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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Sobre o Conto “Pobres Imbecis”, de Isaac Asimov

Isaac Asimov - Foto divulgação
*Por Roberto Fiori

Naron, da longeva raça rigelliana, era o quarto de sua linhagem que registrava as velocidades recorde para se alcançar tecnologias das mais diferentes raças galácticas. Usava para isto dois livros: um, grande, marcava a lista das numerosas raças que haviam obtido a inteligência. Era um livro bastante grande, em comparação com o outro, bem menor, que registrava as raças que haviam atingido a maturidade tecnológica e seriam inclusas na Federação Galáctica.

Dos povos pertencentes ao livro no qual se registrava as inteligências alcançadas, muitos haviam sido excluídos. Eram seres que haviam falhado, que tinham sucumbido e deixado de existir. As causas eram variadas, desde desgraças e deficiências biofísicas ou bioquímicas, até desajustamentos sociais. No livro em que se alcançara um nível tecnológico suficiente, nenhuma raça havia sido riscada.

Naron tinha mais de seis metros de altura, era corpulento e incrivelmente velho. Recebera boas notícias de seu mensageiro: um novo conjunto de seres havia atingido a maturidade. Eram do planeta Terra e Naron anotou seu nome no livro maior, transferindo-o para o menor, utilizando o nome “Terra”, nome do planeta conhecido pela maior parte da população terrestre.

Naron disse que os terrestres haviam estabelecido um novo recorde para a velocidade de evolução e o alcance da maturidade tecnológica. Ele esperava que não tivesse havido nenhum engano. Haviam conseguido a tecnologia termonuclear, segundo o mensageiro. Era o critério para a maturidade. Porém, não haviam penetrado no espaço, nem construído estações espaciais ou espaçonaves para fazerem sondagens e entrarem em contato com a Federação. 

Mas, onde se realizariam testes e detonações termonucleares, se os terrestres possuíam energia de fusão nuclear?

Ao que o mensageiro respondeu: “No seu próprio planeta”

Naron riscou com a pena de escrever uma linha sobre toda extensão da adição dos terrestres ao livro menor. Era algo sem precedentes. Mas Naron era cauteloso e previdente e podia perceber o inevitável bem como qualquer outro na galáxia.

“Pobres imbecis!”, murmurou.

Este conto de Isaac Asimov, “Pobres Imbecis” (“Silly Asses”), foi escrito por Asimov em 1957, recusado por duas revistas, antes que Bob Lowndes a aceitasse no número de 1958 da revista “Future”. Ainda, Asimov nos fala, nos comentários da antologia “Buy Jupiter” (“Jupiter à Venda”, Editora Hemus, 1979), que havia escrito a história sentindo-se amargurado, pois os E.U.A. e a U.R.S.S. haviam desenvolvido a bomba de hidrogênio, naquele ano de 1957, e o perigo de um conflito nuclear havia aumentado em muito.

O período da Guerra Fria — período compreendido entre o final da 2ª Guerra Mundial e o desmantelamento da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas — diz respeito à tensão entre as duas superpotências militares de então, os Estados Unidos da América e a União Soviética. Não houve um conflito armado direto, pois, com a inclusão de armas atômicas nos dois blocos, não haveria vitoriosos, se tal confronto nuclear fosse deflagrado. Mas o conflito político, militar — com a corrida armamentista —, ideológico, social, econômico e tecnológico existiu, de uma maneira indireta.

A corrida armamentista teve início em 1945, final da 2ª Grande Guerra, estabilizou-se de 1960 a 1970 e retomou o crescimento nos anos de 1980, com o governo de Ronald Reagan e sua política de desenvolvimento de armas no espaço, o projeto “Guerra nas Estrelas”.

Neste período, se um governo socialista era implantado no Ocidente, este governo era visto como simpatizante da União Soviética. Da mesma forma, se um movimento popular se revelasse contra um governo socialista, ele era visto como aliado dos Estados Unidos e recebia ajuda em armamentos e suprimentos, visando a derrubada deste governo socialista. O mesmo valia para um movimento que se insurgisse contra um governo capitalista, recebendo auxílio dos soviéticos.

Nesse período de Guerra Fria, encontramos três conflitos armados famosos — não nucleares — a Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1965) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989). Mas o episódio mais grave e tenso ocorreu em 1962, com a crise dos mísseis em Cuba, que levou a Humanidade ao ponto mais próximo de uma guerra nuclear. Nesse episódio, Krushev e Kennedy, presidentes dos dois blocos socialista e capitalista, respectivamente, assinaram um tratado, visando a retiradas de mísseis balísticos portadores de ogivas nucleares soviéticos de Cuba e mísseis balísticos nucleares americanos na Turquia e na Itália. Além disso, Kennedy declarou em público nunca realizar qualquer tentativa de invasão à ilha de Cuba.

A polarização ideológica e militar entre os dois blocos resultou no desenvolvimento de armas no espaço. Desde o período de 1990, Estados Unidos e União Soviética colocaram inúmeros satélites-espião em órbita, os Estados Unidos vem apresentando capacidade cada vez maior de colocar armas laser no espaço, além de China e União Soviética possuírem mísseis balísticos intercontinentais de múltiplos estágios, tanto para ataques em terra, como contra satélites americanos em órbita da Terra. Em 2020, a China posicionará em órbita um satélite dotado de um sistema de raios-laser para rastrear submarinos a quinhentos metros de profundidade.


*Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:

Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.

Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.

Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.

E-book:
Pelo site da Saraiva: Clique aqui.
Pelo site da Amazon: Clique aqui.
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