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sábado, 10 de junho de 2023

Entrevista com José Nelson Freitas Farias, autor do livro "O Segredo do Caminho - O Chamado”


Filho de pai estivador na Rede Ferroviária Federal, em Parnaíba, Piauí e mãe, dona de casa. Originário de uma família grande, com mais de 20 pessoas. Casa pequena, onde todos dormiam em rede, uns por cima dos outros e a comida era pouca.
Estudou as primeiras letras na Escola São Francisco dos Capachinhos.

No começo da década de 60, seus pais se transferiram para Fortaleza. Em Fortaleza estudou no Liceu do Ceará onde fundou o jornal “O Estrago”, foi assistente de revisor no jornal “O Povo” e participou ativamente do Clube dos Portas Cearenses. Se casou cedo e a literatura ficou guardada por mais de 50 anos. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

José Nelson Freitas Farias: Quando criança gostava de ouvir os cantadores de cordel e repentistas, no Mercado Municipal, em Parnaíba. Gostava também de livros de história. Como éramos muito pobres, minha madrinha, Criselite, que era professora, sempre me levava livros.  Sempre fui um leitor voraz. Adorava ler história geral. Lia e ficava penando naqueles povos antigos, em suas guerras e em como viviam as famílias. 

Desde muito cedo fui um devorador da literatura. Jose de Alencar, Castro Alves e Machado de Assis eram os meus autores preferidos.

Quando li o Guarani, foi como se entrasse em um sonho. E ao ler o Navio Negreiro de Castro Alves, foi uma imersão na história. O livro de Machado de Assis que mais gostava era “O Alienista”. Quando o li, fiquei durante muitos dias impressionado, encafifado, imaginando como seriam as pessoas daquela cidade. Depois de adulto meu livro de cabeceira passou a ser “O Velho e o Mar”. 

Em Fortaleza, todo ano o Clube dos Poetas Cearenses publicava uma Antologia. Participei de duas e escrevi contos e poemas que foram publicados nos jornais. Naquela época a poesia e a literatura era vista como um pano de fundo para a subversão. Muitos de nós foram censurados e eu tive um poema que o jornal recursou. Esse poema e muitos outros acabei perdendo. Aqueles tempos eram muito difíceis. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "O Segredo do Caminho - O Chamado”. Poderia comentar? 

José Nelson Freitas Farias: Trata-se de uma Trilogia e esse é o primeiro livro da saga. Essa história sempre esteve comigo, desde quando ouvi pela primeira vez “O Pavão Misterioso”, lá nos idos de 1957. Durante mais de 50 anos, sonhei, vivi e muitas vezes, mesmo acordado ouvi e presenciei algumas das cenas que se passa no livro. 

Tentei fazer uma narrativa que lembrasse a cultura de cordel, substituindo o verso pela prosa. Como toda literatura de cordel, trata-se de uma história épica. 

Essa é a sinopse da obra: um dia as galáxias se alinharão, e esse alinhamento poderá causar o desequilíbrio das forças universais e a destruição do universo. Para impedir o alinhamento, os Magos ungiram com seus poderes 33 pedras e as lançaram no espaço. Essas pedras circum-navegaram a imensidão do universo, absorvendo sua energia para permitir a montagem do “Colar Universal”. As pedras vagaram por muitas eras e finalmente caíram, aleatoriamente, na Terra, para os Magos, um planeta insignificante.

 

Para recolher as pedras, os Magos percorreram todas as galáxias em busca de um herói especial e descobriram que Yakecan e Anahi, dois índios Tupi-Guarani, seriam os escolhidos.

 

Os dois terão que comandar um exército, enfrentar os Guardiões do Caminho, cruzar os sete portais, recolher as pedras, montar o colar e entregá-lo ao Rei de Iria Flavia, antes que as galáxias se alinhem.

 

É isso o que oferece a obra “O Segredo do Caminho”: admirar e conhecer esses heróis que saíram da Floresta Amazônica para salvar o universo. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

José Nelson Freitas Farias: O roteiro, não nesse formato, já estava esboçado há muito tempo. Na realidade a história ficou amadurecendo por mais de 50 anos. Ela se apresentou por inteira quando fiz, em 2019, o Caminho de Santiago de Compostela, fazendo o Caminho Frances. 

Iniciamos, eu e minha esposa, por Sanit Jean Pierd Port, uma cidadezinha medial, nos Pirineus Franceses e seguimos o caminho por quase 1.000 km, cruzando todo norte da Espanha, até Santiago de Compostela. Foram 31dias caminhando, dormindo em albergues públicos, com 20 ou 30 pessoas no mesmo quarto, convivendo com gente de mais de 30 nacionalidades, mesmo não falando nenhuma outra língua, além do português. 

Foi nessa peregrinação que conheci os que depois viriam a ser meus personagens. Ou seja, grande parte dos personagens estiveram conosco nessa peregrinação de vida. 

Entre as pesquisas sobre o “Big Bang” e outros temas que envolvem a criação do universo, passando pela Bíblia, teoria quântica, a lei da relatividade e muitos, foram dois anos. Li muito sobre Amazônia e os indígenas, antes e depois de Cabral. 

Não foi por acaso que escolhi um casal de índios Tupi-Guarani para serem os heróis dessa história. Foi minha forma de fazer uma homenagem e um tributo a eles. Os heróis poderiam ser quaisquer pessoas, mas a escolha de Yakecan e Anahi, não foi por acaso. Vendo o que estamos fazendo com nossos ancestrais, foi minha forma de amplificar a importância que eles tiveram, tem e terão em nossa história. Não se pode, em função do dito progresso dizimar uma cultura e um povo.  

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

José Nelson Freitas Farias: Uma cena que acho antológica é a da despedida final de Anahi e Yakecan, antes de deixarem a aldeia, nos confins da Floresta Amazonica: 

”Sapaim, juntamente com todos os habitantes da aldeia haviam elaborado um colar de contas multicoloridas e a anciã mais velha, Amana, entregou para eles, dizendo: 

- Esse colar representa cada árvore da floresta, cada semente brotada aqui. E com esse colar vocês estarão ligados, estejam aonde estiverem, com tudo o que a floresta representa. Vocês nunca estarão longe de nós porque esse colar foi banhado com a água do rio que nos dá vida. Vocês são filhos da floresta e como filhos, ela nunca vai abandona-los. Qualquer dificuldade que vocês tiverem, pensem em como estaremos e peçam a essas arvores que os protejam como nos tem protegidos há tantos e tantos anos. Cada conta desta, representa mil arvores que estão aqui desde sempre, então, vocês levam um poder infinito – e colocou o colar, no pescoço de cada um. 

Depois deste ritual eles partiram sem olhar para trás, seguindo sempre no sentido do grande rio”. 

E tem uma outra, que descrevo o Kuarup: 

Os últimos raios de sol cortavam o horizonte com sua luz vermelho e azul, intensos. A lua já começava a se sobrepor e eles se sentaram, exaustos e cantaram cantigas de cada uma das suas terras. 

Yakecan aproveitou e convidou alguns guerreiros e guerreiras para aprenderem a dançar o kuarup. 

“O Kuarup é um ritual de homenagem aos mortos, celebrado pelo seu povo. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiuro e primeiro homem do mundo da sua mitologia. Em sua origem, o Kuarup teria sido um rito que objetivava trazer os mortos de novo à vida. 

Yakecan explicou que o Kuarup é uma festa alegre, onde cada um coloca a sua melhor vestimenta na pele. Na visão de seu povo, os mortos não querem ver os vivos agindo de forma triste ou feia. Para representar os mortos eles organizam toras de madeiras que são alinhadas no centro do terreiro em frente às malocas”. 

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura no país? 

José Nelson Freitas Farias: O Brasil sempre foi um pais de uma cultura diversificada. Muitos dizem que no Brasil se ler pouco, mas, acho que há um engano neste comentário. O brasileiro gosta de ler, o que precisamos fazer é colocar o livro e os autores mais próximo do público. 

Estive visitando a Biblioteca Pública perto de casa e achei maravilhoso o trabalho que eles fazem. Toda semana, nas quartas feiras, tem o Clube de Leitura, quando selecionam um autor e uma obra e as pessoas da comunidade leem e discutem o que leram. Essa é uma ação que precisa ser multiplicada. 

Assim como todos os produtos nacionais, o que precisa ser feito é baratear mais o livro, o acesso a cultura. Os altos impostos que pagamos é um entrave para que o livro chegue mais perto do leitor. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

José Nelson Freitas Farias: Quem tiver interesse, pode me acompanhar no meu Instagram: @freitasfariasescritor, no Facebook https://www.facebook.com/josenelson.freitas e no Linkedin www.linkedin.com/in/freitas-jose-nelson 

A obra, em mais alguns dias estará disponível em todos os sites de venda de livros, mas, por enquanto, está disponível no site da Editora CRV:

https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/37765-o-segredo-do-caminho-bro-chamadobrcolecao-os-guardioes-do-caminho-o-colar-universalbr-volume-1 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

José Nelson Freitas Farias: Atualmente estou com dois projetos em curso: concluir o segundo (Os Guardiões do Caminho) e o terceiro (O Colar Universal) livros da Trilogia e terminar a edição do meu primeiro livro infantil: O Diário da Lótus. 

Esse é o diário que fiz para minha filha mais nova, a minha cadelinha, Lótus Farias que, inclusive tem Instagram: @lotusfarias. Um livro mais ilustrado do que narrativa. 

Neste diário a Lótus coloca suas angustias, seus medos, seus pesadelos e seus momentos de felicidades. Não é porque escrevi, mas está um livro muito humano, no olhar da minha cadelinha. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: O Velho e o mar 

Um (a) autor (a):  Erico Verissimo

Um ator ou atriz: Marlon Brando

Um filme: O Senhor dos Anéis

Um dia especial: O dia do nascimento da minha primeira filha. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

José Nelson Freitas Farias: Mesmo sendo um autor iniciante, minha obra estará na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro e, na FLIP – Feira da Literatura Internacional de Paraty, em novembro. 

No dia 05 de julho, faremos um pré-lançamento na Livraria Martins Fontes, na Av. Paulista, 509 das 18:00 as 21 horas. Estou muito ansioso e espero que seus leitores possam nos prestigiar. 

Agora, por último, agradecer pela oportunidade de contar um pouco sobre minha obra e minha vida.

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