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terça-feira, 14 de março de 2023

Nova educação e o impacto da tecnologia

 


Relatório do Future of Jobs mostra que pensamento crítico, resolução de problemas, gestão de pessoas e criatividade são atributos profissionais fundamentais, que precisam ser construídos desde cedo

A educação na terceira década do século 21 vai muito além dos princípios básicos de desenvolver a capacidade de comunicação e o domínio das operações matemáticas. Questões como competência digital, capacidades sociais, consciência cultural e empreendedorismo fazem parte do cotidiano dos estudantes nos dias de hoje, transformando o ensino em uma formação integral. Entre as tendências da educação contemporânea estão ensino híbrido, e-learning e microlearning, educação socioemocional, e personalização.  

A tecnologia impactou irreversivelmente a forma como os futuros profissionais vão desempenhar seu trabalho. Relatório do Future of Jobs mostra que pensamento crítico, resolução de problemas, gestão de pessoas e criatividade são atributos profissionais fundamentais, que precisam ser construídos desde cedo.  

Nesse aspecto, a pedagogia virou um processo de constante transformação para se adequar às novas realidades. Ferramentas como pedagogia progressista, conscientização e inclusão, flexibilização curricular, gamificação, aprendizagem ativa, escuta atenta, educação a distância e BYOD (Bring Your Own Device, na tradução traga seu próprio dispositivo para a sala de aula) estão cada vez mais presentes nas metodologias de ensino.  

O Colégio Progresso Bilíngue tem como principal referência o compromisso com a aprendizagem e a formação humanística ampla. Para isso, oferece uma experiência pedagógica consistente e de qualidade, a partir da adequada apropriação de conhecimentos. “Exploração, criação ativa e protagonismo, essa é a educação do Progresso Bilíngue. Ela é única. E é para sempre”, afirma a diretora Karla Lacerda.  

A metodologia do Colégio Progresso Bilíngue é baseada em planejamento pedagógico, escolha criteriosa de materiais didáticos, de livros literários e utilização de ferramentas digitais focadas nos desafios contemporâneos. A instituição valoriza a parceria com as famílias para organizar espaços de aprendizagem na escola que se estendem a toda a comunidade escolar.  

A proposta bilíngue é da Cambridge International School, com currículo, suporte e treinamento de professores reconhecidos mundo afora. A qualidade de formação do aluno Cambridge somada à identidade Progresso oferece aos estudantes habilidades e conhecimentos para o exercício do protagonismo. O inglês é construído com base cultural sólida. Além da rotina escolar vivida em inglês e do adensamento no domínio da língua, são executados projetos literários multidisciplinares que possibilitam aprendizado contextualizado e significativo das diversas áreas de conhecimento.  

Educação Infantil 

No Colégio Progresso Bilíngue, crianças a partir dos 2 anos de idade são recebidas na Educação Infantil com uma proposta pedagógica 90% em inglês nas primeiras séries e com uma grade de aulas diversificada, que promovem a construção ativa dos conhecimentos e o desenvolvimento integral. Esse percentual é mantido nos dois primeiros anos da Educação Infantil. No 3º ano vamos para 70% de inglês e 30% de português para chegarmos a 50% de inglês e 50% de português no último ano. Prosseguimos com esse percentual até o 5º ano. Com isso, garantimos a alfabetização em português ao final do 1º ano e do inglês ao final do 2º ano.  

O brincar é o elemento essencial da rotina dessa turma. O contato diário com literatura infantil, as interações e vivências, registradas em um Projeto Literário, favorecem a expressão através de múltiplas linguagens, a criatividade e a socialização baseada no respeito, na cooperação e na solidariedade. A proximidade entre a escola e as famílias garante um ambiente escolar seguro e agradável, relações estabelecidas a partir das necessidades de cada estudante, e acolhimento com fortes vínculos de confiança. 

Na Educação Infantil, os pequenos são estimulados a desenvolver habilidades acadêmicas e socioemocionais para uma formação completa. A rotina inclui educação física e consciência corporal; culinária, alimentação saudável, higiene e bem-estar, como exemplos de cuidado com o corpo. Já a música, atividades artísticas e ampliação de repertório cultural; Projeto Literário, leitura, letramento e estímulo ao desenvolvimento da oralidade, são algumas das atividades ligadas à formação cultural. 

Há ainda o compromisso de ensinar a cuidar, a proteger, a se responsabilizar. Com crianças muito pequenas, a escola adota atividades como a horta e pequenos animais, nas quais os alunos exercitam o cuidado e a responsabilidade.   

Ensino Fundamental I 

Com proposta bilíngue em implementação gradual, as séries do Ensino Fundamental I do Colégio Progresso Bilíngue têm seu trabalho focado em consolidar a formação do leitor e escritor, o domínio das operações básicas de matemática e raciocínio lógico, a compreensão das crianças sobre responsabilidade ambiental e político-social. As turmas do Ensino Fundamental I contam com o suporte de uma equipe pedagógica atenta à individualidade e em constante diálogo com as famílias. 

Do Year 1 ao 5, os alunos do Ensino Fundamental I do Colégio Progresso Bilíngue são estimulados a construir textos de diferentes gêneros a partir de variadas ferramentas, interpretar e se comunicar com múltiplas linguagens. A fase inclui formação socioemocional, com o Programa Música em Família e também o Programa Semente, que, unidos a momentos de brincadeiras e interações, permitem o desenvolvimento de habilidades mais complexas de convivência coletiva, autoconhecimento, autocuidado, empatia e cuidado com o outro. 

Nesse segmento, na educação física os alunos vivenciam os jogos colaborativos e a ampliação da complexidade dos movimentos. Na música, o trabalho leva gradualmente o estudante a reconhecer diferentes ritmos e instrumentos. Para adensar o repertório artístico e cultural, são utilizadas as artes plásticas, a imaginação e o cinema. Os projetos literários ampliam as interlocuções com o mundo fora da escola. O programa Little Maker permite a criação de micromundos, nos quais os alunos vivenciam a resolução de problemas e o protagonismo.  

Ensino Fundamental II 

Conteúdos mais aprofundados e atividades de complexidade crescente fazem parte da proposta do Ensino Fundamental II, entre os Years 6 e 9, no Colégio Progresso Bilíngue. Os estudantes passam a estabelecer relações críticas e reflexivas entre os conceitos estudados e o mundo, para se tornarem capazes de selecionar, organizar, registrar informações e construir conhecimentos. 

Novos desafios são apresentados aos estudantes, entre eles, desenvolver o hábito do estudo diário, entender-se como corresponsável pela aprendizagem e assumir uma postura autônoma diante de sua rotina escolar. O trabalho com habilidades socioemocionais se consolida nas situações de interações livres com os colegas e nas vivências acadêmicas, como os trabalhos em grupo. 

A partir dessa fase, os alunos passam a utilizar a proposta de tecnologia para a ação, TECH2ACT, To engage and share – Improving Schools, que promove protagonismo, versatilidade, envolvimento, inovação, ética e responsabilidade. Ela é baseada no uso intencional de recursos tecnológicos para a formação de cidadãos com atuação consciente e autônoma, preparados para os desafios e as oportunidades do mundo globalizado e constituído a partir do Lifelong Learning. Busca potencializar o aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, com o uso de recursos tecnológicos. 

Nesse conceito, as tecnologias são meios para promover o engajamento dos estudantes no planejamento e proposição de ações mais humanas para a transformação do futuro e o compartilhamento de soluções criativas para problemas reais, tornando o ensinar e o aprender mais potentes. As ferramentas digitais à disposição do conhecimento possibilitam conexões mais significativas entre estudantes e professores, permitindo que as relações escolares e o processo de construção do aprendizado aconteçam para além do espaço físico da escola, de maneira intencional, inovadora. 

A proposta conta com ambiente virtual por turma, formação continuada de professores para o uso significativo das tecnologias para a educação, encontros digitais coletivos e personalizados, material didático digital em plataforma multimodal, acervo de aulas gravadas, plantão online, aplicativos de comunicação com a família, lives diversas e e-books. A escola assume o papel de formar pessoas com habilidades técnicas para o uso de diferentes tecnologias e com competências desenvolvidas para dar significado às ferramentas a partir de sua aplicação social e humana. 

O Ensino Fundamental II também oferece educação física, jogos estratégicos para lidar com ganhar e perder; teatro, expressividade corporal e desenvoltura diante do público;

construção e comunicação através das artes em seus variados formatos; inglês e espanhol, garantindo formação lingüística e cultural em três idiomas; projetos literários com títulos clássicos da literatura nacional e estrangeira; viagens pedagógicas, saídas culturais, socialização e conexão da sala de aula com o mundo, além dos programas Semente e Little Maker.  

Ensino Médio 

A proposta do Ensino Médio do Colégio Progresso Bilíngue é garantir solidez ao estudante no preparo para as provas e vestibulares de acesso a universidades nacionais e internacionais, sem abrir mão da formação social, emocional e cultural. Nessa fase, os alunos do Colégio Progresso Bilíngue assumem o papel de serem criadores, protagonistas, críticos e colaborativos. São estimulados e orientados para a construção do seu projeto de vida com base na autonomia, responsabilidade, respeito e cidadania. 

Família e escola permanecem integradas para dar o respaldo necessário ao aluno na última etapa da educação básica, com todas as decisões que ela exige. A rotina escolar passa a oferecer espaços de escuta e conversa, individuais e coletivos, entre alunos e equipe pedagógica, para orientar sobre escolhas responsáveis. 

A proposta de tecnologia TECH2ACT continua presente na metodologia pedagógica, assim como educação física, saúde e bem-estar; e formação completa das habilidades acadêmicas às socioemocionais. A fase inclui ainda inglês, literatura e redação focados nos principais vestibulares nacionais, atividades e saídas culturais para apurar e conectar conhecimentos, trabalho sócio-ambiental voluntário; itinerários formativos que exercitam a escolha e aprofundam os conhecimentos a partir do interesse individual, Semana das Profissões, sobre universidades e o mercado de trabalho; Aula Invertida e plataforma de dúvida online. 

Colégio Progresso Bilíngue 

Fundado na cidade de Campinas em 1900, por um grupo de cafeicultores que queriam garantir às filhas acesso à formação de excelência, o Colégio Progresso caracterizou-se como uma escola forte desde a sua criação e logo, além da população campineira, passou a atender também às famílias dos grandes cafeicultores do Brasil, firmando-se como referência de colégio interno para meninas, leigo e progressista. Daí o nome, Progresso. 

Para além da excelência acadêmica, a escola garante a formação de valores humanos, que a diferenciam e colocam em perfeita sintonia com as exigências do mundo atual. Em 2017, atenta aos movimentos educacionais, a instituição implementou a formação Bilíngue. O Ensino Médio do Colégio Progresso foi avaliado pelo ENEM 2018 e divulgado em 2019, último resultado a tornar público o desempenho das escolas brasileiras. Nele o Progresso está entre as 40 melhores do Brasil e 12ª melhor do Estado de São Paulo, tradição, modernidade e eficiência na formação completa dos alunos mantidas lado a lado.  

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terça-feira, 28 de julho de 2020

Autor brasileiro lança livro sobre o futuro das tecnologias em mais de 30 países

André Telles - Foto divulgação
Especialista em inovação e governos inteligentes, André Telles lança sua obra, O Futuro é Smart, em inglês. O livro está disponível no Amazon, Apple Books, Google Books e Kobo

Em tempos de pandemia, as novas tecnologias nunca foram tão requisitadas. Pensando em ampliar o alcance de sua obra, o especialista em inovação e governos inteligentes, André Telles, acaba de lançar seu livro O Futuro É Smart, na versão em inglês. Com o título “Re-designing the smart future: how new technologies are transforming businesses and the 2020 world we live in”, o livro, traduzido pela PUC Idiomas e lançado pela PucPress, já está disponível para compra nas lojas da Amazon, Apple Books, Google Books e Kobo, para mais de 30 países. A versão original, em português, também pode ser encontrada no Amazon e nas principais livrarias do país.

“O livro nunca foi tão atual: as novas tecnologias como ferramentas de inovação e usadas para tornar a vida mais inteligente e prática estão sendo grande aliadas quando nos vemos em meio a um cenário de pandemia, buscando soluções no nosso dia a dia, independente da área de atuação”, explica Telles.

O Futuro é Smart analisa como as novas tecnologias redesenham o mundo em que vivemos em exemplos reais. O tom da narrativa, dado como se fosse uma conversa informal para discutir novas tecnologias de forma inteligente é, aponta o autor, “uma forma de concentrar esforços intelectuais e físicos na simplificação de dilemas com os quais nos deparamos, e em como a tecnologia é um meio na construção da sociedade atual e futura, mas não um fim em si só.”

Fluido e orgânico, o livro, que discute big data, internet das coisas, realidade aumentada e inteligência artificial, também fala do futuro do trabalho, de como a indústria 4.0 e 5.0 mecanizada não vai acabar com funções humanas e, sim, criar outras.

“Não há no livro nenhuma previsão sobrenatural, mas sim analítica de como o mundo se comporta. A obra tenta mostrar ao leitor que as mudanças ocorrem porque nós buscamos resolver um problema e que, por mais robotizados e informatizados sejam nossos produtos, as criações sempre saem do intelecto humano e das nossas vontades. A solução smart que temos para o problema do dia de amanhã”, conta Telles.

Especialista no tema de governos inteligentes e inovação, com diversos cases aplicados na gestão pública, Telles fala para todos os públicos, não apenas para interessados na área de tecnologia. Ao ampliar o conceito smart para pequenas e grandes questões do cotidiano, ele abre espaço para discutir a angustiante briga entre trabalho como sustento, versus trabalho como realização, a ascensão das carreiras criativas, o futuro da privacidade, e como as cidades e a gestão pública podem melhorar o dia a dia dos cidadãos por meio da inovação.

“O mais marcante do livro é a oportunidade de o leitor abrir os olhos e entender conceitos que parecem futuristas ou inacessíveis demais. Ao falar de tecnologia como se estivéssemos na sala de casa conversando com um amigo, apresento inovações reais que impactam desde os donos de casa que precisam de um ferro de passar mais inteligente, até um grande chefe de estado que precisa melhorar a performance de sua nação. Sem pessimismo, mas com um olhar instigante”, completa.

Sobre André Telles - Especialista em tema de governos inteligentes e inovação, André Telles é assessor de inovação na Celepar - Companhia de Tecnologia do Paraná, palestrante e professor convidado de pós-graduação e MBA. Atuou como assessor de Gestão Inteligente e Inovação no governo do Estado do Paraná, coordenador dos aplicativos Paraná Serviços e Paraná Solidário – ambos considerados cases inovadores lançados pelo governo do estado. Telles é co-fundador/ex-sócio do iCities, empresa responsável pelo congresso mundial de cidades inteligentes da FIRA Barcelona no Brasil. Com cinco livros publicados, todos sobre tecnologia e inovação, foi autor da primeira publicação brasileira sobre mídias sociais, em 2005. Seu último livro, O Futuro é Smart, é considerado um sucesso de crítica por ditar tendências ainda pouco conhecidas na área de inovação.

SERVIÇO: 

Link do livro em inglês:

Link do livro em Português:
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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Webinar de peso com profissionais das três maiores empresas da indústria tecnológica: Loney Tunes, Black River e Nuestra Visión


Inspire-se nas trajetórias de sucesso de três profissionais brasileiros da indústria da tecnologia

Brasil, 16 de junho de 2020: O Brazilians In Tech é um painel que está sendo desenvolvido pela Full Sail University, instituição reconhecida como uma das mais importantes universidades na indústria do entretenimento, e que tem como mediador do encontro Luís E. García, VP of Emerging Technologies. 

Com o intuito de inspirar novos profissionais e dar um gás naqueles que já atuam no mercado de tecnologia e games, a instituição que já oferece mais de 90 cursos voltados para as áreas de entretenimento, media, artes e tecnologia, está promovendo um webinar inspirador e de peso com profissionais brasileiros da indústria tecnológica.

O encontro contará com a participação de três alunos graduados na Full Sail University que se consolidaram como profissionais de referência nas áreas que atuam, que vão compartilhar experiências e histórias inspiradoras, além de analisarem e discutirem os desafios que o mercado enfrenta neste momento de pandemia. 

Os cases de sucesso Victor Herrera, CEO da rede de televisão Nuestra Visión, Nando Guimarães - Head of Development do Looney Tunes World of Mayhem e Ronaldo Sampaio Nonato, Game Designer especializado em roteiro e narrativa da Black River vão participar do bate-papo que terá duração de 1 hora e meia.

Serviço:

Evento: Webinar Inspirador
Quando: 18 de junho
Horário: 20h às 21h30
Investimento: Gratuito

Sobre a Full Sail: Localizada na Flórida (EUA), a Full Sail University é reconhecida como uma das mais importantes universidades na indústria do entretenimento. A instituição oferece mais de 90 cursos, voltados para as áreas de entretenimento, media, artes e tecnologia.  Todos eles de associados, bacharelados e mestrados, além dos Labs, curso de verão intensivo com duração de uma semana,

Hoje conta com mais de 16 mil estudantes de 73 países diferentes. A universidade já formou profissionais cujos projetos foram reconhecidos nas principais premiações do segmento, como Grammy’s e Oscars.
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quinta-feira, 14 de junho de 2018

A solidez do humano, em Não temos wi-fi

Foto divulgação
*Por Alexandra Vieira de Almeida

O que une os quatro autores neste livro de crônicas Não temos wi-fi (Penalux, 2018) é o poder da crítica em vários campos do saber: a crítica literária, a política, a social e até mesmo a pessoal, extrapolando os limites de um saber específico e recriando-se no subjetivo, com as impressões sobre o universo contemporâneo que os cerca e, voltando no tempo, na experiência habitável de tais escritores. A linguagem se faz morada, casa habitada por cada autor em sua vivência com o real. O externo se torna habitação das impressões recorrentes destes quatro autores que compõem o livro, que entre a crônica, o ensaio e a poesia, expõem a nervura da realidade sem medo da exposição.
São eles autores já com uma larga trajetória pela literatura, com vários livros publicados entre romances, contos, crônicas e poesias. O livro é dividido em quatro capítulos, um para cada autor: “O avesso da medida”, de Cyelle Carmem; “Um sol vermelho no fundo turvo do espelho”, de Lau Siqueira; “Lupas de elefante”, de Letícia Palmeira e “Conversas de rodapé”, de Linaldo Guedes. O título não poderia ser mais convidativo e irônico. Autores com larga experiência nas redes sociais convidam os leitores a darem um stop na rede internética para falarem de coisas humanas, o que revela nossa humanidade em face do tempo, quando ainda não tínhamos esta febre de internautas. Não temos wi-fi é um louvor à nossa humanidade, tão corroída pelo preconceito, pela corrupção, pela desumanização e liquidez do ser, que nos tornaram reféns da crueldade e do medo. Esse belo livro nos vem falar da solidez do ser, dos laços imprescindíveis dos afetos, o que nos torna ao mesmo tempo, semelhantes e diferentes nessa rede inextrincável da vida.
Na crônica “Despertador literário”, Cyelle Carmem diz: “Mas na verdade a poesia me deixou acordada para sair de mim, libertar-se de mim”. A tônica maior de suas crônicas é despertar o ser sobre sua verdadeira identidade em face do mundo. Questões ligadas às minorias, como o teor da negritude, uma voz que não quer ser abafada e esquecida pelo preconceito de uma sociedade preocupada com seu próprio umbigo e que não vê no irmão a máxima maior da fraternidade que uniria todos os seres sem maiores violências e objeções. Cyelle Carmem levanta sua voz de liberdade perante a incompreensão humana. Suas crônicas são carregadas de críticas ao racismo, mas também aponta para outros temas, como as relações entre os casais, a sua experiência de viajante e o mundo virtual. Também discursa sobre cotidianidades, como o gênero da crônica requer, mostrando temas atuais e presentes na sua vida, regredindo, ao mesmo tempo, ao seu próprio passado para contrastá-lo com o nosso dia a dia, pois cronos é tempo. Tempo que nos circunda, nos envolve. “O avesso da medida” é o grito da libertação, daquilo que é limitado pelo olho da desrazão opressora.

Em “Um sol vermelho no fundo turvo do espelho”, Lau Siqueira nos convida para um debate profundo em torno de vários temas, como o cenário político atual, com suas mazelas, o papel do escritor no passado e no presente, o cinema, as artes em geral, a mídia, a lei do mercado, o papel da escola na disseminação e riqueza da literatura. Ou seja, este sol vermelho no fundo turvo do espelho é a nossa esperança que sobrevive em meio ao caos, a escuridão de uma sociedade obscurecida pelo preconceito e pelo medo. O mito de Pandora nos deixa ver este lastro de esperança que é o sonho utópico da humanidade em meio ao trágico destino dos seres que são assombrados pela crueldade do real que nos açoita covardemente. Lau Siqueira busca esse sonho utópico que nos faz desbravadores de horizontes para que a potência do humano, sua solidez em meio à liquidez da fraqueza, se eleve como revolução necessária em solo fértil. Na crônica “Canção da esperança incontida”, ele diz: “A esperança sempre será um caminho, um germinar de iluminuras - jamais uma espera. Estamos caminhando sobre navalhas”. Este mar de coisas pontiagudas a nos ferir será coberta pela delicadeza de nossa humanidade, parece nos dizer o autor.
Em “Lupas de elefante”, Letícia Palmeira vem responder às nossas questões filosóficas – quem somos e para que viemos - trazendo à lume questões presentes nas nossas relações em torno da vida. As lupas de elefante parecem bem dizer dessa maximização de nossa vista. O olhar é recorrente em seus textos, o olhar totalizante sobre as coisas do nosso universo cotidiano. Fala desde as miudezas (salão de belezas, novelas, amor virtual) aos temas mais sublimes como a amizade, o amor e a espiritualidade. Como uma arguta observadora da realidade, revela aos leitores as camadas superpostas do real sem temer represálias. Com ironia, sarcasmo e doçura, tudo misturado, faz de algo minúsculo uma coisa grandiosa, como se fosse possível cobrir a crosta dura da nossa realidade com o véu fino da poesia. Assim, suas crônicas se enchem de beleza pelo dom de observar com lupas de elefante, hiperbolizando o cotidiano com a lupa introspectiva de seu ser transbordante e aberto à imaginação mais fecunda.
Por fim, temos “Conversas de rodapé”, de Linaldo Guedes, que apresenta o lado mais humorístico do livro, como conversas que estendem os discursos críticos sobre várias temáticas nos rodapés da vida, fazendo a ponte entre a escrita (o miolo) e os rodapés (real), o que se expande do texto à sua continuidade e desdobramento no espaço exterior. O papel do escritor e do receptor, longe dos holofotes editoriais. Ele diz, em “Futurologia”: “Literatura não é o que você escreve. É o que os outros leem (mesmo que seja num futuro em que não sabemos qual)”. Com uma crítica mordaz, o autor nos fala sobre o universo da literatura com grande empenho, nos mostrando os acertos e mazelas do trabalho literário. Também discursa sobre música, política, sociedade e os relacionamentos humanos. O escritor aqui em questão faz um verdadeiro mergulho neste mar abarcante da literatura, descortinando para nós, leitores, o que se esconde por trás de suas dobras movediças, que, por lado, pode nos afundar, mas que por outro, pode nos libertar da nossa pequenez a partir não de uma vaidade ou bajulação empolgante, mas no nosso poder de criar e inventar através da mais bela poesia, o que nos torna sólidos como uma rocha em meio ao mar tempestuoso e contrário aos nossos sonhos.
Portanto, nestes quatro autores geniais, temos a expressão rica e original da criação literária, no terreno da crônica, trazendo para nós, leitores, os valores mais humanos, o que nos torna seres especiais, não em navegar no terreno movediço da liquidez imprecisa, mas no que nos solidifica enquanto pessoas que somos e nos adentramos na carnadura libertadora. Uma voz que não se afunda no mar vacilante do cosmos, mas que, humanamente, nos funda como uma fortaleza em meio à vastidão do real, que por ser flutuante, teme em fincar a solidez em lugar infértil. Mas pela força das palavras, da própria poiesis, tais escritores fundam castelos firmes como a utopia do visível sobre o invisível, da força sobre a fraqueza do nosso mundo ondulante e escorregadio. Não temos wi-fi nos conecta não através de senhas desconhecidas, mas a partir do familiar e habitual, da chama que reside em nosso interior.

“Não temos wi-fi”, coletânea de textos em prosa. Autores: Cyelle Carmem, Lau Siqueira, Letícia Palmeira e Linaldo Guedes, 90 págs., R$ 35,00, 2018.
Link para compra: http://editorapenalux.com.br/loja/nao-temos-wi-fi
E-mail: vendas@editorapenalux.com.br

*SOBRE A RESENHISTA

Alexandra Vieira de Almeida é Doutora em Literatura Comparada pela UERJ. Também é poeta, contista, cronista, crítica literária e ensaísta. Publicou os primeiros livros de poemas em 2011, pela editora Multifoco: “40 poemas” e “Painel”. “Oferta” é seu terceiro livro de poemas, pela editora Scortecci. Ganhou alguns prêmios literários. Publica suas poesias em revistas, jornais e alternativos por todo o Brasil. Em 2016 publicou o livro “Dormindo no Verbo”, pela Editora Penalux.
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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Em um futuro de neurotecnologia, as leis dos direitos humanos terão de ser revisadas.


  “Novas formas de lavagem cerebral incluem a estimulação magnética transcraniana (TMS) para neuromodular as regiões cerebrais responsáveis ​​pelo preconceito social e as crenças políticas e religiosas, dizem os pesquisadores”.

Novas leis de direitos humanos para se preparar para avanços rápidos atuais em neurotecnologia que podem colocar "liberdade de espírito" em risco foram propostas no jornal de acesso aberto Life Sciences (Ciências da Vida), Society and Policy (Sociedade e Política).
Quatro novas leis de direitos humanos poderiam surgir no futuro próximo para proteger contra a exploração e a perda de privacidade, os autores do estudo sugerem: O direito à liberdade cognitiva, o direito à privacidade mental, o direito à integridade mental e o direito à privação psicológica.
Os avanços na engenharia neural, imagens cerebrais e neurotecnologia colocam a liberdade da mente em risco, diz Marcello Ienca , autor principal e doutorado no Instituto de Ética Biomédica da Universidade de Basileia . "Nossas leis propostas dariam às pessoas o direito de recusar a neurotecnologia coerciva e invasiva, proteger a privacidade dos dados coletados pela neurotecnologia e proteger os aspectos físicos e psicológicos da mente contra danos causados ​​pelo uso indevido da neurotecnologia".
Potenciais abusos
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