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domingo, 25 de novembro de 2018

Ada Magaly Matias Brasileiro e o livro A emoção na sala de aula, por Sérgio Simka e Cida Simka

Ada Magaly Matias Brasileiro - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Sou formada em Letras; especialista em Língua Portuguesa, Linguística e Didática e Tecnologia do Ensino Superior; mestra em Língua Portuguesa e doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela PUC Minas. Sou professora há 25 anos e já atuei da Educação Infantil ao Ensino Superior. A sala de aula sempre foi, para mim, um lugar especial! No Ensino Médio, dediquei-me ao ensino de Língua Portuguesa e à Produção Textual; no nível universitário, dei ênfase, também, à Escrita Acadêmica, à Metodologia Científica e à Linguística Textual, pautando-me, principalmente, pelos pressupostos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD). Tenho me dedicado à pesquisa, à docência e à construção de disciplinas para o ensino a distância e a material didático que disponibilizo na internet. Das minhas publicações, destacam-se os livros “Estilo e Método”, “Manual de Produção de Textos Acadêmicos e Científicos” e “Leitura e Produção Textual”. Recentemente, publiquei o livro “A emoção na sala de aula: impactos na interação professor/aluno/objeto de ensino”.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro “A emoção na sala de aula”.

Desânimo, vergonha, agressividade, frustração, desrespeito, entusiasmo, prazer, satisfação, alegria... são algumas das inúmeras emoções que constituem as interações professor/aluno, interferindo no funcionamento e na produtividade de uma aula. O livro traz o resultado da minha pesquisa de doutorado, realizada na PUC Minas, sob orientação da professora Juliana Assis.
Trata-se de um investimento etnográfico, que me permitiu integrar-me a duas salas de aula das séries finais do Ensino Fundamental, desde o primeiro dia do ano letivo. Na conclusão deste estudo, eu apresento quatorze quadros emocionais que ocorrem reiteradamente nas interações em sala de aula (professor/aluno ou aluno/aluno), as quais interferem positiva ou negativamente no engajamento dos alunos na aula e, por conseguinte, no alcance dos objetivos didáticos pautados pelos professores.

O que a motivou a escrevê-lo?


Em minha experiência como docente, várias questões sempre me incomodaram. Por exemplo: “Por que um mesmo plano de aula gera aulas diferentes? Por que um professor é bem-sucedido em uma turma e em outra não? Por que alunos de uma mesma turma se comportam diferentemente na sala de aula, variando o tempo e o professor? Como o aluno se envolve na aula proposta? Como ocorre a relação de afetividade do aluno com o objeto de estudo? Quais os efeitos dessa afetividade?” Essas perguntas indiciavam, a meu ver, marcas da emoção no ambiente de ensino/aprendizagem, algo, talvez, determinante da interação professor/aluno, que interferiria na aceitação das proposições do professor pelo aluno e, por conseguinte, do seu envolvimento e produtividade na aula.
Essa possibilidade aguçou em mim o desejo de investigar as emoções mais recorrentes nas atividades desenvolvidas na sala de aula, verificando como as emoções interferem na construção da relação de aceitação ou rejeição dos alunos a determinadas aulas. O resultado me trouxe muitas respostas que, agora, compartilho com meus colegas professores. É certo que, quanto mais conhecemos as regularidades da aula, mais possibilidades temos nós, professores, de compreender características estruturais da sala de aula, suas recorrências e, portanto, sermos mais exitosos em nossos propósitos didáticos.

Fale-nos sobre os outros livros de sua autoria.

Sempre gostei de escrever, por isso, desde cedo, quando atuava na educação básica, dediquei-me à organização de obras com coletâneas dos meus alunos, pois acredito na formação do aluno na produção textual, a partir do momento em que ele ganha leitores. Publiquei, posteriormente, algumas obras autorais. Duas delas são investimentos independentes e trazem pesquisas genealógicas. Três outras tematizam a produção textual e a escrita acadêmica: Estilo e Método – esgotado; Leitura e Produção Textual, e Manual de Produção de Textos Acadêmicos e Científicos. Este último, por exemplo, publicado pela Editora Atlas, traz orientações práticas sobre “como fazer?” vinte e quatro gêneros acadêmico-científicos, do resumo à tese. Era uma carência que eu sentia em minhas aulas e resolvi produzi-lo, pensando em meus alunos. A aceitação do público, no entanto, demonstrou que não se tratava de uma carência apenas minha, mas de muitos professores e alunos pelo Brasil afora. A resposta positiva que tive surpreendeu-me e, ao mesmo tempo, motivou-me a continuar escrevendo, sem medo!  

Como analisa a questão de leitura no país?


Quando lançamos o olhar para os dados publicados pelo Market Research World (2016) e outros institutos de pesquisa que se dedicam a trazer índices de leitura no mundo, vemos que as horas de dedicação à leitura dos brasileiros (cerca de 5 horas semanais) é a metade do que se apresenta em primeiro lugar (Índia, cerca de 10 horas) e a tendência é que nos desanimemos. Entretanto, há de se considerar que, mesmo que lentamente, o volume de leitura do brasileiro vem aumentando, tendo alcançado uma média de 5 livros ao ano, conforme pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2016).
Outro aspecto a se observar é que tais índices levam em conta apenas a leitura de livros (impressos ou e-book), excluindo a dos jornais, revistas, redes sociais etc., o que deixa o panorama negativo e, por que não dizer, irreal, já que atualmente, a nossa maior carga de leitura é por meios digitais.
Agora, para incentivar a leitura, três atores dessa cena precisam assumir seus papéis e funções: o governo, a escola e a família. O poder público deve se responsabilizar pelo aparelhamento das escolas e atualização de funcionários especializados e amantes da leitura. A escola deve buscar alternativas metodológicas adequadas ao público que atende, disponibilizando-lhe a multiplicidade de obras, explorando as várias funções da leitura; e a família, juntamente com os dois outros elos, deve valorizar e estimular a leitura em casa, além de favorecer a cultura por meio do exemplo.
Assim, a despeito de todas as evidências de pouco investimento ou hábito de leitura no Brasil, vejo a questão com otimismo. As pessoas estão presenteando mais livros, compartilhando suas leituras em blogs, demonstrando mais motivação e orgulho por terem lido determinadas obras, ouvindo audiobooks... e isso tudo é, inegavelmente, dado positivo!

Quais os seus próximos projetos?

Pretendo investir na área dos meus estudos atuais, que é a didática da escrita acadêmica. Este é o objeto de pesquisa do meu projeto de Pós-Doutorado e da minha atuação profissional de (quase) sempre. Sinto que há muitas publicações na área, mas estão muito dispersas, além disso, não conheço iniciativas que tratem, exatamente, das metodologias de ensino da escrita acadêmica, pois, tacitamente, entende-se que os alunos já saibam tal escrita quando entram nas universidades, assim como os alunos esperam que os professores irão ensiná-los. Instala-se um conflito sério no meio acadêmico e acredito que a minha pesquisa poderá contribuir para a amenização desse problema.


*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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