pelas sombras e se aproximando. O homem era forte, sem dúvida. Dois metros de altura, cento e vinte quilos, um metro e meio de ombro a ombro. Cintura estreita, pernas compridas e musculosas.

— Steermgraal! É você, escondido nas moitas e árvores! — a bruxa exclamou, começando a caminhar, mas parando de imediato, ao ver o dedo indicador do grandalhão sobre seus lábios. Ele fez um gesto de “Venha!”, com as mãos, e abraçou Stormgrund, quando ela se encontrou a um braço de distância dele.

— Feiticeira... — sussurrou Steermgraal, apertando o corpo formoso da mulher com força. — Escapou da masmorra do castelo do miserável do Chalk... como conseguiu?

— Usei o que minha protetora me ensinou a utilizar, minha força mágica interior. O que está fazendo neste bosque, tão longe de seu reino?

— Soube que estava presa, ontem. Vinha escalar as paredes do castelo e arrancar as grades da janela, para você poder escapar. Mas sentia-me bem e tranquilo, como se você nunca estivesse sendo ameaçada. No fundo, sabia que fugiria de sua cela. — o amado abriu um sorriso largo e convidou a maga para ir com ele para o interior do bosque. Chegaram a uma clareira, onde uma casa construída a partir de troncos de árvores sobressaía. — Descobri este refúgio hoje. 

Entraram, Steermgraal acendendo uma lamparina e um lampião de óleo de baleia e, levando-os para o aposento contíguo à sala de entrada, falou para ela segui-lo. O quarto tinha dimensões enormes, para um recinto de uma casa pequena e modesta. Ocupava a metade da casa.

Deitaram-se lado a lado e o homem falou de sua vida, como tinha passado, desde a última vez em que se encontraram. Tinha trabalhado como lavrador em seu próprio sítio, onde plantava frutas e verduras, vendendo-as para o soberano de seu reino. Quando detestou ficar longe de Stormgrund o suficiente para partir, recebeu a notícia da prisão da mulher. Foi para onde seu coração o chamava.

Eles se amaram como na primeira vez em que se conheceram, numa cabana semelhante a esta, mas muito mais modesta. Não tinha um quarto, possuía um cômodo, mas bastava para um primeiro encontro. Quando se separaram, a feiticeira apertou ambas as mãos do homem e sorriu.

— Quero que me prometa uma coisa, Steermgraal.

— Fale.

— Não cruze a fronteira entre nossos reinos.

— Por quê? — ele perguntou, pressentindo más notícias.

— Sua vida é preciosa, deixe que os soldados de Chalk corram os devidos riscos.

— Venha até minha terra, então. Cultivaremos milho, trigo e soja e viajaremos todos os Verões para o litoral.

Ela disse que iria pensar. Vestiram-se com calma, observando-se.

— Chalk já matou muita gente, Steermgraal.

Ele pressentiu o que ela diria.

— Chalk crucificou o marido de Gottsbruck, há quinhentos anos. Deve haver punição para ele.

— O que pretende fazer, querida? 

— Vou derrubar o castelo e combatê-lo, com meus poderes!

Ele passou a língua nos dentes. Murmurou, para si:

— Suicídio — mas a bruxa ouviu. E retrucou:

— Suicídio é deixá-lo imolar crianças e velhos, mulheres e homens em fogo!

— Ele não pode ser combatido, Stormgrund. Não com as armas de meros mortais.

— Vai me ajudar, querido? Somente Chalk possui poderes mágicos, além de mim. Gottsbruck morreu faz cem anos!

Ele a observou e disse, com tristeza no coração:

— Ajudo, se me der poderes como os que tem.

— Se isso basta para colocar os exércitos de seu monarca contra as forças de Chalk, sim. Vamos para o bosque.

Em um lugar afastado do riacho, onde os raios do Sol eram impedidos de entrar pelos galhos e troncos de árvores altas e frondosas, havia uma construção. Fora outrora um chafariz de seis andares, erigido em mármore e granito, mas, nos dias de hoje, haviam restado duas plataformas, a do topo estreita e retangular, e a de baixo, circular e de grande envergadura.

A maga apontou para o andar superior. Steermgraal subiu até o tanque vazio e esperou. Stormgrund fechou os olhos e começou movimentos de empurrar e puxar, com os braços. Uma névoa foi descendo sobre o homem. Ele observava a nuvem o envolver e deixou-se levar pelo frio que ela trazia. Um relâmpago desceu cortando uma conífera gigantesca em dois e atingiu Steermgraal. Este retesou-se apertando os maxilares. A energia do raio fez voltas e voltas ao redor dele, até que seu corpo foi levantado da plataforma. Outro relâmpago desceu e o homem explodiu em pedaços chamejantes. A escuridão voltou.

Stormgrund abriu os olhos e sussurrou:

— Renasça!

De algum lugar entre as árvores, veio um barulho leve, de passadas lentas, mas possantes. A feiticeira aproximou-se do que quer que chegava.

— Steermgraal?

— Meu nome é Helix, senhor das tempestades. Steermgraal estará de volta, ainda hoje.

Ele caminhou sem pressa pelo caminho no qual a bruxa e seu amado tinham vindo. O que quer que fosse era Steermgraal, o mesmo físico, a mesma cadência de movimentos, mas seus olhos continham algo sobre-humano, reluziam como joias. A mulher o seguiu. Saindo do bosque, os dois levantaram voo e, como seres sobrenaturais, reluziram, ofuscando o próprio Sol. 

Por cinco horas, despejaram uma chuva de jatos de fogo, lava e lançaram cargas mortais de eletricidade sobre o castelo de Chalk. Ele ruiu, mesmo sendo defendido por um escudo de energia mística que o feiticeiro criou ao redor da construção. Pedra a pedra, as torres desfizeram-se. Os soldados lançavam rochas imensas de catapultas nas ameias e saraivadas de flechas incendiárias de bestas e arcos, mas tudo foi em vão. 

Soldados a pé foram dizimados, sob o ataque dos dois heróis. Quando tudo se transformou em uma massa de escombros, Chalk surgiu de uma saída de um porão, situado sob o pátio onde suas tropas faziam treinos, no dia-a-dia. Ele caminhou, sereno, para a ponte levadiça, sobre um fosso de dez metros de largura, repleto de armadilhas letais. Atravessou-a e, posicionando-se exatamente sob os atacantes, transformou-se em uma torrente de energia térmica. Alcançou aquilo em que Steermgraal se transformara e uma esfera de extrema luz e calor foi formada. 

A bruxa se afastou da contenda, escapando da morte certa. Concentrou-se e criou uma barreira antirradiação, penetrando na esfera. Agarrou o pescoço de Chalk e abriu sua boca, querendo destroçar sua mandíbula. Ele se livrou, esquivando-se e escapando do abraço mortal. 

“Por algum motivo, ele não pode se converter em energia, no interior da esfera que nos cerca...”, Stormgrund reparou, dando um laço de rabo de cavalo em sua cabeleira desgrenhada. “Isso vai ser útil”.

A mulher olhou fixo para os olhos do mago e o colocou em transe. Ele pairava no ar, sem mover-se. Steermgraal acabava de se recuperar do golpe de calor que sofrera. Quando viu o que havia acontecido, falou para a sua adorada:

— Ordene que se destrua. Ele é perigoso, vivo.

— Pode ser que tenha alguma utilida...

— Ou eu o aniquilarei! Faltou pouco para eu ser queimado como uma brasa de carvão!

Stormgrund saiu do perímetro da esfera. Disse para Stormgrund fazer o mesmo. Em seguida, fez diminuir o diâmetro da esfera de energia, até ela tocar em Chalk, que saiu do transe, espantado. Queimava, suas roupas rasgando-se. Gritou de dor. A bruxa fez um movimento violento com o braço em direção ao Sol. Chalk, apesar de todo o poder que possuía, seguiu para a estrela, aprisionado em um invólucro energético de dor e sofrimento.

— Chega de sofrimento, não é feiticeira? — Eles desceram e o ser de olhos brilhantes voltou a ser o homem que a bruxa amava.

— Vamos comemorar! Vou dar as boas novas a meu povo!

Steermgraal apertou a mão da mulher e falou:

— Virei com uma comitiva real. Nossa gente merece festas e divertimentos!

— Estarei esperando. 

Os dois seguiram para caminhos opostos, mas quando a jovem se encontrava no limite do alcance de sua voz, gritou para Steermgraal:

— Ficaremos juntos!

Ele se virou e abanou a mão, dizendo:

— Agora é para sempre!


*Sobre Roberto Fiori:

Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro Cedrik - Espada & Sangue:

“Em uma época perdida no Tempo,

onde a Escuridão ameaçava todos,

surgiu um líder.

Destruição, morte, tudo conspirava contra.

Mas era um Homem de extremos, audacioso.

Era um Homem sem medo”. 

Dos Relatos e das Crônicas da Velha Terra.  


Em sua obra “Cedrik – Espada & Sangue”, o escritor Roberto Fiori coloca sua imaginação e força de vontade à prova, para escrever seu primeiro romance. Um livro de Fantasia Heroica, no gênero Espada & Feitiçaria, em que, em uma realidade paralela, a Terra da Idade do Ferro torna-se campo de lutas, bravura, magia e paixão.

Cedrik é um Guerreiro capaz de levantar 75 kg em cada braço e, ao mesmo tempo, de escalar uma parede vertical de mais de 20 metros de altura facilmente. Em meio a ameaças poderosas, parte para o Leste, em missão de vingança. Acompanham-no a bela princesa Vivian, vinda do Extremo Leste, e o fiel amigo Sandial, o Ancião, grande arqueiro e amigo a toda prova.

Os amigos enfrentam demônios, monstros, piratas e bandidos sanguinários. Usam de magia para se tornarem fisicamente invencíveis. Combatem demônios vindos do Inferno, no Grande Mar. Vivian é guardiã e protetora do Necrofilium, livro que contém maldições, feitiços e encantamentos em suas páginas.

A intenção do autor é continuar por anos as aventuras de Cedrik, escrevendo sobre todo um Universo Fantástico, em que bárbaros e guerreiros travam lutas ferozes e feitiçaria não é uma questão somente de “se acreditar” em seu poder, mas de realmente utilizá-lo para a batalha, como uma arma.

A obra pode ser adquirida com o autor, pelo e-mail spbras2000@gmail.com,  no site da Editora Livros Ilimitados, em livrarias virtuais e no formato de e-book, na Amazon. Os links para acessar o livro são:

1.     Americanas.com:

https://www.americanas.com.br/produto/3200481831?pfm_carac=cedrik-espada-e-sangue&pfm_index=2&pfm_page=search&pfm_pos=grid&pfm_type=search_page

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3.     Amazon.com:

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4.     Site da Editora Livros Ilimitados:

https://www.livrosilimitados.com/product-page/cedrik-espada-e-sangue

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