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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Resenha: Ideias Que Rimam Mais Que Palavras - Vol. 1

Título: Ideias Que Rimam Mais Que Palavras. Vol. 1 


Autor: Rashid

Editora: Foco Na Missão

Páginas: 108

Ano Lançamento: 2018 
Sinopse:

“Ideias que rimam mais que palavras - Vol.1” é o primeiro livro de Rashid, rapper paulistano que cultiva desde a infância o gosto pela leitura e pelo universo literário. Como rimador, é referência de lírica e traz isso, agora, em novo formato, fazendo crônicas de suas músicas enquanto relembra momentos marcantes da carreira. Rashid narra partes de sua trajetória musical, indo dos dias mais precários até os mais expressivos, ao dar detalhes das composições e daquilo que o inspirou a fazer os versos que o tornaram consagrado. 

Impressões:

Saudações literárias, queridos leitores da Revista Conexão Literatura, tudo bem com vocês? Espero que sim! Hoje vamos começar mais uma semana com uma dica incrível de livro. Vamos falar um pouco da obra “Ideias que rimam mais que palavras – Vol. 1”. 

Michel Dias Costas, mais conhecido por Rashid, rapper de grande respeito nacional, com suas letras e rimas impactantes mostrando um pouco da sua árdua jornada para se tornar um mito da música, agora um notável e brilhante escritor. 

Ideias que rimam mais que palavras não é um simples livro, e sim, uma proximidade do jovem que sonhava em ser rapper e toda sua batalha pessoal para correr atrás dos seus sonhos. São obstáculos narrados de forma intimista para os leitores, deixando ainda mais próximo do autor e cantor. 

Rashid possui um sentimento poético do qual é extravasado em suas músicas e rimas, um misto de crítica social e tendo referências literárias para compor suas músicas, fazendo enorme sucesso nas plataformas digitais. 

Das rimas, versos e batidas indo parar no livro, Rashid possui um talento ímpar em seus escritos, seja através das músicas que inspiram e agora no cenário literário, mostrando uma infância difícil até chegar no topo da música e subir nos maiores palcos do estilo. 

O livro possui uma boa diagramação, com uma fonte adequada, proporcionando uma leitura agradável, espaçamentos medianos. Destaque pela capa, com um estilo urbanista em sintonia com o rap. 

Uma dica! Ouçam todas as músicas do Rashid, pois durante a jornada em sua obra, o cantor explica de forma fluída todo o processo de criação e composição das suas músicas, cada uma sendo detalhada brilhantemente. 

Se vale a pena? Com toda certeza! Um livro impactante e inspirador com um misto de emoção. Ah! Além disso ele trás uma mensagem forte para nunca desistirmos dos nossos sonhos, corrermos atrás dos nossos objetivos e lutarmos para vencermos.



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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Acabou de sair do forno a nova edição da Revista Conexão Literatura, nº 29, com William Blake em destaque

Novembro finalmente chegou e o fim do ano está logo aí. Muitos autores (nacionais e internacionais) passaram por nossas edições, mas um que eu tinha em mente desde a edição de nº 01 era o poeta, tipógrafo e pintor inglês William Blake, destaque da capa deste mês. Muitos outros autores ainda estão na pauta, como Mary Shelley, Irmãs Bronte, Agatha Christie, Ernest Hemingway, George Orwell, Florbela Espanca, etc, isso sem contar os nacionais, como Augusto dos Anjos, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Ariano Suassuna e muitos outros, é só ficar de olho nas próximas edições ;)

Nas páginas da revista, além de entrevistas, contos e dicas de livros, o leitor poderá conferir o conto vencedor do concurso cultural "O melhor conto da Revista Conexão Literatura 2017", contando também com uma entrevista com o vencedor. Outros autores também recebem menção honrosa por seus contos.

Compartilhem a nossa revista para os seus amigos, ela é gratuita: CLIQUE AQUI.

Tenham uma ótima leitura e até a próxima edição!

BAIXE A NOVA EDIÇÃO DA REVISTA CONEXÃO LITERATURA, Nº 29: CLIQUE AQUI.
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segunda-feira, 29 de maio de 2017

20 citações de Não há amanhã, de Gustavo Melo Czekster


No dia 29 de março deste ano, o escritor gaúcho Gustavo Melo Czekster lançou seu segundo livro de contos. Autor também de O Homem Despedaçado (2011), Czekster escreve narrativas que misturam visões realistas e fantásticas do mundo, entrelaçando sonhos e realidade. Por meio de metáforas líricas e repletas de referências literárias, os contos do autor evidenciam as questões mais essenciais e profundas da existência, principalmente seu aspecto efêmero (tanto é que quatro dos vinte contos desta obra são chamados Efemeridade e todos eles completam uns aos outros, apesar de poderem ser lidos individualmente).
O livro é uma incrível viagem lírica ao subconsciente, ideal para leitores vorazes que gostam de ver como a literatura é um universo incessantemente expansível, pois as citações a clássicos literários, tanto direta quanto indiretamente, são um dos diferenciais destes contos, como por exemplo, no conto “Mercúrio deve Morrer”, narrativa esta que só pode ser considerada uma obra prima da literatura contemporânea nacional: o conto trata-se de uma criativa reflexão sobre as motivações existenciais humanas, ao mesmo tempo em que reúne em uma peça fictícia diversos ícones literários os quais morrem em suas respectivas obras.
Diversos são os contos deste livro os quais podem ser mencionados como destaques, mas se eu fosse mencionar todos eles, acabaria tendo que listar todos, pois a obra é impressionante pelo conjunto completo. Porém, os contos que mais me marcaram, particularmente, foram Os que se arremessam, uma das melhores narrativas da literatura mundial, que é uma reflexão sobre viver no limite, se arremessar, de maneira a tornar-se eterno, ter a experiência completa da existência através do ato de quase destruí-la, e também A Passionalidade dos Crimes, o qual mostra o poder de um texto.
Enfim, leia abaixo uma lista com 20 citações das mais marcantes encontradas em Não há amanhã (seleção difícil de fazer para chegar a somente 20!) e, caso você também já tenha lido o livro, comente sugerindo mais citações dele. Caso ainda não tenha lido-o, estas citações podem dar alguma ideia do que esperar quando ler a obra (ou não, pois a leitura dos contos completos surpreende muito mais!).

“Pesadelos caminham nos limites não traçados do absurdo.” – página 13

“Os demônios estavam fugindo pelo buraco aberto na sua cabeça.” – página 14

 “[...] sua obsessão: a última palavra. O gatilho. Aquilo que algumas pessoas iluminadas conseguem descobrir, mas não suplantar. O nome secreto que cada alma possui.”  p.31

“Não existe texto inocente, o que implica em dizer que todo texto é um crime passional. Escrevemos procurando a vítima, procurando a morte que desliza entre as linhas, sempre próxima, sempre neblina.” – p.33

“Da tristeza nasce um sentido possível para a vida. A música nunca me deixa só, é quem me acompanha nos prados infinitos, é quem preenche meus passos com ruídos invisíveis, é minha amiga nas noites repletas de parafina escorrendo.” – p.37

“Não sei o motivo pelo qual faço isso. Não sei o motivo de tanta dor. Seria tão simples não criar, sufocar a voz que nunca se cala, manter a música presa dentro do corpo.” – p. 39

“A música toma forma na minha frente, e sei, no meu mais íntimo, que hoje todos irão entender. Que eu não sou um homem, mas uma música que anda.” P.39

“Quando falo em se arremessar, estou falando sobre o correr e se jogar, impulsionar-se, perder os limites e, por breves, inebriantes segundos, tornar-se eterno. [...] Engana-se quem pensa que arremesso é sinônimo de morte. O grande objetivo é chegar perto e não morrer, apesar de acidentes acontecerem.” – p. 43

“Palavras são ervas daninhas capazes de derrubarem a mais resistente das sanidades.” – p.45

“O mundo é formado por um sem-fim de eventos apavorantes” – Efemeridade, várias páginas.

“[...] talvez o ato de buscar algo seja inerente a todo ser humano[...].” – p. 67

“É divertido imaginar-se anônimo, sem cargas, sem experiências, sem temores ou paixões, uma tábua em branco a ser preenchida pelo mundo.” – p.79

“Somos nada que um dia retorna ao nada, e o sentido final de tudo é desaparecer no vazio. Afinal, se um livro pode morrer, qualquer coisa pode morrer.” – p.83

“O desejo de destruição pelo simples prazer de destruir é o mais humano de todos.” – p.113

“Andaríamos no meio de indefinições e incertezas, rodeados por um mundo que se constrói e se desvanece dentro de cada olhar.” – p.114

“A cidade sonhava os homens no seu interior. Não éramos reais, somente partes minúsculas de um tudo que não compreendemos.” – p.115

“O autor é falível e frágil, o texto não, e o sonho de cada escritor deveria ser morrer tão logo a obra venha ao mundo, pois nada mais deveria ser dito.” – p. 118

“O único sentido da existência é esperar o fim; somos meras vírgulas, nunca pontos finais.” – p.119

“Assim como a borboleta, a vida inteira não passa de um prenúncio da morte. O personagem só existiu para deixar de existir [...].” - p.130

“Quando se entra em harmonia, o Tempo desaparece, transformando o passado, presente e futuro em um amálgama de sensações.” – p.145

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Poe 200 anos, a antologia para fãs de Edgar Allan Poe

Edgar Allan Por influencia e sempre influenciou outros escritores. E para homenageá-lo, muitos desses escritores acabam criando histórias inspiradas no mestre dos contos, do terror, da poesia, da teoria da composição, da literatura em geral. E de que escritores estamos falando, especificamente? Escritores contemporâneos nacionais! O mestre Poe influenciou diversas gerações passadas e continua influenciando, e muito, os escritores de ficção. E sua influência na geração atual de escritores é tanta que a editora All Print publicou, em 2010, uma antologia em homenagem a Poe, chamada Poe 200 anos, organizada por Ademir Pascale e Maurício Montenegro. A antologia contém 22 contos, de 22 autores nacionais, inspirados em Poe, tanto em sua obra quanto em sua vida. Pois então, segue abaixo uma breve resenha de cada conto, todos com estilos bem diferentes, alguns bem peculiares, outros mais simples, alguns mais próximos do estilo de Poe, outros mais distantes, outros chegam até a parecer uma encantadora viagem pelo mundo de Poe por onde os leitores encontram diversas e criativas referências.

O Outono de Hatlen – Maurício Montenegro – inspirado em A Queda da Casa de Usher e William Wilson

Conto bem peculiar, onde o protagonista viaja até um lugar misterioso, e encontra-se com uma figura que o revela algo, após lhe trazer memórias confusas de seu passado. A narrativa tem uma linguagem bem interessante, com passagens poéticas e uma atmosfera de sonho pela história toda. Pode soar um pouco confuso à primeira leitura, mas, pelo que entendi, a idéia parece ser mesmo transmitir a confusão mental do protagonista.

O Gato Branco – Alex Lopes – inspirado em O Gato Preto

Desastres ocorrem na vida do protagonista após um gato branco ser deixado em sua porta. A forma como é escrito, principalmente nos primeiros parágrafos, soa quase como o estilo de Poe, mostrando um narrador em primeira pessoa perturbado, como os narradores de Poe, mas a história parece terminar muito rápido, se comparado com o Gato Preto. Porém, a idéia da antologia é conter contos curtos mesmo, nenhum deles tem muito mais do que cinco páginas.

O Vale das Montanhas Azuis – Ronaldo Luiz Souza – inspirado em Eleonora

O protagonista apaixona-se muito, e se contar mais que isso, estraga a idéia do andamento do conto. A idéia do conto como um conto original é muito boa, pode até lembrar um pouco Lord Byron, mas o estilo difere muito de Poe – é um conto mais moderno, com passagens levemente eróticas nas descrições das personagens, algo que não vemos na obra de Poe, mas tirando isso, é um ótimo conto, com um final bem interessante. Soa como uma releitura moderna e mais realista do amor quase idealizado que vemos, não só em Eleonora, mas representado por maioria das figuras femininas da obra de Poe.

O Frade – O.A. Secatto – baseado em O Poço e o Pêndulo

O protagonista acorda no meio da noite e… seu terror começa. Se contar mais que isso, tira a graça da história. É um conto de terror bom, mas tirando o final – que tem algumas semelhanças com O Poço e o Pêndulo -, o resto da história não lembra tanto assim Poe – me lembrou um pouco Stephen King, de alguma forma. O ar de obsessão do narrador talvez lembre algo dos narradores de Poe.

A Máscara de Vênus – Mariana Albuquerque – baseado em A Máscara da Morte Vermelha

Acho que dá pra considerar esse o conto mais peculiar da antologia. Bem curto, com apenas duas páginas, um tanto surreal, com imagens bastante marcantes, parece ter alguma boa crítica social, e traz uma narração breve. Tem uma atmosfera de sonho, algo como um choque de um mundo idealizado com um mundo devastado. Bem descritivo, mas não tanto psicológico, a narração parece bem focada nas imagens – as quais, aliás, a narração constrói muito bem.

Delírios Extraordinários – Luciana Fátima – baseado em A Queda da Casa de Usher, O Barril de Amontilado, Berenice, O gato preto, e O Corvo

Um dos contos mais marcantes desta antologia, que ainda traz uma citação de Baudelaire, pra começar.  Esse conto é como uma viagem pelo mundo de Poe. Talvez seja o conto que melhor representa a ideia da antologia: o narrador encontra diversos elementos da obra de Poe pelo seu caminho, pois, após beber muito, cai em um buraco na terra e vai encontrando diversas referências à obra de Poe, como personagens e cenários, e age como se realmente conhecesse os personagens. Muito bem escrito, divertido para os fãs de Poe encontrarem as referências – algumas óbvias, pelos nomes dos personagens, outras talvez nem tanto. Simplesmente genial!

A Condessa de Null’part – Thiago Félix – baseado em A máscara da morte vermelha


Uma continuação para o conto de Poe, A Máscara da Morte Vermelha, onde uma Condessa misteriosa revive a atmosfera da festa de Próspero. As descrições de cenários e imagens lembram o conto de Poe, e o final também lembra um pouco. A narrativa traz uma perspectiva que, à primeira vista, pra quem já conhece o conto de Poe, pode não parecer muito inovadora, mas é uma continuação bem interessante, principalmente para quem gosta do conto A Máscara da Morte Vermelha.

Relíquia – Duda Falcão – baseado em O gato preto


Em um lugar chamado Museu do Terror, encontramos diversos objetos tirados de obras da ficção, entre estes, o gato preto de Poe, empalhado. O dono do museu explica como conseguiu o gato, contando uma espécie de continuação do conto O gato preto de Poe. Uma história muito boa de metaficção contada de uma perspectiva neutra, em terceira pessoa, onde encontramos outras referências literárias, além de Poe. Um conto realmente marcante e interessante para fãs de Poe e de literatura em geral.

Só uma informação extra: o autor deste conto escreveu outro conto inspirado em Poe, chamado A Pena do Corvo, publicado na antologia Autores Fantásticos da editora Argonautas, onde vários autores nacionais escreveram contos inspirados em diferentes autores fantásticos, desde Lovecraft, até Borges, e até o grande Poe, é claro! Recomendo A Pena do Corvo como mais um dos melhores contos inspirados em Poe.

O sorriso de Berenice – Alícia Azevedo – baseado em Berenice


A atmosfera desse conto lembra muito a do conto Berenice de Poe, inclusive pela voz do narrador, que soa quase tão atormentado e febril como o narrador de Poe. A história pode parecer muito breve, mas vale pela atmosfera e pela grande semelhança das cenas com as do conto de Poe.

Um Homem Afortunado – Kathia Brienza – baseado em O Barril de amontillado

Uma releitura moderna de um dos contos de vingança mais célebres de todos os tempos. O protagonista é um professor, formado em Letras – o ambiente do conto é muito familiar para estudantes de Letras ou de qualquer curso até, sendo, dessa forma, de fácil identificação com seu protagonista – que arranja problemas com outro professor, e este tem grandes conhecimentos da obra de Poe, conhecimentos demais, e é exatamente isso o que falta ao protagonista. A idéia do conto é bem interessante e muito bem desenvolvida. Este um dos contos que mais chama atenção na antologia, pela forma como usa um conto de Poe e também dados de sua biografia para construir uma narrativa bem sólida.

O Hospedeiro – Marson Alquati – baseado na biografia de Poe

É um conto de terror interessante como um conto original, mas não lembra muito realmente algo da obra de Poe. O final pode ser relacionado de alguma forma com a biografia de Poe, mas em geral, pode-se dizer que é um conto de terror misterioso e bem intrigante. A narrativa faz o leitor querer saber o que houve para deixar o personagem na situação paralisante em que se encontra – de certa forma como imaginamos o que houve com Poe quando foi encontrado na rua, desorientado, poucos dias antes de sua morte.

O Estranho Passageiro de Birgit – M.D. Amado – baseado em Manuscrito encontrado em uma garrafa


A história conta sobre os últimos momentos de vida aquele que escreveu um manuscrito e a colocou em uma garrafa – assim como ele afirma que vários de seus companheiros também fizeram: deixar mensagens em garrafas atiradas ao mar. O narrador conta sobre ver um espírito, entre outros acontecimentos pouco comuns ocorrendo no navio.

Before – Deborah O’lins de Barros – baseado em O Corvo

Lindo, lírico, genial. Se eu disser quem é a jovem que acorda perdida no início do conto, tiraria a graça do final, mas acho que não é difícil adivinhar quem é ela. A idéia do conto é muito boa mesmo, até as descrições feitas pela personagem são referências à obra de Poe. Mais um dos melhores contos da antologia, perfeito. Uma única coisa a se observar: a personagem em questão, vivendo na época em que vivia, provavelmente teria crenças religiosas, assim como Poe as tinha, mas isso não altera em nada em como a idéia do conto é boa e muito bem desenvolvida.

Eterna Primavera – Dmitry Uziel – baseado na vida e obra de Poe

Mais um conto bem peculiar. O estilo como foi escrito é peculiar e poético: se prestar atenção, poderá notar que o primeiro parágrafo todo é rimado! Não sei se foi intencional, imagino que sim, mas o efeito ficou muito bom. Existencial, filosófico e psicológico, o conto traz uma narrativa profunda e um tanto obscura, citando um poema de Poe – não digo qual para vocês notarem a referência quando forem ler, já que o nome do poema não é citado.

O Senhor do Inferno – Georgette Silen – baseado nos contos A máscara da morte vermelha, Leonor, Sombra e O Retrato Oval

Uma releitura moderna bem interessante da idéia da doença que se espalha se forma apocalíptica que vemos no conto A máscara da morte vermelha. Há algumas referências dos outros contos de Poe, mas esse é o mais notável como sendo a fonte de inspiração para O Senhor do Inferno.

A cartomante – André Catarinacho Boschi – baseado em O demônio da perversidade

Um conto narrado em primeira pessoa, por uma narradora aflita, perturbada, e psicótica. Uma mulher que vivia de mentiras e que acaba da forma como os primeiros parágrafos já contam, mas a forma como ela chegou até aquela situação inicialmente apresentada é que interessa. Um conto claramente inspirado em Poe, onde o leitor sente a perturbação quase obsessiva da narradora. Dá pra notar a inspiração em O demônio da perversidade, mas me lembrou também Coração denunciador.

A Mudança – Frank Bacurau – baseado em O Gato Preto, usando referências de vários contos de Poe

Uma continuação um tanto inusitada – mas decidimente criativa – para a história do narrador de o gato preto. O dono do famoso gato preto é preso, e devido a seus ferimentos, ganha um poder especial, que lhe possibilita cometer mais algumas atrocidades típicas de um narrador estilo Poe. Há referências há outros contos de Poe, e inclusive ao próprio escritor, que aparece como um personagem chave na narrativa! O único estranhamento que pode causar é que o próprio gato some durante a história e só é relembrado pelo narrador no final.

Intermezzo – Gil Piva – baseado em Berenice e O Poço e o Pêndulo

Um escritor obcecado por Poe, obcecado por escrever exatamente como Poe torna-se completamente insano e comete algumas atrocidades em razão de sua obsessão doentia. Apesar de dizer no livro que foi baseado em Berenice e O Poço e o Pêndulo, a obsessão do personagem (que apesar de não ser o narrador, pois o conto é em terceira pessoa, tem a sua paranóia bem mostrada, porém com o certo ar de mistério, algo que em primeira pessoa não seria possível) pode lembrar vários contos de Poe, como O Gato Preto, Coração Denunciador e o já citado Berenice. Mas algo é muito interessante neste conto: imagino que vários fãs de Poe, assim como eu, vão adorar os brinquedinhos que o protagonista dessa história encomenda toda hora!

Inferno no Circo – Jocir Prandi – baseado em Os crimes da Rua Morgue


Alguém aí imagina o que aconteceu com o autor dos crimes que encharcaram a Rua Morgue com sangue? Aquele doce orangotango sanguinário? Pois então, este conta mostra o destino do ilustre orangotango homicida que virou atração de circo, como o nome já deixa claro, e obviamente, ele não é a atração mais pacífica do circo. A história pode lembrar um pouco o conto Hop Frog também.

Louco, eu? – Ademir Pascale – baseado em O coração denunciador

Um conto que consegue trazer um narrador quase tão paranóico e obsessivo quanto os de Poe: a história segue a linha de O coração denunciador em uma versão moderna, com um interessante toque de crítica social, onde um personagem faz algo que irrita o protagonista, a ponto de enlouquecê-lo, assim como o narrador do conto de Poe.

O Quarto Caso de Dupin – Miguel Carqueija – baseado em Os crimes da Rua Morgue, A Carta Roubada e O Mistério de Marie Roget


Mais uma continuação: depois da Rua Morgue, Marie Roget e a carta roubada, Dupin soluciona mais um mistério. Mas um mistério tão simples que não chega a dar muitos créditos ao ilustre detetive por suas habilidades investigativas, como ele mesmo diz na história, mas o desenrolar da história é bem contado, pois deixa o leitor imaginando como Dupin desvenda tudo de forma tão simples.

Memórias Póstumas de Edgar Allan Poe – Roseli Princhatti Arruda Nuzzi – baseado na biografia oficial de Poe


Conta sobre a biografia de Poe, contendo vários dados importantes da vida do escritor. Como ficção pode soar um pouco corrido, principalmente pelo fato de o personagem narrador ser o próprio Poe, parece que ele conta de forma meio fria sobre a morte de Virginia, indo direto contar sobre suas publicações em seguida. Mas é bem interessante como informação sobre a vida de Poe, e traz um final com mais ficção, que pode explicar quem poderia ter sido o misterioso Reynolds, o qual Poe chamava antes de morrer.
 

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