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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Marinice da Silva Fortunato e o livro Memórias aqui vocadas. Memórias equivocadas?, por Cida Simka e Sérgio Simka

Marinice da Silva Fortunato - Foto divulgação

Biografia

Marinice da Silva Fortunato, desde tenra idade e até o momento, com 77 anos, continua fazendo perguntas e, das respostas, novas perguntas.

Declamava poemas na escola (tinha entre 11 e 14 anos). Quando um professor veio cumprimentá-la, pensou que o motivo seria por ela declamar bem, mas este professor lhe disse: “Estou elogiando a letra do poema”. Foi então que começou apreciar as mensagens dos poemas, das canções, dos textos literários... e questões foram surgindo...

Fez Mestrado e Doutorado na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Sua dissertação de mestrado (Uma Experiência Educacional de Autogestão. A Escola Moderna Número 1 na sua Gênese – 1992) e a tese de doutorado (A Categoria Solidariedade Humana no Pensamento de Kropotkin – 1998) buscavam respostas para questões tais como: Como a autogestão, a auto-organização, no campo pedagógico podem colaborar para que o povo se liberte da exploração, da opressão? Qual o papel da solidariedade na construção de um mundo justo e amoroso? Que significa “pedagogismo ingênuo”, “desobediência civil”?

Lecionou por 50 anos (1962-2012) nos diferentes graus de ensino: alfabetização de crianças, jovens (EDUCAFRO), adultos (MOBRAL), atuando também como professora universitária, coordenadora pedagógica, supervisora de ensino, coordenadora de curso de Pedagogia, coordenadora de pós-graduação. Na Igreja, trabalhou com Círculos Bíblicos (hoje Comunidades Eclesiais de Base), Equipes Docentes e Fraternidade Charles de Foucauld. A militância político-partidária não a satisfez; via essa ação muito longe dos grupos/pessoas dos bairros de periferia.

Em todas as instituições a rebeldia não lhe rendeu prêmios, mas desenvolveu a resiliência da autora na luta por um mundo justo e amoroso. 

ENTREVISTA: 

Sinopse

Esta obra contém textos em versos e em prosa que foram escritos, em sua maioria, há muito tempo, pela autora. Contém também textos de autores diversos que marcaram sua formação desde a infância.

Do "baú" saem as memórias, buscando respostas às questões colocadas pela sua vida, pela vida dos outros e de seus ancestrais.

As memórias contam com a colaboração da Luz, seja do Sol, seja da Lua e a de todos os seres que habitam nosso Planeta.

Abrir o "baú" pode ser: busca do autoconhecimento, busca na compreensão do presente, e busca para melhor se projetar o futuro, desde que essa busca seja realizada sempre de forma coletiva. 

O QUE ME MOTIVOU A ESCREVER ESTE LIVRO

A publicação deste livro não foi planejada. Na pandemia, organizando meu escritório, encontrei poemas, contos escritos por mim há muito. A frase de Padre Antônio Francisco Bohn: “Falar é dizer ao vento. Escrever é contar ao tempo” de novo me incomodou.

Como compartilhar memórias? Por que nada sei ou pouco sei sobre meus antepassados? Onde está este tesouro? O vento levou?

Chorei. Descobri que o desejo de escrever esteve sempre presente em meu coração, porém  eu não sabia.

Escrever é se comunicar com pessoas, mesmo sem a presença física delas. Comunicação que se dá no tempo de cada um, no seu  momento. Ah! Se meus avós tivessem escrito...

Não consegui escrever uma história. Só saíram pedaços, pedras, flores, espinhos, cores... A história, onde ela está? Talvez não se trate de criá-la mas de encontrá-la.

No momento, escrever é a minha maneira de “estar no mundo” engajada na luta por uma sociedade justa e amorosa. 

A QUESTÃO DA LEITURA NO MEU PAÍS

Em nosso país, a leitura de livros físicos e/ou digitais é para poucos, segundo dados do Instituto Pró-Livro. Mesmo textos longos na internet não são muito apreciados e/ou compreendidos.

Motivos não faltam. A desigualdade econômica, social e política eleva a taxa de analfabetismo entre pobres, negros, indígenas. Quantos brasileiros passam fome, não têm emprego, moradia...

Nossas escolas carecem de bibliotecas, distribuem apostilas desinteressantes, indicam obras literárias nem sempre segundo o interesse do consumidor.

Cabe a nós, que amamos a leitura de livros e a leitura do mundo, fazer este trabalho de estímulo à leitura. Como?

Criando encontros de estudos, debates, reflexões utilizando o livro, que deve ser escolhido pelo grupo. O que ler, para que ler, por que ler, como ler são questões interessantes!

Desde 1962, quando eu era professora primária, e até hoje, este é o trabalho que oferece LUZ para minha vida. Encontros tais como: escola de pais, biblioteca volante, grupos de ex-alunos, clube de mães, cursos de primeiros socorros, grupos de compra comunitária, horta escolar, clube de leitura (nas residências), Café com leitura (no bar), Grupo SALS (Segurança Alimentar Sementes do Amanhã) (encontros com merendeiras), alfabetização de adultos, Educafro, Estudo em grupo sobre nossa cultura afro-indígena, Estudo sobre a escola pública (Equipes Docentes), Estudo do Meio... (O uso da internet pode estar aqui presente).

 Existe livro para além do livro e isto fui descobrindo na partilha que se faz nestes encontros. Livros ainda não escritos!

Aí se encontra meu laboratório de pesquisa  que dá sentido à minha vida, onde busco respostas às questões que a VIDA, o UNIVERSO nos faz. Posso não compreender o COSMO, com seus mistérios, mas acredito que ele cabe em mim, em nós.

Resumindo, creio que livros e mundo precisam ser lidos para que nossa cegueira vá, aos poucos, se transformando em autoconhecimento, conhecimento do outro, do Universo.

Saliento o seguinte: tive excelentes professores, com ou sem escolaridade, alguns formados com louvor na Universidade da Vida. Agradeço a todos.

Estimulemos os escritores locais, pois assim poderemos nos ver um pouco mais. E aqui termino com Clarice Lispector:

“Perdi muito tempo até aprender que não se guarda as palavras: ou você as fala, as escreve ou elas te sufocam.” 

MINHAS ÚLTIMAS LEITURAS

1-    Cadernos de memórias coloniais – Isabel Figueiredo (2009)

2-    Um defeito de cor – Ana Maria Gonçalves (2006)

3-    Ideias para adiar o fim do mundo – Ailton Krenak

4-    Torto arado – Itamar Vieira Júnior.

5-    Memórias de um autodidata no Brasil. Maurício Tragtenberg – Sonia Alem Marrach (org.)

6-    A Pedagogia Libertária na História da Educação Brasileira – Neiva Beron Kassick e Clóvis  Nicanor Kassick. (2000)

7-    Saramago no Roda Viva (não é livro). 

Link para o livro:

https://www.amazon.com.br/Mem%C3%B3rias-Aqui-Vocadas-Equivocadas/dp/6555295376/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=Mem%C3%B3rias+aqui+vocadas.+Mem%C3%B3rias+equivocadas%3F&qid=1638788022&s=books&sr=1-1 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).

 

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