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terça-feira, 9 de março de 2021

Gustavo Marc e o livro O segredo da tempestade, por Cida Simka e Sérgio Simka


Fale-nos sobre você.

Eu sou Gustavo César Marcondes, com formação em psicologia educacional, metodologia da arte de contar histórias, escritor, game designer, roteirista, arte designer e animador de games 2d.

Uma criança de um enorme potencial criativo. Observadora, tímida e muito perfeccionista. Com essas características começava a minha jornada na literatura. Gostava muito de ler gibis de super-heróis. Desde os cinco anos esse era um hábito constante. Todas aquelas histórias navegavam em velocidades assustadoras em minha mente. Meu poder de criação multiplicava aqueles temas em minha mente. A cabeça sempre se mostrava um HD infinito. O processo funcionava assim: uma história de super-herói a qual havia lido era clonada em várias outras com temas diferentes, com ambientes diferentes, com heróis diferentes. Nesse contexto não foi demorada a transposição dessas ideias para o papel.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o seu livro. O que o motivou a escrevê-lo?

Outra característica muito peculiar era minha paixão pelas pequenas caixas dos cartuchos dos videogames. Isso mesmo, aqueles desenhos das pequenas caixas. Nessa época, 1978, eu havia ganhado o videogame Atari, muito popular na época. Mas mesmo antes eu sempre procurava os desenhos dos cartuchos nas revistas e nas lojas as quais frequentava. Me lembro como se fosse hoje... ficava com os olhos vidrados nos desenhos daquelas pequenas caixas por horas. Como já é possível imaginar, minha mente produzia histórias e mais histórias baseadas no que estava vendo. Muitos poderiam pensar: você não jogava? ficava só vendo o cartucho? Sim eu jogava, mas bem depois de ficar muito e muito tempo sonhando com as histórias.

É lógico que tanta inspiração acabou se convertendo em muitos roteiros. Já com 15 anos eu pensava sim em escrever um livro. Tinha histórias para isso, mas ainda não me sentia confiante em organizar um projeto assim.

O que não posso deixar de citar é a minha paixão por desenhos animados, filmes e séries. Desde meus tempos de criança, tenho que confessar que as histórias também foram bastante inspiradas nos antigos desenhos de HANNA BARBERA, como Herculoides, Homem-pássaro, Galaxy Trio, entre muitos outros que tinham o tema de heróis no contexto.

Já na faculdade de psicologia, a leitura se intensificava. Conheci o RPG de mesa, um jogo de contação de histórias incrível que hoje é muito popular nos games. Ficava fácil para que eu me tornasse um “mestre”, termo usado dentro do RPG para designar as pessoas que criavam e contavam as histórias de cada partida. Toda essa inspiração me fez lançar meu primeiro livro em 2004: O LIVRO DAS LENDAS, editora Zouk. Ele era um sistema de RPG para ser usado na educação e ajudar os professores na melhor fixação de seus conteúdos através da contação de histórias.

Nessa mesma época conheci o autor Stephen King. Através do cinema primeiramente. Quando eu gostava de um filme tinha o hábito de procurar tudo sobre ele, inclusive roteiristas e autores. Daí me tornei um turbilhão devorador de livros desse autor. O Cemitério, It, O apanhador de sonhos, O talismã, À espera de um milagre e muitos outros. De alguma forma esse autor me fascinava. Acredito que por essa fórmula: cidades pequenas, personagens comuns, situações surpreendentes, o inesperado.

Eu sabia muito bem que estava na hora de colocar em cena todas aquelas minhas histórias desde as caixinhas de videogame. Então nasceu O Segredo da Tempestade. Um romance de características sobrenaturais que homenageia em muitos conceitos o mestre Stephen King.

“Seria um erro acreditar que existe um limite para o horror que a mente humana pode suportar?” Uma cidade do interior é assolada por tempestades constantes. Já chove há meses, sem a presença do sol. Um fenômeno ainda não explicado. Desaparecimentos, mortes misteriosas, fatos estranhos se multiplicam e acompanham os dias sombrios.

O Segredo da Tempestade é uma obra surpreendente, onde consegui traduzir uma enormidade de histórias guardadas há muitos anos para um contexto extremamente atual.

Como analisa a questão da leitura no país?

Os dias de hoje trazem uma realidade focada na imagem. Todos querem principalmente ver, na minha opinião acabam se privando muito do poder imaginário que todos possuímos. Ver é mais fácil, mais rápido, mais dinâmico, traz a mensagem de forma quase instantânea, mas também inibe o poder criativo, ou pelo menos o limita em boa dose. A imagem está pronta, já te sugere um caminho a seguir, já pega na sua mão e te conduz. As palavras lidas, a literatura, te permite simular as ideias de quem escreve, te permite imaginar as imagens e ações as quais poderiam estar acontecendo se fossem visuais... mas enfim... são novos tempos... precisamos encontrar um meio-termo que nos faça compartilhar o melhor dos dois mundos.

O que tem feito atualmente?

Hoje estou desenvolvendo uma metodologia de criação de arte e animação, onde as pessoas não precisarão de nenhum conhecimento anterior para aprender a desenhar e animar para games 2d. Mesmo nesse contexto continuo produzindo para o meu canal GAME TEACHERS (www.youtube.com/gameteachers), onde também ensino a criar roteiro para games além de arte e animação. 

A literatura continua presente na minha vida, claro, lendo Stephen King, Doutor Sono, Outsider, O Instituto. Relendo e assistindo à obra de Tolkien de que também gosto muito.

Link para o livro:

https://www.livrosilimitados.com/product-page/o-segredo-da-tempestade 


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020) e Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Membro do conselho editorial da Editora Pumpkin e colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro infantojuvenil se intitula Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021).

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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Conheça "A mulher de silicone", do autor Daniel Adjafre


Sinopse: Num futuro próximo, companheiros e companheiras sintéticas se tornaram uma forma prática e usual de combater a solidão. Yuri vive há anos com uma dessas companheiras, por quem é obcecado. Após um acidente, Kimi é destruída. É quando Nina, após passar anos presa por assassinato, chega e lhe pede abrigo. Yuri agora irá conviver com uma mulher de verdade, o que lhe provocará sentimentos conflitantes e uma nova obsessão.

Para aber mais ou adquirir: clique aqui.

Sobre o autor:

Daniel Adjafre ingressou em 2000 na TV Globo como autor–roteirista. Criou e colaborou em diversos programas, dentre os quais destacam–se as séries Casos e Acasos, SOS Emergência, Cidade dos Homens, A Cara do Pai, as novelas A Vida da Gente e Sete Vidas, e foi autor–titular de Deus Salve o Rei. É mestre em Teatro pela UNIRIO. Lecionou na Universidade Estácio de Sá na graduação de cinema e na pós–graduação de roteiro. Como dramaturgo teve encenadas as peças: A barganha, Casamentos e Precipícios, Um instante antes da queda, Vida fácil porque não é a sua.

Este é o seu primeiro romance. 

Perfil no Instagram: @daniel_adjafre

Canal YouTube: https://youtube.com/channel/UCSV3UWEgkNbjUfcwBzOh1cg

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Daniel Adjafre e o livro A mulher de silicone


Daniel Adjafre
não sabe de onde veio a vontade de escrever. Não havia essa tradição em sua família, não escrevia quando era adolescente. Somente próximo dos 30 anos começou a se interessar pela escrita, mais especificamente por teatro e roteiro. Depois essa virou sua profissão – roteirista da TV Globo – e não parou mais. Acaba de publicar seu primeiro romance. O primeiro de muitos. Ou de poucos. Ou o único. Pouco importa. Escreveu. 

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Daniel Adjafre: Eu escrevo há mais de 20 anos, mas como roteirista e dramaturgo. Tenho 2 livros infantis publicados, e agora decidi que era o momento de escrever um romance. “A Mulher de Silicone” surgiu do desejo de fazer algo mais autoral, independente. No livro eu posso ter total controle sobre o que escrevo, que é algo bem diferente do mundo da TV, por exemplo.

Conexão Literatura: E sobre o seu trabalho como roteirista?

Daniel Adjafre: entrei na TV Globo através de um concurso nacional para autores de humor, em 2000. De lá para cá, colaborei, criei programas, até que em 2018 fiz minha primeira novela – Deus Salve o Rei – como autor titular. 

Conexão Literatura: Você é autor da obra “A mulher de silicone”. Poderia comentar? 

Daniel Adjafre: o livro é resultado de uma reflexão: as pessoas estão cada vez mais solitárias. E os animais, especialmente os cães, ocupam um lugar importante na vida dessas pessoas. Elas conversam com eles – é estranho e, ao mesmo tempo, natural. Daí eu imaginei que, num futuro próximo, companheiros e companheiras sintéticas tomariam o lugar desses animais, seriam uma evolução daquelas bonecas hiper-realistas japonesas. Mas o foco não é no sexo. Enfim, a história mostra o perigo de desaprendermos a conviver uns com os outros.  

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir sua obra? 

Daniel Adjafre: não foi preciso pesquisar muito, já que se trata de um romance distópico, ou seja, o que prevalece é a imaginação. E quanto ao tempo, acho que foi em torno de um ano. É um romance relativamente curto. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho de “A mulher de silicone” especialmente para os nossos leitores?  

Daniel Adjafre: “Caminham até o ponto em que a água chega à cintura. Nina encaixa seu corpo no dele, envolve–o com as pernas. Agacham–se. Uma pequena onda faz com que descolem do chão. Flutuam. Não sentem os próprios pesos. Agarram–se com mais força, como se salvassem um ao outro. A correnteza os arrasta sem pressa, em uma direção qualquer. Seria uma bela maneira de morrer.”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Daniel Adjafre: por enquanto o livro está disponível apenas como ebook, no site da Amazon. No Instagram eu comecei esse ano um projeto de minicontos. Já publiquei mais de 50, de todos os gêneros: humor, distopia, drama etc. É só procurar: @daniel_adjafre

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Daniel Adjafre: Sim, adorei a experiência de escrever um romance. Talvez ano que vem eu comece a escrever outro. E devo publicar os minicontos também.

Perguntas rápidas:

Um livro: O complexo de Portnoy

Um (a) autor (a): Jonathan Tropper 

Um ator ou atriz: Steve Carell

Um filme: Annie Hall 

Um dia especial: 5 de agosto de 2002, dia em que meu filho nasceu.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Daniel Adjafre: gostaria de incentivar as pessoas a conhecerem os livros digitais. É uma experiência ótima, são tão bons ou melhores do que os livros físicos. E muitos pensam que é preciso ter um Kindle para ler um ebook comprado na Amazon. Mas é possível ler em qualquer tablet, basta baixar o aplicativo Kindle. 

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domingo, 24 de maio de 2020

João Bernardo Oliveira e o livro Restos de Coragem


João Bernardo Oliveira, 41 anos, autor, terapeuta holístico e roteirista, formado pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Carioca, torcedor do Botafogo (embora prefira o remo e rúgbi a futebol), é amante de um bom café e de música barroca, além de mate (do galão antigo) com biscoito globo na Praia do Leme, onde espera mergulhar outra vez quando tudo isso passar. 

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

João Bernardo Oliveira: A literatura invadiu-me antes mesmo de eu percebê-la. No fundo de algum armário entulhado, escondem-se vestígios do que escrevia freneticamente aos garranchos, ainda nas primeiras séries do antigo primeiro grau. Naquela época, quase tudo era livremente “inspirado” em filmes, séries e HQs. Poderia mencionar as gravações em cassetes ou os primeiros rabiscos do que se pretendiam histórias em quadrinhos, não irei tão longe.
Seria difícil precisar minhas motivações na época. Um pouco de timidez ou o fato de o livro fazer-se presente em minha vida desde sempre. O lar não era daqueles super cultos onde as crianças mal nascem e já recitam grego, porém tive bastante incentivo à leitura por parte de minha mãe, que lia muito para mim. E quando eu ficava doente, era certo, leria algumas crônicas do Febeapá, de Stanislaw Ponte Preta. A solidão e a falta de opções recreativas foram outras grandes incentivadoras. Só em plena adolescência tive acesso aos meios de lazer doméstico da época, como videocassete e videogame. De algum modo, aquela vida, até certo ponto restrita, empurrou-me para a leitura e a imaginação. Reinações de Narizinho, por exemplo, longe de sugerir um programinha de TV, jogou-me em um cinema 4D trilionário. Seria impossível mencionar todos os tipos de incentivos que me conduziram à paixão pela escrita, um livro da série vagalumes emprestado por um primo mais velho aqui, livros intrigantes presenteados pela madrinha ali, a biblioteca de escola pública, os passeios pelo CCBB... Só para não deixar citar alguns.      
Embora o desejo de publicar estivesse sempre lá, somente com uns vinte e três anos, em plena faculdade de Direito, escreveria seriamente com esse fim. Período no qual publiquei alguma coisa. Só voltaria a publicar quase uma década depois na atual fase da vida. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Restos de Coragem”. Poderia comentar? 

João Bernardo Oliveira: A trama de Restos de Coragem acontece num futuro, no qual o Rio Amazonas é povoado por colônias navegantes, embarcações que abrigam cidades inteiras. Brazil Novo (z mesmo) é a colônia onde transcorre toda ação do livro assim como os demais seis volumes da série inaugurada em Sol Enviesado. Todavia não há ordem obrigatória de leitura.
A ideia geral da hexalogia surgiu enquanto escrevia Sol Enviesado. Pretendi trabalhar a questão se, no futuro, as máquinas inteligentes seriam capazes de julgar o ser humano na dimensão dos sentimentos, no caso, se um juiz cibernético seria capaz de saber do arrependimento ou não de alguém. Isso, somente por meio de dados fisiológicos e bioquímicos. Na construção da trama, abriram-se algumas questões que, em resumo, abordam a timidez do bem contra a proatividade do mal, a tecnologia a favor e contra o ser humano. E no embate das perguntas veio a necessidade de explorar tal universo em uma série, que, no macro, englobam o mesmo ambiente e período. Cada história acontece no mesmo ano, podendo pegá-lo todo ou residir em uma pequena fração de dias ou em lapso ainda menor. Tudo isso dentro do ano em que Brazil Novo colapsou e foi invadida por selvagens.
Restos de Coragem, narra as aventuras de Rebeca em busca de socorro médico para uma jovem acometida de um mal misterioso, ninguém consegue acordá-la. Acompanharemos como Rebeca, jovem assessora parlamentar, se comportará em mundo onde tudo o que conhecia está corrompido. Se até poucos dias havia civilização, reinam agora a lei do mais forte e o caos. 
Enquanto isso, em uma outra região, Jorge deve escoltar uma caravana debilitada para longe da batalha crudelíssima de raios desintegradores contra lanças e flechas. Ele precisa redimir-se de um desvio fortuito que pode custar a honra da família. Jorge sobreviveu a missão suicida da qual só poderia sair morto ou com o inimigo neutralizado, coisa que nem de longe aconteceu. Não bastasse, o reencontro inesperado com um antigo amor abalará seu juramento.
Rebeca e Jorge são protagonistas proativos, que apesar de alguns momentos de hesitação e acabrunhamento, agem, perseguem suas metas. Isso, mesmo perdidos num labirinto mortal. Aliás enveredar pelo desconhecido, mesmo que de má vontade e empurrado a ferros pelos acontecimentos, é a tônica não só da série como de muitos de meus trabalhos. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas? 

João Bernardo Oliveira: O livro que me custou mais em pesquisas chama-se Estrela Solidão, não só por ser uma saga de fantasia folclórica, como também inspirado ambientalmente no Brasil dos séculos XVII ao XIX. Nunca gastei tantas horas em pesquisas. Já em Restos de Coragem e Sol Enviesado a pesquisa resumiu-se a observação. Possivelmente, Sol Enviesado foi o mais dispendioso da hexalogia, foi análogo a um parto complicadíssimo ou o ato de fazer a fundação de um arranha-céu, a cada parágrafo o universo da série ia sendo criado. Ficou pronto coisa de ano e meio, já Restos de Coragem, foi rápido, em menos de três meses já estava pronto. Há, sem dúvida, a questão dos protagonistas. No primeiro livro, também há um protagonismo duplo, mas só um dos heróis é proativo qual os de Restos de Coragem, o outro protagonista, pelo contrário, sujeito introspectivo e até medroso, só se mexia fustigado ao extremo. E construir uma história em cima de um personagem quase inerte sem travá-la é de um esforço hercúleo, é ser obrigado a movimentar uma série de engrenagens para a coisa não parar. Restos de Coragem, pelo contrário, fluiu como se nem sequer eu precisasse digitar que Rebeca e Jorge continuariam sem mim.  

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em um dos seus livros?  

João Bernardo Oliveira: Destaco um trecho curtíssimo, mas que oferece ao leitor a atmosfera de Restos de Coragem. 
“Por mais que se fizesse silêncio, os passos ecoavam em crescendo, isso não bastasse o ranger das rodas e de toda estrutura de madeira encharcada. Jonas a empurrava, Sérgio seguia escabreado entre Amanda e Rebeca. Iam todos numa linha. 
— Está tudo sossegado demais. — Suspirou ele. 
— Silêncio! Disse Amanda. Assim vai atraí-los.
— Onde estarão Júlia e Maíra? Não era para nos orientarem? 
— Silêncio, já disse! Quer que... Não se lembra como foi? 
Havia outros ruídos. Ruídos soturnos além do crepitar da tocha, dos rangeres da maca, dos passos ou do tremer de frio. Um murmúrio sorrateiro de um perigo que se aproximava num cerco. Máscaras de visão noturna flutuavam em torno deles, num baile de horror. Mas não viam nem ouviam, apenas pressentiam a atmosfera tenebrosa, que nada rememorava os andares atarefados, a gente bonita, os ternos, as blusas de uma sofisticação até sensual, e das sutilezas mais mínimas no bom trato. Não havia local com maior sensação de segurança em Brazil Novo do que Poder. Mas isso foi antes.”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir os seus livros e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

João Bernardo Oliveira: Restos de Coragem e outros livros meus podem ser encontrados no Amazon. Pelo instagram @escritor_jb o leitor poderá acompanhar um pouco do meu dia a dia de autor.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

João Bernardo Oliveira:  Minhas atenções estão voltadas para a confecção de um romance tipo realista. Outros projetos aguardam em uma lista caótica de espera, entre eles, o próximo da hexalogia, o segundo livro do universo de Estrela Solidão, a sequência de Prelúdio..., além de diversos trabalhos em revisão. 

Perguntas rápidas:

Um livro: Esaú e Jacó
Um (a) autor (a): Moacyr Scliar  
Um ator ou atriz: Fernanda Torres 
Um filme: Saneamento Básico, o filme.
Um dia especial: Um mergulho na Praia do Leme domingo de manhã e uma fatia do melhor brownie do mundo à tarde.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

João Bernardo Oliveira: Despeço-me dos leitores da Conexão Literatura desejando que todos nós suportemos da melhor maneira possível esse período escabroso. E que boas leituras tragam algum alívio, como um córrego amaina o calor do deserto. 
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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Manoel Neto é o homenageado da primeira edição da Festa Literária de Uauá – FLIU

Historiador, poeta, escritor e roteirista recebe homenagem dia 14

Natural de Salvador e também cidadão uauaense, Manoel Neto será o homenageado da primeira edição da Festa Literária de Uauá – FLIU, programada para os dias 14, 15 e 16 de novembro, que vai reunir autores representativos da literatura regional e nacional no Sertão Baiano. No dia 14, às 19 horas, um evento marca a homenagem.

Coordenador do Centro de Estudos Euclydes da Cunha (CEEC/UNEB), o historiador, poeta, escritor e roteirista é considerados uma das mais respeitadas autoridades acadêmicas da Bahia sobre a temática de Canudos. Por seu trabalho, recebeu o título de cidadão de Uauá, em reconhecimento ao seu envolvimento com o município e toda a região que foi palco da Guerra de Canudos.

Publicou diversos livros, dentre os quais Corpo a Corpo, A Casa dos Sonetos e Outras Moradias (Poemas); Cartilha Histórica de Canudos; Raros e Polêmicos – Documentos sobre Canudos (co-autoria com Renato Ferraz e José Carlos Pinheiro); Malês 150 anos – O Outro Lado da História; Os Intelectuais e Canudos. Escreveu também  vários roteiros para cinema e dirigiu filmes, a exemplo de Vaqueiros Canudos, Feminino Cangaço e seu mais novo filme Assim era Dadá.

Além dos encontros entre os autores e o público, haverá na FLIU shows musicais com artistas locais e nacionais, teatro, oficinas, artes visuais, filmes e uma ampla programação infantil carinhosamente batizada de Fliuzinha.

Serviço:
O que: FLIU – Festa Literária de Uauá
Onde: Uauá, no Sertão Baiano
Quando: 14, 15 e 16 de novembro de 2019

Aberto ao Público

Para conhecer a FLIU:
https://www.instagram.com/fliuoficial
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terça-feira, 27 de março de 2018

Felipe Folgosi apresenta suas HQ´s no Festival Guia dos Quadrinhos 2018, em São Paulo

Felipe Folgosi - Foto divulgação
O ator, que também é roteirista, marcará presença no evento no qual as pessoas poderão adquirir exemplares autografados

Nos dias 14 e 15 de abril será realizado um dos principais eventos do Brasil voltado para o público nerd e geek, a 12 ª edição do Festival Guia dos Quadrinhos, um ponto de encontro dos apaixonados por games, quadrinhos e cultura pop, que acontecerá no Clube Homs, localizado na Av. Paulista, 735, em São Paulo (SP). E neste evento, um dos pontos mais altos é a participação do ator Felipe Folgosi, que apresentará duas histórias em quadrinhos criadas por ele.

Para quem não sabe, Felipe sempre foi um apaixonado por HQ´s e sempre sonhou em escrever histórias em quadrinhos. “Eu adoro quadrinhos. Desde criança eu leio de tudo, como Asterix, Maurício de Sousa, Moebius, além, é claro, de Marvel e DC. E um dos meus maiores sonhos era fazer uma HQ”, conta o ator.

E em 2015, Folgosi conseguiu realizar seu sonho com o lançamento do Aurora, uma graphic novel de ficção científica que conta a história de um pescador que se transformou em um ser sobre-humano após ter presenciado um fenômeno natural nunca antes visto. “Tive essa ideia dez anos antes do lançamento, quando pensei como seria se alguém tivesse marcas de nascença e que formassem o mesmo padrão de uma constelação, ou seja, que tivesse o "mapa dos céus" gravado em seu corpo”, revela Felipe.

Dois anos depois, em 2017, lançou seu segundo HQ, Comunhão uma trama que se passa no Brasil em uma mistura de suspense e ação, contada por uma ex-corredora. Uma história eletrizante sobre um grupo de corrida de aventura que vem para o Brasil participar de uma etapa do circuito mundial e, logo após o termino da prova, para resolver uma rixa, resolvem fazer uma trilha longe dos juízes, regulamentos e imprensa, para ver quem realmente é o melhor. “Isso fez com que eles entrassem no coração da Mata Atlântica e acabassem encontrando uma tribo perdida que é dominada por um reverendo misterioso. Agora eles vão ter que correr, não para competir, mas pela própria vida.”, diz Folgosi.

Vertigo: Além do Limiar

Folgosi também um dos artistas que participam do livro Vertigo: Além do Limiar, de autoria de Edson Diogo, organizador do Festival Guia dos Quadrinhos e que será lançado durante o evento.

Esta obra de Edson comemora os 25 anos do selo Vertigo da DC Comics, que popularizou diversos títulos, e conta com a colaboração de 25 autores (entre roteiristas, jornalistas e editores) e 25 ilustradores. “Eles se unem para prestar justas homenagens a essa história tão rica que encantou, aterrorizou e emocionou a um infindável número de leitores. Textos e ilustrações nunca antes publicadas, que relembram os grandes personagens e títulos do selo”, revela Edson Diogo.

Além disso, a obra traz entrevistas exclusivas com Karen Berger (criadora e editora da linha Vertigo), Jamie Delano (roteirista de Hellblazer) e Peter Milligan (roteirista de Shade: o Homem-Mutável), além de depoimentos de Jenette Kahn, presidente da DC Comics; e Paul Levitz, publisher da DC Comics.

Serviço
Festival Guia dos Quadrinhos 2018
Dias e horários:
14 de abril de 2018, sábado, das 10h às 20h
15 de abril de 2018, domingo, das 10 às 18h
Local: Salão Nobre do Clube Homs
Endereço: Avenida Paulista, 735 – Bela Vista – São Paulo (SP)
Mais informações pelo site www.fgdq.com.br
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quarta-feira, 1 de março de 2017

HQ Resenha: Bom Demais


Bom Demais é uma história espetacular.

Retrata a verdadeira vida de muitos artistas que estão todos os dias "dando o sangue" para viver da arte. 
Sei muito bem como é a jornada que Rafael (meu xará com "F" e protagonista do quadrinho) está enfrentando. Arrisco em dizer que pelo menos 80% dos artistas, seja desenhistas ou escritores, vão se identificar com as dificuldades de Rafael.

Além disso, Felipe Cagno (roteirista de Bom Demais), passa outra lição para nós, onde nos motiva a correr atrás de nossos sonhos, passando por cima das opiniões alheias que são jogadas em nossa trilha apenas para nos desmotivar. E o pior, essas dificuldades podem vir de membros de nossas próprias famílias, parentes e amigos que insistem em nos dizer que nossa carreira é "coisa de criança", ou que não da dinheiro. Até entendemos tais preocupações, mas não é nessas dificuldades que devemos nos focar. Muitas vezes o artista acaba se desmotivando e caindo numa armadilha fatal, que é esperar que algo de bom aconteça sem você fazer nada para buscá-la. Com isso, o tempo passa e sua carreira fica estagnada. E nesse momento o artista passa a viver apenas sonhando.

Por trás desse ponto levantado, dessa crítica, temos um romance muito bonito. Rafael será colocado no caminho de Camille, uma atriz bem sucedida em Hollywood. O sonho dele é viver um verdadeiro amor com ela, embora para ele pareça distante.

Confesso que fiquei surpreendido com a reviravolta final e o desfecho que Felipe Cagno deu ao personagem, particularmente eu adorei. Fugiu completamente dos clichês, em vários pontos.
Também não poderia deixar de comentar sobre a arte impecável de Bruno Oliveira, está de alto nível. 

Bom Demais é um história em quadrinhos que foi contemplada pelo ProacSP, um investimento que valeu a pena. Se você ainda não leu este quadrinho, corra atrás e não perca essa história motivante e fantástica. 

Felipe Cagno (roteirista) e o quadrinho: Bom Demais


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