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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Cida Simka e a antologia Uma noite no castelo: contos mal-assombrados, por Sérgio Simka

Cida Simka - Foto divulgação
Nesta entrevista, a escritora e professora Cida Simka, uma das organizadoras da antologia UMA NOITE NO CASTELO: CONTOS MAL-ASSOMBRADOS, publicada pela Editora Selo Jovem, fala como surgiu a ideia do livro, dá detalhes dos bastidores do evento e discorre sobre o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Como surgiu a ideia da antologia? 

Eu e o prof. Sérgio Simka procurávamos por algo incomum, diferente, para ambientar a primeira antologia do Núcleo de Escritores do Grande ABC. Aí surgiu a ideia de passar a noite no castelo do músico Robson Miguel. Um lugar excêntrico, que proporcionaria ao grupo, além de uma noite agradável, a oportunidade de se inspirar no cenário inusitado para escrever.

E o cenário inspirou histórias inusitadas?

Com certeza. Os contos de terror ambientados e/ou inspirados no castelo trazem histórias peculiares, sinistras, que vão fazer o sangue do leitor congelar. Fogem um pouco do terror sanguinário, uma vez que prevalece o terror psicológico e emocional.

Acha que realizar uma obra assim, com base em experiências de diversas pessoas, faz com que os contos ganhem interesse?

Não resta dúvida, os autores abordaram o tema sob diversas particularidades e pontos de vista muito pessoais, criando situações as mais variadas, apesar do fio condutor ser o castelo, o que conferiu à obra uma diversidade fantástica.

Quantos contos são e quantas pessoas escreveram?

Foram dezenove pessoas que escreveram dezenove contos. O escritor Edmir Camargo também escreveu a apresentação e há ainda contos coletivos, oriundos de uma oficina de escrita criativa realizada na madrugada no dia 15 de abril de 2017, ministrada pelo escritor e jornalista Pedro Dias.

Sobre os autores, como foi feito o convite e a escolha deles?

Dezesseis dos autores são, ou foram na época da materialização do projeto da antologia, membros do Núcleo de Escritores do Grande ABC: Ana Ferreira, Alcidéa Miguel, Aristides Theodoro, Axia Stowe, Cida Simka, Crisley Ladeia, Edmir Camargo, Iracema M. Régis, Júlia Braz, Keli Braz, Leandro Unzueta, Marchezoni-Oliveira, Nairton Pereira, Pedro Dias, Sérgio Simka e Yasmim Ladeia.  Para o evento, convidamos a escritora, revisora e consultora literária Ivani Rezende. O livro conta ainda com textos do Robson Miguel e da jornalista Miriam Gimenes, do jornal Diário do Grande ABC, que acompanhou o evento e escreveu uma reportagem intitulada “Uma noite no castelo”, publicada no caderno de cultura no dia 16 de abril.

Quanto tempo essas pessoas passaram no castelo? Elas ficaram juntas ou isoladas?

O evento foi realizado em 14-15 de abril de 2017. A intenção inicial era que cada um dos escritores escolhesse, após um tour pelo castelo, o espaço que mais servisse de inspiração para seu conto, mas, como os locais pareciam tenebrosos e a noite muito escura sem a iluminação da Lua, todo o mundo acabou ficando no salão nobre do castelo, sob o calor da lareira e o aconchego dos amigos.  

O imaginário correu solto? Há alusões para problemas sociais?

O imaginário correu solto, os autores usaram e abusaram da imaginação e criatividade. E o terror psicológico existente em alguns contos são reflexos dos problemas sociais que vivemos no nosso dia a dia. Por exemplo, o conto da Cida Simka, “As várias faces do medo”, toca em problemas pessoais que acabam interferindo nos sociais. O do Edmir Camargo, “O coletor de maldades”, aborda a questão da violência. O de Júlia Braz, “As vozes que não se calaram”, retrata situações de pessoas que são submetidas a tratamentos psicológicos, porque a sociedade, a família etc., condena o comportamento sem procurar compreender o problema de cada um.

O que mais lhe chamou a atenção nesse projeto?

A diversidade de assuntos abordados pelos autores dentro do tema terror, inspirados no castelo e nas histórias contadas pelo anfitrião, o músico Robson Miguel, a simplicidade dele, que nos recebeu com sua costumeira disposição e atenção, o conhecimento que tinha e que nos transmitiu durante o tour que fizemos por labirintos, calabouços, buracos negros, entre outros. Necessário destacar, igualmente, a união, a dedicação e o entusiasmo de todos os autores antes, durante e depois da noite que passamos no castelo. 

O livro pode ser comprado onde e qual o valor?

O livro pode ser comprado no site da Editora Selo Jovem e em sites de diversos pontos de venda, como Submarino, Lojas Americanas, Casas Bahia e Ponto Frio. O valor não chega nem a R$ 23,00. A obra tem 148 páginas.


Esse projeto foi realizado em quanto tempo?

Podemos considerar, desde a ideia do projeto até a entrega do livro pela Editora Selo Jovem, um período de aproximadamente 20 meses.
Alguns contos foram escritos e/ou esboçados durante a estada no castelo, mas os autores tiveram um prazo para terminar de escrever e entregar os artigos. 
No final de 2018, o original estava pronto e foi encaminhado à editora, pois havíamos nos comprometido a encaminhar os contos a uma editora tradicional, ou seja, que não cobrasse para publicar.
No começo deste ano o livro passou por sucessivas revisões (gramatical, de conteúdo, de prova etc.), até que adquirisse a feição atual. Foi entregue para nós em abril/2019.

Quer dizer algo mais?

O Núcleo de Escritores do Grande ABC se reúne quinzenalmente para ler, escrever e elaborar projetos que envolvam não só os nossos trabalhos coletivos, mas também pensar em atividades que objetivam formar leitores, condição essencial para que os nossos livros e de outros autores sejam lidos. Mais que isso, formar cidadãos críticos, que possam contribuir para a sua transformação pessoal, intelectual, social e pessoal e, ainda, contribuir para a construção de uma nação forte, independente e justa.
Nossos projetos visam, igualmente, despertar o gosto e prazer pela escrita, outro requisito fundamental para a formação de um ser humano único e merecedor de respeito.
Para que nossos projetos coletivos deem resultados positivos necessitamos trabalhar em parceria com escolas, comunidades, órgãos públicos e estabelecimentos privados.  
Nossas reuniões nos auxiliam, igualmente, no crescimento pessoal de cada integrante, pois fazemos a leitura de nossos textos, participamos de lançamentos, de oficinas etc. E podemos dizer que já estamos pensando na ambiência da próxima antologia: talvez em um sebo, ou em um cemitério em Santo André ou em Joanópolis, a cidade do lobisomem. rs

Para despertar mais o interesse dos leitores, seguem alguns trechos dos contos. 

“Sentei-me no chão ao lado de um vaso de barro, apoiei minha prancheta na perna e comecei a dar vida ao conto, ou seria morte, já que se tratava de um conto de terror? Escrevi algumas linhas e descansei o lápis no vaso de barro, quando alguém me ofereceu uma xícara de café. [...] A moça encostou-se à parede, abraçou as pernas e seu braço gelado tocou o meu.”
(O conto de Walquíria, de Crisley Ladeia)

“A viela do castelo não era necessariamente o caminho por onde as pessoas gostavam de passar. Não gostavam, mas era o acesso mais fácil para quem queria cortar caminho da estrada para a cidade e da cidade para uma pequena vila com meia dúzia de ruas.
Ora, o que seria um castelo senão uma obra suntuosa que lembra Império ou períodos medievais? Não aquele castelo.”
(O castelo de Alma, de Ana Ferreira)

ORGANIZADORES
Cida Simka
(Maria Aparecida Silva Simka)
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Colunista da revista Conexão Literatura.

*Sérgio Simka
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da revista Conexão Literatura.

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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Tragédia do edifício Joelma é revisitada em ficção

“Joelma: Antes da Escuridão” mistura ficção e realidade para criar clima de suspense neste thriller que narra a batalha entre o bem e o mal

Em 1974, o Brasil sofreu uma de suas maiores tragédias com o incêndio do edifício Joelma, supostamente iniciado em um ar condicionado. Mas o terreno do prédio já é amaldiçoado há tempos. É partindo deste pressuposto que J. Modesto mistura ficção e realidade em Joelma: Antes da Escuridão, thriller de tirar o fôlego publicado pela editora Livrus.
Neste livro o autor explora a origem da lenda que envolve de um edifício que foi construído sobre um terreno que foi cenário um triplo homicídio, que ficou conhecido na época como “Crime do Poço”.
Cerca de trinta anos antes do incêndio no edifício Joelma, seres malignos provenientes do inferno querem dominar a Terra. Para isso, precisam que Paulo construa um poço, ao passo em que devem combater dois padres, uma freira, um delegado e Gilberto, poderoso médium, que farão de tudo para livrar a Terra deste mal.

"Padre Antônio não tinha tempo a perder. Precisava fazer com que o Bispo o recebesse, mas a autoridade eclesiástica parecia evitá-lo. Passando pela sacristia, não deu atenção a nada nem ninguém que encontrou pelo caminho. Seu objetivo principal era apanhar alguns documentos e gravações que fizera da pequena Marina e levar até seu superior na tentativa de convencê-lo de que a menina realmente estava possuída por um demônio, precisando desesperadamente de um exorcismo."
 
As histórias de todos são cruzadas, desde o delegado Afonso, que deve encarar um criminoso que parece não ter medo da Lei e, ao mesmo tempo, proteger sua família, até Paulo, professor meio perturbado e que não suporta suas irmãs e mãe. J. Modesto consegue unir todas estas teias de história em uma só, criando uma onda de grande suspense e terror.
O livro conta com uma belíssima capa que ilustra a ficção criada por Modesto. Dentro da obra há ainda uma ilustração do demônio que se manifesta na história e fotos reais na contracapa que se ligam à trama.
Em Joelma – Antes da Escuridão, J. Modesto leva o leitor ao ápice da imaginação. O autor vai na contramão dos livros tradicionais, que relatam acontecimentos, e explora os elementos da ficção e do terror, utilizando locais e dados reais, sem pretensão de apresentar fatos que inocentem ou culpem os envolvidos nos episódios verídicos que aconteceram no final da década de 1940.

Sinopse: Em 1974, uma das mais modernas e imponentes construções da cidade de São Paulo ardeu em chamas, num dos mais traumáticos incêndios de que se tem notícia. As chamas teriam supostamente começado, de forma misteriosa, em um aparelho de ar condicionado. Espalharam-se rapidamente, vitimando centenas de pessoas, e provocando mais de 190 mortes. A fama de edifício amaldiçoado perdurou desde então, mas o que poucos sabem é que sua aura, que impregnou suas paredes de concreto, teve início muito tempo antes. Conheça, agora, os fatos que deram origem ao chamado Enigma do Edifício Joelma. A maior Lenda Urbana da capital paulista.

SOBRE O AUTOR
J. Modesto é paulistano, nascido em 1966 e formado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Publicou o primeiro livro, Trevas, em 2006. Já em 2008, participou da antologia Amor Vampiro, junto com outros seis autores. Por conta desta obra ganhou o prêmio Codex de Ouro de melhor antologia em conjunto com os contos Amante Notívago e O Anjo e a Vampira. No mesmo ano lançou Anhangá – A Fúria do Demônio, que foi destaque na Bienal do Livro. Em 2011 o autor participou da coletânea Anjos Rebeldes e em 2012 da coletânea O Livro do Medo. As obras mais recentes do autor são Vampiro de Schopenhauer (2012) e Joelma - Antes da escuridão (2013). Modesto é fascinado pelos gêneros de terror e suspense, tem entre seus ídolos H.P. Lovecraft, Stephen King, Mary Shelley, Anne Rice e Edgar Allan Poe. Ele também histórias em quadrinhos, cinema e literatura fantástica, vem se tornando um ícone do gênero literário nacional. Em conjunto com outros autores fundou o site Fontes da Ficção. Site: jmodesto.com.br | Página no Facebook: https://www.facebook.com/jmodestoautor/ | Skoob: https://www.skoob.com.br/autor/179-j-modesto

SOBRE A EDITORA
A LIVRUS é uma editora que oferece serviços essenciais à publicação, comercialização e divulgação de livros. É uma empresa que propõe alternativas viáveis entre a autopublicação e a edição tradicional. E que, através de suas soluções, integra autores e leitores através de um amplo e bem estruturado networking. Dentre as soluções desenvolvidas pela empresa destacam-se a LIVRUS.BIZ e a LIVRUS.COM. Site: http://www.livrus.net/livruscombr/site/

Serviço

Obra: Joelma: Antes da Escuridão
Autor: J. Modesto
Editora: Livrus
Ano: 2014
Páginas: 272
ISBN: 978-85-8360-017-6
Encadernação: Brochura
Altura: 23,00 cm
Largura: 16,00 cm
Preço médio: R$ 39,90

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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Marcos DeBrito e seu romance "O Escravo de Capela", Faro Editorial

Além de escritor, Marcos DeBrito também é diretor e roteirista de cinema. Iniciou profissionalmente a carreira como cineasta no Festival de Gramado em 2001 e, desde então, vem produzindo trabalhos cada vez mais ousados. Em 2015 lançou seu primeiro longa-metragem, “Condado Macabro”, dirigido em parceria com André de Campos Mello.
Na literatura, teve seu livro de estreia publicado em 2012 e foi um dos indicados da editora a concorrer ao Jabuti de melhor romance do ano. Em junho deste ano sairá seu terceiro trabalho: “O Escravo de Capela” (Faro Editorial).

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Marcos DeBrito: Eu sempre criei histórias, mas como me formei em Cinema e trabalho há mais tempo nesse ramo, elas sempre foram pensadas para a tela grande. O problema é que fazer um filme é muito caro, demorado e precisa do envolvimento de várias pessoas. Imaginei que se eu adaptasse meus textos para a literatura, talvez essa pudesse ser uma maneira de conseguir levar minhas histórias adiante sem que eu tivesse que depender de editais de fomento governamental ou incentivo de empresas privadas.
Como eu desconhecia completamente o ramo literário, encontrei um livro digital na internet com dicas para publicar um romance e entrei em contato com o autor para adquiri-lo. Segui as sugestões e fui atrás apenas das que eram abertas para o gênero que eu tinha escrito. Sendo que isso foi lá por meados de 2008, precisei seguir o velho caminho de imprimir os originais, enviar os calhamaços por correio e aguardar meses por uma resposta. Sempre leio que a maior dificuldade para um escritor é encontrar uma editora que o publique, mas, felizmente pra mim, não tive tantas dificuldades. Meu primeiro livro saiu pela Rocco e o segundo pela Simonsen. Hoje estou com a Faro Editorial e bem feliz em fazer parte dessa casa.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “O Escravo de Capela” (Faro Editorial). Poderia comentar?
 
Marcos DeBrito: “O Escravo de Capela” é uma evolução no estilo de escrita do meu primeiro livro, o “À Sombra da Lua”. Ele mantém o estilo ultrarromântico bem detalhista, com reviravoltas, relacionamentos conturbados fadados ao fracasso e muita violência... mas desta vez abordei um personagem do nosso folclore para criar uma história de época que, apesar de ser do gênero horror, se encaixaria muito bem como drama histórico.
Ele se passa em um fazenda escravocrata do século XVIII. Além das questões do trabalho forçado, desenvolvo também as relações entre os membros da família do senhor do engenho. Quando o filho caçula retorna de Portugal com ideias abolicionistas (após ter concluído medicina na Universidade de Coimbra), ele e seu irmão mais velho — que é também o truculento capataz da fazenda — começam a discordar da maneira como os negros são tratados. No meio disso, um escravo é assassinado após tentar escapar em uma mula e as madrugadas começam a ficar aterrorizantes quando esse mesmo homem (que teve a perna decepada) volta dos mortos para se vingar dos senhores da fazenda.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Marcos DeBrito: Por ser um livro histórico, precisei fazer uma pesquisa bem extensa sobre as fazendas de engenho de açúcar, costumes do Brasil colônia, relações pessoais e comerciais da época... Isso só para ambientar a trama. Para a história em si, fui atrás das várias versões da lenda do Saci para poder criar uma nova apenas com elementos que pudessem estar de acordo com a realidade que eu gostaria de propor. Para quem estuda nosso folclore, deve ser interessante encontrar os vários elementos que usei para elaborar o personagem.
Não foi um livro muito rápido de ser escrito, justamente por causa da pesquisa. Lembro que o “Condado Macabro” escrevi como roteiro para cinema em apenas um mês, depois foram mais uns três para adaptá-lo como romance. Já “O Escravo de Capela” foram anos pra chegar nesse resultado.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Marcos DeBrito: Gosto muito sempre que o escravo morto chega na fazenda. Mas tem uma em especial que consegui dar um toque mais bizarro na figura que conhecemos do Saci. Existe até uma ilustração dele nessa forma, feita pelo ótimo desenhista Ricardo Chagas.

“A porta de entrada da sala escancarou-se com uma ventania inesperada e Sabola, em sua forma monstruosa, pôde ser enxergado por todos no umbral. Sua carcaça estava mais apodrecida. O saco avermelhado na cabeça escondia a decomposição do rosto, mas os fluidos gotejados dos orifícios corporais escorriam por seu torso apodrecido, ungindo o couro negro que começava a se rasgar pela pressão das bolhas debaixo da pele. O braço direito, inchado de maneira grotesca, brandiu o facão no alto e o defunto invadiu o cômodo amaldiçoado. Quando adentrou, outra imagem repugnante foi vislumbrada: no lugar do membro amputado do escravo, estava costurada grosseiramente uma perna branca — a de Irineu.”
— Pág. 166

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Marcos DeBrito: “O Escravo de Capela” estará nas principais livrarias. Não creio que será difícil encontrá-lo. É a maior tiragem que um livro meu já teve e, mesmo se não for encontrado em loja física, com certeza estará disponível pelos sites. Se alguém quiser autografado, a Faro programou lançamento para o Rio de Janeiro e São Paulo, nos dias 7 e 8 de junho, respectivamente. Estarei por lá para conversar sobre terror, literatura, cinema... estão todos convidados.
Dos meus trabalhos, acho que o longa-metragem “Condado Macabro” é o mais conhecido. Ele foi transformado em livro depois de estrear em festivais e ter recebido alguns prêmios de melhor filme. Foi exibido comercialmente nos cinemas entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. Hoje ele está passando umas duas vezes por mês no Telecine Action e pode ser encontrado em várias plataformas de VOD, além de um DVD duplo com vários extras que pode ser adquirido pelo Mercado Livre.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Marcos DeBrito: Sempre! A gente nunca para. Se não é na literatura, é no cinema. Quando não são os dois ao mesmo tempo. Agora em Maio estreia em festivais o longa-metragem “13 Histórias Estranhas 2”, que fui convidado para escrever e dirigir um dos segmentos. E estou captando recursos para vários projetos; Um deles é a versão para os cinemas de “O Escravo de Capela”, mas esse deve demorar um pouco. Na frente da fila estão “O Retorno à Casa dos Pesadelos” (que não posso revelar muito sobre ele ainda) e a adaptação para as telas do livro “Elevador 16”, do meu amigo Rodrigo de Oliveira, também autor da Faro Editorial. Esses seriam os mais próximos da realidade. Também estou envolvido em alguns projetos de série para a TV, tanto brasileira quanto internacional.
Na literatura, para 2018 já estou com contrato assinado para um novo livro. Este ano ainda devo entregar o de 2019 para retomar logo o de 2020. Ainda não posso revelar os títulos, mas esse último vai ser uma continuação.

Perguntas rápidas:
Um livro: Macário
Um (a) autor (a): Álvares de Azevedo e Edgar Allan Poe
Um ator ou atriz: Tenho uma história muito bacana com o ator Francisco Gaspar, que deu vida ao personagem Cangaço no “Condado Macabro”. Começamos juntos, fizemos vários trabalhos em parceria, e não consigo imaginar um filme meu sem tê-lo no set.
Um filme: Enter the Void, do Gaspar Noé. Posso falar outros? Fight Club, do David Fincher. Pulp Fiction, do Tarantino. Lost Highway - Do David Lynch. Requiem for a Dream, do Darren Aronofsky. Dracula, do Coppola. São tantos...
Um dia especial: Os de boas notícias, pois são raros.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Marcos DeBrito: Queria agradecer a oportunidade de falar um pouco sobre o meu trabalho e pedir a todos que deem chance à literatura de terror nacional. Temos muitos autores talentosos por aqui que acabam esbarrando no preconceito de alguns leitores. E quando o público não consome um produto, as editoras não sentem confiança de aumentar suas apostas em novos nomes. Isso gera um ciclo de exclusão do gênero que atrasa o desenvolvimento desse mercado. Sinto que houve uma melhora expressiva nos últimos anos, tanto no cinema quanto na literatura, mas podemos ir muito além. Tenho sorte de ter encontrado editoras interessadas nas minhas ideias e acredito que há bastante espaço para o gênero crescer. E isso só irá acontecer da maneira que precisa quando nós valorizarmos o conteúdo que é feito por aqui.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Gilmar Milezzi, autor de Requiescat in Pace: Crônicas da Cidade dos Mortos, comenta sobre seu livro e futuros projetos

Gilmar Milezzi
Nascido no fim da década de 1950, na cidade de Tubarão, em SC, Gilmar Carlos Milezzi, viveu a adolescência em Florianópolis, num período de grandes manifestações políticas e culturais. Nessa época, o menino sonhador, frequentador assíduo das sessões dominicais do Cine Glória, pensava em ser escritor. Por conta disso, mergulhava nos livros de Emílio Salgari, Julio Verne e Mark Twain, os quais ele lia com a vontade de quem queria aprender os segredos de uma boa narrativa. Por influência direta do pai, leitor voraz de histórias em quadrinhos, tornou-se também um ávido consumidor de gibis, os quais costumava trocar na fila do cinema.
De tanto viajar nas histórias de aventuras e fantasia, decidiu que um dia escreveria suas próprias histórias. Desse vago projeto, acalentado e empurrado com a barriga durante anos, surgiram algumas peças infantis, contos e crônicas, publicados em pequenos jornais e blogs ou simplesmente esquecidos numa gaveta. Gilmar Milezzi é autor da obra “Requiescat in Pace: Crônicas da Cidade dos Mortos”

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Gilmar Milezzi: O início propriamente foi com o advento da internet. A possibilidade de publicar em blogs me fez tirar meus escritos da gaveta. O primeiro livro, Zaphir, um romance de aventura e fantasia, foi todo publicado dessa forma, até que eu o publiquei também em formato impresso e na Amazon, em 2014. Desde então, começou outra jornada: levar o livro até o leitor. Eu o vendo nas feiras literárias e pela internet.

Conexão Literatura: Você é autor de "Requiescat in Pace: Crônicas da Cidade dos Mortos", disponível na Amazon. Poderia comentar?

Gilmar Milezzi: A ideia desse livro surgiu durante as noites insones, quando trabalhava em empregos noturnos. A solidão das madrugadas, e os tipos estranhos que apareciam durante essas jornadas, me levaram a imaginar a história de um escritor sem recursos que arruma um emprego como vigia noturno de um cemitério. A partir dessa ideia inicial, criar a jornada do escritor na cidade dos mortos foi muito fácil. Na verdade, creio que elas sempre estiveram em minha mente. O capista é o Jean Milezzi, meu filho.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Gilmar Milezzi: Eu pesquisei apenas para confirmar as citações que faço de Dante e Edgar Allan Poe, que foram introduzidos na história em certo trecho. O resto é fruto de minhas próprias convicções do que seria uma vida após a morte, junto com muita imaginação, é claro.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial no seu livro?

Gilmar Milezzi: Eu tenho um carinho especial por toda a obra e seria difícil destacar um trecho em especial, mas vamos ver:

“Debruçado sobre o caixão, o coveiro estava tão absorto no que fazia, que não percebeu nossa presença. Com movimentos frenéticos, quase febris, ele tentava despir o cadáver de uma jovem mulher. Eu fiz menção de tentar impedi-lo, mas Berenice me conteve e fez sinal de que tinha algo em mente.
Ela fechou os olhos e soltou um gemido. Era um lamento quase inaudível, mas que de repente pareceu preencher toda a capela. O coveiro estacou e finalmente percebeu que não estava só. Ele olhou ao derredor, mas não conseguiu nos ver”.


Conexão Literatura: Se você fosse escolher uma trilha sonora para o seu livro, qual seria?

Gilmar Milezzi: Há um trecho no livro, em que há um cortejo de almas penadas, que eu escrevi pensando no Bolero de Ravel como fundo musical. Creio que essa obra cairia bem para um filme a partir do livro.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Gilmar Milezzi: Eu ainda estou tentando reunir recursos para fazer o livro impresso, mas Requiescat in Pace está disponível na Amazon, formato ebook. O livro pode ser localizado por este link: https://goo.gl/f0Yp9I
O primeiro capítulo está disponível no blog, neste endereço: http://feedproxy.google.com/~r/blogspot/eFHMP/~3/Fsn6T2riISc/cronicas-da-cidade-dos-mortos.html

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Gilmar Milezzi: Tenho mais dois livros em revisão e logo serão disponibilizados em formato ebook. O primeiro, Noites Sombrias, é um livro de contos de horror. O segundo reúne contos diversos e ainda não tem título. Além desses estou escrevendo o segundo livro de Crônicas da Cidade dos Mortos e a Continuação de Zaphir – A Guerra dos Magos.

Perguntas rápidas:

Um livro: Cem anos de Solidão
Um (a) autor (a): Hermann Hesse
Um ator ou atriz: Paulo Autran
Um filme: Dersu Uzala, de Akira Kurosawa
Um dia especial: O dia que Zaphir chegou da gráfica. Nunca mais vou esquecer a emoção que senti.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? Gostaria apenas de acrescentar que Requiescat in Pace – Crônicas da Cidade dos Mortos alcançou mais de cem mil leituras no Wattpad, quatro mil indicações dos leitores e outro tanto de comentários, até o momento em que o retirei, em razão da publicação na Amazon.

Gilmar Milezzi: Gostaria de informar o endereço dos blogs onde eu publico minhas histórias:
www.aguerradosmagos.blogspot.com com histórias de horror e fantasia;
www.agavetamagica.blogspot.com com contos, poemas e artigos diversos.

Capista do livro Requiescat in Pace: Crônicas da Cidade dos Mortos: Jean Milezzi. 

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Alameda dos pesadelos


Em Alameda dos pesadelos os leitores irão conhecer Vivian, uma jovem que mesmo com pouca idade, já sofreu grandes perdas na vida, além de ser abandonada por seu ex-namorado, que a deixou gravida. Por todo esse sofrimento, a garota deixou de acreditar na existência de Deus.

Voltando de um dia cansativo de trabalho, Vivian testemunhou um acidente de transito e a partir desse dia sua vida começou a ter eventos sobrenaturais. Não bastasse isso, seu ex, que nunca demonstrou apoio ao seu filho, resolve reaparecer, abrindo grandes feridas do passado.

Para que tudo talvez volte ao normal, Vivian terá que enfrentar o seu passado cheio de erros e dores, aprender a perdoar e ser perdoada. Quem sabe, essa experiência faça com que ela volte a ter fé e acreditar na presença de uma força maior que rege a vida?

Com mistérios, suspenses, eventos sobrenaturais e uma ideia diferente da vida após a morte, a autora nacional, Karen Alvares criou uma história surpreendente e emocionante, que irá fazer os leitores se envolver com a personagem principal, sentindo medo, raiva e apreensão.

Autora: Karen Alvares
Páginas: 263
Ano: 2014

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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

10 antologias de terror nacionais para ler no Halloween


Finalmente chegou outra vez o mês do Halloween, pessoal! E junto com o Halloween, agora temos outra data especial neste mês: AllHallow’sRead, o feriado, criado pelo Neil Gaiman, cujo propósito é ler e dar de presente livros de terror para aproveitar o clima de Halloween com literatura. (Veja aqui o próprio Gaiman explicando o AllHallow’sRead)
Porém, como já são indicados com frequência os clássicos de terror internacionais, desta vez a lista de indicações de leituras para o Halloween não vai ser com clássicos, mas com contemporâneos. Para ser mais específico, contemporâneos nacionais. Porque, sim, há muita coisa boa no cenário nacional atual de terror que vale a pena conhecer.
Algo que vem crescendo nos últimos anos no mercado literário nacional é a publicação de antologias de todos os estilos, desde poesia, contos policiais, crônicas, eas que compõem esta lista que são as de contos de terror.E apenas a classificação de antologias de terror já abrange muita coisa, pois aqui veremos antologias em homenagem a autores consagrados como Edgar Allan Poe, Stephen King e Lovecraft, antologias com temas sobre vampiros, fantasmas, zumbis e até mesmo contos de fadas mais sangrentos, além de uma antologia com contos de um só autor nacional que lançou no ano passado um livro com diversos de seus contos – e que, aliás, é o primeiro da lista:
  1. Mausoléu – Duda Falcão
            Esta antologia, com uma capa ilustrada em um estilo que lembra aqueles quadrinhos antigos de terror e um design muito bem elaborado (todas as páginas têm a ilustração de um morcego que voa quando você folheia o livro!) traz diversos contos do escritor Duda Falcão, o qual conheci através de publicações nas antologias Poe 200 anos e Autores fantásticos. Os contos variam entre várias áreas do terror, como já diz na capa, trazendo desde lobisomens, zumbis, fantasmas até outras criaturas.
Porém, o que mais me chamou atenção neste livro não foi a presença de seres sobrenaturais nas narrativas, mas as diversas e bem utilizadas referências à literatura clássica de terror. Recomendo principalmente a leitura dos contos “Relíquia”, “A Pena do Corvo”, “Museu do terror”, e “Humanos, monstros e máquinas”: nos dois primeiros vemos referências a Edgar Allan Poe, um contando sobre o gato preto e outro sobre um narrador mais do que obcecado com Poe – um conto que vale a pena do corvo ler e reler. Em “Museu do Terror” vemos um cenário fantástico onde há peças retiradas de diversas obras da ficção, o que torna esta narrativa uma incrível obra de meta-ficção, e no último dos contos mencionados, que é o último conto do livro, vemos ninguém mais ninguém menos do que Mary Shelley, Percy Shelley, Byron, Polidori e o Doutor Frankenstein como os protagonistas. Claro que há outros contos muito bons neste livro, mas a leitura destes citados acima já é um bom começo para o mês do Halloween – ou qualquer outro mês do ano.
  1. Poe 200 anos - Ademir Pascale e Maurício Montenegro (org)
Uma das obras mais cativantes desta lista, esta antologia, organizada por Ademir Pascale e Maurício Montenegro, é uma homenagem a Edgar Allan Poe, a qual traz ótimos contos de diversos escritores inspirados na obra de Poe. Já fiz uma resenha deste livro anteriormente, analisando conto por conto aqui. É incrível como os autores, cada um com seu estilo próprio, conseguiram captar a atmosfera de Poe, incluindo narradores perturbados e obsessivos, ou narrativas mais fantásticas onde elementos de contos do autor americano surgem de maneira quase surreal. Enfim, uma leitura essencial para fãs de terror e/ou de Poe –e perfeita para a época do Halloween.
  1. Nevermore - Ademir Pascale (org)

Depois de Poe 200 anos, um dos organizadores da primeira antologia, Ademir Pascale, organizou outra antologia em homenagem a Poe, esta chamada Nevermore. Com uma edição muito bonita, de capa dura e um design bem elaborado, esta antologia contém menos contos do que a anterior, mas narrativas de ótima qualidade e muito interessantes para fãs do autor, as quais, assim como na antologia anterior, trazem referências a contos de Poe, algumas de forma mais direta, como “A Maldita Casa dos Usher”, e outras de forma mais indireta, como “O Olho da Gárgula”.
  1. Ascensão de Cthulhu                                                          
            Já é clássico ver escritores de terror se aventurando no misterioso universo de Lovecraft, criando novas versões e eventos em torno da mitologia do famoso Cthulhu – e não tinha como ser diferente no cenário da literatura de terror nacional. Neste livro, sete grandes autores contam eventos relacionados ao universo de Lovecraft, cada um com seu estilo narrativo, mas ainda remetendo à atmosfera de um dos grandes mestres do terror, que já influenciou e continuar a influenciar muitos autores talentosos.
  1. The King
Ok, depois de uma antologia em homenagem a Lovecraft, duas em homenagem a Poe, quem mais faltava homenagear? O rei do terror moderno, é claro, Stephen King! Esta antologia, lançada em dois volumes, contém um total de quarenta e quatro contos, nos quais diversos autores narram eventos contendo situações inexplicáveis ou obscuras a ocorrer em situações cotidianas, no estilo do King.
  1. Horas Sombrias - Alfer Medeiros (org)
Com mais de 500 páginas, esta antologia traz 96 contos curtos – de em média uma a sete páginas cada conto – perfeito para quem não tem muito tempo para ler romances inteiros ou contos maiores e quer doses rápidas de terror. Ou mesmo para quem quer ler diversas histórias sombrias e sangrentas em sequência, sem se demorar muito em nenhuma delas.
Este livro traz terror dos mais variados estilos, desde narrativas cheias de sangue, terror mais psicológico, suspense e narradores perturbados e obsessivos,cujas mentes vêem o normal no que se costuma considerar pérfido e doentio.
  1. Necrópole – Histórias de Vampiros
Essa antologia, lançada em 2005, é o primeiro volume da coleção deterror chamada Necrópole. O livro foi idealizado e escrito por cinco jovens escritores, Alexandre Heredia, Camila Fernandes, Gianpaolo Celli, Giorgio Cappelli e Richard Diegues, no NecroZine, um periódico de contos de terror, através do qual os cinco publicavam seus trabalhos em eventos culturais. Esta antologia traz 5 contos, um de cada autor, todos eles com o tema de vampiros.
Dentre todas as antologias desta lista, esta é a com menos contos, porém, seus contos são mais longos, tendo em média 20 a 30 páginas cada um, além de uma breve sinopse antecedendo-os. As histórias têm abordagens de vampiros no mundo contemporâneo e misturam realidade e ficção, trazendo-nos uma realidade onde as criaturas da noite andam por entre os humanos – e não só como fantasias no Halloween.
  1. Necrópole – Histórias de Fantasmas

            Para quem já leu o volume sobre vampiros ou se interessou pela coleção Necrópole, este é o segundo volume que, assim como o anterior, contém contos dos mesmos cinco autores do primeiro livro e mais dois e outros escritores, porém desta vez sobre fantasmas – o tema preferido de escritores como Dickens, Henry James, e muitos outros autores de obras clássicas de terror.  A mesma coleção também inclui um terceiro volume sobre bruxas, “Necrópole – Volume III: Histórias de Bruxaria”.
  1. Histórias envenenadas – Contos de fadas de terror
            Certo que ler os contos de fadas originais, não as versões que muitos conhecem hoje em dia, já pode ser uma leitura bem sombria para o Halloween. Entretanto, nesta antologia você encontra trinta narrativas que trazem releituras macabras de contos de fadas tradicionais, misturas de mais de um conto de fada em um só texto, em estilo Once upon a time, mas com um toque de terror e suspense, e até contos com histórias originais, isto é, sem serem baseadas em contos de fadas antigos, mas ainda no clima de contos de fadas.
Esta antologia agradou tanto ao público que teve um volume dois, onde há releituras de histórias como A Bela Adormecida, João e Maria e até uma Cinderela versão vampira. Perfeito pra quem gosta de contos de fadas e terror.
  1. Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?
Uma das primeiras antologias nacionais a reunir contos de zumbis, este livro lançado em 2010 é frequentemente indicado quando o assunto é livros nacionais de zumbis – um tópico que, no cenário nacional, se tornou mais frequente de alguns anos para cá. Organizada por Ademir Pascale, o mesmo organizador de Poe 200 anos e Nevermore, esta antologia traz contos de diversos autores com distintas abordagens do tema de zumbis, construindo climas de suspense, terror e ação. Uma boa leitura para outubro, não?
Extra: Entre contos– desafios de fantasmas, cemitérios e bruxas
Além de publicações de contos de terror em antologias, o site Entre contos, onde todo mês há um desafio com um tema diferente, tem algumas seções bem interessantes para ler no Halloween, que foram temas de alguns dos mais disputados desafios do site. Como esses desafios já acabaram, vocês podem ler qualquer um dos contos concorrentes e ver quais foram os contos vencedores.
E é isso aí, essas são as dicas de leituras para o All Hallow’s Read deste ano. Então, acha que faltou alguma antologia de terror nessa lista? Conhece mais algum site interessante com mais contos de terror atuais para ler no Halloween? Comente e deixe suas indicações. E boas leituras!

Publicado originalmente em Literatortura.
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