Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores

Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores. Saiba mais, acesse: https://revistaconexaoliteratura.com.b...

Mostrando postagens com marcador ABERST. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ABERST. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Rodrigo Roddick e o livro Teste sua morte, por Cida Simka e Sérgio Simka


Ano que se inicia, coluna nova no site da revista Conexão Literatura. Aliás, novo mesmo é só o título, pois o objetivo continua o mesmo: entrevistar autores sobre sua obra.

Para estrear, apresentamos a entrevista com o escritor Roddick e seu surpreendente livro “Teste sua morte”. Acompanhe-nos, se tiver coragem.

Fale-nos sobre você.

Escrevo histórias sobre a morte. Comecei com “Emissários da Morte” (2018), depois escrevi “Sangue Negro” (2019) e em 2021 lancei “Teste Sua Morte” através do Catarse. No mesmo ano publiquei “100 Mortes de Você” na Amazon. Sou fã do Batman, fã de Sandman e amo histórias de terror, principalmente as contemporâneas. Sou formado em jornalismo e vivo no Rio de Janeiro. 

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre seus livros, principalmente o "Teste sua morte". O que motivou a escrevê-los? 

Em 2017, uma obra foi responsável por transformar completamente minha escrita. Esta obra foi Sandman (Neil Gaiman). Apesar de a história ser perfeita, me concentrei em uma das personagens, a Morte. Na saga, ela é uma jovem gótica carismática e animada, bem diferente do estereótipo que nós comumente associamos à morte. Sua personalidade me impactou tanto que eu comecei a estudar sobre o tema para entender o motivo de Gaiman tê-la criado dessa forma. E eu percebi que a morte não é uma coisa a ser temida. Pelo contrário, a morte é tão natural quanto nascer e dura apenas 1 segundo (ou menos). É apenas um instante que vai encerrar nossa história, o ponto-final. Isso foi tão significativo pra mim que eu decidi contar histórias com esse intuito.

Minha primeira tentativa foi Emissários da Morte, quando criei 5 personificações para a Morte a partir de suas manifestações reais (suicídio, doença, assassinato, falência e acaso). Depois me debrucei sobre nosso fanatismo pela imortalidade. Encontrei no personagem folclórico do vampiro a oportunidade perfeita para demonstrar a necessidade de a Morte existir. E então passei a refletir sobre isso: a necessidade da morte na nossa vida. Nada me tirava da cabeça que ela era apenas um alerta diário para que vivamos 100% aquilo que somos. Em uma das minhas reflexões, ousei cogitar a possibilidade da vida ser um jogo da Morte. E se isso acontecesse mesmo, como seria? Foi aí então que Teste Sua Morte começou a ser imaginado. Eu percebi que nós realmente jogamos o jogo da Morte e que vamos perder no fim. Porém nós a vencemos a todo segundo que passa. Enquanto estivermos respirando estamos vencendo.

Teste Sua Morte, no entanto, precisou de algumas influências para juntar as peças em minha mente. A primeira delas foi o nostálgico desenho Caverna do Dragão. O segundo foi um filme que eu não recordo o título. E o terceiro foi Circle, um filme de ficção científica que fala sobre as incongruências sociais. Eu estava com tudo isso em mente quando decidi escrever a história, que era para ser apenas um exercício de um curso que eu estava fazendo sobre storytelling. Eu estava tão compenetrado nesta tarefa, que levei apenas 7 dias para estruturá-lo e mais 15 dias para escrever a primeira versão. Eu o escrevi em fevereiro de 2019, portanto passei este ano inteiro o aperfeiçoando.

Para comprar Teste Sua Morte, basta acessa meu LinkTree: https://linktr.ee/roddick 

Como analisa a literatura de horror/terror publicada no país?

Hoje nós temos muitos escritores ótimos escrevendo sobre terror e afins. Um exemplo disso é Raphael Montes. Ele conseguiu sinalizar que havia uma lacuna a ser preenchida no cenário nacional: histórias sombrias. É claro que muitas pessoas escreviam sobre isso antes e contemporaneamente a ele, mas Raphael se tornou conhecido por sua literatura, tanto que ganhou um Jabuti. E isso ajudou com que as editoras olhassem a literatura de horror nacional com outros olhos.

É interessante mencionar também que hoje existem muito mais leitores interessados em literatura nacional, especialmente em terror. Conheci muitos leitores e canais dispostos a dar uma chance a Teste Sua Morte e fiquei imensamente surpreso com o resultado do livro no Catarse. E todo esse cenário promissor abriu espaço para o surgimento de associações focadas no gênero. É o caso da Aberst, à qual pertenço. 

Link do meu perfil na Aberst: https://aberst.com.br/team-member/rodrigo-roddick/

O que tem lido ultimamente?

Passei este ano (2021) lendo o trabalho de escritores nacionais do gênero. E li muita coisa boa. Mas de novembro pra cá, resolvi voltar a Gaiman e li Biblioteca Gaiman. Agora estou relendo meus livros de cabeceira como O Labirinto do Fauno, Drácula, Coraline e Harry Potter. 

Quais são os seus próximos projetos?

Estou com uma ideia ambiciosa já para o início do ano de 2022. Vai sair no Catarse. Por enquanto é segredo.

Também pretendendo lançar um dos muitos livros engavetados que possuo. Então passarei o primeiro semestre trabalhando no aperfeiçoamento da obra escolhida para que no segundo semestre ela possa ser publicada. Também pretendo incluir Teste Sua Morte para concorrer a algum prêmio. 

Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.

Gostaria de fazer um apelo aos leitores. Eu gostaria de pedir que os leitores não só lessem as obras nacionais, mas também COMPRASSEM. Tem muitas pessoas que se interessam em ler nacionais, mas de graça. No primeiro momento isso ajuda na disseminação da obra, mas os escritores também pagam contas. E nós que não somos conhecidos vendemos pouquíssimos volumes. Temos que conviver com essa realidade: escrever, produzir o livro, publicar, vender, custear, pagar boletos e receber pouco retorno financeiro. Não parece, mas quando você compra um livro nacional está ajudando MUITO para que este autor continue escrevendo.

É uma matemática fácil, na verdade. Preciso de você, leitor. Compre, leia e indique para alguém. Só assim conseguirei receber pelo meu trabalho. Pois nós escritores trabalhamos como qualquer outro profissional, mas NÃO RECEBEMOS SALÁRIOS.


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).

Compartilhe:

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Tito Prates e o livro Assassinato no condomínio de luxo, por Cida Simka e Sérgio Simka


O escritor Tito Prates, presidente da ABERST (Associação Brasileira dos Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror), e editor da Revista Mystério Retrô, está com novo livro na praça. 

Tito Prates escreveu a primeira biografia autorizada de Agatha Christie, originalmente elaborada em língua portuguesa. Lançou dois policiais, uma coletânea mista de terror e policial, outra coletânea de terror. Escrever contos e livros policiais e de terror é, claramente, seu estilo literário. 

Veja abaixo mais informações sobre a obra.

Em uma cidade-dormitório da grande São Paulo, regida pela violência e pobreza, existe um oásis de segurança e prosperidade.

Um condomínio de casas de classe média, que para o restante da cidade é de alta classe, se vê violado em sua tranquilidade quando uma empregada doméstica é brutalmente assassinada em uma das casas.

A biomédica especialista em gestão de resultados em empresas de saúde Pierrete Gobbo, uma esperta detetive amadora, tenta auxiliar a segurança do condomínio a resolver o caso e devolver a paz aos moradores.

Na investigação, é descoberto que o número de suspeitos não se limita aos muros do bairro, mas os familiares da vítima, vizinhos e até uma sociedade civil ultraconservadora e suspeita de terrorismo de extrema-direita podem estar envolvidos.

Nº Páginas – 125

L / A / P – 17,0 x 24,4 x 2,5 cm

Peso – 120 g

Nº da edição – 1

Data da publicação – 12/2020

Idioma – português

ISBN – 978-65-87995-04-5

Preço sugerido – R$ 59,90

Link para o livro:

https://www.trilhaeducacional.com.br/livros/assassinatonocondominiodeluxo.php

Link para outra entrevista com Tito Prates:

https://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2020/01/tito-prates-o-livro-museu-do-crime-e.html


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).

Compartilhe:

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Literatura brasileira com protagonistas fortes e que vão atrás de seus objetivos

Larissa Brasil - Foto divulgação

Larissa Brasil levou as histórias que permeavam sua mente para o papel e já conquistou prêmios, com uma literatura envolvente, cheia de suspense, tramas policiais e realismo mágico e que mostra que as mulheres estão dominando um mundo que já foi considerado bem mais masculino.

Larissa Brasil, que acaba de ser vencedora do Prêmio ABERST 2020 na categoria Melhor Livro de Suspense, com seu A Garota da Casa da Colina, começou a escrever ainda na adolescência, na maioria poemas. Mal sabia que estava começando uma jornada que retomaria em 2012, quando uma fase depressiva a levou de volta às histórias.

Ela conta: “a escrita me fez seguir em frente. Foi uma maneira de colocar os pensamentos no papel e dar voz a eles. A partir daí as histórias, que sempre ficavam presas na minha cabeça, começaram a se soltar para o mundo e eu me descobri escritora”.

Para Larissa, ser escritora no Brasil não é uma tarefa fácil: “estamos sempre concorrendo com os livros de fora, existe um certo preconceito, uma ideia de que o autor nacional é despreparado”, revela. Ela vê a tecnologia como uma aliada na mudança dessa mentalidade: “o e-book veio para ajudar nessa questão (inclusive com os valores) e hoje tem autores que só publicam em plataformas digitais, por exemplo”.

Larissa também fala sobre o preconceito por ser mulher e escrever suspense/policial. “a mulher acaba por ser descredenciada em alguns gêneros, como se devêssemos escrever apenas sobre romance. Hoje, conheço várias mulheres que se destacam no policial, suspense e thriller e no Brasil vêm crescendo esse número a cada ano”.

Ela explica que escrever esse tipo de história aconteceu de forma natural: “quando as ideias vinham, era sempre algo envolvendo suspense, medo do desconhecido, protagonistas tomando partido e indo atrás do que gosta. Na verdade, eu tenho essa característica, de criar protagonistas fortes, que vão atrás de seus objetivos, e o gênero policial se encaixa perfeitamente”, reforça.

“Nunca achei que teria estômago para estudar criminologia, mas me vi escrevendo uma história de uma investigadora de polícia que enfrenta monstros da vida real e isso me motivou muito. Foi um livro que adorei escrever. Conversei com médicos, peritos, legistas, policiais e me descobri uma escritora do gênero policial em 2020”, conta.

Seu primeiro romance, “A Garota da Casa da Colina”, acaba de ser premiado como Melhor Suspense de 2020. Seu “Conto do Coronel fantasma” rendeu a ela o prêmio ABERST de autora revelação em 2018, e ainda tem “Onde o Vento Faz a Curva”, “Tr3s”, um livro sobre bruxas que escreveu com a xará, Larissa Prado. Completam o quadro de sucessos mais dois contos policiais, “Areia Movediça” e “O Machado da Casa de Pedra”, que ganhou menção honrosa no III Prêmio Aberst de Literatura.

Para 2021, Larissa tem muitos planos, que já começaram a ser desenhados: “meu livro policial será lançado em abril e devo começar um projeto de fantasia para o público infanto-juvenil, além da continuação da história policial”. Ideias não faltam, talento, muito menos. É bom ficar de olho no que vem por aí!

Onde encontrar:

https://www.larissabrasil.com.br/

https://www.instagram.com/larabrasil/?hl=pt-br 

Mais informações:

https://www.larissabrasil.com.br/ | larabrasil@hotmail.com 

Compartilhe:

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Exclusivo: Cláudia Lemes, o livro “A segunda morte de Suellen Rocha” e sua carreira literária, por Cida Simka e Sérgio Simka

Cláudia Lemes - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Sou natural de Santos, mas morei em diversos lugares antes de voltar para cá em 2013. Eu só comecei minha carreira no mercado literário há seis anos, embora escreva desde adolescente. Tenho cinco romances policiais publicados, dezenas de contos, prefácios e traduções. Em março lancei o novo thriller, A Segunda Morte de Suellen Rocha, pela editora AVEC. Além de escritora, sou tradutora e intérprete, editora e leitora crítica. Em 2017 fundei a ABERST (Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror), que presidi por dois anos.

ENTREVISTA:

Você tem uma extensa obra publicada, entre romances e participação em antologias. Fale-nos sobre seu processo de criação.

Estou tentando adaptar meu processo de criação à vida caótica de mãe, estudante e profissional. Eu infelizmente não consigo tempo para escrever todos os dias, já que preciso priorizar as edições, mentorias, leituras críticas e traduções, assim como meus cursos, casa, filhos e grupo de estudos. Quando consigo me programar para escrever uma obra nova, eu faço um planejamento bem básico de personagem, esqueleto da trama em oito pontos básicos e levanto o que vou precisar pesquisar antes de começar a escrever. Eu também planejo bancos de palavras para me ajudar a criar o clima que quero para cada cena. Mas não demoro muito para escrever – há coisas que você só descobre sobre o livro ao colocar a mão na massa. Durante o processo de escrita eu edito e reescrevo muitas vezes, até ter um first draft em mãos. Aí ele vai para a gaveta por cerca de 3 semanas ou até dois meses. Eu então faço uma checagem de datas, fatos históricos, referências e uma última edição, antes de encaminhá-lo para seu destino. Quando escrevo, tenho a tendência a ficar muito envolvida com aquele mundo, mergulhar fundo na pesquisa e escrever rápido – não levo mais de 3 meses para escrever um romance e dois dias para escrever um conto.

Fale-nos sobre seu livro "Santa adrenalina: um guia para quem quer escrever thrillers". Como tem sido a receptividade do livro?

A primeira edição do livro é de 2017 e ele foi muito bem recebido e bem avaliado pelos escritores, o que levou o Mário Bentes, publisher da Lendari, a encomendar uma segunda edição, com 2 capítulos extras. O livro tem saído bem e é frequentemente recomendado por escritores e editores. No final do ano passado eu montei um curso dinâmico que funciona como um grupo de estudos para passar conteúdos que não entraram no Santa, e tem sido muito recompensador.

Você é editora do selo Morgue, da Editora Lendari. Fale-nos sobre seu trabalho.

Em 2018 o Mário, da Lendari, conversou comigo sobre a vontade de ter um selo voltado para literatura policial, com uma proposta sustentável e amigável ao autor, que permitia a publicação tradicional, sem custos para o autor e uma seleção baseada inteiramente na qualidade da obra, ignorando a “fama” do autor ou seu tempo de mercado. Todos os originais enviados estavam bem acima da média, e escolhemos três. Dois deles, um policial noir ambientado nos Rio de janeiro dos anos 50, “Se Eu Morresse Amanhã”, da Fabiana Ferraz e o thriller de espionagem da Vivianne Geber, “Missão Terra Firme”, serão publicados ainda no primeiro semestre deste ano. A terceira obra ainda não tem data de publicação definida. Eu amei o trabalho de edição de ambos os livros e dei muita atenção às peculiaridades de cada subgênero. Não houve grandes desafios porque ambas as obras estavam bem prontas, mas com a Fabi eu trabalhei em deixar o texto um pouco mais ágil e com a Vivianne mais fácil de compreender para quem não é da área militar. Além dos cuidados com as obras, meu trabalho no selo é garantir, com o publisher, que cada obra ganhe a “cara” adequada por meio da campanha de divulgação e do projeto gráfico, e de planejar as ações de marketing de cada uma. Acredito que o trabalho minucioso e apaixonado que estamos fazendo com o selo ajudará a fazer com que o trabalho excepcional dessas autoras seja difundido e reconhecido.

Como analisa o mercado editorial voltado a livros de terror?

O nicho está bem forte no momento, e ele tem um leitor dedicado e exigente, o que coloca bastante responsabilidade nas editoras de oferecer obras mais transgressoras e bem trabalhadas, com traduções caprichadas. Acho que o maior desafio é transformar consumidores de filmes e séries de horror em leitores do gênero. 

Você lançou "A segunda morte de Suellen Rocha". Fale-nos sobre o livro.

Este romance policial se encaixa no subgênero do domestic noir, erroneamente chamado no Brasil de thriller doméstico ou thriller psicológico (que é outra coisa). No entanto, também tem tudo para agradar amantes da literatura policial convencional. Foi escrito em 2017 e circulou por algumas editoras, que mostraram interesse, mas não contrataram a obra devido à crise que havia acabado de se anunciar entre as livrarias. Engavetei a obra por um tempo, por estar envolvida com o resgate do clássico O Crime da Quinta Avenida, seu financiamento e tradução, além de projetos como a coletânea Mulheres vs. Monstros e a publicação do Eu Vejo Kate vol. 2. Como essas publicações acabaram me esgotando, achei que o Suellen ficaria melhor se publicado por uma editora. Eu já flertava com a AVEC há um tempo e na hora eles toparam publicar. É um livro diferente dos meus thrillers anteriores, com uma pegada mais pessimista e abordagem de temas controversos que sempre geram dor de cabeça, mas que precisam ser discutidos. A história se passa numa cidade pequena no interior de São Paulo – fictícia, mas facilmente reconhecida por qualquer brasileiro – e fala sobre a amizade entre mulheres, a natureza violenta do ser humano, a corrupção na política, religião e no setor privado como forças predatórias, a maternidade, a violência doméstica e o aborto. Sem moralismos, sem bandeiras.

O que tem lido atualmente?

Este ano estou me dedicando a policiais escritos por mulheres e livros de true crime. Entre uma e outra leitura, encaixo livros técnicos sobre escrita e um pouco de horror, além das leituras críticas e traduções literárias semanais. 

O que podemos esperar de você em 2020?

Este ano vou desacelerar um pouco nas viagens – tenho a impressão que passei 2019 inteiro viajando para feiras, organizando eventos e participando de bate-papos. É uma experiência gostosa e necessária, mas foi desgastante demais para alguém com uma família grande que precisa levar nessas viagens. Por mais que tenha saído do conselho da ABERST, continuo trabalhando para o conselho de forma voluntária, auxiliando o Tito Prates com essa parte de organização de eventos. 

Pretendo lançar uma novela de horror até o meio do ano e engatar a escrita do próximo thriller (há duas obras iniciadas, e ainda preciso decidir em qual das duas vou focar). Há leituras críticas, edições, traduções e cursos alinhados até o fim do ano, portanto o trabalho com textos continua sendo não apenas meu ganha-pão, mas minha atividade principal em 2020. Este ano também termino meu curso de necropsia e em abril farei um sobre ghost writing. Também darei cursos na Sala do Escritor e participarei ativamente das campanhas de lançamento e divulgação dos romances que editei para a Morgue – Se Eu Morresse Amanhã e Missão Terra Filme.

Link para o livro:

Link para o site da Cláudia Lemes:

LEIA TAMBÉM:

Entrevista com Mário Bentes e a Editora Lendari:

Entrevista com Tito Prates, que é o embaixador oficial da Agatha Christie no Brasil:


CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin, integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.

Compartilhe:

Baixe a Revista (Clique Sobre a Capa)

baixar

E-mail: contato@livrodestaque.com.br

>> Para Divulgação Literária: Clique aqui

Curta Nossa Fanpage

Siga Conexão Literatura Nas Redes Sociais:

Posts mais acessados da semana

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA
clique sobre a capa

PATROCÍNIO:

CONHEÇA O LIVRO

REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

AURASPACE - CRIAÇÃO DE BANNERS - LOGOMARCAS - EDIÇÃO DE VÍDEOS

E-BOOK "O ÚLTIMO HOMEM"

E-BOOK "PASSEIO SOBRENATURAL"

ANTOLOGIAS LITERÁRIAS

DIVULGUE O SEU LIVRO

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

APOIO E INCENTIVO À LEITURA

APOIO E INCENTIVO À LEITURA
APOIO E INCENTIVO À LEITURA

INSCREVA-SE NO CANAL

INSCREVA-SE NO CANAL
INSCREVA-SE NO CANAL

Leitores que passaram por aqui

Labels