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Lygia Barbiére - foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Sou autora de romances espíritas, com nove títulos publicados. O que chamo de romance espírita? Na verdade a definição não é minha e engloba tanto os livros psicografados quanto os baseados em pesquisa, como é o meu caso. Minha formação é de jornalista, ando sempre com um caderninho, anotando tudo, pesquisando temas e palavras. Quando trabalho sobre algum assunto, procuro levantar tudo que já foi publicado a respeito, faço entrevistas, observo muito. A ideia é oferecer ao leitor um panorama amplo a respeito do tema, fornecer material suficiente para que aquela pessoa possa tirar suas próprias conclusões. O diferencial é que além das fontes convencionais (médicos, estudiosos, psicólogos e teóricos em geral) procuro oferecer também a explicação espiritual para aquele determinado tema. Ou seja, quais as possíveis razões espirituais para aquele tipo de situação? Que espíritos poderiam estar influenciando no caso? É como se nos meus romances em determinado momento eu suprimisse uma “quarta parede”, passando a mostrar também a realidade espiritual envolvida.
Meu grande sonho é vir um dia a escrever novelas, como as de Ivany Ribeiro. Sinto que essa coisa de falar sobre assuntos espirituais de forma clara, embasada e acessível ao maior número possível de pessoas é uma tarefa que trouxe comigo, parte do meu propósito nesta vida. Muita gente chega para mim e diz: mas você escreve tão bem, porque essa cisma de abordar aspectos espíritas? Você poderia ganhar prêmios literários se abrisse mão disto! Acontece que a minha meta não é de ganhar prêmios com a literatura. Pode até acontecer, mas não foi para isso que eu vim!
Durante um tempo tive a sensação de que a minha vida era uma colcha de retalhos que não conduzia a lugar nenhum. Fiz jornalismo, trabalhei anos em uma grande redação, mas me sentia um tanto quanto frustrada, pois vivia recebendo críticas de meus editores por me preocupar demais com os textos. “Lygia, jornalismo não é literatura! Anda logo com isso, amanhã esse jornal vai estar embrulhando peixe!” Mas eu queria trabalhar as palavras, os múltiplos aspectos do tema, minhas reportagens sempre rendiam muitas retrancas, que são as divisões do texto. Até que decidi sair do jornal e fazer mestrado em sociologia. Sempre adorei estudar! Mas não passei na prova que eu queria. Nesse meio-tempo apareceu um concurso para a Oficina de Roteiros da Globo, fiquei muito empolgada. Mas não tinha muita esperança de passar, eram cinco vagas para o Brasil inteiro; a prova era a adaptação de um conto de Machado de Assis. Para minha surpresa, fui selecionada – uma das maiores alegrias que experimentei nesta vida! Foi quando realmente aprendi a trabalhar com histórias e me encantei. Mas minha competência não foi suficiente para me manter na emissora, decidi então me especializar o quanto fosse possível para continuar naquele caminho. Fiz especialização em dramaturgia, mestrado em literatura, minha dissertação foi sobre a estrutura dramática das novelas de Janete Clair. E ainda consegui entrar para outra Oficina de Roteiros, novamente na Globo. Foi quando recebi uma encomenda do editor de revistas de palavras cruzadas, na empresa para a qual eu trabalhava fazendo alguns frilas: “Você precisa escrever romances espíritas”, ele disse olhando o meu currículo. Eu aceitei o desafio e o caminho se fez. Hoje enxergo claramente que tudo tinha um sentido, cada pequeno pedaço da minha formação foi necessário para que eu fizesse o que hoje faço. O sonho das novelas? Sim, eu ainda tenho. Mas aprendi que se for da vontade de Deus, no momento certo as coisas acontecem. Importante é dar flores, deixar que brote o nosso melhor, onde estivermos plantados. E é isso o que sempre tento fazer.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros e, em especial, o que está lançando.
Cada romance trata de um tema específico que costuma ser envolvido por várias subtramas. Sempre trabalho com temas da atualidade que são motivos de angústia e inquietação das pessoas nos dias de hoje. De alguma forma, todos os romances são pedaços da minha história, porque sempre que estou escrevendo, é como se os temas respingassem, por assim dizer, no meu dia a dia. Meu quarto romance, que se chama “O sono dos hibiscos”, talvez tenha sido o caso que mais me chamou a atenção neste sentido. Na época, minha mãe ainda estava encarnada e eu tinha o hábito de contar para ela as tramas à medida que elas iam surgindo na minha cabeça. Não sei dizer exatamente o porquê, comecei a imaginar a história de alguém que sofria um acidente e ficava dezoito anos em coma. Minha mãe protestou: “Desta vez você exagerou, Lygia! Dezoito anos em coma? Isso é impossível!”. Voltei para casa um pouco desanimada, porque eu estava gostando já daquela história. No dia seguinte, ela me ligou, toda esbaforida: “Lygia, liga a televisão depressa! No Jornal Nacional está passando o caso de um homem que ficou dezoito anos em coma! Pode escrever o livro que vai dar certo, sim!”. Cerca de um mês depois, minha mãe entrou em coma. E fez questão de “voltar” para me contar o que ela tinha vivido. Poucos meses depois ela veio a falecer. Foi o livro mais rápido que eu já escrevi. Era a forma que eu tinha para não me apegar àquela dor, de transformá-la em algo útil para as outras pessoas. Em quatro meses ficou pronto.
Assim como este, posso dizer que todos os livros trazem um pouco da minha história. A gente se divide entre os personagens, empresta falas e lembranças a cada um deles. Como dizia Graciliano Ramos (e eu tenho essa frase pendurada na parede, atrás do meu computador), “As nossas personagens são pedaços de nós mesmos, só podemos expor o que somos”. Em linhas gerais, “O jardim dos girassóis”, meu primeiro romance, que até hoje é o mais conhecido, fala sobre vida após a morte, sobre como ficam aqueles que vão e como costumam ser alterados pelo comportamento de seus familiares encarnados. “A luz que vem de dentro” fala sobre o suicídio; o “Silêncio dos domingos”, sobre síndrome do pânico e aborto. “O sono dos hibiscos”, que acabei de mencionar, fala sobre coma e experiências de quase morte; “A ferro e flores”, sobre alcoolismo. Então vem o “Entre nós”, que aborda assuntos como câncer, mortes prematuras e depressão; “Um tom acima”, que fala sobre a importância da música no nosso dia a dia, da necessidade da reencarnação e também sobre a síndrome de down; “Castelos de marzipã”, que nasceu de um estudo profundo sobre a doença do diabetes.
“Após a chuva”, meu último e mais recente lançamento, aborda as dificuldades de relacionamento no mundo atual. Fala sobre casamentos de fachada, traições, separações, mas especialmente sobre sedutores e as chamadas mulheres que amam demais. É a história de uma psicóloga, que se considera uma mulher bem-sucedida profissional e emocionalmente, até descobrir que vem sendo traída pelo marido. “Como eu, uma psicóloga, não enxerguei que isto estava acontecendo justamente comigo?”, ela se pergunta, em meio aos muitos casos de “mulheres que amam demais” que diariamente passam pelo seu consultório. Ainda fragilizada, ela acaba se envolvendo com um sedutor e passa então por todo um processo de autodescoberta e reconstrução a partir desta sua nova e tumultuada vivência amorosa.
Poucas pessoas sabem, mas existe uma doença, chamada Síndrome de Domjuanismo, caracterizada pela produção de uma determinada substância no cérebro que ocorre no momento exato em que se concretiza uma conquista. Os chamados sedutores são pessoas que se “viciaram” nas sensações que experimentam no momento de produção desta substância; que se acostumaram de uma tal forma com isso que não conseguem experimentar outras formas de amor.
E é aí que entram as chamadas “mulheres que amam demais”. Digo mulheres, porque existe um padrão de comportamento milenar na nossa sociedade que incentiva tanto os homens a serem conquistadores quanto as mulheres a se especializarem na arte de tolerar infinitamente. É claro que existem homens que amam demais, assim como existem muitas mulheres sedutoras. Mas a grande maioria dos integrantes destes dois estereótipos segue o padrão de comportamento ancestral, por assim dizer.
As “mulheres que amam demais” são justamente aquelas que vão olhar para o homem com este tipo de comportamento e achar que elas poderão “curá-lo”. Em geral, são pessoas que possuem a tendência de se envolver em jogos de vítima-salvador com o parceiro, porque foram criadas em lares em que não tiveram suas necessidades emocionais básicas atendidas e, como não puderam consertar os pais, inconscientemente buscam pessoas tão problemáticas quanto seus genitores, acreditando que os pais não puderam ser curados, mas seus parceiros elas têm de conseguir curar. Trata-se na verdade de outro processo doentio. Assim como os sedutores desregularam sua capacidade de amar, essas mulheres como que desregularam sua capacidade de discernir, de perceber claramente os limites do desamor. Por isso se sujeitam a tolerar e perdoar infinitamente, ainda que para isso tenham que abrir mão de todo sentimento de amor-próprio.
Um bom exemplo disto foi o da jovem que me procurou, após uma palestra, com o seguinte desabafo: “puxa, fiquei tão impressionada com a sua palestra... Conheço um rapaz que é exatamente assim, tem todas as características de um sedutor... Mas eu gosto tanto dele... Será que não tem algo que eu possa fazer para curá-lo desta doença?” Ou seja: ao invés de perceber que ela é que vinha se comportando como mulher que ama demais, preocupada em conquistar o amor de alguém que não tinha jamais como fazê-la feliz, uma vez que nem estava minimamente interessado em mudar sua forma de agir. Ela, ao contrário, tem a ilusão de que pode “fazê-lo ficar bom” mantendo alguma forma de controle sobre ele. O raciocínio é sempre este. De que é possível “curar” o outro, sem levar em conta que a única pessoa que efetivamente podemos curar neste mundo somos nós mesmos.
Interessante é que depois de todo este estudo, cheguei à conclusão de que todos nós carregamos um pouco tanto do perfil de sedutores quanto do de pessoas que amam demais... Creio que faz parte do nosso processo evolutivo tomarmos consciência destas nossas facetas e nos trabalharmos para lapidar essas características para que um dia possamos viver em um mundo mais equilibrado.
Fale-nos sobre seu processo de criação.
Diria que as histórias costumam vir até mim e pedem para ser escritas. Quando escrevi, por exemplo, “A luz que vem de dentro”, eu tinha acabado de dar à luz minha primeira filha, e juntas enfrentávamos grandes dificuldades para que ela conseguisse mamar no peito – uma situação que me deixava triste e deprimida, porque havia me preparado tanto para isto e ela simplesmente não queria mamar (descobri depois que ela não sabia!). Então recebi a visita de um casal de amigos dos meus pais, de passagem pela minha cidade, e eles me contaram a triste história de uma moça, da minha idade, que havia passado pelo mesmo problema que, no caso dela, acabou evoluindo para uma depressão pós- parto e esta moça se suicidou. Fiquei tão impressionada com aquilo! No dia seguinte já estava estudando sobre suicídio, no meu íntimo tinha o desejo de conseguir escrever uma história capaz de fazer com que nunca mais uma situação tão triste voltasse a se repetir.
Claro que tem um tempero de romantismo e ingenuidade neste raciocínio, é óbvio que sei da impossibilidade de conseguir um resultado desses. Mas o que quero dizer é que minhas histórias sempre passam por um sentimento, algo que me punge o coração lá dentro e vem à tona como um desejo profundo de conseguir ajudar de alguma forma.
Com este livro foi a mesma coisa, eu havia acabado de me separar quando encontrei uma amiga de muito tempo (típica mulher que ama demais, embora eu não soubesse disso ainda), às voltas com um admirador que sempre estava vindo encontrá-la, entre muitas mensagens, só que nunca chegava. Comecei a acompanhar o caso, pelo fato de estar separada comecei a me relacionar com várias mulheres também separadas e acabei descobrindo que o caso da minha amiga era bem mais comum do que eu a princípio imaginava. Foi quando reencontramos uma terceira companheira, que é psicóloga, embora não exerça a profissão. “Mas este cara é um sedutor!”, ela identificou de imediato. Curiosa com aquilo, no dia seguinte iniciei minhas pesquisas. Resolvi então colocar um recado no facebook, perguntando se alguém teria algum depoimento a este respeito e, para minha surpresa, foram muitas as pessoas que me procuraram para contar suas histórias.
Então o processo é mais ou menos assim. A partir de uma solicitação externa, que sempre tem alguma ligação com algo que esteja acontecendo na minha vida ou muito próximo a mim, começo a levantar o máximo possível de dados, tanto através de textos da internet, quanto através de livros, que pesquiso e encomendo. Em média uso em torno de 50 a 100 livros para escrever cada romance. Tem também as entrevistas, que por sua vez, também trazem uma característica interessante. É claro que eu procuro as pessoas que sei que tem algo a contribuir sobre aquele determinado assunto, mas impressionantemente, passado um tempo, essas pessoas começam a surgir no meu caminho sem eu fazer nada. Às vezes encontro um desconhecido no ônibus, no parque ou mesmo no consultório de espera de algum médico e esta pessoa começa a me contar sua história que sempre tem tudo a ver com o que eu estou escrevendo!
Com relação à bibliografia também acontece algo semelhante. Em dado momento começa a chegar também material. Acredito que isso se explique pelo magnetismo natural que emanamos sempre que estamos em busca de algo, mas igualmente creio que sempre tem muita ajuda espiritual envolvida.
Uma vez levantada uma quantidade satisfatória de dados (mais ou menos um terço do total), eu começo a colocar a história no cabide, como diria Syd Field, que é um dos mais importantes teóricos nesta área de estruturação de roteiros. Sempre trabalho com o esquema que ele propõe. É um gráfico, onde marcamos os principais pontos da história e ali dividimos os acontecimentos mais importantes que irão se suceder ao longo da narrativa, já com um cálculo mais ou menos exato sobre quantos capítulos terá cada parte do gráfico, previamente dividido em quatro: começo, meio (duas partes) e fim.
Na verdade, tem sempre uma parte muito técnica, que é fazer esta divisão toda, calcular matematicamente como colocar todas as informações da melhor maneira no esquema traçado.
Em geral, começo escrevendo um capítulo por dia, na hora que dá (afinal de contas, tenho quatro filhos!). Mas, à medida que a história vai ficando mais intensa, vou abandonando o máximo de atividades para poder ficar cada vez mais tempo escrevendo. E aí é como se eu saísse um pouco da realidade, fico completamente inserida da história. Tem dias em que a empregada bate na porta para perguntar o que fazer para o almoço e eu fico olhando para ela sem entender de onde saiu aquele personagem....
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?
Muito fácil! É só me procurar no facebook e me mandar um recado. Eu sempre respondo, com muito carinho, a todas as mensagens que recebo.
Como analisa a questão da leitura no país?
Acho que o povo brasileiro tem uma característica muito especial, que é justamente esse hábito de ver novela. A pessoa às vezes nem sabe ler direito, mas existe aquele canal. Que imprime toda uma característica às personalidades e faz com que qualquer história possa ser mais facilmente compreendida. Isso faz com que, mesmo não tendo sido alfabetizada, a pessoa tenha alguma experiência narrativa. Todo brasileiro gosta de uma boa história! Muitos conhecem até obras famosas da literatura porque foram adaptadas para a TV. Acho que nem sempre o veículo é convenientemente explorado, mas nem por isso deixa de ser uma forma de acesso importante a ser considerada. O romance espírita não deixa de seguir mais ou menos essa mesma estrutura – eu tinha até vontade de um dia voltar para a faculdade e fazer uma dissertação sobre a estrutura do romance espírita! Que, aliás, é uma forma de literatura que também atinge todas as camadas. Fico às vezes comovida de ver. Tenho leitores de todas as idades, todas as classes, pessoas que priorizam essa compra como algo muito importante em suas vidas. Talvez porque a minha escrita seja muito próxima deste universo das telenovelas...
Por outro lado, acho que o hábito da leitura em si ainda precisa ser mais incentivado em nosso país. O livro no Brasil ainda é caro – se eu pudesse dava exemplares para todo mundo que quisesse e não tivesse como comprar, aliás vivo fazendo isso! Livro infantil, sobretudo, é muito caro. No entanto, para que efetivamente tenhamos um público de leitores é preciso que isto seja estimulado desde cedo. Vejo pelos meus filhos. Eu tive o privilégio de herdar (minha mãe guardou) toda a minha biblioteca da infância e passar para eles. Além disso, como sempre vou a muitas feiras e livrarias, vivo trazendo livros para casa. Meus meninos ouviam histórias desde antes de aprenderem a falar! O resultado é que todos, cada um dos quatro, sempre se destaca nesta área. Todos escrevem bem, adoram contar histórias, cometem poucos erros, sabem fazer isso. Não é porque “passou no sangue”, como muita gente gosta de dizer. Mas porque eu plantei neles esse hábito. Filho imita os pais. E eu estou sempre com muitos livros em volta, sempre lendo ou pesquisando. Então, se a pessoa quer isso para o filho, tem que começar dando o exemplo. Não adianta falar que ler é bom se a criança nunca viu um livro na casa!
Tem ainda a questão da escola. Infelizmente, as escolas estão cada dia mais assoberbadas de conteúdos teóricos “para o Enem”, hoje vemos o absurdo de meninos de 7, 8 anos já começarem a fazer provas em formato de simulado (com três ou mais provas juntas no mesmo dia) para poderem ser bem-sucedidos no futuro. Com isso, no entanto, a vida vira uma decoreba sem fim, não sobra muito espaço para a fantasia ou a criatividade. Os próprios professores de português, em geral, como ganham pouco, precisam trabalhar em muitos lugares e com isso, fogem de dar redação, porque dá muito trabalho para corrigir... São muitos os aspectos complicadores da questão. Todavia, como posso contar com um público leitor lá na frente se eu não preparei este público? É um assunto que deveria ser permanentemente discutido nas escolas.
O que tem lido ultimamente?
Estou começando a preparar uma bibliografia sobre homossexualidade e outra sobre Alzheimer, que são assuntos que irei abordar no próximo livro. Mas, com faz pouco tempo que terminei de escrever, ainda estou relendo dois livros que usei na composição do romance, que são o “Mulheres que correm com os lobos”, da Clarissa Pinkola Estés, e o “Novas formas de amor”, da Regina Navarro, que tratam profundamente desta situação das mulheres e de seus relacionamentos. Paralelamente, estou relendo também o livro “Ação e reação”, de André Luiz e começando a ler um romance que adquiri recentemente na Praça Flórida, em Petrópolis, que se chama “A pulseira de Cleópatra”, de J.W.Rochester, psicografia de Arandi Gomes. E ainda tem mais uma “pilha de espera” do lado da minha cama.... Sempre tem... (risos). A literatura é meu maior vício!
Quais os seus próximos projetos?
Pretendo fazer uma trilogia a partir do romance “Após a chuva”. Como a personagem principal é uma psicóloga, penso em levá-la para dentro de mais duas histórias, já estou, inclusive, com a sequência pronta na minha cabeça. A ideia é fazê-la iniciar o próximo romance atendendo a um rapaz que enfrenta dúvidas quanto à sua sexualidade, ao mesmo tempo que experimenta os primeiros sintomas do desabrochar de sua mediunidade. Como disse, estou ainda selecionando a bibliografia que irei utilizar, penso em abordar também o Alzheimer nesta mesma trama. Mas não quero dar muitos detalhes, senão acaba perdendo o encanto...
Fora isso, estou animada com a possibilidade de fazer parte da equipe de roteiristas que farão a adaptação para o cinema de meu romance “O jardim dos girassóis”. A previsão é de que a estreia nos cinemas aconteça no ano que vem. No mais, estou sempre aberta a novas oportunidades. Acho que foi para isto que viemos aqui, para aprender sempre e cada vez mais!
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).