Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores

Dê mais visibilidade ao seu livro e mostre a sua obra para milhares de leitores. Saiba mais, acesse: https://revistaconexaoliteratura.com.b...

Mostrando postagens com marcador fogo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fogo. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de outubro de 2021

Conto "Fogo", por Roberto Fiori


Um homem que poderia prever o futuro. Uma pessoa que seria capaz de lembrar-se de tudo, desde o nascimento. Alguém com Q.I. impossível de ser mensurado.

Este era Armand, um metro e setenta e cinco centímetros de altura, mais de um metro de ombro a ombro, prestes a negociar seus préstimos com o que era a principal empresa de armamentos do mundo, a Lockheed Martin. O salão de conferência conferia uma atmosfera de ensino, um quadro negro de lado a lado do imenso aposento, trezentas carteiras espaçada entre si pelo menos dois metros. Uma lembrança dos tempos do coronavírus, a ser lembrada a qualquer custo.

— Armand, você decidiu pela nossa empresa, é o que me disse ao telefone. Por quê?

— Minhas capacidades inatas são capazes de muito. Falei a você que poderei lhes apresentar uma visão de extrema utilidade sobre a Lockheed Martin, a Boeing, a fabricante do fuzil automático Kalashnikov...

— E que o inventor dele falava ser uma arma de defesa, e não uma arma de ataque ofensivo — riu McGavin, com quem Armand havia pedido ser realizado o encontro a sete chaves naquele salão de conferências.

Armand permaneceu sério e levantou-se da mesa principal do salão, no centro do tablado, cercado pelas carteiras, na parte mais baixa do recinto. Pensou por um minuto e disse:

— Esta empresa está condenada. A não ser que tomemos algumas atitudes. Temos de aumentar o número de acionistas, oferecendo nossas ações mais barato que de outras empresas rivais. A Boeing é a nossa maior concorrente. Abaixou o valor de suas ações em dez créditos terrestres e a Patton VSI tem subido seu ativo em um ritmo que em um ano se equiparará a este. Os lucros com a venda de armamentos da Lockheed Martin estão altos, mas serão ultrapassados.

— Quais são as suas capacidades, Armand?

— Suficientes para construir setenta mil geradores de lasers acoplados a satélites orbitais e dez mil estações espaciais contendo cada uma dez aceleradores de partículas, em um ano. Se vocês seguirem à risca o que vou lhes falar.

Armand falou, e como! Os diretores e o presidente sênior da Lockheed Martin ficaram em silêncio, durante a explanação que o francês fazia. Até para homens como os figurões da Lockheed, aquilo impressionava. Mas temiam que a empresa, com dívidas com o governo central terrestre, pudesse vir a naufragar. Porém, admitiam que Armand podia ser bem convincente. Apresentava números, estatísticas, informações que eles não tinham em mãos, mas em mente. Dados ultrassecretos que viriam a ser utilíssimos. 

Qual o problema com os altos executivos da firma? Não tinham coragem nem iniciativa para tomarem ações a esse nível de risco. A reunião foi tensa, ao final. Os donos da Lockheed Martin não estavam de acordo em reformular as políticas de redução de funcionários. Todos eram preciosos, todos tinham um papel importante a ser feito. Uma aeronave hipersônica “Stealth F-40” possuía um sistema de decolagem na vertical que estava gerações à frente de todos os outros caças furtivos que nem a Rússia e a China possuíam e sequer haviam colocado no papel.

Armand foi hábil. Disse que os computadores da Lockheed deveriam estar desatualizados, com bugs e malwares, pois, a julgar pelas informações e  pela morosidade dos chefes da empresa em já dever ter tomado alguma atitude, era desmoralizante.

Depois de ganhar um crachá e um cartão eletromagnético de senha dupla para transitar pelas dependências da sede da empresa e analisar por si mesmo a qualidade dos serviços, da produção e da parte informatizada de Classe “000”, ou nível máximo de sigilo, saíram do salão. Todos carregavam maletas com hiperbooks, computadores com vinte a cinquenta terabytes de memória e velocidade vinte vezes maior que os computadores pessoais do início do Século XXI, mas Armand saíra de mãos vazias.

Armand foi para o pátio de demonstração das aeronaves em uso e em fase de protótipo. Demorou-se o resto do dia, examinando cada unidade. Focou a atenção no caça F-40. Decidiu-se.

McGavin era o responsável por aprovar as armas em fase de protótipo e em dar o veredito final para o seu uso em espionagem e ataques furtivos. Era a parte mais importante da empresa, o setor de aviões, navios e tanques “Stealth”.

— Estamos à beira de uma catástrofe, McGavin. Já aprovou o F-40 para uso militar efetivo?

— Falta assinar alguns documentos.  Por quê?

— A cada segundo, perdemos terreno, em tecnologia e em rendimentos. O F-40 não pode ser posto em prática — antes do outro tomar a palavra, Armand foi direto ao ponto. — Examinei o cockpit da aeronave, os aviônicos estraram em pane quando eu efetuei esta mudança. Veja.

O francês filmara o cockpit. No exato momento em que  inseria um cartão de memória em uma ranhura no painel de controle, a tela Super-Hud de três dimensões escureceu e os dados apresentados pelo computador de bordo passaram pela tela no centro do console números que indicavam que o caça estava pronto para descarregar dez mil toneladas de armas nucleares sobre o alvo, uma grande cidade americana. E seguir para o espaço aéreo da China e da Rússia, jogando mais cinco mil toneladas de bombas de hidrogênio nas capitais desses países. Armand tomou a palavra, antes que o executivo da firma começasse a gritar ou ordenasse a prisão de Armand.

— Não alterei ou sabotei os instrumentos do F-40, McGavin. Isso — ele mostrou ao outro o cartão que havia inserido no painel de controle do caça — é o que coloquei no painel do caça. Mande analisar. É um verificador global de malwares, spywares, trojans, ramsonwares, etc. Para todo tipo de vírus que os hackers possam inventar, eu criei um antivírus respectivo e gravei-os nesse cartão de memória de um terabyte. 

McGavin franziu a testa, apanhou o cartão e saiu de seu gabinete. Armand  ouviu-o falar para um guarda para reunirem seis  outros armados para vigiarem a saleta. O francês decidiu sentar-se na poltrona do outro lado do lugar de McGavin.

Passaram-se três horas. Armand estava confiante. Seu pacote de antivírus revelava o que ele realmente era, um verificador de arquivos de vírus que, ao mesmo tempo em que os acusava, também os punha a se ativar. O F-40 estava infectado e sem uma revisão nos computadores e nos aviônicos, não poderia sair do chão.

McGavin entrou no gabinete, acompanhado do oficial de alta segurança, do presidente da Lockheed e de um cientista que trabalhava para eles. O cientista, Derekh Vlado, que viera da Federação Russa, começou a falar:

— Foi você quem criou isto, senhor Armand? — e mostrou a ele o cartão que McGavin havia apanhado no gabinete.

— Sim — respondeu Armand, calmo, pois ele sabia que estava repleto de razão.

— Achamos um programa antivírus que nunca vimo ou imaginamos que pudesse ser feito. Está gravado no cartão como ANTI-VHB-71B. Pode nos explicar como o desenvolveu?

— Claro. Alterei dez antivírus que existem nas dez mais importantes Universidades do governo mundial, nos cinco continentes, aproveitei o que existe de mais eficaz contra os malwares para os quais há controle efetivo e alterei-os, criando o ANTI-VHB. Não destrói, na realidade, os vírus, apenas escaneia o computador e os instrumentos computadorizados que existem no F-40.

— Onde os criou? 

— Tenho acesso às dez Universidades mundiais. Meu pai era o reitor de todas elas.

— O senhor só pode estar brincando! Eric van Cête, o maior dos engenheiros de computação quântica que já existiu! — Armand não sorriu. Observou os homens falarem entre si, alterados, como se aquela informação fosse importante o suficiente para deixar qualquer homem perturbado. Eles saíram da saleta, deixando a porta entreaberta. McGavin ficou.

— Armand de Cête. Armand de Cête! Venha comigo até o F-40 infectado. Quero me certificar de que este pesadelo é real.

No cockpit da aeronave, McGavin ligou o computador de bordo e a tela mostrava o preto. Ele trabalhou na parte da linguagem mais básica do dispositivo, ativando uma versão muito mais complexa que o antigo e há muito ultrapassado Assembler, um programa de computador com linguagem de máquina.

A tela ativou-se.

A imagem mostrou, pouco a pouco, um demônio sobre uma montanha, o Everest, e abaixo o fogo das detonações nucleares ainda queimava. No céu, uma esquadrilha de F-40 e MIG- 85 se perseguiam e deixavam cair bombas. Bombas. O demônio olhava para a perseguição, em que ninguém atingia ninguém. Quando o último artefato nuclear foi despejado, estando os caças longe do local das detonações, o demônio ficou satisfeito. Levantou e abaixou o braço com que carregava um tridente de ferro e as aeronaves se destruíram, os raios-gama de suas armas fazendo sulcos violetas no céu.

O demônio não tinha nada mais a fazer naquele planeta. Desvaneceu-se, rindo.

Pouco antes da guerra final haver terminado, McGavin olhou para Armand e perguntou o que significava aquilo.

— É o que acontecerá, depois que tivermos ido, amigo.

— Como sabe disso?

— Um de meus dons. O da previsão do futuro — Armand virou as costas para o caça e McGavin e entrou no edifício da Lockheed.

O escocês voltou-se para a tela do computador. “Fogo, apenas fogo”!, ele pensou. Mas então, notou um pontinho azul no canto direto da tela. A imagem ampliou-se mais de cinquenta vezes, até mostrar, na órbita da Terra, um comboio de astronaves que partia para longe da órbita do planeta.

McGavin pôs-se a refletir. Por minutos, ficou sentado no cockpit do piloto. Quando saiu e foi até a sede da Lockheed, estava sem pensar em nada. Mas a ficha iria cair, cedo ou tarde.


*Sobre Roberto Fiori:

Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro Cedrik - Espada & Sangue:

“Em uma época perdida no Tempo,

onde a Escuridão ameaçava todos,

surgiu um líder.

Destruição, morte, tudo conspirava contra.

Mas era um Homem de extremos, audacioso.

Era um Homem sem medo”. 

Dos Relatos e das Crônicas da Velha Terra.  


Em sua obra “Cedrik – Espada & Sangue”, o escritor Roberto Fiori coloca sua imaginação e força de vontade à prova, para escrever seu primeiro romance. Um livro de Fantasia Heroica, no gênero Espada & Feitiçaria, em que, em uma realidade paralela, a Terra da Idade do Ferro torna-se campo de lutas, bravura, magia e paixão.

Cedrik é um Guerreiro capaz de levantar 75 kg em cada braço e, ao mesmo tempo, de escalar uma parede vertical de mais de 20 metros de altura facilmente. Em meio a ameaças poderosas, parte para o Leste, em missão de vingança. Acompanham-no a bela princesa Vivian, vinda do Extremo Leste, e o fiel amigo Sandial, o Ancião, grande arqueiro e amigo a toda prova.

Os amigos enfrentam demônios, monstros, piratas e bandidos sanguinários. Usam de magia para se tornarem fisicamente invencíveis. Combatem demônios vindos do Inferno, no Grande Mar. Vivian é guardiã e protetora do Necrofilium, livro que contém maldições, feitiços e encantamentos em suas páginas.

A intenção do autor é continuar por anos as aventuras de Cedrik, escrevendo sobre todo um Universo Fantástico, em que bárbaros e guerreiros travam lutas ferozes e feitiçaria não é uma questão somente de “se acreditar” em seu poder, mas de realmente utilizá-lo para a batalha, como uma arma.

A obra pode ser adquirida com o autor, pelo e-mail spbras2000@gmail.com,  no site da Editora Livros Ilimitados, em livrarias virtuais e no formato de e-book, na Amazon. Os links para acessar o livro são:

1.     Americanas.com:

https://www.americanas.com.br/produto/3200481831?pfm_carac=cedrik-espada-e-sangue&pfm_index=2&pfm_page=search&pfm_pos=grid&pfm_type=search_page

2.     Submarino.com:

https://www.submarino.com.br/produto/3200481831/cedrik-espada-e-sangue?pfm_carac=cedrik-espada-e-sangue&pfm_index=2&pfm_page=search&pfm_pos=grid&pfm_type=search_page

3.     Amazon.com:

https://www.amazon.com.br/Cedrik-Espada-Sangue-Roberto-Fiori-ebook/dp/B091J3VP89/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=cedrik+espada+e+sangue&qid=1620164807&sr=8-1 

4.     Site da Editora Livros Ilimitados:

https://www.livrosilimitados.com/product-page/cedrik-espada-e-sangue

Compartilhe:

Baixe a Revista (Clique Sobre a Capa)

baixar

E-mail: contato@livrodestaque.com.br

>> Para Divulgação Literária: Clique aqui

Curta Nossa Fanpage

Siga Conexão Literatura Nas Redes Sociais:

Posts mais acessados da semana

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA
clique sobre a capa

PATROCÍNIO:

CONHEÇA O LIVRO

REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

AURASPACE - CRIAÇÃO DE BANNERS - LOGOMARCAS - EDIÇÃO DE VÍDEOS

E-BOOK "O ÚLTIMO HOMEM"

E-BOOK "PASSEIO SOBRENATURAL"

ANTOLOGIAS LITERÁRIAS

DIVULGUE O SEU LIVRO

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

APOIO E INCENTIVO À LEITURA

APOIO E INCENTIVO À LEITURA
APOIO E INCENTIVO À LEITURA

INSCREVA-SE NO CANAL

INSCREVA-SE NO CANAL
INSCREVA-SE NO CANAL

Leitores que passaram por aqui

Labels